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Campus:
CAMPUS UMIRIM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Uso racional da água aliado ao emprego de biodigestor e energia solar como propostas para uma suinocultura sustentável na produção familiar
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Produção e Consumo Sustentáveis
Data de Início:
11/11/2021
Previsão de Fim:
30/06/2023
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
50
Local de Atuação:
Rural
Fomento:
Projeto AgroIFNordeste
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Umirim
Formas de Avaliação:
Reunião
Relatório
Questionário
Formas de Divulgação:
Redes sociais
Site institucional
Folder
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Francisco Carlos de Sousa
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Carlos Vinicius Costa Alves IFCE Integrante Discente IFCE Sim 6 11/11/2021 31/05/2022
Francisco Carlos de Sousa IFCE Coordenador Docente IFCE Sim 6 11/11/2021 30/06/2023
Mauro Regis Vieira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 11/11/2021 31/05/2022
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
IFPI Sim Acordo de cooperação
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 15.000,00
Equipamento e Material Permanente 25.000,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 9.600,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 4.800,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Este projeto tem por objetivo geral propor um modelo de suinocultura sustentável no cenário da produção familiar, por meio do uso racional da água, implantação de biodigestor para tratamento dos dejetos e uso de cerca elétrica solar em área de livre pastejo visando o bem-estar de suínos. O projeto será desenvolvido no período de setembro de 2021 a maio de 2022, no setor de suinocultura do IFCE campus Umirim, Ceará. Serão utilizados dez suínos provenientes do setor de suinocultura do campus, de diferentes idades. Os animais serão criados em sistema intensivo e alimentados com ração balanceada duas vezes ao dia. Serão aplicadas boas práticas de manejo sanitário da criação, com o emprego de medidas profiláticas e terapêuticas para o controle de doenças. Será instalado um biodigestor canadense e como resultado do processo de biodigestão anaeróbia serão obtidos biogás e biofertilizante. Outra tecnologia a ser empregada é a instalação de um sistema para captação de água da chuva, o que se constituirá em uma reserva de água doce. Adicionalmente, será feita a instalação de uma cerca elétrica alimentada com placa fotovoltaica de 10 W, em um piquete utilizado para livre pastejo dos suínos, contribuindo para o bem-estar dos mesmos. Será realizado o plantio de sorgo em uma área de 60 x 30 m, com espaçamento da cultura de 0,80 x 0,20 m. Neste trabalho será ofertada uma capacitação para técnicos de ATER, bem como um dia de campo para produtores rurais e demais interessados. A médio e longo prazo, espera-se que os produtores possam adotar essas tecnologias em suas criações suinícolas, minimizando assim os impactos ambientais causados pelas ações antropogênicas, além de contribuir para redução dos custos de produção e, consequentemente, aumento da renda, inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais familiares. Por fim, acredita-se que com esta ação, as relações entre ensino, pesquisa e extensão sejam fortalecidas, reafirmando o papel dos institutos federais na sociedade.
