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Campus:
CAMPUS ACARAU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
IF Mais Empreendedor para o setor de Bares e Restaurantes da região do Baixo Vale do Acaraú no Ceará.
Área Temática:
Trabalho
Linha de Extensão:
Desenvolvimento Regional
Data de Início:
12/06/2021
Previsão de Fim:
13/12/2021
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
11
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
20
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Incubadoras de Empresas
Modelo de Oferta da Atividade:
Online
Formas de Avaliação:
Trabalhos Escritos
Trabalho em grupo
Reunião
Relatório
Questionário
Pesquisa de Satisfação
Participação
Frequência
Debate
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
E-mail
Cartaz
Áudio
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Maria Elisangela de Sousa
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Camila Franco IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 12/06/2021 13/12/2021
Cristiane de Sousa Florencio IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 12/06/2021 13/12/2021
Graciela Soledad Medina Mejia IFCE Integrante Discente IFCE Sim 20 11/06/2021 13/12/2021
Italo Emanuel Rolemberg dos Santos IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 11/06/2021 13/12/2021
Jairo Menezes Ferraz IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 11/06/2021 13/12/2021
Judy Sousa Araujo IFCE Integrante Discente IFCE Sim 20 11/06/2021 13/12/2021
Luciano de Lima Sobrinho IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 11/06/2021 13/12/2021
Maria Antonieta de Oliveira Santos IFCE Integrante Discente IFCE Sim 20 11/06/2021 13/12/2021
Maria Diana Andrade Lopes IFCE Integrante Discente IFCE Sim 20 11/06/2021 13/12/2021
Maria Elisangela de Sousa IFCE Coordenador Docente IFCE Sim 4 11/06/2021 13/12/2021
Sabrina Victor de Araújo IFCE Integrante Discente IFCE Sim 20 11/06/2021 13/12/2021
Samara Rocha da Costa IFCE Integrante Discente IFCE Sim 20 11/06/2021 13/12/2021
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
SEBRAE Regional de Itapipoca Sim Acordo de cooperação
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O projeto IF Mais Empreendedor para o setor de Bares e Restaurantes da região do Baixo Vale do Acaraú no Ceará visa atender a empresas de pequeno porte, microempresas (ME) e microempreendedor individual (MEI) do setor de alimentos e bebidas, especificamente o segmento de bares e restaurantes, que atuam na região do Baixo Vale do Acaraú. A região baixo vale do Acaraú, conforme mencionado anteriormente, engloba os municípios e suas respectivas populações: Acaraú-CE (63.104 habitantes), Itarema-CE (42.215 habitantes), Cruz-CE (24.977 habitantes), Bela Cruz-CE (32.722 habitantes), Marco-CE (27.595 habitantes), Morrinhos-CE (22.685 habitantes) e Jijoca de Jericoacoara-CE (20.087 habitantes), IBGE (2020). Desta forma, serão selecionados cinco empreendimentos localizados nos municípios descritos anteriormente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) utiliza como critério o número de funcionários para classificar o porte de uma empresa, desta forma, este será o parâmetro utilizado para selecionar os cinco empreendimentos que serão assistidos pelo projeto. Portanto, serão selecionados comércios e serviços do setor de alimentos e bebidas, especificamente do segmento de bares e restaurantes, considerando as atividades regulamentadas na resolução nº 150 de 03 de dezembro de 2019, e classificados como pequena empresa, que possua entre 10 e 49 empregados; microempresa (ME) que possuem de 9 a 19 empregados e empresas constituídas por um empreendedor, como no caso do MEI. Quanto às áreas de atuação do projeto, será trabalhado junto a esses empreendimentos, uma remodelagem de negócios, atuando não apenas na parte financeira, mas em todas as partes que forem diagnosticadas como necessárias, tais como marketing (relacionamento com o cliente, e divulgação da marca), logística (uso de ferramentas para atendimento ao cliente); adequação à protocolos sanitários de acordo com as novas exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), oportunidade de desenvolvimento de novos produtos (combos/ embalagens); ferramentas de tecnologia da informação adequadas aos empreendimentos de restaurante e bar, dentre outros aspectos tecnológicos e gerenciais identificados durante diagnóstico junto aos empreendedores a serem assistidos. Considerando as temáticas a serem trabalhadas, a equipe de execução será composta por docentes das áreas de administração, tecnologia em alimentos, turismo e tecnologia da informação, que por meio de sua formação, experiência no mercado e no desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão contribuirão para o alcance do objetivo proposto pelo projeto. Para o desenvolvimento das atividades previstas pelo projeto, os alunos bolsistas precisam ter conhecimento da área (alimentos e bebidas) e sobre empreendedorismo, portanto serão selecionados alunos dos cursos técnicos subsequentes de restaurante e bar, cursos técnicos subsequentes de eventos e discentes dos cursos superiores que possuam formação ou experiência na área de alimentos e bebidas ou que tenham cursado a disciplina de empreendedorismo.
