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Campus:
CAMPUS UMIRIM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Conhecimento tradicional sobre plantas melitófilas em comunidades rurais
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Questões Ambientais
Data de Início:
01/02/2021
Previsão de Fim:
12/08/2022
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
300
Local de Atuação:
Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Umirim
Formas de Avaliação:
Reunião
Relatório
Questionário
Participação
Frequência
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Mariana Baraldi Silva Silvino
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Mariana Baraldi Silva Silvino IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 01/02/2021 12/08/2022
Samia Paiva de Oliveira Moraes IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/02/2021 07/02/2022
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Ainda são raros os estudos que tratem do potencial econômico de uso de plantas nativas do semiárido e que valorizem os saberes locais. A Etnobotânica estuda a relação de grupos humanos e as plantas e pode auxiliar na obtenção de informações sobre espécies de plantas visitadas por abelhas para apicultores e meliponicultores, contribuindo para melhorias na qualidade de vida destes. Além disso, contribui para proteção do meio ambiente, em especial de espécies de árvores nativas e diferentes grupos de abelhas, pois fornece informações importantes que auxiliam no uso sustentável desses recursos. O objetivo desse projeto é realizar um levantamento etnobotânico em relação ao conhecimento dos moradores de Umirim sobre plantas melitófilas, resgatar e valorizar saberes locais e difundir práticas favoráveis a conservação e melhor utilização da flora melitólifa nessa região.
Justificativa
As evidências ambientais e os problemas de ordem ecológica têm mostrado, ao longo dos anos, que o maior desafio é compreender até onde e como a sociedade pode usufruir dos recursos naturais e garantir que o uso seja feito de forma sustentável e não resulte em menor disponibilidade para as gerações futuras. Embora tenham sido realizados inúmeros estudos de levantamento e caracterização de potencialidades da caatinga (incluindo formações associadas ou mescladas de caatinga com outros biomas), ainda são escassos os levantamentos florísticos-etnobotânicos, que forneçam informações sobre os potenciais econômicos das espécies. Ademais, não existem, ainda, estudos dessa temática na região de Umirim-CE. Assim, o levantamento das espécies vegetais é de extrema importância, incluindo interesses econômicos ou de uso tradicional, uma vez que as mesmas podem auxiliar nos estudos de manejo integrado, além de orientar na exploração racional dos recursos naturais disponíveis. A diversidade da flora brasileira, associada à extensão territorial e a variabilidade climática, faz com que o Brasil possua grande potencial apícola. Mas muitas vezes esse potencial não é aproveitado ou não é utilizado de forma sustentável, contribuindo para conservação do meio. Dessa forma, o conhecimento acerca das plantas melitófilas em comunidades tradicionais se faz necessário, tornando-se subsídio para a prática no que diz respeito a conservação do meio ambiente, tanto de espécies vegetais como de toda uma cadeia ecológica.
Público Alvo
Produtores rurais e comunidades tradicionais da cidade de Umirim, estudantes, profissionais da área e demais interessados no assunto.
Objetivo Geral
Realizar levantamento etnobotânico sobre ocorrência de plantas melitófilas na região de Umirim-CE.
Objetivo Específico
Traçar um perfil da biodiversidade vegetal da região; Levantar o histórico do uso de plantas melitófilas na região; Especificar as variedades de plantas melíferas que são conhecidas pela população local; Verificar se existe plantio de espécies melíferas que são conhecidas pela população local; Investigar a existência de práticas conservacionistas em relação a tais plantas; Coletar material botânico para identificação em herbários; Devolver o conhecimento para a comunidade de forma sistematizada, indicando estratégias de manejo e uso de espécies melíferas.
Metodologia
O projeto será desenvolvido em Umirim, que está inserida no Território da Cidadania dos Vales do Curu e Aracatiaçu, situado no norte do estado do Ceará. Este Território abrange uma área de 12.143,70 Km² e é composto por 18 municípios (Amontada, Apuiarés, General Sampaio, Irauçuba, Itapagé, Itapipoca, Itarema, Miraíma, Paracuru, Paraipaba, Pentecoste, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu, Tejuçuoca, Trairi, Tururu, Umirim e Uruburetama), totalizando uma população de 571.045 habitantes, dos quais 259.456 vivem na área rural, o que corresponde a 45,44% do total; possui 30.701 agricultores familiares, 3.527 famílias assentadas, 2 comunidades quilombolas e 3 terras indígenas; apresentando Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio de 0,63. Serão selecionadas na região, 3 comunidades, entre comunidades quilombolas, terras indígenas e comunidades tradicionais. Para a definição do universo amostral de entrevistados nas comunidades, seguiremos a metodologia que orienta para estudos etnobiológicos em comunidades onde o número de famílias é até 50, deve-se proceder entrevistas em todas as famílias. As entrevistas serão feitas mediante aplicação de formulários abordando três módulos: 1- dados socioeconômicos, 2- dados etnobotânicos e 3- dados sobre percepção sobre meio ambiente. Serão entrevistados apenas os moradores maiores de idade e que se disponibilizem a dar entrevistas. Serão adotadas as faixas etárias definidas pelo IBGE (2010): jovens (18 a 24 anos); adultos (25 a 59 anos) e os idosos (a partir de 60 anos). Em caso de impossibilidade das visitas para realização das entrevistas, serão enviados formulários para os representantes da região para que o mesmo auxilie na coleta das informações. Para identificação das plantas melitófilas, será utilizada a técnica de turnê-guiada, aplicada nos quintais e matas próximas as residências nos locais selecionados para o estudo. Para coleta do material botânico, serão obedecidas as regras de coleta para plantas e herborização. Como instrumento de auxilio serão realizados registros fotográficos. Por fim, para a identificação botânica serão utilizadas análises morfológicas, consultas literárias e comparações com materiais incorporados ao acervo do herbário da Universidade Federal do Ceará.