Justificativa
A água é um recurso natural esgotável e constitui-se no bem mais precioso para a humanidade. Por muitos anos a água tem sido utilizada de forma indiscriminada, sem a mínima preocupação com esgotamento dessa fonte de vida. Como é sabido, o corpo humano é constituído por 65% de água. Mais que qualquer outro argumento em defesa da preservação da água, esse fato já deveria nos fazer pensar como a qualidade desse nutriente é importante para a vida. De toda a água existente em nosso planeta, apenas 2,5% representam água doce, no entanto, a maior parte dessa água se encontra em forma de geleiras ou em lençóis freáticos muito profundos, sobrando apenas 0,26% próprio para consumo. Assim, cuidar da água do planeta é preservar a própria vida. O consumo exagerado de fontes de energias não renováveis, destacadamente os combustíveis fósseis, tem sido profundamente criticado sob o ponto de vista ambiental, pois a sua queima é responsável pela emissão de poluentes na atmosfera. Desta forma, há uma crescente demanda por fontes de energias alternativas, limpas (menos poluentes) e renováveis, associando beneficamente as questões sociais, econômicas e ambientais. Dentre as energias renováveis, a energia de biomassa vem sendo adotada de forma crescente em comunidades rurais, por meio do uso de biodigestores, equipamento que possibilita a geração de biogás a partir de resíduos de origem animal (bovino e suíno), que tem como finalidade gerar bioenergia e adubo orgânico, de forma econômica e sustentável. Os dejetos que os animais produzem nas pequenas e médias propriedades são extremamente prejudiciais ao meio ambiente, lançam um gás que provoca o efeito estufa que afeta a camada de ozônio e o solo, através de infiltração no lençol freático, por meio das chuvas que chegam aos igarapés, contaminando também as águas (LUDKE et al., 2007). Segundo Amorim (2005), nos sistemas produtivos de qualquer natureza, a produção de resíduos gera um problema para o produtor, que muitas vezes não sabe o que fazer com esse material, pois os mesmos geralmente poluem o meio ambiente de alguma forma, além de demandar espaço para armazenamento. Esse tipo de problema pode ser amenizado ou solucionado com a geração de biofertilizante e biogás pelo emprego de biodigestores. A agricultura familiar tem dinâmica e características distintas em comparação à agricultura não familiar. Nela, a gestão da propriedade é compartilhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda. Além disso, o agricultor familiar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e moradia. A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse setor. A agricultura familiar é um modelo com ênfase na conservação dos recursos naturais, utilização de insumos da própria propriedade (leguminosas e gramíneas), geração de emprego e renda com baixo custo de investimento. Além disso, possui a capacidade de garantir o desenvolvimento do município e ao mesmo tempo, o crescimento de todo o entorno socioeconômico, mantendo a população em sua localidade, evitando o deslocamento para os grandes centros urbanos (êxodo rural) (SEAD, 2016). A criação de suínos em uma pequena propriedade é de grande importância, pois são animais onívoros que podem digerir até mesmo capim, alimentando-se de quase tudo com baixo custo de criação para o produtor rural (SEYMOUR, 2011). Na suinocultura industrial, o milho é o principal ingrediente presente nas dietas para suínos. Entretanto, em algumas regiões brasileiras, a disponibilidade de milho, principalmente na entressafra, é insuficiente para atender à demanda humana e animal. Isso contribui para uma elevação dos preços do milho, afetando a cadeia produtiva animal. Para evitar essa situação, vários alimentos alternativos têm sido estudados, dentre os quais o sorgo, que pode ser uma estratégia para manutenção da suinocultura em regiões com maior escassez de milho. O sorgo é o segundo cereal em importância para a alimentação de suínos no Brasil. O seu cultivo é interessante, pois é mais resistente ao estresse hídrico e menos exigente em fertilidade do solo que o milho (LOPES, 2004). Acredita-se que a sustentabilidade no atual modelo de produção rural no Brasil torna-se viável a partir da inclusão da agroenergia nas propriedades