Justificativa
O incentivo à atitude empreendedora no Brasil tem sido crescente nos últimos anos, dentro de um contexto em que as instituições de ensino superior estão inserindo em suas matrizes curriculares o ensino da disciplina Empreendedorismo em conjunto com as práticas didático-pedagógicas. O Empreendedorismo pode ser definido como o processo de criação de algo novo, com valor, ao qual é dedicado o tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais, e recebendo as recompensas monetárias resultantes bem como a satisfação pessoal de independência (SHANE, VENKATARAMAN, 2000). Na lei fundamental da economia de qualquer mercado, regidos pelo comportamento da oferta e da demanda, tem-se o empreendedorismo ligado à oferta de um produto no mercado. Entretanto, essas ofertas têm sido diretamente afetadas pelas restrições impostas à demanda do mercado, devido ao atual momento de pandemia que a população mundial vive. Durante o período pandêmico, observa-se o setor turístico como um dos setores econômicos mais impactados negativamente pela pandemia covid-19, visto que tal atividade, sendo caracterizada pelo deslocamento das pessoas, sofreria um enorme impacto ao longo de toda sua cadeia produtiva e em todos os segmentos. Em escala mundial, a Organização Mundial do Turismo (OMT) destaca uma perda de US$ 80 bilhões de dólares quanto a exportações de turistas no mundo (World Tourism Organization, 2020). Já em escala nacional, Bochini (2020) traz que o índice das atividades turísticas no Brasil caiu 36,7% em 2020 comparado com 2019 no mesmo período em função da pandemia da COVID-19. Focando o estudo para o âmbito regional, embora não se tenha dados específicos de avaliação do impacto da pandemia na atividade turística do Estado Cearense, pode-se relacioná-la ao setor de serviços ao avaliar a queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste setor. Dados publicados pelo Governo do Estado, relatam a queda do setor de Serviços em 3,6% no ano de 2020, sendo este valor inferior ao desempenho brasileiro no mesmo período (CEARÁ, 2021). Nesse contexto de desaceleração do turismo, encontram-se as Atividades Características do Turismo (ACT’s), onde Barbosa (2020), ao trazer uma análise nacional, verifica o impacto da Covid-19 nessas ACT’s ao relacionar os volumes de perda econômica com o tempo. Os resultados mostram perdas econômicas podendo chegar em R$116,7 bilhões no biênio 2020-2021 em comparação ao PIB do setor em 2019, o qual representa uma perda de 21,5% na produção total do período (BARBOSA, 2020). Dentre essas ACT’s, tem-se a atividade de alimentação, que envolve os empreendimentos de bares e restaurantes. Segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Economia e apresentados pela secretaria de gestão, esta atividade encontra-se como a mais impactada no período de janeiro a julho de 2020. Os estudos realizados mostram um saldo entre contratações e demissões realizadas por empresas presentes na economia do turismo, sendo este saldo negativo em 364.044 postos de trabalhos informais. Dentro deste saldo, a ACT de Alimentação foi impactada com 223.786 postos, correspondendo com mais de 60% dos postos de trabalhos perdidos (BRASIL, 2020). Contudo, para fortalecer a importância do setor turístico e suas atividades características no estado cearense, assim como na região de estudo para este projeto, vale destacar dados relacionados ao período anterior à pandemia. Segundo dados do Governo do Brasil, o país apresentou em 2019 crescimento do turismo em 2,6%, dando destaque para os Estados do Ceará, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que apresentaram respectivamente os índices de 5,4%, 5,1%, 2,5% e 2,3% de crescimento (BRASIL, 2020). Este crescimento que deixou o Ceará em primeiro lugar é reforçado ao relatar que em 2019 o estado teve o maior crescimento de turistas europeus do país (CEARÁ, 2019). O crescimento econômico do turismo no estado do Ceará também é comprovado pelos registros da Secretaria de Turismo do Estado (SETUR) nos “Indicadores Turísticos de 2010/2019'', apresentados em janeiro de 2020, tendo como indicativos as chegadas de turistas via Fortaleza, receita turística, permanência diária do turista, renda gerada e impactos no PIB. Neste último indicativo pode-se visualizar um importante crescimento econômico, visto que no primeiro ano de análise, 2010, o turismo impactava em 10,5% do PIB estadual, tendo um aumento de 2% ao longo de 9 anos, chegando em 2019 impactando em 12,6% (CEARÁ, 2020). O mesmo registro da SETUR (2020) mostra a importância da ACT de alimentação para o setor turístico do Estado. Os dados apresentados pela secretaria, contabilizam um total de 3.856 prestadoras de serviços turísticos, onde 1.200 (31,1%) são restaurantes. Dentre os principais destinos turísticos do Estado, que ajudam e fortalecem esses números, está a praia de Jericoacoara, considerada o destino principal da região turística Litoral Extremo Oeste do Ceará, a qual necessita de estratégias do setor público e privado para retornar ao crescimento apresentado antes pandemia. Esse destino trata-se de um dos 65 destinos indutores do turismo regional brasileiro, apontado pelo MTur para integrar o Plano Nacional do Turismo proposto para o período 2007-2010 dado o padrão de qualidade internacional (SOUSA, 2018). Alcançar o topo do turismo, é ser categorizado com o conceito A no Mapa do Turismo Brasileiro, tendo a praia de Jericoacoara subido da categoria B, em 2015, para a categoria A no levantamento de 