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Campus:
CAMPUS CAMOCIM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
A COMIDA COMO NARRATIVA SOCIAL CONTANDO HISTÓRIAS: REDES SOCIAIS
Área Temática:
Cultura
Linha de Extensão:
Turismo
Data de Início:
28/03/2020
Previsão de Fim:
28/06/2020
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
40
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
80
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Sobral
Formas de Avaliação:
Testes Subjetivos
Participação
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Folder
Cartaz
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Orlando Cantuario de Assuncao Filho
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Adriana dos Santos Felix IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 28/03/2020 28/06/2020
Aniely Silva Brilhante IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 07/04/2020 08/04/2020
Davi Alves de Paulo IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 28/03/2020 28/06/2020
Francisco Weskley Bezerra dos Santos IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 28/03/2020 28/06/2020
Iveline Silvestre Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 28/03/2020 28/06/2020
João Victor Belchior Alves IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 28/03/2020 28/06/2020
Maria Helena Ferreira Pires IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 08/04/2020 25/06/2020
Orlando Cantuario de Assuncao Filho IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 28/03/2020 28/06/2020
Paulo Henrique da Ponte Portela IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 08/04/2020 30/04/2020
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
CRASS DE CAMOCIM Não
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Cine Neabi: Favela - a vida na pobreza! Evento
Apresentação
1. APRESENTAÇÃO Comer é pertencer (Lody, 2000): pertencer aos ambientes construídos a partir e na comida, partilhando ingredientes da horta, mas também, dividindo ingredientes sociais, culturais, econômicos e psicológicos. Os indivíduos podem à mesa, se solidarizam, no sentido de uma fartura humanizada, humana descanibalizada, sentimento de pertencimento relacional das atividades e ações que envolvem, a construção, produção, modos e aprendizagens do fazer e comer comida. Numa perspectiva de confinamento relacional em momentos de pandemia, os entrelaçamentos sociais, afetivos e econômicos tendem a alterarem suas dinâmicas e modos de ser, agir e compartilhar, sobretudo nas comunidades e pessoas menos assistidas, visto que os sistemas sanitários e de políticas públicas, dadas as suas ineficiências não tem atendido de forma digna e com equidade, milhares de mulheres, homens e crianças. (Relatório de Política e Programas de Governo - RPPG/TCU- 2018) Carneiro (2004) entende que os agrupamentos socias em torno da comida e construção dela, permitem um consórcio de saberes e fazeres que se compartilhar e podem favorecer um intercâmbio de trocas particulares de cada indivíduo ou grupo sociais, que enfatizam social e culturalmente as pessoas. Savarin (2007) propõe que gastronomia é o relacionamento amplo e complexo das urbanidades, culturais, econômicas, sociológica cientifica e educacionais, ou seja, a gastronomia, resultado dos fazeres e saberes culinários, que envolvem a construção e formação das cozinhas, está intrinsicamente comprometida com a biologia, a geografia, a medicina, a sociologia, enfim, com a vida social, econômica e cultural dos sujeitos. Amon (2014) assevera que (...) a comida constitui um campo rico para a compreensão dos aspectos da vida humana social, pois a comida pode não ser nada, ser apenas uma comida, mas pode ser tudo, o mundo. Nesse sentido, o presente projeto, no compromisso e interesse de extensionar, no âmbito da missão do Instituto Federal do Ceará, que entende que as dimensões educacionais, científicas e tecnológicas, devem comportar as urbanidades culturais, econômicas e sociais das pessoais, visto que, os relacionamentos internos e externos, pressupõem essencialmente o desenvolvimento das comunidades e