rurais, com base na tecnologia de saneamento ambiental pelo tratamento da biomassa residual em biodigestores. As potencialidades da geração e do uso do biogás nas unidades familiares brasileiras dedicadas à produção animal surgem como uma opção para o desenvolvimento local sustentável. Adicionalmente, o uso de energia solar, especialmente na região Nordeste, apresenta-se como uma grande potencialidade no que diz respeito às energias renováveis Assim, a apresentação de tecnologias como o aproveitamento de água da chuva, uso de biodigestor para tratamento de dejetos e utilização de energia solar para alimentação de cerca elétrica na criação de suínos mostra-se importante ferramenta de disseminação de conhecimentos para produtores familiares, por meio da demonstração de tecnologias simples, acessíveis e adequadas, possibilitando ao produtor replicação destas em sua propriedade. Favorecendo, neste contexto, o desenvolvimento rural sustentável da comunidade, colaborando com a produção de biogás e adubo orgânico, sendo de grande importância para o fortalecimento e a consolidação da agricultura familiar; contribuindo ainda para o saneamento das propriedades rurais, eliminando odores e focos de contaminação dos dejetos orgânicos, de forma ambientalmente correta. O presente projeto possibilita o fortalecimento da prática extensionista, promovendo aproximação entre a instituição de ensino (detentora de conhecimento científico e tecnologias) com a comunidade local (possuidora de conhecimento empírico e tradicional), por meio de ações de capacitação, difusão de informação e tecnologias. Entende-se que tanto a academia quanto a sociedade ganham com a extensão, pois a interação incrementa o desenvolvimento de ambas, estabelecendo um ciclo virtuoso. A implantação destas tecnologias no setor de suinocultura do IFCE campus Umirim também trará benefícios para o ensino, possibilitando sua demonstração em aulas práticas para alunos do curso técnico integrado e subsequente em agropecuária e estudantes de escolas circunvizinhas do ensino fundamental e médio, contribuindo para sua formação profissional e capacitação em tecnologias com uso de energias renováveis, as quais são mais apropriadas à produção agropecuária, consolidando o interesse na conservação ambiental. Indissociável ao ensino e à extensão, a pesquisa é outro ponto que merece destaque neste trabalho, haja vista a produção de conhecimento com a obtenção de dados relativos ao uso do biodigestor, bem como a avaliação do efeito do biofertilizante no cultivo de sorgo para ser utilizado na agricultura familiar. Fornecendo assim dados concretos do uso desta tecnologia em condições locais. Adicionalmente, vale ressaltar que a pesquisa e a extensão são importantes ferramentas que auxiliam na permanência e êxito discente.
Público Alvo
Técnicos de ATER e produtores familiares.
Objetivo Geral
Propor um modelo de suinocultura sustentável no cenário da produção familiar, por meio do uso racional da água, implantação de biodigestor para tratamento dos dejetos e uso de cerca elétrica solar em área de livre pastejo visando o bem-estar de suínos.
Objetivo Específico
- Implementar medidas para uso racional da água e captação de água da chuva; - Produzir biogás para alimentação de fogão e de vassoura de fogo, visando demonstrar que este pode ser empregado em substituição ao gás de cozinha GLP, pelo produtor familiar. - Proporcionar fonte orgânica (biofertilizante) para produção de sorgo a ser utilizado pela agricultura familiar; - Avaliar o efeito do biofertilizante na produção de sorgo; - Elaborar cartilha educativa sobre importância do biodigestor para os agricultores familiares; - Instalar cerca elétrica alimentada com placa fotovoltaica em um piquete para suínos; - Ministrar um curso de capacitação para técnicos de ATER; - Promover um dia de campo para produtores familiares.
Metodologia
