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Campus:
CAMPUS ACARAU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Construindo o perfil do egresso do IFCE Acaraú
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Desenvolvimento Humano
Data de Início:
04/10/2021
Previsão de Fim:
20/05/2022
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
1
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
1
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Edital de extensão - fomento para o Programa de Acompanhamento de Egressos
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Online
Formas de Avaliação:
Relatório
Participação
Frequência
Formas de Divulgação:
Site institucional
Sistema acadêmico
Redes sociais
E-mail
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Jose Luciano Nascimento Bezerra
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Francisco Edson do Nascimento Costa IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 04/10/2021 31/03/2022
Jose Luciano Nascimento Bezerra IFCE Coordenador Docente IFCE Não 3 25/10/2021 20/05/2022
Jose Luciano Nascimento Bezerra IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 04/10/2021 24/10/2021
Marcela da Silva Melo IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 04/10/2021 31/03/2022
Maria da Gloria Ferreira de Sousa IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 04/10/2021 31/03/2022
Maria do Carmo Walbruni Lima IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 04/10/2021 31/03/2022
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2.400,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
É inegável que quando uma região recebe nas suas imediações uma instituição do perfil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, cria-se em todos os indivíduos ali grande expectativa, afinal, ganha-se o direito de visualizar de forma mais nítida um impacto imensamente positivo no desenvolvimento dessa localidade, especialmente e por razões óbvias, na sua população mais jovem. Muito embora pareça ser consenso que intervenções educacionais sejam o caminho mais efetivo para um melhor desenvolvimento individual e consequentemente das regiões nas quais se dão, as avaliações de seus impactos de forma estruturada e embasada são sem dúvida uma das melhores maneiras de acessar o impacto factual do que foi implementado, o que não é diferente quando nos referimos ao IFCE. Afinal de contas, quais são as reais consequências da sua tríade ensino/pesquisa/extensão no público que forma? Este público foi, com efeito, preparado para a área profissional em que se formou? Quais as discrepâncias entre a formação recebida e seu mercado de atuação? Qual o percentual de egressos que “descartaram” a formação recebida ou que a utilizaram como “trampolim” para outras áreas de atuação? A mão de obra qualificada pelo Instituto de fato atua na região ou foi atraída para outras localidades? Todas essas questões são fundamentais para uma verificação mais precisa sobre as práticas que estão sendo realizadas pelos Institutos Federais e foi pensando nelas que os IFs têm aprovado sucessivamente seus respectivos PROAEs, ou Programas de Acompanhamento de Egressos, que trabalham a partir da atuação de comissões permanentes, cujos membros são escolhidos dentre o corpo profissional de cada instituição. No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, o documento regulatório do PROAE foi aprovado no ano de 2018 e tem como principais diretrizes a valorização do profissional por ele formado e o relacionamento contínuo com este, como podemos verificar nos seguintes trechos do seu artigo 4°: O IFCE acredita que valoriza o profissional formado quando mantém vínculos com ele, permitindo que o espaço acadêmico seja uma referência e um local de oportunidades; [...] O egresso é um dos sujeitos que contribui para a instituição lançar um olhar crítico sobre si, autoavaliando-se. No processo da Avaliação Institucional, o egresso tem uma contribuição importante, uma vez que a sua vivência profissional lhe possibilita apontar as fragilidades e os pontos fortes do seu processo de formação. Dessa forma, ele traz elementos para a tomada de decisões em relação ao pensar e agir institucional. (IFCE, 2018, p.2-3). É um programa que trata, portanto, de tentar estabelecer um relacionamento de mão dupla, uma