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Campus:
CAMPUS CAUCAIA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
IFCEquidade: o que eu quero que vocês saibam sobre inclusão e acessibilidade
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Educação Inclusiva
Data de Início:
13/10/2023
Previsão de Fim:
13/02/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
300
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
400
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Edital 01/2023 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NAPNEs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Caucaia
Formas de Avaliação:
Reunião
Frequência
Relatório
Participação
Formas de Divulgação:
Articulações institucionais
Redes sociais
Site institucional
Cartaz
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Luciene Cassia Correa de Sousa
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Joyce Raynna Brito Batista IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 13/10/2023 13/02/2024
Luciene Cassia Correa de Sousa IFCE Coordenador Docente IFCE Não 6 13/10/2023 13/02/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2.800,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
"IFCEquidade”, muito além de primeiro termo e ideia do título do projeto, diz respeito à orientação de trabalho estabelecida no contexto do Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas, NAPNE, do IFCE campus Caucaia. De fato, constantemente buscada e veementemente defendida, a equidade requer parâmetros para que se torne efetiva, dentre os quais destaca-se o informacional e a consciência da relevância do “Nada Sobre Nós Sem Nós”. Todos têm seus respectivos lugares de fala nesta pauta, e todos temos o dever de conhecer a Lei 13.146/15, LBI, e de fazer cumprir o que esta define. Neste contexto, é relevante enfatizar que o protagonismo da Pessoa com Deficiência, seu lugar de fala e a atenção à prioridade de acesso conduzem à percepção de que os sujeitos dos direitos previstos na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - LBI, Lei 13.146/15, também devem conhecê-la de modo detalhado, inclusive para que possam utilizá-la para embasar as batalhas que comumente ilustram a vida daqueles que frequentemente convivem com o despreparo da sociedade, com o capacitismo que, estrutural que é, atinge ambientes institucionais, atinge comunidade interna e comunidade externa, e com a inobservância em relação a cumprimentos do que resta legalmente estabelecido no que tange acessibilidade e inclusão. Com ciência dos desafios e expectativa de contribuir para mudanças estruturais que fomentem a construção de uma sociedade cidadã pela disseminação da Educação Anticapacitista, buscamos neste projeto promover o empoderamento de discentes que são pessoas com deficiência, para que conheçam com detalhamento a legislação vigente, em especial a LBI, desenvolvam habilidades amplas em percursos formativos individualizados, e deste modo se preparem para selecionar informações que considerem relevantes, pelo projeto “IFCEquidade: o que eu quero que vocês saibam sobre inclusão e acessibilidade”, produzam materiais para promover divulgação em mídias digitais do IFCE campus Caucaia junto à comunidade externa e junto à comunidade interna, e atuem em atividades e eventos de extensão de modo propositivo no contexto em pauta. Em acordo com a Lei 13.146/2015, que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a Lei 12.764/12, bem como da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e com as Resoluções IFCE/CONSUP/Nº 050, de 2015, que aprovou o regulamento dos Núcleos de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNEs) e IFCE/CONSUP/Nº 64, de 2018, que trouxe atualizações à anterior, busca-se a ampliação do conhecimento da comunidade interna e da comunidade externa acerca de inclusão e de acessibilidade, através da divulgação de materiais informativos sobre legislação vigente. De modo específico, a atuação planejada ocorrerá de acordo com as demandas e realidades percebidas, em ações que proporcionem ampliação de aprendizagens amplas e diversas, além de habilidades sociais e comunicativas, usando a favor hiperfocos individuais de estudantes envolvidos no projeto, tais como a produção