Local do estudo e animais O projeto será desenvolvido no período de setembro de 2021 a maio de 2022, no setor de suinocultura do IFCE campus Umirim, situado no município de Umirim, Ceará. A cidade possui as seguintes características geográficas: latitude 3° 41′ 7″ S, longitude 39° 20′ 38″ W, altitude média de 60 m, clima tropical quente semiárido e tropical quente semiárido brando, com chuvas de janeiro a maio e precipitação pluviométrica (média em 2019) de 1.120 mm (ANUÁRIO DO CEARÁ, 2021). Serão utilizados dez suínos provenientes do setor de Suinocultura do campus, oriundos do cruzamento de quatro raças (Duroc, Landrace, Large White e Pietrain) de diferentes idades, sendo um reprodutor, seis matrizes e três leitões desmamados. O galpão em que os animais serão alojados possui baias equipadas com comedouro de concreto e bebedouro tipo chupeta. Os suínos serão alojados em baias individuais para um melhor conforto e bem-estar dos animais. Por ser um setor didático, os suínos serão submetidos a reprodução por monta natural controlada, para demonstração dos cuidados (cura e antissepsia do umbigo, acompanhamento da mamada do colostro, desgaste dos dentes e aplicação de ferro dextrano no 3º dia de vida) com os leitões em aulas práticas, possibilitando também que os alunos acompanhem o desenvolvimento dos animais nas diferentes faixas etárias. A reprodução também possibilitará a reposição de animais, eliminando a necessidade de compra de suínos, auxiliando a reduzir os custos e a evitar a entrada de enfermidades no rebanho. A aquisição de gaiolas parideiras ajudará no manejo das porcas paridas e dos leitões, evitando o esmagamento destes. Os animais serão criados em sistema intensivo, com acesso a uma área de livre pastejo durante cerca de duas horas por dia e alimentados duas vezes ao dia (07:30 e 15:30 h) com ração balanceada à base de milho, farelo de soja, farelo de trigo e núcleo, de acordo com cada fase de desenvolvimento, conforme as recomendações das tabelas brasileiras para aves e suínos, da autoria de Rostagno et al. (2017). O fornecimento de água será à vontade. Para melhor conforto térmico, os animais serão molhados duas vezes ao dia (manhã e tarde). Serão aplicadas boas práticas de manejo sanitário da criação, com o emprego de medidas profiláticas e terapêuticas para o controle de doenças, incluindo uso de pedilúvio na entrada do setor para desinfecção dos calçados dos usuários; limpeza das baias, realizada duas vezes ao dia (manhã e tarde), a qual consiste na remoção das fezes e possíveis sobras de ração, seguida de lavagem do piso e comedouro com uso de máquina de alta pressão; desinfecção mensal das baias com aplicação de vassoura de fogo seguida de lavagem com sabão, água sanitária e desinfetante; utilização de parasiticida à base de doramectina, a qual é indicada para tratamento e controle das endoparasitoses causadas por nematódeos (vermes) gastrointestinais, pulmonares e renais, bem como ectoparasitoses causadas por ácaros; além de profilaxia de enfermidades por meio do uso de vacinas. A vacina Suiven® (Dechra Brasil Produtos Veterinários Ltda, Paraná, Brasil), será empregada na profilaxia da pasteurelose suína, paratifo dos leitões, erisipela suína, rinite atrófica, leptospirose e colibacilose. Também será utilizada a vacina FarrowSure® BGold (Zoetis, Estados Unidos), indicada para a imunização de suínos sadios contra as infecções reprodutivas causadas por parvovírus porcino, Erysipelothrix rhusopathiae e L. bratislava, L. canicola, L. grippotyphosa, L. hardjo, L. icterohaemorrhagiae e L. pomona. Ambas as vacinas serão aplicadas seguindo criteriosamente as recomendações do fabricante. Implementação de medidas para uso racional da água e captação de água da chuva Nesta etapa do projeto será realizada a manutenção dos bebedouros, com substituição das chupetas, visando evitar o desperdício promovido pelo vazamento decorrente do desgaste natural desses equipamentos. Também será implantado o uso de lavadora de alta pressão para lavagem das baias. Será instalado um sistema de captação de água da chuva constituído por um tanque com capacidade para armazenar 10 mil litros de água, o que se constituirá em uma reserva de água doce a ser utilizada para dessedentação e banho dos animais. Para tanto serão instaladas calhas próximas ao telhado do prédio da suinocultura e por meio de tubulações, a água captada da chuva desembocará no tanque. Biodigestor Após definição do local, escavação e realização de devidas adaptações para a coleta dos dejetos, será instalado um biodigestor canadense de 5 m3. Realizadas todas as etapas de instalação do biodigestor será executado um teste