2018, após apresentar um desenvolvimento econômico no setor (BRASIL, 2018). No entorno de Jericoacoara encontram-se os municípios do Baixo Vale do Acaraú, que além de Jijoca de Jericoacoara engloba Acaraú, Itarema, Cruz, Bela Cruz, Marcos, Morrinhos, onde os empreendimentos instalados nessa região estão relacionados a referida atividade econômica, especificamente o setor de bares e restaurantes. Estes municípios contam com muitas possibilidades e potencialidades de se viabilizar economicamente, onde o turismo apresenta-se como uma atividade econômica de forte influência devido à localização geográfica próximo à Vila de Jericoacoara, conforme mencionado anteriormente (SDLR, 2016). Alguns desses municípios são considerados corredores turísticos devido às suas localizações geográficas serem ao longo da rodovia CE-085, que liga a capital Fortaleza à Jericoacoara, além de também fazerem parte dos passeios turísticos disponíveis aos turistas neste destino indutor devido sua proximidade. Isto faz com que esses municípios tenham um grande desenvolvimento no setor alimentício, buscando contemplar não somente a demanda local, mas a demanda oriunda de Jericoacoara. Para Sousa (2018), embora Jericoacoara seja destino indutor do turismo regional do litoral extremo oeste do Ceará, não consegue induzir os municípios vizinhos no desenvolvimento da atividade turística, pois falta articulação política dos gestores. A mesma autora relata que a cadeia produtiva do turismo dos municípios vizinhos a Jericoacoara avança seu crescimento com foco no segmento de bares e restaurantes, impulsionado a partir do festival do Camarão da Costa Negra. Este importante evento regional, desenvolvido pela iniciativa privada, foi criado para dar visibilidade ao Arranjo Produtivo Local-APL da carcinicultura e ao camarão da Costa Negra. Uma fragilidade do segmento de bares e restaurantes na região é a informalidade, visto que não há na região atuação de órgãos como SEBRAE, CDL, CINE entre outros. Com isto, a necessidade de trabalho da população para sua sobrevivência, garante a mão de obra barata e desqualificada, o que com a pandemia torna esse público ainda mais vulnerável sem ter acesso aos benefícios do governo estadual para os profissionais que atuam em bares e restaurantes. Observando este cenário de crise e de potencialidades existentes, percebe-se que não basta somente avaliar os impactos imediatos que o vírus trouxe ao mundo, mas sim iniciar estratégias de recuperação, visto que a profundidade e a complexidade do impacto do COVID-19 exigem uma reação de curto prazo e uma prontidão de longo prazo (GRETZEL, 2020). Sendo assim, enquanto se busca solução financeira para evitar o colapso do setor, dentro do possível, deve-se voltar o olhar para a retomada dos negócios, tendo como regra básica para uma crise que foge ao controle das empresas, um replanejamento dos negócios o quanto antes (BARBOSA, 2020). Esse replanejamento vai exigir das empresas e dos destinos já consolidados no mercado turístico, a necessidade de se adaptarem e se reorganizarem para não caírem na crise econômica ou no esquecimento dos clientes. O apoio ao desenvolvimento de iniciativas empreendedoras e estratégias para ajudar na recuperação dos pequenos empreendimentos, torna-se fundamental para a sustentabilidade da atividade, contribuindo para a geração de empregos, o desenvolvimento e crescimento econômico. Vale aqui ressaltar a importância das micro e pequenas empresas no país, onde dados levantados pelo SEBRAE (2021) apontam que as 8,9 milhões de micro e pequenas empresas existentes representam 27% do PIB nacional, 52% dos empregos com carteira assinada e 40% dos salários pagos. Para o setor em estudo neste projeto, setor de restaurante e bar, o quantitativo de micro e pequenas empresas representa atualmente 2,7% do PIB brasileiro, com alto potencial de empregabilidade de mão de obra não especializada (ABRASEL, 2021). Paralela a essa necessidade, a interiorização dos Institutos Federais e a ampliação da interação com a comunidade estaria levando o ensino técnico e superior a incorporar as funções de desenvolvimento econômico às suas já clássicas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Desta forma, diversos mecanismos têm sido observados no âmbito desta relação, como ferramenta de política industrial, tecnológica e de promoção do desenvolvimento local e regional da comunidade onde estiver inserido (DINIZ; OLIVEIRA, 2014); (WEBSTER; ETZKOWITZ, 1991). Um destes mecanismos, seria a oferta de capacitação e compartilhamento de conhecimento teórico e disseminação do espírito empreendedor entre atores sociais que possuem vivência e que poderiam melhorar seu desempenho a partir destas iniciativas. Nesse contexto, o desenvolvimento de projetos de extensão apresenta-se como uma proposta envolvente para a disseminação do espírito empreendedor entre discentes e comunidade. Assim, os Institutos de Ensino podem atuar como agentes de desenvolvimento local desenvolvendo ações construídas a partir do ensino, assim como da pesquisa, uma vez que é combinatória e integra o empreendedorismo. Desta forma, a referida proposta visa auxiliar no desenvolvimento econômico da região do Baixo Vale do Acaraú, especificamente cinco pequenos empreendimentos no setor de bares e restaurantes, por meio da promoção de ações voltadas ao atendimento, apoio, orientação e remodelagem destes negócios que foram afetados negativamente pela Pandemia da Covid-19 com vista a auxiliar na recuperação diante