das pessoas, intentando uma territorialização de relacionamentos pessoais e familiares, contextualizando hábitos cotidianos em torno da, e na comida, numa busca de ampliar, sobretudo, no momento atual pandêmico um contar social e cultural do ato de fazer e comer comida, de relata com quem, onde e, em quais condições se come os ingredientes e suas versatilidades. Desse modo, conforme Amon (2014), é necessário considerar que se a voz da comida expressa significados, pode também manifestar sentidos relacionados em sequência. A comida pode ser narrativa. A comida pode ser uma forma social de contar histórias. Isso, alinha-se, ainda, ao sentido de fazer-saber em Barato (2007), sobre do sentido dual da educação, pois, os sujeitos envolvidos como âncora desse projeto, serão os discentes, docentes e servidores comprometidos com o ensino-aprendizagem, de forma libertária e emancipatória. Para Barato (2007), prática e teoria, no âmbito do ensino-aprendizagem, devem comportar a existência e realização dos sujeitos (discente e docente), como omnilaterais, na expressão dialética do termo, por isso, contextualiza-se no presente projeto, a importância enfática da inclusão, em momentos adversos, da missão dos discentes do segundo semestre do curso técnico de restaurante e bar, do IFCE, campus Camocim, na extensão às comunidades, pessoas e familiares envolvidos. O presente projeto propõe realizar um território para as convivências cotidianas, a partir de práticas e ações culinárias, realizadas por grupos de pessoas das comunidades das praias de Maceió e Barreiras, público este, envolvido com as atividades comerciais e turísticas, responsáveis pela produção de cardápios a partir do uso do pescado. Pretende-se, dessa forma, portanto estender, através de uma ação extensiva do IFCE , campus Camocim um evento de promoção da socialização e compartilhamento de vivências individuas, coletiva e familiares, como proposta de relacionar conhecimentos e experiências, no sentido interação social.
Justificativa
JUSTIFICATIVA Um evento de extensão, na perspectiva do ensino-aprendizagem, converge para o exercício de ações que possibilitem e insiram no compromisso e visão do Instituto Federal do Ceará, as urbanidades dos sujeitos e suas particularidades, comprometendo-se invariável e indissociavelmente do desenvolvimento social, econômico, cultural, emocional e educacional dos indivíduos. O atual contexto urbano, social e econômico, pela sua dinâmica, não tem permitido, temporariamente, ações de extensão, em que os sujeitos comprometidos e envolvidos realizem-na na forma tradicional, ou seja, com seus relacionamentos presenciais e de contato, como se tem realizado em sua maioria, haja vista, as recomendações emitidas pelas autoridades sanitárias e de saúde, de que as pessoas, como forma de não propagação e disseminação do novo Coronavírus, mantenham-se em um isolamento/distanciamento social. Contudo, entende-se que uma ação de extensão, sobretudo, nos dias atuais, pode valer-se, da disponibilidade, eficiência e eficácia dos meios tecnológicos, associados ás criatividades e complexidades humanas, deve, também, comprometer-se com o desenvolvimento social, cultural e emocional dos indivíduos, favorecendo ainda os relacionamentos, culturais, educacionais e tecnológicos das comunidades. Nesse sentido, propomos através do curso Técnico de Restaurante e bar realizar um projeto que viabilizasse espaços e território do comer como narrativas sociais e culturais das pessoas e suas comunidades, como forma de nesse momento em particular, inaugurar momentos de ludicidade, conversas, relacionamentos que pudesse minimizar particularmente os efeitos causados pelos distanciamentos sociais das pessoas. Compreendemos a possibilidade de tal projeto, pois, (...) Se a voz da comida expressa significados, pode também manifestar sentidos relacionados em sequências. A comida pode ser narrativa. Comida é o alimento situado em um universo cultural e em uma cosmovisão singular, é valor simbólico e emocional, memória social, linguagem narrativa. A comida está diretamente relacionada à cultura (AMON, 2014, p.p 20, 