hidráulico para a identificação de possíveis vazamentos, bem como verificação do perfeito funcionamento da caixa de saída de dejetos. A biomassa utilizada como combustível serão dejetos de suínos e sobras de ração e água na proporção de 1:1, ou seja, para cada quilograma de dejetos e sobras será adicionado um litro de água, com uma estimativa de produção de 0,35 m3 de biogás para cada kg de dejeto de suíno, de acordo com Abreu et al. (2010) onde, cada suíno produz em média 3,4 kg de esterco por dia, obtêm-se que: 10 x 3,4 = 34 kg de esterco/dia. Logo temos que: 34 x 0,35 = 11,9 m³/biogás/dia. De acordo com orientações de Turdera e Yura (2006), a quantidade de biogás necessária para manutenção de alguns equipamentos residenciais é de 8,93m3/dia. Para aproveitamento do biogás gerado neste projeto, este será canalizado e utilizado para alimentação de um fogão, visando demonstrar que este pode ser empregado em substituição ao gás de cozinha GLP, na residência do produtor familiar. O biogás também será utilizado para abastecimento de lança-chamas (vassoura de fogo) para desinfecção das baias, em substituição ao GLP, objetivando a prevenção e o controle de doenças infectocontagiosas. Uso de biofertilizante no cultivo de sorgo O objetivo dessa etapa será acompanhar a produção de sorgo com biofertilizante oriundo do biodigestor. Para tanto será preparada uma área de 60 x 30 m para plantio das sementes de sorgo, alimento alternativo que pode ser utilizado em substituição ao milho. Será realizado o plantio mais superficial, a uma profundidade de 3-5 cm, espaçamento da cultura de 0,80 x 0,20 m. Amostras do solo serão coletadas na camada de 0 a 20 cm anteriormente à aplicação do biofertilizante e enviadas ao laboratório, para a caracterização química e física. Serão quantificados os seguintes parâmetros: textura, condutividade elétrica, densidade, pH, fosforo, potássio, cálcio, magnésio, acidez trocável, acidez potencial, soma de bases, CTC efetiva e potencial, índice de saturação por bases, índice de saturação por alumínio, matéria orgânica e nitrogênio total. Serão realizadas análises da composição química quanto aos macro e micronutrientes presentes no biofertilizante. O biofertilizante produzido será aplicado por gotejamento via solo, visando à substituição do adubo químico, como fonte complementar de nutrientes para a cultura do sorgo. Cerca elétrica solar Nesta etapa do projeto será feita a instalação de cerca elétrica alimentada com placa fotovoltaica de 10 W, em um piquete contendo uma área de aproximadamente 173 m2. Para tanto será utilizado um sistema de energia solar sem armazenamento. Esse piquete será utilizado para livre pastejo dos suínos, contribuindo para o bem-estar dos animais. Vale ressaltar que as estacas para a construção da cerca já foram colocadas. Resta construir uma rampa para os animais acessarem o piquete, construção de mureta na parte externa da suinocultura para isolamento das caixas de energia e esgoto; fixação de portões na parte interna da suinocultura para facilitar o manejo durante a travessia para acessar o piquete; e cultivo de pastagem no piquete que só deve acontecer em 2022 com a chegada do período chuvoso, bem como inserir algumas fileiras de arame liso. Capacitação e dia de campo Quanto à capacitação dos técnicos de ATER, será ofertado um curso cuja ementa está descrita abaixo. Essa capacitação será ofertada para no mínimo 20 técnicos e possuirá carga horária total de 20 h, sendo 14 horas de aulas teóricas e 06 horas de aulas práticas. Buscando a participação dos técnicos de ATER será enviada carta-convite para diferentes órgãos públicos. Disciplina: Suinocultura sustentável no semiárido nordestino Carga Horaria Total: 20h Carga Horária Teórica: 14h Carga Horária Prática: 6h Nível: Técnico Ementa: Panorama geral da suinocultura mundial e nacional. Desafios da suinocultura no semiárido nordestino. Manejo nutricional. Alimentos alternativos utilizados na suinocultura. Noções sobre biosseguridade. Manejo sanitário. Gestão da água na suinocultura. Impactos da atividade suinícola sobre o meio ambiente. Energias renováveis. Objetivo: Conhecer de forma geral a atual situação da suinocultura mundial e nacional; compreender e utilizar as principais práticas de manejo adotadas em uma criação de suínos, com enfoque na produção sustentável. Programa: Conteúdo Teórico: 1. Panorama geral da suinocultura mundial e nacional (breve histórico e mercado). 