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Campus:
CAMPUS CEDRO
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
I Ciclo de estudos horizontais sobre Educação para as Relações étnico-raciais - ERER
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Diversidade Étnico-racial
Data de Início:
02/06/2021
Previsão de Fim:
01/12/2021
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
40
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Online
Formas de Avaliação:
Questionário
Relatório
Participação
Frequência
Debate
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
E-mail
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Daniela Fernandes Rodrigues
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Andréia Gonçalves da Silva IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 02/06/2021 01/12/2021
Daniela Fernandes Rodrigues IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 02/06/2021 01/12/2021
Deyseane Pereira dos Santos Araujo IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/06/2021 01/12/2021
Ivonilza Diniz Vieira de Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 02/06/2021 01/12/2021
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O projeto de extensão intitulado de I Ciclo de estudos horizontais sobre Educação para as Relações étnico-raciais-ERER objetiva criar possibilidades para a construção de uma educação para as relações étnico-raciais no âmbito institucional e na sociedade em geral. Intentamos, com essa ação operar deslocamentos discursivos oferecendo abordagens teóricas que visam diminuir os possíveis distanciamentos e entraves que permeiam tais questões, a fim de superar os agenciamentos de desigualdade e de invisibilidade vivenciados pelos povos indígenas e pelos negros. Tendo em vista que vivemos em uma sociedade que é racista, eurocêntrica e excludente, conforme Munanga (2016), o I ERER propõe uma desterritorialização dessa realidade, como diria Deleuze e Guattari (2009), uma linha de fuga para aquilo que é indiscutível, a promoção da igualdade.
Justificativa
O projeto justifica-se pela necessidade do desenvolvimento de uma educação que tenha como observância o respeito, a inclusão, a igualdade, a equidade e a diversidade nas/das relações étnico-raciais. Pois sabemos que a história do Brasil é construída de históricas lutas e resistências, dentro e fora do ambiente escolar. Perante essa constatação, sabemos que, de um modo geral, as nossas relações sociais não são harmoniosas por causa da cor da nossa pele, da classe social, do gênero, da identidade sexual, dentre outros aspectos. No que tange às relações étnico-raciais, o racismo, de acordo com Almeida (2018), é algo inerente à nossa sociedade, instituído no Brasil desde a sua colonização. Nas palavras de Conceição Evaristo (2019), tal temática, enquanto necessidade política e de sobrevivência, “(...) não é uma questão para o negro resolver”, ela perpassa a população brasileira e a sua história como um todo, pois a questão negra, e aqui acrescentamos a indígena à fala da autora, é uma questão da sociedade, sendo esta, como nos aponta Kabengele Munanga (2016), racista, eurocêntrica e excludente. Implantado nas próprias instituições e absorvido nas práticas cotidianas, o racismo é, por conseguinte, um processo político e histórico que se encontra reproduzido no imaginário social da população e na naturalização das práticas e lugares de marginalização social para os negros. É nesse contexto, que este projeto se institui, uma vez que acreditamos na necessidade de construirmos processos formativos que contribuam para construção de uma educação antirracista como forma de enfrentamento a desigualdade e ao racismo estrutural e estruturante. Considerado, sobretudo, uma ideologia, como afirma Kabengele Munanga (2016), e, assim sendo, não combatido apenas por leis, já que estas promovem apenas a sua inibição, o racismo brasileiro, segundo aqui cremos, só poderá ser desconstruído com educação, na sala de aula e fora dela. É pertinente destacar, nesta perspectiva, que a compreensão de educação aqui apresentada parte do pressuposto da educação em um sentindo amplo, extramuros, como destaca Libâneo ( 2013), uma prática social global necessária à convivência em sociedade e ao desenvolvimento da humanidade, em que a apropriação científica e cultural corrobore como ferramenta instrumentalizadora na construção dos saberes e fazeres, e, nesse caso específico, na direção de uma educação antirracista que, através do aquilombamento , luta para corrigir as assimetrias nas questões étnico-raciais, visto que A luta contra toda e qualquer forma de naturalização e estigmatização das diferenças tornou-se um dever da humanidade, pois as experiências humanas já vividas e as que assistimos nesse início do século XXI, têm-nos revelado que a intolerância, o racismo e a discriminação, ou seja, formas negativas de lidar com as diferenças, poderão nos levar a intensos processos de desumanização. (GOMES, 2006, p. 28) Isto posto, a perspectiva da construção de ciclos de estudos voltados para uma educação antirracista se apresenta como uma fissura nesta máquina social e técnica que coloca o negro, o indígena e as suas relações como uma alteridade não assimilável. Discutir essas questões é, portanto, uma urgência social e política absolutamente inegociável.
Público Alvo
Participantes dos movimentos sociais, ativistas e os interessados em geral. Pois prospectamos estabelecer parcerias futuras com esses setores da comunidade externa.
Objetivo Geral
Criar possibilidades para a construção de uma educação para as relações étnico-raciais no âmbito institucional e na sociedade em geral.
Objetivo Específico
- Contribuir com apropriação teórica, debates e reflexões sobre o combate as diversas formas de preconceito, racismo e discriminação. - Estimular a construção de ações educativas que valorizem a troca de saberes, na busca de uma sociedade justa e equânime nos aspectos ético-raciais. - Discutir sobre as possiblidades de construção da identidade negra da comunidade acadêmica do IFCE-Cedro. - Promover uma educação antirracista usando como recurso a luta contra o epistemicídio negro.
Metodologia
O projeto será executado em três etapas. Para tanto, seguiremos a seguinte logística. Etapa 01 – Consistirá na apropriação teórica e prática da literatura sobre as questões que estão relacionadas as relações étnico-raciais por parte das coordenadoras e monitoras. Posteriormente, elaboração, divulgação e disponibilização do formulário de inscrição (google forms) com 40 vagas, sendo 25 vagas destinadas para comunidade interna e 15 vagas para a comunidade externa, com link disponibilizado nas redes sociais oficiais do campus e das redes sociais das coordenadoras. Etapa 02 – A fase de execução, que será composta por um encontro a cada mês, totalizado 7 encontros. Todos com duração de 1 hora e 30 minutos, através do Google Meet, como link enviado por e-mail e disponibilizado no grupo de Whatzapp. As discussões se voltarão para debates e reflexões sobre os livros e textos científicos e/ou literários previamente apresentados e compartilhados pelo e-mail. As atividades de estudo mensais serão coordenadas pelas coordenadoras, monitoras e integrantes do Neabi- Cedro. Etapa 03 - Finalizaremos com o relatório final e a produção de um artigo cientifico.