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Campus:
CAMPUS ACOPIARA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Valorização da Ciência nos Sertões Cearenses: implantação de um espaço de divulgação científica no Município de Acopiara
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Acesso à Educação
Data de Início:
03/08/2020
Previsão de Fim:
03/08/2021
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
200
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
500
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acopiara
Formas de Avaliação:
Reunião
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Folder
Cartaz
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Marcos Andre Fontenele Sales
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Alzeir Machado Rodrigues IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Antonio Nelson Teixeira Moreno IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Antonio Savio Silva Oliveira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Canuto Diogenes Saldanha Neto IFCE (redistribuído; Siape ainda não registrado no sistema) Integrante Sem vínculo Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Cleanto Rogerio Rego Fernandes IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Edna Maria Juca Couto Amorin IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Fernando do Carmo Batista IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Giselle Santiago Cabral Raulino IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Joao Oliveira Alves IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Joao Paulo Oliveira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 1 03/08/2020 03/08/2021
Jorio Correa da Cunha Filho IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Kelvio Felipe dos Santos IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Leandro Bezerra Marinho IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Leandro Carvalho Ribeiro IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Liliane Veras Leite Castro IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Lucas Pereira de Alencar IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 1 03/08/2020 03/08/2021
Luiz Roberto Costa IFCE (redistribuído; Siape ainda não registrado no sistema) Integrante Sem vínculo Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Marcos Andre Fontenele Sales IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 03/08/2020 03/08/2021
Maria Aparecida Ferreira Barbosa Fernandes IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Maria Eliani Holanda Coelho IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Reginaldo Pereira Fernandes Ribeiro IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Tarcisio Alves Andre Junior IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 1 03/08/2020 03/08/2021
Thiago Alves de Moura IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Thiago Gomes Sales IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Wiron de Araujo Holanda IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/08/2020 03/08/2021
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A Ciência é um meio de produção e compartilhamento do conhecimento que tem proporcionado vários benefícios à humanidade, desde a compreensão de processos naturais relativos ao próprio ser humano, outros seres vivos e mesmo todo o universo, até o desenvolvimento de tecnologias que tornam nossa vida melhor, com mais saúde, segurança, sustentabilidade e bem-estar geral (STOKES, 2005, O quadrante de Pasteur: a ciência básica e a inovação tecnólógica, Unicamp). Um olhar rápido à nossa volta e vemos um mundo o qual podemos parcialmente entender, graças à Ciência, e repleto de tecnologias que são produtos da ciência e cujo uso adequado exige algum conhecimento científico. Como exemplo, a Teoria da Relatividade Especial, proposta pelo físico alemão Albert Einstein, nos oferece explicações sobre a estrutura básica do Universo e, ao mesmo tempo, é necessária aos dispositivos atuais de localização baseados em GPS (Global Position System) para uma calibração precisa das dimensões espacial e temporal. Nem sempre, contudo, a relação entre sociedade e Ciência é tão harmônica, mas sim permeada por conflitos e contradições. O avanço da Física e Química, na primeira metade do século XX, permitiu o desenvolvimento da tecnologia nuclear, que serve a propósitos tão opostos como a medicina nuclear e bombas atômicas, que salvam e destroem vidas, respectivamente. Entre esses dois extremos, existe uma variedade de usos e abusos cujo discernimento, por parte dos gestores e da sociedade em geral, também exige conhecimento científico. A energia nuclear é segura? Vale à pena? Para opinar sobre isso é preciso conhecer. Às vezes, o conflito vem justamente da falta de conhecimento científico, ao ignorar os fatos, não os interpretar adequadamente ou, pior, dar credibilidade a alegações pseudocientíficas. Um caso recente, e perigoso, envolve a vacinação contra doenças. As vacinas são um meio eficiente de evitar o contágio por agentes infecciosos, sendo empregadas com segurança há mais de um século. Os programas de vacinação reduziram drasticamente a ocorrência de várias doenças, tendo erradicado, por exemplo, a varíola no mundo todo. Mas notícias falsas e “pseudoteorias” apresentadas como sendo científicas propagam a informação de que muitas vacinas não seriam eficazes ou que seriam, na realidade, prejudiciais de várias formas, causando outras doenças e, até mesmo, a morte do indivíduo. Esses mitos e correntes pseudocientíficas prosperam apenas entre aqueles que não sabem distinguir o que são, de um lado, evidências e teorias científicas e, de outro, especulações e dados falsos. Infelizmente, a situação chegou ao ponto de a adesão das pessoas aos programas de vacinação ter sido