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Campus:
CAMPUS CAMOCIM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
MEMÓRIA COLETIVA NO CURSO TÉCNICO DE RESTAURANTE E BAR: EU FALO PORQUE EXISTE UM LUGAR
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Artes Visuais
Data de Início:
30/08/2023
Previsão de Fim:
30/07/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
90
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
Programa de Acompanhamento ao Egresso - PROAE
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Granja
Camocim
Barroquinha
Formas de Avaliação:
Debate
Frequência
Participação
Formas de Divulgação:
Convite
Redes sociais
Folder
Cartaz
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Orlando Cantuario de Assuncao Filho
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ana Maria Sampaio de Matos Araujo IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 30/08/2023 30/07/2024
Aniely Silva Brilhante IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 30/08/2023 30/07/2024
ANTONIO NATALINO DOS SANTOS DA SILVA NS FILMES Integrante Sem vínculo Não 4 30/08/2023 30/07/2024
Francisca Arlene Soares Cantuario IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 30/08/2023 30/07/2024
Francisco Deivison Rodrigues IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 30/08/2023 30/07/2024
Francisco Jorge das Chagas IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 30/08/2023 30/07/2024
Maria Vitória da Silva Sousa IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 30/08/2023 30/07/2024
Orlando Cantuario de Assuncao Filho IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 30/08/2023 30/07/2024
Paulo Henrique da Ponte Portela IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 30/08/2023 30/07/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Existindo desde o ano de 2012, o Curso técnico de Restaurante e Bar, do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE, em Camocim- Ceará, constitui-se de suma relevância para a formação profissional, científica e tecnológico das pessoas. O Curso Técnico de Restaurante e Bar, juntamente com os cursos de Manutenção e Suporte de Informática - MSI, Administração e Gastronomia, integra a grade de cursos técnicos do campus Camocim. Em seu efetivo percurso educacional, já proporcionou a formação técnica, humana e profissional de centenas de pessoas, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento local e regional. O presente projeto de extensão apoia-se na perspectiva de produzir um documentário, no qual busca a participação de discentes egressos e docentes, que impulsionam o CTRB. A intenção é construir, inicialmente, um pequeno repositório de memória através da fala e voz das pessoas envolvidas no processo educacional e profissional. Nesse sentido, pretendemos desenvolver, através das narrativas audiovisuais, um projeto que possa guardar-resguardar a memória ou parte dessa, como forma de fortalecer os vínculos institucionais e de fora da instituição com as pessoas, no âmbito da missão e visão do IFCE. O projeto propõe, através da construção de um documentário, revisitar os (as) discentes egressos (as), no interesse de buscar uma aproximação e/ou uma (re) ligação, que proporcione significativa extensão entre a instituição de educação e as comunidades. Essa (re) ligação se consubstancia no campo da memória e identidade. Memória, porque é voz, é imagem, é construção cultural. Identidade, porque faz parte da construção dos sujeitos em suas vivências e experiências, coletivas e individuais, pois, Quando se fala em memória, especialmente no seu caráter psicológico, compreende-se que para que essa “lembrança” exista, é necessário que haja um fato ou acontecimento, associado à presença de um sujeito que atuou com participante ou ouvinte daquela situação. Temos aí a memória como a capacidade de guardar uma informação, que posteriormente pode ser resgatada e relatada; é o que se conceitua como memória individual (CANDIDO, 2019, pag. 6). Corroborando esse entendimento, Halbwachs (2003) valia que, individualmente, a memória é pessoalmente carregada por lembranças. Essas são forçosamente imbrincadas em um contexto social e cultural, o qual acaba por proporcionar o campo suscetível de influências e fortalecedor delas. O autor acrescenta que as influências causadas aos indivíduos são impulsionadas pelo meio social: escola, trabalho, igreja, enfim, pelo lugar de suas vivências. Ao buscar ouvir a voz e fala dos sujeitos, acerca de um lugar de vivência e convivência do passado e do presente, pretendemos, a través das lembranças recentes ou antigas, elaborar um lugar coletivo, constituído de memórias individuais. Por que construir esse lugar para memórias? Porque o que se quer elaborar ou construir não é um lugar de histórias ou historiografia, mas de histórias e relatos, uma memória coletiva do Curso Técnico de Restaurante e Bar. O projeto de extensão que propomos desenvolver está na perspectiva de que “a memória é a vida, sempre carregada por grupos vivos e está em evolução permanente, aberta à dialética da lembrança e do esquecimento”. A memória é um “elo vivido no eterno presente, ao passo que a história, como uma mera representação do passado, é a reconstrução sempre problemática e incompleta do que não existe mais” (NORA, 1993, apud CÂNDIDO; JUCÁ 2019, p. 8). È nesse rumo de construção de um campo dialético, que apresentamos o projeto de extensão MEMÓRIA E IDENTIDADE NO CURSO TÉCNICO DE RESTAURANTE E BAR: EU FALO PORQUE O INSTANTE EXISTE, como forma de contribuir para a identidade e a memória de um curso técnico e profissional que, no âmbito e interesse do Instituto Federal de Educação, contribui para o desenvolvimento cultural, educacional e social das pessoas e suas urbanidades.