do cenário atual. Optou-se em atuar no setor de bares e restaurantes devido a sua relação com o turismo e a representatividade que a atividade econômica tem na região, como descrito anteriormente. Além do IFCE Campus Acaraú, disponibilizar em sua grade de cursos, os cursos técnicos de Eventos e Restaurante e Bar, voltados para os setores de turismo e alimentação, contando assim com um quadro de professores formados na área de administração, gastronomia, turismo, hotelaria, publicidade, tecnologia e engenharia de alimento, além de experiência no mercado privado. A atuação dos alunos neste projeto possibilita aos mesmos entender a realidade local e do mundo do trabalho, auxiliar na prática e experiência relacionadas aos conhecimentos adquiridos em sala de aula, ofertar sua contribuição para a sociedade e contribuir com o desenvolvimento pessoal e profissional do discente durante o processo de formação do curso. Além disso, a disciplina de Empreendedorismo, fortemente trabalhada nos cursos técnicos, contribuirá para que os discentes possam despertar a competência empreendedora ao atuar neste projeto. Em termos de articulação entre ensino, pesquisa e extensão, a realização da referida proposta possibilitará a consolidação de dados por meio de pesquisas desenvolvidas durante o projeto que poderão dar suporte à tomada de decisão pelo IFCE e por outros órgãos de fomento do setor, visto que existe carência de informações preliminares sobre a participação do setor de bares e restaurantes no baixo vale do Acaraú, tais como: quantidade de estabelecimento formais e informais, perfil de qualificação dos empresários, índice de geração de emprego e renda, entre outros. Quanto ao ensino, o material gerado pelo projeto servirá como base para a formatação de um programa de capacitação empreendedora, que poderá, posteriormente, ser conduzido em periodicidade semestral ou anual no formato de cursos de formação inicial e continuada (FIC) pelos docentes dos cursos técnico de restaurante e bar e curso técnico de eventos. Os benefícios e resultados advindos do projeto serão comunicados às comunidades acadêmica e externa, objetivando apresentar a importância do empreendedorismo, da atividade de extensão e produção de conhecimento para a formação e carreira dos estudantes, além de contribuir com uma imagem favorável do IFCE Campus Acaraú como um espaço de geração de conhecimento e contribuição com a comunidade.
Público Alvo
O projeto IF Mais Empreendedor para o setor de Bares e Restaurantes da região do Baixo Vale do Acaraú no Ceará visa atender a empresas de pequeno porte, microempresas (ME) e microempreendedor individual (MEI) do setor de alimentos e bebidas, especificamente o segmento de bares e restaurantes, que atuam na região do Baixo Vale do Acaraú. A região baixo vale do Acaraú, conforme mencionado anteriormente, engloba os municípios e suas respectivas populações: Acaraú-CE (63.104 habitantes), Itarema-CE (42.215 habitantes), Cruz-CE (24.977 habitantes), Bela Cruz-CE (32.722 habitantes), Marco-CE (27.595 habitantes), Morrinhos-CE (22.685 habitantes) e Jijoca de Jericoacoara-CE (20.087 habitantes), IBGE (2020). Desta forma, serão selecionados cinco empreendimentos localizados nos municípios descritos anteriormente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) utiliza como critério o número de funcionários para classificar o porte de uma empresa, desta forma, este será o parâmetro utilizado para selecionar os cinco empreendimentos que serão assistidos pelo projeto. Portanto, serão selecionados comércios e serviços do setor de alimentos e bebidas, especificamente do segmento de bares e restaurantes, considerando as atividades regulamentadas na resolução nº 150 de 03 de dezembro de 2019, e classificados como pequena empresa, que possua entre 10 e 49 empregados; microempresa (ME) que possuem de 9 a 19 empregados e empresas constituídas por um empreendedor, como no caso do MEI. Quanto às áreas de atuação do projeto, será trabalhado junto a esses empreendimentos, uma remodelagem de negócios, atuando não apenas na parte financeira, mas em todas as partes que forem diagnosticadas como necessárias, tais como marketing (relacionamento com o cliente, e divulgação da marca), logística (uso de ferramentas para atendimento ao cliente); adequação à protocolos sanitários de acordo com as novas exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), oportunidade de desenvolvimento de novos produtos (combos/ embalagens); ferramentas de tecnologia da informação adequadas aos empreendimentos de restaurante e bar, dentre outros aspectos tecnológicos e gerenciais identificados durante diagnóstico junto aos empreendedores a serem assistidos. Considerando as temáticas a serem trabalhadas, a equipe de execução será composta por docentes das áreas de administração, tecnologia em alimentos, turismo e tecnologia da informação, que por meio de sua formação, experiência no mercado e no desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão contribuirão para o alcance do objetivo proposto pelo projeto. Para o desenvolvimento das atividades previstas pelo projeto, os alunos bolsistas precisam ter conhecimento da área (alimentos e bebidas) e sobre empreendedorismo, portanto serão selecionados alunos dos cursos técnicos subsequentes de restaurante e bar, cursos técnicos subsequentes de eventos e discentes dos cursos superiores que possuam formação ou experiência na área de alimentos e bebidas ou que tenham cursado a disciplina de empreendedorismo.