prejudicada, de forma que doenças acabaram por “ressurgir” na população. Casos como esse ocorrem em várias áreas, como a Saúde e Educação (PILATI, 2018, Ciência e pseudociência, Contexto; SAGAN, 2006, O mundo assombrado pelos demônios: a ciencia vista como uma vela no escuro, Companhia de Bolso). Por motivos como esses, existe um consenso entre cientistas e educadores de que a população precisa de um mínimo de letramento científico, que lhe permita entender e avaliar o conhecimento e inovações que a Ciência produz. E aqui surge a pergunta: como promover o letramento científico da população? Há duas frentes principais e complementares entre si: (1) pela educação formal, no ambiente escolar; e (2) pela educação informal, com os diversos meios de divulgação científica. A educação formal científica acontece pelo ensino de disciplinas científicas nas séries da educação básica obrigatória. Esta, apesar de indispensável, não é suficiente, pois é restrita aos muros da escola e alcança apenas os estudantes dos ensinos fundamental e médio (aproximadamente 25% da população conforme o Censo Escolar de 2018 realizado pelo Ministério da Educação). Como complemento, a divulgação científica leva esse conhecimento a todas as pessoas nos mais diversos ambientes, desde os públicos até os familiares. A divulgação científica pode ser feita de diversas formas, desde a produção de material a ser disseminado (livros, textos nos jornais, documentários e outros) até a organização de espaços próprios para esse fim, todas com exemplos bem-sucedidos no Brasil e no exterior (MOREIRA & MASSARANI, 2002 in MASSARANI et al., Ciência e Público: Caminhos da Divulgação Científica no Brasil, Casa da Ciência/UFRJ, p. 43–64). Considerando, em especial, os espaços físicos dedicados à divulgação científica, eles existem em vários formatos e com diversos nomes. São museus, parques, observatórios e espaços de interação nos quais os visitantes podem observar exposições e multimídias e/ou interagir com tecnologias, simulações e tantas outras formas de fazer chegar às pessoas o conhecimento científico. Alguns deles são mantidos ou vinculados a instituições públicas, como o Museu Nacional do Rio de Janeiro, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, o qual foi severamente danificado por um incêndio de grandes proporções no ano passado (https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/02/incendio-atinge-a-quinta-da-boa-vista-rio.ghtml), e outros são frutos da iniciativa privada ou de parcerias público-privadas, como o Museu do Amanhã, inaugurado em 2015, também no Rio de Janeiro (https://museudoamanha.org.br/pt-br/sobre-o-museu). No Ceará, de acordo com levantamento feito em 2015 pela Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências, existem nove espaços de divulgação científica; dois deles, a Seara da Ciência e o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, são mantidos por instituições de ensino superior (IES), mais precisamente a Universidade Federal do Ceará e a Universidade Regional do Cariri, respectivamente. No âmbito da presente discussão, é importante contextualizar o papel institucional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e o potencial dele de colaborar com a divulgação científica. O IFCE tem sua atuação baseada no famoso tripé ensino, pesquisa e extensão, ao passo que ações de divulgação científica estão também respaldadas na missão do instituto de “produzir, disseminar e aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos na busca de participar integralmente da formação do cidadão, tornando-a mais completa, visando sua total inserção social, política, cultural e ética”. Ainda assim, a instituição não dispõe de um espaço original e especificamente voltado para a difusão de conhecimentos científicos. Desta forma, o Campus Acopiara propõe-se a criar um espaço voltado para essa finalidade, de forma a inserir o IFCE no seleto grupo de instituições que efetivamente atuam nesta nobre causa.
Justificativa
Os espaços de divulgação científica do Ceará estão basicamente localizados dentro ou próximo aos três maiores centro urbanos do Estado: Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte. Embora isso possibilite o acesso alternativo ao conhecimento científico a uma grande parcela da população cearense, outra parcela significativa, referente ao espaço geográfico situado entre os centros urbanos referidos, permanece carente em relação a este tipo de serviço. Uma melhor perspectiva sobre a gravidade ou as possíveis consequências negativas desse cenário é possível ao se levar em consideração que aproximadamente um terço dos brasileiros desconfia da ciência e que um quarto não acredita que a produção científica não contribua para o país (https://oglobo.globo.com/sociedade/um-terco-dos-brasileiros-desconfia-da-ciencia-23754327). O município de Acopiara, por exemplo, sofre há décadas com problemas de queimadas praticadas, na maioria das vezes, de forma inadequada e em contextos impróprios. Ele, inclusive, foi um dos líderes do ranking de focos de incêndio do Estado no ano de 2019, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Por outro lado, o Campus Acopiara é a primeira (e única) IES pública a se estabelecer no município, tendo iniciado as suas atividades há menos de três anos. Assim, percebe-se a lacuna em termos de divulgação científica existente em Acopiara—e também em municípios vizinhos—, na qual o IFCE pode atuar. O cenário há pouco descrito aponta para a necessidade de o Campus Acopiara, sensível ao problema da (má) compreensão pública da Ciência no Brasil, se empenhar na criação de um espaço de divulgação científica por meio de suas ações de ensino, pesquisa e extensão. Espera-se que essa iniciativa corrija ao menos parcialmente a distribuição desigual desses espaços no território cearense.