Justificativa
Sempre que for necessária uma justificativa para a realização de um evento, projeto ou programa de extensão, faz-se necessário recorrer aos pressupostos teóricos, que apontam a extensão como uma atividade inseparável do ensino e da pesquisa. Oriunda do campo das Universidades, a extensão migrou para os Institutos Federais de forma a se configurar, em particular, com a perspectiva da Educação Técnica e Profissional – EPT, no âmbito dos Institutos Federais de Educação, pois A extensão é uma prática implementada inicialmente nas universidades com o objetivo de levar conhecimento à comunidade externa por meio de atividades que buscavam envolver docentes e discentes. Ao longo do tempo, a perspectiva de transmissão de conhecimentos tem migrado para a ideia de construção de conhecimentos entre estudantes extensionistas e comunidade externa, ou seja, a extensão tende a ser compreendida como uma prática educativa que se desenvolve por meio da interação com a comunidade externa em um processo dialógico de troca de conhecimentos (OLIVEIRA; COSTA, 2017, p.1) Migrando da perspectiva de transmissão de conhecimentos, para a construção desses, a extensão faz parte dos esforços empenhados durante muitos anos, em favor da expansão e construção de espaços que podem favorecer relacionamentos em prol do desenvolvimento educacional, cultura e social das pessoas, em suas localidades. É importante considerar que a extensão, sendo parte do tripé que congrega o ensino e a pesquisa, tem como objetivo estender de forma dialógica e dialética o campo institucional da ciência, da educação e da tecnologia, de forma a contribuir para uma educação de qualidade, inclusiva e gratuita. Nesse contexto, podemos compreender que o O conceito de extensão apresentado por Miranda & Nogueira (20012) a partir do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Insituições de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX) aponta para uma amplitude que reforça a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, mas ao mesmo tempo permite uma abertura para que tudo que não é categorizado como ensino ou pesquisa seja denominado de extensão. A extensão pode ser entendida como uma prática acadêmica que visa integrar-se com a sociedade a partir da produção do conhecimento gerado pelo ensino e a pesquisa (OLIVEIRA; COSTA, 2017, p.6) Desse modo a extensão, tem seu conceito muito além de uma construção semântica, pois, conforme apontam os (as) pesquisadores (as), ela concede uma abertura que pode se estender além do campo do ensino e da pesquisa. No documentário que pretendemos realizar, o sentido da extensão constitui-se no campo da dialética, como um lugar democrático na produção do conhecimento. Para Freire (2021) a extensão se configura como um lugar em que os sujeitos se apropriam dos espaços de construção dos conhecimentos, de maneira emancipatória. A emancipação, no espaço de diálogo e dialógico da atividade de extensão ocorre por meio da troca de saberes, de forma igual e democrática. A extensão, concorda o autor, é o elo de ligação e de promoção de intersubjetividades entre o saber popular e o saber científico. Dessa forma, inalienavelemente, o presente projeto de extensão apresenta-se como instrumento impulsionador, o qual intencional contribuir para a ampliação e alcance institucional para com as comunidades locais. O presente projeto de extensão é importante, pois intenta contribuir para a promoção e desenvolvimento da educação profissional, haja vista, objetivar que egressos (as) do CTRB, falem de suas vivências, experiência e convivências durante a formação técnica e profissional, bem como dos resultados alcançados após a formação. Isso pode causar uma (re) ligação do (a) egresso (a) com o espaço que contribuiu para a sua formação, ou seja, o lugar de construção dos conhecimentos e da formação humana dos sujeitos para o mundo do trabalho. Nesse caso, a memória individual compartilhada durante as entrevistas e conversas pode colaborar com a construção da memória coletiva do Curso técnico de Restaurante e Bar, pois, Segundo Halbwachs o indivíduo que lembra está inserido na sociedade na qual sempre possui um ou mais grupo de referência, a memória é então