vez que a partir do contato permanente com o egresso, tem-se a possibilidade de oferecer-lhe suporte contínuo, assim como também de assimilar as constantes reformulações do mercado de trabalho e retroalimentar as dinâmicas dos processos de ensino/pesquisa e extensão, promovendo a formação continuada não só desse profissional como, por que não, da própria instituição. O IFCE/Acaraú, que atende a uma extensa região litorânea do norte do Ceará, de vocação turística e pesqueira, oferece cursos técnicos que visam a um melhor desenvolvimento dessas atividades, formando mão de obra qualificada em: - Aquicultura; - Pesca; - Construção Naval; - Eventos; - Restaurante e Bar, além dos cursos de graduação nas licenciaturas em Ciências Biológicas e Física. Com seu primeiro semestre letivo ocorrido ainda no ano de 2010, já formou mais de 1.783 profissionais, sendo, portanto, a atuação das Comissões Permanentes de Acompanhamento de Egressos imprescindível para a análise dos efeitos das ações da instituição na região. Vale lembrar que, muito embora todos confluam para a mesma direção, os objetivos estabelecidos para uma atuação mais acurada do PROAE- IFCE são diversos e vão desde o contato permanente da comunidade acadêmica com seus egressos até a construção de um “Banco de Talentos”, com propósito de tornar os egressos também referências para “valorização e divulgação da instituição”. Trata-se, dessa forma, de metas múltiplas e abrangentes, que exigem olhar atento e contínuo das CPAEs. É levando em consideração a multiplicidade de tarefas a serem desempenhadas pela CPAE e a necessidade da obtenção de um banco de dados ainda não existente no IFCE- Acaraú que este projeto busca a constituição de um arcabouço que permita à Comissão Permanente de Acompanhamento de Egressos a formulação de ações que visem a atender algumas das principais metas do PROAE, tais como as que constam nos seguintes parágrafos: III – Promover a realização de atividades extracurriculares de cunho técnico- profissional, buscando a valorização do egresso; [...] VII – Estabelecer parcerias e divulgar oportunidades de emprego aos alunos formados colaborando para sua inserção no mercado de trabalho; VIII – Identificar demandas para cursos de graduação, pós-graduação e extensão; IX – Oportunizar aos egressos, sempre que possível, a sua participação em eventos e cursos promovidos pelo IFCE, contribuindo para a formação continuada; [...] XIII - Tornar o egresso uma referência para divulgação e valorização da Instituição, através da criação de um “Banco de Talentos” (IFCE, 2018). Frisa-se que este arcabouço deverá ser analisado e gerar um relatório ao final da vigência da bolsa em questão, a ser elaborado pelo discente-bolsista e orientado pelo professor coordenador, documento este que poderá ser utilizado posteriormente pelo estudante como base para apresentação em eventos institucionais. Acima de tudo, busca-se através deste projeto um fortalecimento do vínculo entre o estudante-bolsista e a instituição a que pertence, favorecendo naquele o desenvolvimento de habilidades de pesquisa e de análise de dados, mas também de interpretação de sua realidade atual e futura e de competências interpessoais. Como afirma Almeida em suas reflexões sobre a relação do aluno com as atividades extensionistas, “o aprendizado na extensão universitária não se limita a técnicas de determinada área profissional, mas propicia outros conhecimentos diferenciados que contribuem tanto para o desenvolvimento pessoal como profissional dos estudantes extensionistas. (ALMEIDA, 2012, p. 69-70). É fato que na extensão o sujeito pode descobrir-se como sujeito ativo, que pode não só refletir, como influir sobre a sua realidade, ressignificando os saberes que discute na sala de aula. Nesse sentido, as atividades a serem desenvolvidas pelo projeto “Construindo o perfil do egresso do IFCE-Acaraú”, assim como a interação com o docente coordenador e com outros membros componentes da CPAE, tendem a propiciar no estudante o amadurecimento dessa autonomia e dessa capacidade de compreensão de mundo. Afinal de contas, estamos educando indivíduos não para se tornarem autômatos para o mercado de trabalho, mas para se transformarem dm sujeitos de sua própria história, conscientes do mundo em que vivem e aptos a promoverem mudanças afirmativas.