de desenhos, ilustrações, frases e materiais visuais, abordando a temática em formato a ser divulgado junto às comunidades externa e interna, em observância aos propósitos da Extensão, e com atuações da bolsista previstas também em atividades extensionistas, que promovam o acesso da comunidade externa ao espaço físico do campus, visitas a oficinas e participações em geral, inclusive as ações pertinentes a este projeto. Em atenção ao Edital Nº 1/2023 PROEXT/REITORIA-IFCE, pretende-se ainda “colaborar com a formação integral” da bolsista, que é assistida pelo Núcleo de Acessibilidade, e promover a ampliação da participação e do envolvimento de estudante nesta pauta, em plena sintonia com o que prevê o Plano Estratégico para Permanência e Êxito dos Estudantes do IFCE, vigente de 2017 a 2024, que estabelece que a comunidade acadêmico-escolar do IFCE deve buscar o fortalecimento da inclusão social, do acesso ao ensino profissional e das estratégias que garantam as condições de permanência e êxito discentes (IFCE CONSUP, 2017). Também na mesma toada contextual, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, LBI, Lei 13146/15 incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar o “aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem” e no capítulo VII, intitulado “Do Direito à Assistência Social”, prevê que serviços, programas, benefícios no âmbito da política pública de assistência social à pessoa com deficiência têm objetivo de garantia da segurança de renda e do desenvolvimento da autonomia (BRASIL, 2015). Em releitura deste último trecho, é imprescindível o apontamento de que a participação em projeto como bolsista é recurso de empoderamento e de desenvolvimento da organização, do conhecimento e da autonomia. Neste contexto, o desenho deste projeto foi realizado com participação direta da estudante selecionada, que já atua desde o primeiro dia útil de agosto na sala do NAPNE, de modo proativo, em atenção às especificidades apontadas por esta, tal como a introdução da perspectiva dos desenhos e registros semelhantes, desde esta data em que estava se vinculando às atividades e auxiliando a orientadora a planejar o projeto pensado para se adequar a adaptações e individualizações, para que seja inclusivo e pertinente ao percurso formativo específico da estudante bolsista, que é pessoa com autismo, e exibe hiperfocos, preferências e demandas contempladas no projeto que ajudou a planejar, e também em atenção ao contexto extensionista no que tange planejar ações que conduzam a benefícios à comunidade externa, e que articulem aproximações em eventos e ações entre comunidade interna e comunidade externa, de modo proativo e visando o interesse final de combate ao capacitismo que, estrutural que é, perpassa todos os espaços, não se restringindo e nem se ausentando o institucional. Infelizmente, é um mal que podemos encontrar dentro e fora do IFCE, o que justifica que seu combate também alcance todos estes espaços: sendo o capacitismo estrutural, seu combate, através da educação anticapacitista, também deve ser estrutural.
Justificativa
O Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do IFCE campus Caucaia busca a promoção do acesso, da permanência, da aprendizagem e do êxito via inclusão efetiva, e almeja facultar a acessibilidade pela identificação, pela retirada ou pela gestão de alternativas de transposição de barreiras que comprometam o acesso em equidade, sejam elas barreiras arquitetônicas, comunicacionais, educacionais (inclusive didático-pedagógicas), atitudinais ou de quaisquer outras naturezas. Comprometido com a “Educação para Todos” e ciente de que a sociedade, e nela inclusa a Instituição, precisam avançar muito na luta anti-capacitista e na construção de espaços verdadeiramente inclusivos, acessíveis e representativos, o NAPNE soma e agrega diversas pautas intencionais, dentre as quais tem papel de destaque a busca por equidade neste espaço e para além dele. Em atenta e constante observância à Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência - LBI Lei 13146/2015 (BRASIL, 2015), à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN Lei 9394/1996 (BRASIL, 1996) e à Constituição Federal – CF (BRASIL, 1988), e regulamentado no âmbito do Conselho