sempre construída em grupo, sendo que “cada memória individual é um ponto de vista sobre a memória coletiva”, como se pode ver, o trabalho do sujeito no processo de rememoração não é descartado, visto que as “lembranças permanecem coletivas e nos são lembradas por outros, ainda que trate de eventos em que somente nós estivemos envolvidos e objetos que somente nós vimos. Isso acontece porque jamais estamos sós” (HALBWACHS, 2013, apud SILVA, 2013, p.7). Nesse sentido, o indivíduo que lembra e fala de sua passagem pelo CTRB participa da construção da memória coletiva, pois o fato de ter convivido e trocado experiências no espaço de construção de conhecimentos, acaba por promover uma construção coletiva da memória. Para o Instituto Federal de Educação, campus Camocim, a possibilidade de construção de um lugar, através de lembranças, imagens e memória, relacionado com um de seus cursos técnicos, pode favorecer, em muito, na construção de um espaço da memória coletiva/individual educacional e formativa. Para Halbwachs (2006), o indivíduo que lembra está sempre dentro e habitado por grupos de referência. A memória é sempre fruto da construção em grupo, sendo também trabalho individual. Isso referenda a importância de (res) guardar um material construído a partir de relatos de experiência e vivências de discentes que participaram no Curso Técnico de Restaurante e Bar, em um processo formativo técnico e profissional. É justificável a iniciativa de empreender o projeto Memória Coletiva no Curso Técnico de Restaurante e Bar: eu falo porque o instante existe, por buscar criar um espaço de significação e ressignificação de um curso técnico, na vida dos sujeitos, bem como a pretensão de construir um lugar de memória desse curso, a partir dos relatos e experiências discentes. Para tanto, o projeto alicerça-se na ideia de se fazer um documentário com discentes que já passaram pelo processo formativo profissional do CTRB, buscando conhecer, através de suas falas, as experiências, vivências e trajetórias durante e após a formação profissional.
Público Alvo
Doze discentes egressos (as) e docentes do Curso Técnico de Restaurante e Bar, do IFCE, campus Camocim, e as comunidades dos bairros Jardinas das Oliveiras; Cidade com Deus; Tapete Verde; Apossados, Boa Esperança, dentre outros.
Objetivo Geral
Objetivo geral • Produzir um curta metragem, a partir das falas dos (as) discentes que passaram pelo Curso técnico de Restaurante e Bar, para construir um espaço de memória, na Educação Profissional e Tecnológica – EPT.
Objetivo Específico
• Construir um lugar de memória coletiva/individual do Curso Técnico de Restaurante e Bar, através de relatos discentes egressos (as); • Conhecer as trajetórias escolares dos (as) discentes e os impactos na vida profissional e pessoal; • Ouvir as histórias dos (as) discentes e os impactos, ocorridos na vida profissional após o Curso técnico de Restaurante e Bar, do IFCE, campus Camocim, de forma a registrar as memórias individuais e coletiva.
Metodologia
METODOLOGIA A produção do documentário ocorrerá em duas etapas 1ª Etapa • No primeiro momento, faremos uma relação dos (as) discentes egressos (as), desde o ano de 20212. Serão selecionados de cada período 1 (um) discente, totalizando 3 (três discentes por turma formada; • Entrevistas com docentes fundadores do Curso Técnico de Restaurante e Bar – CTRB; • Após a seleção, faremos uma primeira reunião para explicitar a proposta do projeto, bem como, apresentar documentação de autorização de uso de imagem; • Com os (as) discentes egressos (as) selecionados (as), iniciaremos as entrevistas, conversas, individualmente. Realizaremos 6 (seis) entrevistas a cada trinta dias; • Utilizaremos como método de divulgação, cartazes folders, redes sociais e meios institucionais. 2ª Etapa • Montagem e edição do material coletado; • Reunião com discentes para apresentação prévia do material; • Finalização e apresentação do documentário para a comunidade interna e externa, no auditório do IFCE, campus Camocim. O lançamento do documentário será realizado em um evento aberto a toda comunidade interna e externa, sendo disponibilizado um momento para a apresentação de trabalhos externos, ao IFCE, Camocim.