2. Desafios da produção suinícola no semiárido nordestino. 3. Manejo nutricional e alimentos alternativos (conceitos e aplicação). 4. Biosseguridade, manejo sanitário e principais doenças. 5. Uso racional da água. 6. Impactos ambientais da atividade suinícola (poder poluente dos dejetos, gestão ambiental). 7. Energias renováveis (uso do biodigestor e da energia solar na suinocultura). Conteúdo Prático: 1. Medidas de biosseguridade e manejo sanitário. 2. Orientações no preparo da ração; fornecimento de ração. 3. Energias renováveis (biodigestor e seu funcionamento; uso dos produtos da biodigestão, cerca elétrica solar). Metodologia de Ensino: A metodologia para o ensino-aprendizagem se constituirá de aulas teóricas e práticas. Aulas teóricas: aulas expositivas dialogadas, atividades em grupo e/ou individuais. Aulas práticas: realizadas no setor didático de Suinocultura do campus, utilizando a metodologia de demonstração de resultado. Recursos: Projetor multimídia, computador, quadro branco, pincéis, setor didático de Suinocultura. Avaliação: A avaliação será realizada de forma processual e cumulativa. A saber: grupos de discussão e atividades individuais em sala. A frequência é obrigatória, respeitando os limites de ausência previstos em lei (máximo 25% de faltas). Bibliografia Básica: CARAMORI JÚNIOR, J. G. Manejo alimentar de suínos. Brasília: LK Editora, 2007. 72 p. CARAMORI JÚNIOR, J. G.; GONÇALVES, M. A. Manejo sanitário de suínos. 2. ed. Brasília: Editora LK, 2007. 68 p. FERREIRA, R. A. Suinocultura: manual prático da criação. Lavras: Aprenda Fácil Editora, 2012. 433p. MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Suinocultura de baixa emissão de carbono: tecnologias de produção mais limpa e aproveitamento econômico dos resíduos da produção de suínos. 2016. 96p. Bibliografia Complementar: DIAS, A. C.; CARRARO, B. Z.; DALLANORA, D.; COSER, F. J.; MACHADO, G. S.; MACHADO, I. P.; PINHEIRO, R.; ROHR, S. A. Manual brasileiro de boas práticas na produção de suínos. Brasília: ABCS; MAPA; Concórdia: Embrapa suínos e aves, 2011. 140 p. MAFESSONI, E.L. Manual prático para produção de suínos. Editora Agrolivros, 2014. 472p. SEGANFREDO, M. A. Gestão ambiental na suinocultura. Concórdia: Embrapa, 2007. 304p. SOUZA, J. C. V. B.; OLIVEIRA, P. A. V; TAVARES, J. M.; BELLI FILHO, P.; ZANUZZI, C. M. S.; TREMEA, S. L.; PIEKAS, F.; SQUEZATO, N. C.; ZIMMERMANN, L. A.; SANTOS, M. A.; AMARAL, N. Gestão da água na suinocultura. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2016. 32 p. Será promovido um dia de campo, o qual será aberto a produtores e demais interessados da comunidade. O evento receberá um público de no mínimo 20 participantes e terá duração de quatro horas. Visando à ampla divulgação dessa atividade, será estabelecido contato com associações/sindicatos de produtores rurais locais. No dia de campo serão abordadas três estações técnicas: na primeira será realizada a demonstração do biodigestor, no qual serão apresentados aspectos relacionados ao biodigestor utilizado, bem como o uso do biogás para alimentação de fogão e de lança-chamas (vassoura de fogo); na segunda será demonstrado o uso do biofertilizante no cultivo do sorgo, além de informações relacionadas à educação ambiental; na terceira estação será apresentado o sistema de cerca elétrica solar utilizado em piquete para livre pastejo dos suínos. Cada estação técnica terá duração de uma hora e vinte minutos. Será confeccionada cartilha educativa para divulgação da importância do biodigestor. A metodologia empregada no dia de campo será a demonstração de resultado, tendo como base o princípio da Andragogia de educação, buscando-se definir estratégias de ação educativa e mapear o aprendizado do aluno adulto. Ao final das estações técnicas será aplicado questionário estruturado, visando conhecer a percepção dos produtores rurais a respeito das tecnologias apresentadas e estimar os conhecimentos adquiridos durante o evento. Após coleta, os dados serão tabulados em MS Excel®, analisados e utilizados para estudo, bem como publicações em congressos e/ou simpósios.