Superior (CONSUP) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará pelas resoluções Nº 050/2015 e Nº 64/2018, o NAPNE destina-se ao acompanhamento de discentes e de servidores que sejam pessoas com necessidades específicas, que nos termos da resolução Nº 64/2018, são “aquelas com Deficiência Visual, Deficiência Auditiva, Surdo, Surdocegueira, Deficiência Motora, Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista e Altas Habilidades/Superdotação”. Os regimentos internos que regulam o NAPNE estabelecem atuação permanente e em conjunto com outros setores do IFCE, com suporte técnico, científico, pedagógico e psicossocial. A realidade é de progressos, mas ainda faltam importantes recursos, os quais seguimos buscando. De modo adicional, reitera-se a premissa basal de que o NAPNE é um espaço “extra”, um direito adicional para a pessoa com necessidades específicas, já que esta deve seguir contando com todo o aparato de espaços e de servidores dos diversos setores institucionais, inclusive com atendimentos de modo prioritário, em observância a legislação vigente. Cabe também ao NAPNE atuar na divulgação de leis pró-acessibilidade e inclusão, bem como na promoção da consciência de que buscas por saberes e formação continuada são essenciais, e compõem nossa atribuição laboral enquanto educadores e servidores. Com ênfase na percepção pró-representatividade do “Nada sobre nós, sem nós”, o NAPNE Caucaia está envolvido constantemente com atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, estando em organograma vinculado à Direção Geral, no âmbito local do campus, e à Pró-Reitoria de Extensão/Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão, no âmbito Institucional amplo. Dentre os princípios que direcionam as ações do Núcleo estão a universalização do acesso à educação de qualidade, a autonomia dos discentes e servidores com deficiência, o acolhimento à diversidade, a parceria com a comunidade escolar e com a comunidade externa, a promoção de cultura cidadã de inclusão e anti-capacitista, dentre outros. Ferramentas como a promoção de campanhas, de eventos e de atividades que integram a comunidade externa no contexto do NAPNE também têm grande relevância. A demanda por inclusão e por acessibilidade não se restringe ao espaço físico institucional, resta relevante traçar ações que integrem a construção anticapacitista no âmbito interno e no âmbito externo, e como estes se comunicam, trocam ações assertivas pró-equidade, e outras excludentes: é via de mão dupla. Conscientizar a sociedade é dever da Instituição, mas não a exime de fazer o mesmo no âmbito de sua atuação direta, pois não é aceitável o contexto do “façam o que digo, mas não façam o que faço”. Precisamos em parte ter conosco o que se expressa no provérbio chinês “antes de mudar o mundo, dê umas voltinhas em sua própria casa”. Façamos eventos para orientar professores de outras instituições e para cobrar deles inclusão efetiva, mas não sem que façamos o mesmo movimento de participação em nossa Casa. Também por isto, a necessidade de pensar na Extensão, com sua expressão de abraçar também a comunidade externa com a devida relevância, mas sem esquecer do âmbito formativo interno: constituem vertentes complementares no contexto do combate ao capacitismo que, estrutural que é, demanda ações de conscientização intra e extra-institucionais, pautas que se somam e não se excluem. Educação Anticapacitista é demanda interna e externa e o projeto abarca ações que têm potencial para atingir e beneficiar ambas comunidades, promovendo reflexões na sociedade que influencia e é influenciada pelos ambientes institucionais: neste universo de interações é muito relevante a representatividade. É imprescindível divulgar legislações vigentes no âmbito da inclusão e da acessibilidade para construir a necessária ampliação em seu conhecimento e em sua observância, o que tem potencial de alcance ampliado em Instituição que, como o IFCE, forma professores e profissionais de diversas áreas, já que estes quando bem instruídos teoricamente e com subsídios de vivências e convivências práticas, podem vir a constituir multiplicadores disseminadores pró-equidade, potencialmente relevantes à construção de uma sociedade anti-capacitista, mediante