Justificativa
Um objeto prático proposto pelo PROAE diz respeito à construção de um banco de dados capaz de informar sobre as atividades profissionais dos egressos, com vistas a contribuir para possíveis ajustes nos cursos, tendo em vista as demandas do mercado de trabalho. Tendo em conta que o IFCE-Acaraú ainda não concluiu a estruturação desse banco de informações, a deliberação dessa tarefa a outrem seria de valioso suporte à sua CPAE, ainda mais se isso contribuir para a formação desse agente de pesquisa. É válido ressaltar que outros núcleos e programas do Instituto Federal do Ceará, como os NAPNEs e NEABIs, contam com a colaboração de estudantes da instituição, o que comprovadamente contribui para suas formações enquanto sujeitos agentes não só no âmbito dos IFs, mas também em suas comunidades, preparando-os sobre os universos em que executam suas atividades, e, portanto, formando-os enquanto cidadãos mais conscientes sobre diversas pautas extremamente relevantes na atualidade. Essa prática corrobora com o que diz a Lei 9394 das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, quando menciona que O ensino superior tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, bem como deve estimular a criação cultural, o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, o incentivo ao trabalho de pesquisa e a investigação científica [...] e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive, além da promoção e da divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos [...] Uma das alternativas em busca do conhecimento é o ensino através da pesquisa, desenvolvendo a autonomia dos alunos, instigando-os a questionamentos constantes. (BRASIL, 1996). Nessa linha, o auxílio de estudantes nos PROAEs mostra-se como uma boa opção tanto para uma formação mais completa do discente-bolsista quanto para melhor otimização dos trabalhos das CPAEs. O contato do discente com o mundo que se abre ao egresso pode estimulá-lo ou, no mínimo, conscientizá-lo sobre a importância de uma boa formação para um maior leque de oportunidades profissionais. É assim que, tendo em consideração a quantidade de turmas já formadas pelo IFCE-Acaraú, a diversidade de tarefas a serem concretizadas a partir do Regulamento dos Programas de Acompanhamento ao Egresso e consequente necessidade constante de auxílio às CPAEs, assim como os incentivos que o trabalho com egressos pode proporcionar ao discente em contato direto com essa realidade, que o presente projeto visa a promover a construção de um banco de dados sobre egressos a partir da coleta de experiências conduzida pelo discente bolsista, que terá como meios a aplicação de entrevistas e como objetivos a esquematização dessas informações. Estas serão úteis à CPAE-Acaraú para por em prática a aplicação de atividades de valorização e formação contínua dos egressos e para a geração de relatórios que auxiliem na autoavaliação do IFCE-Acaraú. Trata-se, portanto de um trabalho de cunho qualitativo/quantitativo, que visa a colocar o discente como protagonista de uma ação de pesquisa de natureza ampla, que pode revelar tanto sobre o real impacto da referida instituição na região onde atua, quanto sobre medidas necessárias para potencialização positiva desses impactos.
Público Alvo
Os resultados a serem obtidos através das pesquisas empreendidas devem afetar os próprios egressos entrevistados, por meio de medidas que poderão ser efetuadas no sentido de promover sua valorização e formação continuada e toda a região atendida pelo Instituto Federal, através de ações de potencialização da qualificação profissional que oferece considerando as constantes exigências e mudanças do mercado de trabalho.
Objetivo Geral
 Promover a construção de um banco de dados sobre egressos do IFCE-Acaraú, em especial com relação às suas experiências profissionais após a conclusão de seus respectivos cursos, a partir da atuação de um discente-bolsista que atuará em consonância com a CPAE-Acaraú.
Objetivo Específico
 Oferecer ao IFCE-Acaraú um banco de informações necessário à avaliação dos cursos oferecidos a sua comunidade e aos ajustes exigidos em função das constantes reformulações do mercado de trabalho;  Verificar as principais dificuldades encontradas pelos egressos entrevistados, contribuindo assim para maior precisão na tomada de decisões sobre ações que possam favorecer a inserção ou manutenção desses indivíduos no mercado de trabalho;  Inserir o discente-bolsista no âmbito das pesquisas acadêmicas de natureza extensionista, colocando-o como protagonista de ações positivas que beneficiarão não só o campus em que atua, mas toda a comunidade da qual faz parte.  Impulsionar nos discentes bolsistas um maior desenvolvimento das suas habilidades interpessoais e de integração social, assim como de produção de materiais a partir das atividades de pesquisa que serão úteis à sua instituição.