Objetivo Geral
Auxiliar no desenvolvimento econômico da região cearense do Baixo Vale do Acaraú, especificamente em cinco pequenos empreendimentos no setor de bares e restaurantes, por meio da promoção de ações voltadas ao atendimento, apoio, orientação e remodelagem destes negócios que foram afetados negativamente pela Pandemia da Covid-19.
Objetivo Específico
Atender 05 empresas de pequeno porte, microempresas (ME) e microempreendedor individual (MEI) do setor de alimentos e bebidas, especificamente o segmento de bares e restaurantes, que atuam na região do Baixo Vale do Acaraú e que tenham sido atingidas negativamente pela pandemia da COVID – 19.
Metodologia
Com o intuito de alcançar o objetivo proposto, estrutura-se este projeto em oito etapas, onde somente as etapas 1 e 2 podem ocorrer em paralelo. Será apresentado nesta metodologia as ações realizadas nestas etapas, bem como os respectivos encaminhamentos que serão desenvolvidos pela equipe de servidores e discentes envolvidos nas ações. A metodologia de desenvolvimento participativo, buscando a construção coletiva entre os professores e os alunos extensionistas, será o foco deste projeto. 1ª Etapa: Prospecção e seleção das empresas assistidas Esta etapa refere-se à fase de mapeamento e seleção de empresas a serem assistidas pelo projeto. Assim, buscando contemplar empresas de todos portes especificados no Edital, dividiu-se o número total de vagas em: duas (2) vagas para MEI, duas (2) vagas para empresas de pequeno porte e uma (1) vaga para microempresa, totalizando 5 vagas. A justificativa para a distribuição das vagas se dá em virtude de: ➢ Empresas que têm registro como MEI: entende-se que a participação neste projeto irá ajudar no crescimento do negócio, contribuindo assim com o desenvolvimento econômico da região. ➢ Empresas de pequeno porte: levou-se em consideração a geração de emprego e renda para a região, já que tais empresas, podem, segundo IBGE empregar até 49 funcionários. Caso exista sobra de vaga, esta será remanejada inicialmente para MEI, visando empresas com “potencial de crescimento”. Caso ainda restem vagas, esta será remanejada para as empresas de pequeno porte, visando a geração de empregos. A prospecção ocorrerá a partir da elaboração de edital de chamada pública à empresas interessadas em aderir ao projeto, sendo a inscrição realizada eletronicamente por meio do Google Forms. O potencial candidato deve manifestar interesse no preenchimento do formulário e junto a isto, anexar documentos comprobatórios quanto à natureza da atividade realizada por seu negócio, localização e porte. O formulário será composto por questões relacionadas aos requisitos para participação no projeto e perguntas voltadas às dificuldades enfrentadas pelo negócio durante o período de pandemia, bem como seu impacto negativo. Inicialmente, estas informações ajudarão a equipe executora no levantamento das principais demandas do setor, podendo ainda contribuir na fase de diagnóstico, presente na terceira etapa deste projeto. Neste momento inicial do projeto, também será firmada parceria com as prefeituras dos municípios a serem assistidos pelo projeto, para divulgar a proposta e desta forma colaborar com a divulgação e acesso à informação, visando atingir potenciais participantes. Além da divulgação via prefeituras municipais, haverá ampla divulgação da chamada nas redes sociais (site e emails institucionais, instagram e facebook) do Campus Acaraú por meio do setor de Comunicação Social, bem como nas rádios locais. Na ocasião também será realizada live transmitida pelo canal oficial no YouTube do IFCE Campus Acaraú a fim de divulgar o edital e discutir possíveis dúvidas. O Sebrae Itapipoca que atende a região do Baixo Vale do Acaraú também será um parceiro nessa etapa, por meio da divulgação da chamada em seus canais de comunicação e utilização de seu banco de dados. Após conclusão das inscrições, serão analisadas as empresas inscritas utilizando como critério eliminatório a adequação aos requisitos mínimos para participação no projeto: 1. Possuir Cadastro como Pessoa Jurídica (CNPJ); 2. Estar enquadrada como pequena empresa, microempresa ou MEI; 3. Pertencer ao setor de restaurante e bar, levando em consideração atividades regulamentadas na resolução nº 150 de 03 de dezembro de 2019; 4. Localização em algum dos municípios do Baixo Vale do Acaraú; 5. Disponibilidade de tempo para participar das capacitações. Como critério classificatório será levado em conta o tempo de atuação do empreendimento no mercado, tendo maior pontuação aquelas empresas que estão há mais tempo e que já passaram pelo período crítico de sobrevivência do negócio, que seriam nos dois primeiros anos de existência e onde o setor de bares e restaurantes têm apresentado alto índice de mortalidade. Segundo pesquisa publicada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e realizada antes da pandemia, de cada 100 estabelecimentos abertos nesse setor, 35 fecham em até dois anos (ENDEAVOR, 2016). Item Pontuação por item Tempo de atuação (até 1 ano) 2 Tempo de atuação (entre 1 e 3 anos) 3 Tempo de atuação (acima de 3 anos) 5 Em caso de empate entre as empresas de pequeno porte e microempreendimentos (MEI), será considerado o quantitativo de geração de emprego realizado pelo empreendimento. Ao final desta etapa, serão definidos os 5 empreendimentos a serem assistidos pelo projeto e divulgado o resultado no site do IFCE Campus Acaraú. 