utilização do conhecimento como instrumento de mudança. A participação em projeto como bolsista é recurso de empoderamento e de desenvolvimento da organização, do conhecimento e da autonomia: premissas que seguem absolutamente firmes também no que tange estudantes com deficiência. Em linhas gerais, o empoderamento e a autonomia se estabelecem desde a seleção do estagiário, o recebimento de bolsa e prosseguem até a percepção de que ele é protagonista na atuação no NAPNE e no campus, no uso do espaço na sala do NAPNE, na condução do projeto, na seleção do que ele quer que o outro conheça sobre a pauta inclusiva, na confecção de recursos que considerem seus hiperfocos, habilidades e preferências, nas buscas desenvolvimentais adicionais, na necessária provocação do repensar nas relações institucionais, historicamente marcadas pela exclusão, por vezes ilustrada pela pouca representatividade das Pessoas com Deficiência nestes espaços, com contornos ainda mais pronunciados e evidentes quando consideramos recortes neuroatípicos. Não se atinge o êxito no percurso formativo sem que se alcance a permanência, e o combustível para esta são as adaptações que promovem aprendizagens e continuidades, inclusive no cerne da presente vertente do “IFCEquidade: o que eu quero que vocês saibam sobre inclusão e acessibilidade”, e nas almejadas trocas de saberes com a comunidade acadêmico-escolar, integrando essência que é de ensino, mas que também é de extensão, em pauta estrutural de ampla abrangência e que afeta comunidade externa e comunidade interna. Neste contexto, fazem parte do projeto a participação efetiva da discente em eventos de extensão, a atuação no planejamento e na execução destes momentos, seja em ambientes como salas sensoriais abertas e ou em palestras, e a atuação em divulgações amplas que visem alcance externo. Também no que tange a neurodiversidade, inclusive a neurodivergência expressa nas pessoas com autismo e demandas de suporte, a permanência na Instituição e em outros espaços educacionais e laborais externos ainda constitui atestado de resistência: precisamos aprender para que as desistências deste público constituam eventos raros e com justificativas fundamentadas na não exclusão, e para que os sucessos discentes que já assistimos abram caminho para rotas institucionais mais frequentes, algo que vai para muito além dos fluxos e que remete a mudanças estruturais, mas que localmente pode ter como parceira a cultura inclusiva, pró equidade e alinhada com princípios de busca à Educação para Todos. Pensar e buscar estratégias de permanência de discentes que são pessoas com deficiência é ação e intenção visceral do NAPNE, e este, institucionalmente, é vinculado à Pró-Reitoria de Extensão. Neste contexto extensionista, o interno e o externo se misturam, o sucesso desta discente é também sucesso desta Pró-Reitoria. Quando em um evento de extensão, como nos moldes do Universo IFCE, que abre e apresenta a Instituição ao público externo, inclusive a potenciais futuros alunos, temos visitas e espaços proativamente guiados e apresentados por equipe de estudantes que recepciona o público externo, esta amostra ilustra a expressão da diversidade, com seus contornos de presença ou de ausência de representatividades, e é também sobre isto, sobre receber e ser representado por pessoas diversas, inclusive por pessoas com deficiência, sobre ser lido como inclusivo pela expressão da realidade de ter entre os discentes bolsistas protagonistas que apresentam a Instituição também esta expressão, que, ainda que envolva diversos outros fatores, também contempla este. Quando a Instituição se abre para visitações externas, inclusive de possíveis futuros estudantes provenientes de diversas instituições de ensino, educadores, outros profissionais de múltiplas áreas, membros da sociedade civil, em momentos de atividades planejadas no âmbito da Extensão, temos a oportunidade de ampliar o alcance de ações anticapacitistas, e de atuar em contextos estruturais, caracterizados justamente por não se restringirem a um espaço, externo ou interno, mas ao todo. Soma-se à participação no planejamento e na execução de eventos de extensão, as publicações e divulgações de materiais em mídias digitais, cujo alcance é amplo.
