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Campus:
CAMPUS IGUATU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Educação Sexual e Reprodutiva na Escola: criando espaços, derrubando barreiras
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Acesso à Educação
Data de Início:
05/03/2020
Previsão de Fim:
20/12/2020
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
300
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
320
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Iguatu
Formas de Avaliação:
Trabalho em grupo
Questionário
Frequência
Formas de Divulgação:
Mala direta
Áudio
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Maria Maiza Barros
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Itala Keane Rodrigues Dias IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 05/03/2020 20/12/2020
Maria Maiza Barros IFCE Coordenador Técnico Administrativo IFCE Não 4 05/03/2020 20/12/2020
Myrla Alves de Oliveira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 05/03/2020 20/12/2020
Valdemonica Paulo Medeiros IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 05/03/2020 20/12/2020
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Escola Estadual Adauto Bezerra Não
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 500,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A adolescência caracteriza-se por uma fase da vida compreendida entre a infância e a idade adulta, sendo marcada por um processo com sucessivas modificações de crescimento e de desenvolvimento biopsicossocial, em que o individuo se desenvolve físico e emocionalmente, quando, muitas vezes, ocorre o início da vida sexual (NERY et al., 2011). Na agenda para a promoção da saúde do adolescente, os aspectos que concernem à sua saúde sexual e reprodutiva têm adquirido novas dimensões. Isso pode estar ocorrendo, entre outros, devido ao início precoce da atividade sexual, o incremento no número de gestações entre adolescentes e de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), em especial a infecção pelo HIV/AIDS. A gravidez na adolescência se associa a diversos problemas físicos, emocionais e sociais, tais como as transformações do corpo e diminuição da autoestima, aumento do risco de sentimentos de tristeza, depressão e baixa autoestima; dificuldades de adaptação ambiental e integração social; evasão escolar e prejuízos à capacitação profissional da mulher; aumento do risco de nascimentos prematuros e abortos espontâneos, dentre outros (HONÓRIO-FRANÇA et al., 2013). No que concerne às DST’s, nota-se que desde o surgimento dos primeiros casos de AIDS no cenário epidemiológico mundial, a prevenção da transmissão do HIV entre os adolescentes tem sido um dos maiores desafios no controle da epidemia. Atualmente no Brasil evidencia-se uma tendência de juvenização da doença, marcada pelo aumento da distribuição dos casos entre adolescentes. Na adolescência, o indivíduo adquire comportamentos que, em grande parte, serão mantidos ao longo da vida. Sendo assim, esse é o momento privilegiado para as intervenções na área da saúde, de forma especial no ambiente escolar, tendo em vista a adoção de hábitos de vida saudáveis e de promoção da saúde na vida adulta. A educação sobre a saúde sexual e reprodutiva é cabível na escola, pelo fato da mesma estar vinculada à transmissão da informação embasada no conhecimento científico, discernido as regras infundadas e preconceituosas. Outro fator importante, para a implementação da orientação sexual neste contexto, é o tempo em que os alunos passam no ambiente escolar. A escola é um ambiente que favorece a socialização e o acesso à troca de experiência, sobretudo pelo fato dos alunos estarem no mesmo estágio do desenvolvimento (SANTOS; BRAGA, 2013). O contexto de vida do ser adolescente e os riscos os quais estão expostos levam a necessidade de promover a esta população orientação, apoio e proteção adequados para o início desta nova fase da vida, a fim de que eles saibam lidar com mais responsabilidade, segurança e tranquilidade diante das novas experiências. Neste sentido, o apoio da família, da escola e dos profissionais da saúde é fundamental.