2ª Etapa: Seleção e integração da equipe executora Esta etapa ocorrerá de maneira paralela à primeira etapa, sendo aqui realizado o processo seletivo dos estudantes bolsistas para composição da equipe de trabalho. A equipe executora será composta por 1 coordenador de equipe, já escolhido, 5 professores que atuarão no projeto voluntariamente e 6 bolsistas. Para seleção dos seis bolsistas, esta etapa será subdividida em 2 (duas) fases: análise da inscrição e entrevista virtual. 1ª Fase - Análise de inscrições Nessa etapa será divulgado o edital de seleção nas redes sociais do IFCE Campus Acaraú visando o alcance do maior número de discentes. As inscrições dos candidatos serão realizadas por meio da plataforma Google Forms de acordo com requisitos estabelecidos no edital. Para seleção de candidatos na referida etapa, serão utilizados os seguintes critérios eliminatórios apresentados: 1. Estar cursando o Curso Técnico em Restaurante e Bar ou o Curso Técnico em eventos; ou 2. Estar cursando outro Curso Técnico do Campus, além dos mencionados no tópico anteriormente, desde que tenha formação e/ou experiência em restaurante e bar; ou 3. Estar cursando Curso de Ensino Superior, desde que tenha formação e/ou experiência em restaurante e bar ou ainda que tenham cursado a disciplina ou cursos de empreendedorismo; Após a etapa eliminatória, serão destinadas 4 (quatro) vagas aos alunos dos cursos técnicos e 2 (duas) aos alunos do ensino superior, utilizando como critério classificatório para a segunda fase a pontuação especificada na tabela abaixo: Item Quantidade (máxima) Pontuação por item Organização de cursos e eventos; 1 2 Participação em cursos e eventos sobre empreendedorismo; 2 2 Participação na equipe de execução de projetos de extensão 2 3 Após análise das inscrições, juntamente com as documentações encaminhadas pelos candidatos, de acordo com os critérios estabelecidos no edital, será divulgada a lista de aprovados na 1ª fase no site do IFCE Campus Acaraú para posterior agendamento das entrevistas que ocorrerão na segunda fase. 2ª Fase - Entrevistas virtuais Nessa fase serão agendadas e realizadas as entrevistas virtuais com os doze primeiros classificados na etapa anterior. O agendamento ocorrerá via whatsapp ou email e as entrevistas serão realizadas pelo Google Meet com duração média de 30 minutos, sendo observados os seguintes critérios para seleção: Item Pontuação Disponibilidade de tempo - Possuir disponibilidade de 20 horas semanais para dedicação ao projeto. 5,0 Interesse pelo projeto - Justificativa para participação na seleção 0,0 a 3,0 Organização - Capacidade de organizar e sistematizar seu próprio trabalho, identificando métodos que assegurem a continuidade do processo. 0,0 a 3,0 Iniciativa - Antecipar-se a situações, necessidades e problemas, tomando ações preventivas, sendo responsável pelas suas ações e decisões tomadas. 0,0 a 3,0 Trabalho em equipe - Capacidade de manter e estimular um bom relacionamento com equipe de trabalho, buscando a construção de parcerias. 0,0 a 3,0 Comunicação - Capacidade de transmitir ideias de forma clara, consistente, objetiva e estruturada. 0,0 a 3,0 Após realização da entrevista será divulgada a lista de classificados para o projeto, sendo selecionados os seis primeiros colocados no somatório das etapas 1 e 2. Em seguida haverá o encontro virtual para estabelecimento de vínculos com a equipe de trabalho, bem como formalização por meio da assinatura do termo de compromisso do discente bolsista e envio dos documentos necessários a seu cadastro no programa do Sistema Conveniar e no AVP. Também será realizado um momento de integração e alinhamento sobre as expectativas de desempenho e objetivos do projeto. Nessa etapa, o coordenador de equipe participará das capacitações estipuladas pelo Coordenador Geral do Programa necessárias ao desenvolvimento do projeto. 3ª Etapa: Diagnóstico empresarial Na terceira etapa, após seleção dos empreendimentos e dos bolsistas, será iniciada a fase de diagnóstico empresarial, onde serão mapeados os efeitos da pandemia em cada negócio assistido, bem como as possíveis causas e soluções para alavancar os empreendimentos. Na ocasião haverá reunião individual com os empreendedores para apresentação do projeto IF Mais Empreendedor e início das atividades de elaboração do Diagnóstico Empresarial. O referido momento será realizado de forma remota a partir de reunião on-line por meio da ferramenta Google Meet e utilizando a técnica de entrevista semi-estruturada, seguindo roteiro pré-elaborado de questões fechadas e abertas para nortear o diagnóstico. A pesquisa realizada na 1ª etapa do projeto, junto aos empreendimentos inscritos no processo seletivo, fornecerá informações para elaboração desse roteiro, considerando que na pesquisa, estarão listadas as principais carências e demandas do setor relatadas pelos empreendedores. Para aprofundamento dessa análise diagnóstica será utilizada a Matriz SWOT, o diagrama de Ishikawa e BSC. A análise SWOT proporcionará uma análise do ambiente externo e do ambiente interno da empresa, para auxiliar o gestor na definição do plano de ação para reduzir os riscos e aumentar as possibilidades de êxito do negócio. A matriz ajudará na identificação das forças e fraquezas relacionadas ao aspecto interno da empresa e as oportunidades e ameaças relacionadas ao ambiente externo. Enquanto o diagrama de Ishikawa, possui foco nos problemas relacionados ao ambiente interno e possibilita relacionar um problema de desempenho a suas possíveis causas diretas e secundárias e identificar oportunidades de melhorias. Será ainda utilizada a metodologia do Balanced Scorecard (BSC) para verificar os aspectos financeiros (lucratividade e retorno financeiro); Perspectiva dos Clientes (relacionamento com o mercado); Perspectiva de Processos Internos; e Perspectiva de Aprendizado e Crescimento. Ao final desta etapa haverá a apresentação e discussão do diagnóstico empresarial para cada uma das empresas selecionadas. 