Público Alvo
População de Acopiara e municípios próximos, especialmente a comunidade escolar.
Objetivo Geral
Implantar no Município de Acopiara um espaço voltado para a difusão e valorização dos conhecimentos científicos e afins de forma a colaborar com o letramento científico da comunidade local.
Objetivo Específico
• Implantar no Campus Acopiara um espaço com estrutura física adequada para a finalidade de divulgação científica e cultural. • Desenvolver atividades expositivas e/ou interativas didáticas sobre assuntos do domínio da ciência e da cultura (especialmente aqueles voltados para a realidade local do município e região) acessível às comunidades externa e interna. • Proporcionar um espaço alternativo de ensino, educação, lazer e concessão de bolsas às comunidades interna e externa. • Ofertar cursos e realizar eventos voltados à divulgação da ciência, que possibilitem a congregação e troca de informações e experiências entre a comunidade externa e interna do Campus Acopiara. • Contemplar e divulgar ações do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do campus para a comunidade local. • Divulgar (e realizar) as pesquisas científicas e outras ações extensionistas desenvolvidas pelo campus para a comunidade local. • Desenvolver materiais didáticos portáteis, possibilitando o seu translado para eventos externos ao campus e/ou para o empréstimo a escolas e a outras instituições.
Metodologia
A implantação do espaço de divulgação científica do Campus Acopiara se dará por meio de três etapas genéricas distintas, porém inter-relacionadas. A primeira delas se constitui no planejamento das atividades que comporão o espaço de divulgação científica. Ela inclui o levantamento tanto das atividades possíveis de serem implementadas no espaço como da logística necessária para tal. Salienta-se que as atividades objetivarão trabalhar diversos conhecimentos científicos e priorizarão temas que guardem relação com o cotidiano e a realidade do município e região e/ou possuam caráter multi e interdisciplinar. Essa tarefa inicial de pesquisa e concepção das atividades será realizada tanto individual e remotamente pelos servidores que compõem a equipe de execução como coletivamente por meio de reuniões por videoconferências, em atendimento às normas e orientações de isolamento social do Governo do Estado do Ceará e do próprio IFCE. As demais etapas serão realizadas quando da retomada das atividades presenciais do Campus Acopiara. A próxima corresponde à adaptação estrutural de uma das salas do bloco administrativo do campus já previamente selecionada pela Diretoria Geral para essa finalidade. A adequação do espaço será feito de acordo com as atividades expositivas e interativas a serem realizadas no local e selecionadas durante a fase anterior de planejamento. Estas, por sua vez, serão desenvolvidas inicialmente pelos servidores e discentes do campus. Para a confecção dos itens de cada atividade, serão utilizados materiais permanentes e de consumo já disponíveis no campus, como impressoras coloridas, computadores, kits de arduíno, impressora 3D, entre outros. Ele também já dispõe de mobiliário para a composição do espaço de exibição. Uma vez inaugurado, ele estará aberto a visitas planejadas e/ou espontâneas do público interno e externo e contará com a orientação e mediação de estagiários discentes, além de sediar e/ou promover cursos, feiras, exibições de filmes e documentários e outros eventos, que passarão a integrar o portfólio de ações de pesquisa e extensão do Campus Acopiara. Visto que este é um projeto complexo, em que é proposto a criação de um novo espaço acadêmico dentro do campus para servir à comunidade interna e externa, é evidente que o seu cronograma compreenderá diferentes estágios que vão desde a idealização do espaço até de fato à sua inauguração e funcionamento. É neste último em que se dará, de fato, o atendimento à comunidade externa (e, claro, à interna também). Em relação às datas, propõe-se aqui o início da fase de planejamento remoto do espaço a partir do dia 3 de agosto deste ano, com as etapas seguintes presenciais tendo os seus prazos de consecução dependentes das decisões das instâncias governamentais e superiores do IFCE. Assim, exceto pela proposta de duração de um ano do projeto, não é possível inferir com precisão as datas precisas para o cumprimento dos estágios presenciais.