Justificativa
Desde o início da epidemia de Aids no Brasil até junho de 2014, foram registrados no país 757.042 casos de AIDS(condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico (BRASIL, 2014). A taxa de detecção de Aids, entre jovens de 15 a 24 anos, vem crescendo em uma velocidade bem maior que da população em geral. O aumento do número de jovens com Aids foi abordado pela mídia com a manchete “casos de Aids entre jovens aumentam mais de 50% em 6 anos no Brasil” (BRASIL, 2014). Desde 2006, os casos de Aids nos jovens entre 15 e 24 anos aumentaram mais de 50%, o que quer dizer mais jovens soropositivos. No resto do mundo, o número de novos casos de HIV entre os jovens caiu 32% em uma década (BARBOSA, 2014). As DST’s são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comum em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a Aids. Pesquisa recente mostrou que os jovens brasileiros não têm conhecimento sobre DST’s e suas formas de infecção. Um em cada cinco acredita ser possível contrair o HIV utilizando os mesmos talheres ou copos de outras pessoas e 15% pensam que enfermidades como malária, dengue, hanseníase ou tuberculose são tipos de DST (BRASIL, 2014). Depois da família, a escola constitui-se como um espaço privilegiado de convivência. Idealmente, sua função não se limita ao ensino formal de conhecimentos e habilidades, mas partindo-se de uma concepção de educação no sentido mais amplo, a escola, assim como a família, promove a formação integral da criança e do adolescente que educa (RAMIRES; FALCKE, 2013). A escola não pode negligenciar o seu papel de preparar o jovem para a vida e não somente para o mercado de trabalho. Ao acolher um jovem a escola acolhe também sua história, suas famílias, seu contexto social onde pode estar presentes a miséria, a violência, drogas e outros fatores de risco que ameaçam a vida. Além de ser um espaço propício para promoção do desenvolvimento e socialização dos adolescentes e jovens, também pode ser responsável pela proteção e melhora na qualidade de vida dos mesmos. Dessa forma, se a sociedade e, especialmente as escolas não buscarem formas de estimular a reflexão acerca dos comportamentos de risco manifestados pelos jovens, acabará contribuindo para o aumento dessas estatísticas.
Público Alvo
Estudantes do Ensino Médio da Escola Adauto Bezerra
Objetivo Geral
• Criar espaços formais de educação sexual na escola, visando à promoção da saúde sexual e reprodutiva entre os estudantes do Ensino Médio Integrado do IFCE Campus Iguatu e da Escola Estadual de Adauto Bezerra
Objetivo Específico
• Estimular o respeito por si e pelo outro; • Informar sobre as doenças sexualmente transmissíveis/AIDS e suas formas de prevenção; • Discutir sobre violência sexual/abuso sexual; • Orientar sobre como prevenir gravidez indesejada; • Desenvolver a capacidade pessoal do estudante para compreender suas vulnerabilidades e comportamento de risco para as DST’s/AIDS; • Contribuir para a redução dos riscos de DST’s/AIDS; • Proporcionar um ambiente mais humano, sem discriminações diante de pessoas infectadas pelo vírus HIV; • Realizar encaminhamentos para acompanhamento de prevenção e orientação médica aos setores de saúde da comunidade;
Metodologia
Este trabalho de intervenção será realizado junto aos estudantes do Ensino Médio Integrado do Instituto Federal do Ceará campus Iguatu e da Escola Estadual Adauto Bezerra pelo fato de serem as turmas que concentram o maior quantitativo de alunos na adolescência. As atividades serão desenvolvidas e conduzidas por profissionais da enfermagem, da psicologia e estudantes do Curso de Serviço Social do campus Iguatu. Durante o ano de 2020 o trabalho será realizado com 08 turmas entre os meses de abril a dezembro. Os encontros serão mensais e o agendamento se dará por meio do setor pedagógico das duas instituições. As temáticas serão abordadas de maneira dinâmica e interativa, envolvendo atividades em grupo, gincanas com perguntas e respostas. Serão realizadas ainda exposições dialogadas sobre o tema, com vistas a elevar a informação, a reflexão e o interesse dos jovens pelo tema. Ao final de cada encontro será feito uma avaliação com os estudantes com objetivo de conhecer se a proposta atendeu as necessidades dos mesmos e investigar a necessidade de readequações no projeto.