4ª Etapa: Construção do Plano de apoio Após apresentação e discussão do Diagnóstico Empresarial, inicia-se a etapa de construção do Plano de Apoio para cada uma das empresas e apresentação aos empreendedores. A construção desse plano será realizada de maneira conjunta com os empreendedores através de uma oficina com a utilização do Modelo de Negócios Canvas, fazendo com que os empreendedores assistidos possam ter uma visão resumida e geral do seu negócio. O Modelo de negócios Canvas é uma técnica ou abordagem para formulação ou remodelagem de um negócio que apresenta visualmente e resumidamente um conceito esquemático do modelo de negócios da empresa dividido em 9 blocos que descrevem o valor ou benefício do produto ou serviço oferecido, o segmento de cliente atendido, o tipo de relacionamento a ser estabelecido para atração e fidelização de clientes, os canais de contato, as fontes de receitas, as parcerias estabelecidas, as atividades-chaves, os recursos principais e a estrutura de custo da empresa. Para elaboração do plano de apoio serão utilizadas as ferramentas de gestão 5W2H e a metodologia de gerenciamento de projetos IPECE que é fundamentada no project management body of knowledge (PMBOK). A metodologia IPECE irá colaborar com a estruturação e monitoramento do plano ao passo que divide o processo nas seguintes fases: Iniciação, Planejamento, Execução, Controle e Encerramento, marcados pela revisão e avaliação de desempenho a cada fase. Já a ferramenta 5W2H irá contribuir para que as atividades especificadas no plano de apoio sejam desenvolvidas com o máximo de clareza e eficiência por todos os envolvidos na execução do plano de apoio. O plano de apoio às empresas será dividido em dois tipos de ação: consultoria e capacitação. As ações de capacitação serão realizadas coletivamente quando houver a mesma demanda em mais de um negócio, ou individualmente para atender às necessidades particulares. As consultorias serão realizadas por profissionais que possuem know-how nas demandas identificadas durante o diagnóstico e serão realizadas individualmente. Nessa etapa será estabelecida parceria com o SEBRAE Itapipoca, as secretarias municipais de turismo e saúde, o setor de vigilância sanitária e a Associação brasileira de bares e restaurantes (Abrasel) para apoio na realização de capacitações ou consultoria aos empreendedores assistidos. 5ª Etapa: Execução da proposta A fase de maior impacto do projeto será voltada a condução das ações de capacitação e mentoria junto aos empreendedores, trabalhando os temas identificados na fase de diagnóstico. A carga horária e a metodologia adotadas nas capacitações serão definidas de acordo com as temáticas a serem trabalhadas. A ideia prévia é que os assuntos sejam divididos em quatro módulos que ocorrerão em periodicidade mensal inicialmente, esta premissa será validada de acordo com a disponibilidade e dinâmica das comunidades inseridas no projeto. A cada formação haverá uma fase de aplicação do conhecimento adquirido para melhoria do seu negócio. As qualificações ocorrerão de forma remota, utilizando o Moodle como Ambiente Virtual do Programa (AVP), que também será uma ferramenta que servirá como um espaço virtual de interação entre todos os integrantes do programa e controle das ações realizadas, conforme orientado no edital de chamada para o programa. O processo de consultoria se dará a partir de acompanhamento por um profissional mais experiente na área de atuação desejada e também serão realizadas em maior frequência de forma remota. Caso haja necessidade de visita in loco serão obedecidas as medidas sanitárias vigentes de forma a garantir a segurança dos envolvidos na ação. Além de contar com o suporte dos docentes envolvidos no projeto, os empreendedores assistidos também terão o auxílio de 1 bolsista para implementação do plano de ação estabelecido na consultoria e para colocar em prática os conteúdos compartilhados nas capacitações. 6ª Etapa: Acompanhamento do desenvolvimento do Plano de apoio Nessa etapa o coordenador de equipe participará de reuniões mensais com a Coordenação Institucional e, quando necessário, com a Coordenação Geral do Programa. Como forma de acompanhamento da realização das atividades propostas no projeto, serão realizadas reuniões semanais com os bolsistas para acompanhamento das macro atividades e seu detalhamento em subtarefas com prazos definidos para execução, além da utilização de ferramentas digitais, tais como o Google Drive para atualização on-line das atividades a serem realizadas. O acompanhamento individual será realizado diariamente via whatsapp. Para facilitar o acompanhamento das ações também será utilizado o sistema CONVENIAR, que se trata de um sistema de gestão de projetos contratado pela FADEMA que facilita o acompanhamento, em tempo real, da execução dos projetos. O objetivo da utilização do sistema é otimizar e dar transparência à gestão dos projetos, conforme