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Campus:
CAMPUS FORTALEZA
Tipo da Ação:
Evento
Título:
CAPITALISMO, RAÇA E CLASSE: A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS / RAÇA, VIOLÊNCIA URBANA E SEGURANÇA PÚBLICA
Área Temática:
Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão:
Organizações da Sociedade e Movimentos Sociais e Populares
Data de Início:
26/09/2020
Previsão de Fim:
26/09/2020
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
20
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
120
Carga Horária de Execução do Evento:
4
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Online
Formas de Avaliação:
Participação
Debate
Formas de Divulgação:
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Palestra
Nome do Responsável:
David Moreno Montenegro
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
David Moreno Montenegro IFCE Coordenador Docente IFCE Não 1 26/09/2020 26/09/2020
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Aquilo que se naturalizou chamar no continente europeu de “estado de exceção” no Brasil é regra geral de nossa formação capitalista, inscrita desde os primórdios na violência colonizadora, no genocídio dos povos originários além do longo período de escravização de povos vindos do continente africano. No entanto, essa violência que funda a ordem social brasileira foi atravessada por uma série de resistências populares, como a organização de quilombos, as lutas dos povos indígenas em defesa de suas terras e modos de vida, a resistências sertanejas às opressões do império, as lutas cotidianas pela conquista de direitos sociais, civis e políticos. Há que se destacar, porém, que essas sublevações foram duramente reprimidas pelo Estado, sempre a serviço das camadas sociais dominantes, em geral representadas por homens brancos. Nesse sentido, é possível afirmar que, historicamente, as reivindicações sociais por direitos e dignidade vindas da organização dos pobres, foram duramente combatidas pelas elites econômicas que colonizam os espaços do Estado brasileiro. Isso é parte elementar para compreendermos nossa formação social, em que as mudanças são feitas por intermédio de pactos entre as elites, sem qualquer participação popular. Assim foi o processo de abolição da escravidão, o golpe de Estado que derrubou o império e instituiu a República, o regime de exceção implantado nos anos 1960, a lei de anistia que marcou a transição para a Nova República. O traço comum a esses processos é a marca autoritária e a postura do Estado em não garantir direitos básicos às populações não brancas, ou seja, os antes não-remunerados tornaram-se mão de obra mal remunerada e desqualificada, moradores de regiões esquecidas das cidades (cortiços, favelas e periferias), constantemente alvo das forças de repressão estatais.
Justificativa
A formação daquilo que compreendemos como classe trabalhadora brasileira tem cara, cor e endereço. Para compreender a dinâmica da formação histórica das cidades brasileiras, as profundas desigualdades que marcam esse processo, é fundamental analisarmos como se forjou a classe trabalhadora brasileira frente aos diversos processos de violência e opressão enfrentados em sua luta por direitos básicos de cidadania. Aí estão as pistas para aprofundarmos nossas reflexões sobre o racismo estrutural, a pobreza e a violência urbana que atravessa a experiência histórica da urbanização brasileira.
Público Alvo
Estudantes, pesquisadores(as)/professores(as) e técnicos administrativos das universidades públicas e privadas do Ceará, militantes dos movimentos sociais e entidades ligadas ao combate ao racismo e luta por moradia em nosso estado.
Objetivo Geral
Compreender a formação histórica das cidades brasileiras, no contexto de formação da classe trabalhadora brasileira frente aos diversos processos de violência e opressão enfrentados em sua luta por direitos básicos de cidadania.
Objetivo Específico
● Estabelecer conexões entre a formação da cidade capitalista e da classe trabalhadora brasileira; ● Compreender as várias formas de opressão e violência enfrentados pelas populações negras no Brasil; ● Observar como a relação de negação de direitos básicos faz emergir a necessidade de organização coletiva por direitos.
Metodologia
Realizar palestra e debate sobre os temas propostos com profissionais, militantes e especialistas sobre a questão da segurança pública, movimentos sociais e combate ao racismo no Brasil e, em particular, no Estado do Ceará.