29). As narrativas da comida envolvem o próprio sentido de existir das pessoas, seus afetos, seus caminhos e descaminhos sociais, pois a sociabilidade dos sujeitos, pode, dependendo das dinâmicas que se fazem cotidianamente, social ou e econômica, de alguma forma alterarem seus sentidos e modos de construção relacional, seja no grupo, na comunidade ou na família, visto que a Cozinha: lugar da vida comum, das comunhões. Cozinha lugar de aprender intimidades. A cozinha é íntima da matéria e seus mistérios profundos, seus segredos, lugar das transmutações, da intimidade ativa das operações. Diferente da intimidade mais protegida dos quartos e banheiros, que são intimidades privadas, do sonho a sós, a cozinha, ao nível da memória e do desejo, é o sonho da convivência transformadora. Ela é útero, é forno, é fonte, é vaso. Atrai a brincadeira, o riso, a fofoca, a invenção (BARCELOS, 2017, p.36). Portanto, esse lugar de intimidades, torna ao presente projeto uma justificativa que se ampara na possibilidade real/virtual de incentivar/fomentar a revelação os (des) segredos de vivências e experiências que se realizam cotidianamente na cozinha transmutada, deslocada de seu conceito hermético, revelar as cozinhas dialeticamente sociais, culturais e psicológicas dos indivíduos envolvidos. Estender, extensionar, sentidos semânticos primos e iguais para conspirar um amparo, um resguardo, uma defesa de um grupo de pessoas, no sentido amplo, singular e humano de aproximar ações educativas, de tecnologia, emocionais-sociais e culturais. Dessa forma, o presente projeto de extensão valia-se quanto ação do corpo institucional do Instituto Federal de Educação do Ceará, de modo a incluir, em um momento muito adverso e ameaçador, um sentido de atividade humana, existencializando as potencialidades inerentes ao seres humanos.
Público Alvo
Comunidades da Paria de Maceió, Praia das Barreiras e Bairro Olinda
Objetivo Geral
Objetivo Geral Promover um espaço de convivência e relacionamento em tempos de Pandemia, através de práticas culinárias e gastronômicas, provocando narrativas sócias contadas, através da comida.
Objetivo Específico
Objetivos Específicos • Fomentar a produção e compartilhamento de práticas culinárias • Promover um espaço de narrativas sociais, a partir dos eventos envolvendo a comida, de forma a construir momentos de ludicidade em frente ao evento de Pandemia por que passamos. • Realizar pequenos eventos culinários e suas narrativas, através das redes sociais, de forma, a construir uma dinâmica social e cultural envolvendo a comida. • Produzir uma ação de ensino-aprendizagem, atrvés de um evento de extensão em dias de Pandemia.
Metodologia
METODOLOGIA Dada a característica excepcional e necessária, o projeto realizar-se, metodologicamente da seguinte forma. 1. Inicialmente, a partir de um grupo já criado com homens e mulheres das comunidades das praias da Barreiras e Maceió, incluindo Assistente Social do CRASS de Camocim, Psicólogo do IFCE campus Sobral – CE, discentes e docente do curso Técnico de Restaurante e Bar, além de servidores do IFCE – Camocim, será montado 1 bloco de gatilho semanal de perguntas piloto sobre práticas e narrativas culinárias, envolvendo o cotidiano dos envolvidos no projeto, as quais serão respondidas e conversadas em rede de Watsap. 2. Os discentes do curso Técnico de Restaurante e Bar, compartilharão, através de pequenas oficinas, ensino-aprendizagem de fazeres e saberes culinários envolvendo preparações rápidas, como sequilhos, biscoitos amanteigados, saldas de frutas, sladas de legumes. 3. A cada semana de narrativas, far-se-á um dossiê com as histórias e imagens, vídeos, pequenas oficinas, relatos, que em momento oportuno serão publicizados em uma rede mais ampla. 4. A cada semana será sorteado um participante do grupo para realizar uma “live” de uma atividade culinária, relatando sua história, 5. O psicólogo, o Assistente Social e o Psicólogo comentarão e compartilharão as narrativas. 6. Ao final, do projeto, dependendo do cenário social (Isolamento, distanciamento social), o grupos e reúne e apresenta o resultado do projeto