Público Alvo
O potencial de alcance é ampliado pela natureza da Instituição, visto que o IFCE, forma professores e profissionais de diversas áreas, e estes têm potencial de constituir rede de multiplicadores e disseminadores de saberes pró-equidade: assim nossos estudantes, servidores, pais de estudantes podem polinizar novos locais, levando conhecimento e práticas assertivas para engrandecer e ampliar debates necessários para os quais serão preparados pelo contato com materiais produzidos e expostos no “ambiente formador”, pelas vivências e convivências que a representatividade proporciona. Pessoas que visitarem o campus do IFCE Caucaia, inclusive externas a esta comunidade, também terão a oportunidade de visualizar o material que será produzido, bem como pessoas que acessarem o site do IFCE Caucaia ou suas mídias sociais terão acesso a divulgações referentes à legislação. O projeto prevê duas atividades que ocorrerão durante o período de estágio e serão abertas ao público interno e ao público externo, atendendo à natureza das ações de Extensão. A primeira será a montagem e disponibilização para visita de “Salas Sensoriais como Oficinas de Habilidades”. A atividade ocorrerá em outubro de 2023, compondo evento aberto à comunidade externa, com visitas guiadas, que objetivam apresentar o campus à comunidade ampla, inclusive, e com ênfase divulgatória, aos estudantes concludentes do ensino fundamental de outras instituições de ensino do município o IFCE campus Caucaia. A previsão é de receber na primeira atividade 100 (cem) estudantes constituintes do público comunidade externa (advindos de outras instituições, que não o IFCE). Em um segundo momento, teremos a atividade “Educação Inclusiva - Inclusão: Apresentações e Debates Assertivos”, com foco em representatividade e inclusão educacional, planejado com participação da estudante bolsista, também aberto à comunidade externa. A previsão é de receber na segunda atividade 25 (vinte e cinco) pessoas com provável representação de educadores de outras instituições, de pessoas com deficiência e de familiares constituintes do público comunidade externa. Neste contexto, é esperado público de pelo menos 125 visitantes externos no somatório das duas atividades abertas. O material produzido pela estudante ao final do estágio alcançará outras pessoas através das mídias do campus, e de divulgações de multiplicadores, com expectativa de 50 pessoas externas ao campus. Total Esperado referente à Comunidade Externa: Previsão média 175 pessoas da comunidade externa beneficiadas (número mínimo: 150 beneficiados; número máximo: 200 beneficiados).
Objetivo Geral
Utilizar o conhecimento e o processo de empoderamento, autonomia e êxito formativo de estudantes com deficiência voltado a atuações e atividades que promovam oportunidades de aprendizagens e de trocas de saberes com a comunidade externa, em atividades abertas e pensadas também para este público.
Objetivo Específico
Promover aproximação e vinculação entre estudante e Instituição; Promover conhecimento amplo de diversos temas (curriculares, transversais) e específico da legislação vigente e da formação anti-capacitista; Oportunizar autonomia e desenvolvimento de habilidades desenvolvimentais amplas em percursos formativos individualizados; Produzir materiais informativos e promover a divulgação da legislação vigente, sob a perspectiva da estudante com deficiência, com divulgação interna e externa. Realizar duas atividades que ocorrerão durante o período de estágio e serão abertas ao público interno e ao público externo, promovendo a Extensão, e oportunizando contato e troca de saberes com a comunidade externa. Atuar proativamente no planejamento e na execução de atividade de montagem e disponibilização para visita de “Salas Sensoriais como Oficinas de Habilidades”. Auxiliar no planejamento e na organização da atividade “Educação Inclusiva - Inclusão: Apresentações e Debates Assertivos”, com foco em representatividade e inclusão educacional, com participação da estudante bolsista, dentre outros discentes e servidores também aberto à comunidade externa.