mencionado no edital. Para acompanhamento quanto à realização das capacitações, serão aplicadas ao final de cada curso uma avaliação para medir a retenção de conteúdo e outro instrumento para medir o nível de satisfação dos participantes quanto aos aspectos metodológicos, logísticos e de conteúdo. Também por meio da promoção de debates e discussão entre os alunos participantes será possível medir os ganhos advindos do projeto na percepção deles mesmos, quanto às suas atitudes. Quanto ao acompanhamento de metas e indicadores, foram estabelecidos os seguintes itens para avaliação dos resultados: ➢ Número de pedidos: quantidade de pedidos realizados durante os dias de funcionamento em uma semana. A forma de coleta dos dados dependerá da dinâmica de funcionamento de cada empresa assistida. ➢ Quantidade de conformidades em relação ao protocolo sanitário: Auditoria inicial visando comparar a quantidade de itens conformes e não-conformes antes e depois da implementação, utilizando checklist tendo como base a RDC nº 216/2004 da ANVISA. ➢ Pesquisa de satisfação com alguns clientes sobre qualidade no atendimento: realizada por amostragem e por meio de formulário eletrônico. ➢ Faturamento como indicador financeiro ➢ Número de seguidores/ engajamento na rede social Para estabelecimento dos indicadores será realizado na primeira semana de acompanhamento dos empreendimentos uma capacitação para orientar sobre os indicadores estabelecidos e sua forma de mensuração. Desta maneira, o empreendedor poderá realizar o levantamento inicial desses indicadores durante uma semana e assim criar um parâmetro de comparação para acompanhar a evolução dos resultados. 7ª Etapa: Apresentação de resultados aos empreendimentos atendidos Como etapa final, após a realização das ações de capacitação e consultoria, será realizada uma reunião para apresentação de indicadores e resultados junto aos empresários assistidos, bem como a aplicação de uma pesquisa de satisfação e avaliação do impacto das ações na alavancagem do empreendimento assistido e no desenvolvimento pessoal e profissional dos atores envolvidos. 8ª Etapa: Divulgação/ Publicitação dos resultados Nessa etapa haverá a apresentação dos resultados em um evento de encerramento. Será programada uma live transmitida no canal oficial do IFCE Campus Acaraú no YouTube onde os empreendedores irão relatar os resultados alcançados a partir de sua participação no programa. Também será apresentado, pelos alunos bolsistas, relatos sobre o trabalho por eles realizado como: Impacto do projeto em sua vida acadêmica, os aprendizados obtidos ao longo do projeto dentre outros O material gerado pelo projeto servirá como base para formatação de um programa de capacitação empreendedora, que poderá, posteriormente, ser conduzido em periodicidade semestral ou anual no formato FIC pelos docentes dos cursos de restaurante e bar e eventos. Tais informações também serão compartilhadas com órgãos públicos de interesse no tema, como a secretaria de desenvolvimento econômico, social e educação, bem como a instituições de fomento ao empreendedorismo, como o Sebrae. Vale ressaltar que no decorrer da execução do projeto, os bolsistas serão estimulados a produção acadêmica científica a partir da vivência no projeto de extensão, bem como a futura submissão de trabalhos em eventos ou periódicos alinhados ao empreendedorismo. Considerando que atividades de extensão como esta, ajudam a promover a instituição como formadora de conhecimento e de incentivo a outros alunos a adentrar no trajeto de pesquisa e extensão, contribuindo desta maneira, com a formação de cidadãos críticos e reflexivos, capazes de transformar sua realidade social. Como estratégias de forma de disseminação e publicitação dos resultados serão propostas as seguintes atividades: ➢ Promover a divulgação dos resultados do projeto em evento específico, apresentando as atividades desenvolvidas destacando a importância dos registros das ações e dos produtos resultantes contribuindo para a formação acadêmica dos estudantes e melhoria das Micro e/ou Pequenas Empresas ou Empreendedores Individuais; ➢ Apresentação do projeto, execução e resultados obtidos à comunidade acadêmica: aos discentes e servidores técnico-administrativo por meio de pauta nos encontros pedagógicos dentre outras oportunidades, e aos alunos a partir de publicação no site, redes sociais do campus e exposição de relato de experiência por parte dos bolsistas em evento online; ➢ Propor junto às coordenações de pesquisa e extensão um momento ao final e início do semestre para exposição conjunta das atividades dessa natureza ocorridas durante esse período, como forma de estimular docentes e discentes à prática além da atividade de ensino; ➢ Utilizar espaço na rádio local Acaraú FM para divulgar as ações à comunidade; ➢ Transformar a experiência em pesquisa no formato estudo de caso ou relato de experiência para submissão em eventos e publicação em periódicos voltados a temática de empreendedorismo e atividades de extensão, pois a partir da divulgação em eventos e periódicos científicos há o incentivo à iniciativas de fomento ao empreendedorismo e projeção da atividade realizada; ➢ Realizar articulação com outras instituições de fomento ao empreendedorismo e foco social, tal como secretarias de desenvolvimento econômico e social, SEBRAE dentre outros, como forma de dar continuidade ao suporte aos empreendimentos assistidos e outros em situação similar;