Metodologia
O presente projeto, com o propósito de construção de um corpus constituído de informações acerca de alunos egressos de IFCE-Acaraú, busca inserir o estudante de graduação no universo extensionista por meio de pesquisas de natureza qualitativa e quantitativa com o público formado pela instituição de que faz parte; tem, portanto, a finalidade de situar esse estudante frente à realidade que o espera e aos seus colegas enquanto futuros egressos, conscientizando-o de que essa realidade pode ser potencializada ou reajustada a partir do trabalho que ele auxilia a executar. Vale lembrar aqui os preceitos fundamentais da extensão nas Instituições de Ensino Superior, bem esquematizadas por Flores e Mello (2020). Em suas reflexões sobre o impacto da extensão na formação discente, elas nos lembram que: a extensão constitui um espaço de vivências, de construção da autonomia, de autodesenvolvimento, de autoaprendizagem e de processos individuais mediados pelas inter-relações com o outro e com o contexto. É um espaço-tempo privilegiado para construir teias entre realidade, vida, conhecimento e saber acadêmico, cujo processo-produto é a formação do estudante universitário. Segundo essa perspectiva, as experiências propiciadas nos diferentes lócus de ação da extensão universitária irão contribuir decisivamente para a formação dos estudantes, em diferentes aspectos: pessoal, social, comunitário e profissional (SÍVERES apud FLORES e MELLO, 2020, p. 2). A primeira etapa do projeto consistirá, assim, da seleção do aluno-bolsista, por meio de entrevista e levando em consideração, como já mencionado em seção supracitada, o não recebimento de outros auxílios financeiros pelo Instituto Federal, bons índices de desempenho acadêmico, a disponibilidade de tempo e sua situação de vulnerabilidade econômica. Após essa etapa, será a vez de orientar esse discent sobre seu plano de trabalho junto à CPAE. Esse trabalho abrange, dentre outras atividades:  O estudo da área extensionista em que atuará, incluindo aí os documentos regulatórios e os relatórios gerados por outros Institutos Federais, assim como o estudo da natureza de uma pesquisa acadêmica e de seus desdobramentos;  A organização de uma lista com nomes de alunos egressos do IFCE, com vistas à atualização dos contatos destes com o Instituto, ao envio de questionários de natureza objetiva, especialmente sobre suas atuações profissionais, e à consecução de entrevistas (por amostragem semestral).  A elaboração de questionários consistentes, tanto de natureza qualitativa quanto quantitativa a ser aplicado aos alunos egressos indicados;  O tratamento dos dados obtidos por meio dos questionários e da análise e interpretação das entrevistas realizadas;  A construção de um relatório com dados e análises realizadas, a ser organizado juntamente ao docente coordenador e aos outros membros da CPAE-Acaraú. Acrescenta-se que todas as etapas descritas, e não somente a última, serão acompanhadas e orientadas diretamente pelo docente coordenador, que poderá exigir, obedecendo a critérios de plausibilidade, a reformulação do material entregue pelo discente, como questionários e análises. Também afirma-se que todos esses estágios do projeto – seleção, entrevistas, elaboração do relatório final, etc – poderão ser realizados à distância, a partir da utilização das plataformas digitais institucionais do Google, tais como Gmail, Forms e Meet, já conhecidas pelo estudante do IFCE. É também importante afirmar que o aluno será incentivado a apresentar seu trabalho final em encontros ou feiras promovidos pelo IFCE-Acaraú ou em outros encontros de natureza extensionista, de forma a ganhar experiência e desenvoltura em eventos de caráter acadêmico.