Metodologia
As atividades serão distribuídas em etapa única com duração de quatro meses, e executadas em subdivisões mensais para fins de registro em relatórios com esta sazonalidade. Abrangendo ações com foco em produção de materiais para divulgação interna e externa, participação proativa no planejamento e na execução de eventos e atividades de extensão no campus, proporcionando atendimento pleno às premissas da extensão universitária, o estágio será realizado predominantemente no espaço físico da sala do NAPNE, abrangendo outros espaços institucionais, observando cumprimento pela discente selecionada de carga horária de 12 horas semanais, de modo que as atividades não coincidam com as aulas regulares desta. A bolsista selecionada é adolescente (quinze anos de idade), sendo estudante regularmente matriculada no Curso Técnico Integrado em Metalurgia. O projeto “IFCEquidade: o que eu quero que vocês saibam sobre inclusão e acessibilidade”, construído em parceria com a estudante, considera demandas adaptativas desta, priorizando valorização de habilidades, de hiperfocos, de ilhas preferenciais do conhecimento, demandas de desenvolvimento de autonomias, socialização, protagonismo, pertencimento e vinculação institucional, de modo a atender premissas de prioridade, de permanência com aprendizagem e êxito da estudante bolsista, em projeto pautado no alcance a objetivos inerentes ao atendimento à comunidade externa e à comunidade interna em contexto pertencente à Extensão. Serão realizadas discussões em reuniões semanais, com orientação e incentivo ao estudo e à produção de recursos para divulgação da Lei 13.146/15 sob a perspectiva da estudante e no formato de expressão em ilustrações e frases, sugerido pela discente. Estratégias, intervenções e ferramentas para a Promoção da Educação Anticapacitista junto à comunidade interna e junto à comunidade externa 1. Aproximação, vinculação e pertencimento com o ambiente acadêmico-escolar do IFCE campus Caucaia, desenvolvimento de habilidades de resolução de demandas e problemas, de organização, de estudo de temas gerais (curriculares, transversais) e de conhecimentos no contexto da educação cidadã, pró-inclusão e acessibilidade e anti-capacitista como mecanismos de promoção da permanência e de prevenção a evasões, logo de promoção do êxito estudantil da bolsista, do êxito institucional e do êxito da sociedade em efetivar suas políticas públicas e em cumprir legislações vigentes no que tange inclusão. 2. Oportunidades de empoderamento, percepção e valorização de competências próprias, autonomia, habilidades desenvolvimentais amplas em percursos formativos individualizados, socialização, responsabilidade, proatividade em consonância com valores conceituais de reconhecimento ao “Nada sobre Nós sem Nós”. A estudante que é pessoa com deficiência traz consigo vulnerabilidades, mas sobretudo traz consigo vivências, representatividade e saberes preciosos e imprescindíveis para a construção de espaços inclusivos sob a perspectiva do sujeito, atuando de modo permanente no estabelecimento de uma Instituição anti-capacitista, que se importa com a aprendizagem e com o êxito de todos os seus estudantes e que compreende que o capacitismo é estrutural e, portanto, que o combate a ele também precisa ser estrutural: deve ser efetivado em todos os ambientes, com ações que visem não somente alterar o ambiente físico e atitudinal externo, não somente alterar o ambiente físico e atitudinal interno, mas ambos, no estabelecer e empoderar representatividade em todos os ambientes, programas e projetos, e sobretudo a reproduzindo em ações visíveis, a serem percebidas no cotidiano pela comunidade interna e pela comunidade externa. A divulgação será em material visual produzido por discente e exposto nos diversos ambientes do IFCE campus Caucaia, sob orientação, inclusive em formatos digitais que permitam ampliar o alcance à comunidade externa, portanto, com divulgação interna e externa (via cartazes afixados e mídias do campus). 3. Por ter natureza de extensão, o projeto prevê duas atividades que ocorrerão durante o período de estágio, no espaço físico do IFCE campus Caucaia, e serão abertas ao público interno e ao público externo.  Atividade de montagem e disponibilização para visita de “Salas Sensoriais como Oficinas de Habilidades”: com recursos como vendas para os olhos, bolas com guizo, cones e gol/ caminhos guiados; abafadores, cine-surdo, leitura labial; oficina do olfato e do tato e habilidades associadas (materiais diversos como objetos usuais para reconhecimento, areia, brita, folhas secas, espuma, isopor, arroz, feijão, café, sal, açúcar, vinagre, sucos e frutas, dentre outros em planejamento, atendendo a contexto de segurança); exposição de trabalho ou molde e convite à pintura e à redação usando os pés ou usando a boca, dentre outros. A atividade ocorrerá em outubro de 2023, compondo evento aberto à comunidade externa, com visitas guiadas, que objetivam apresentar o IFCE campus Caucaia à comunidade ampla, inclusive, e com ênfase divulgatória, a estudantes concludentes do ensino fundamental de outras instituições de ensino do município. Dentre os estudantes que participarão da organização e de visitas guiadas à sala sensorial e a ambientes laboratoriais estará a estudante bolsista selecionada, do projeto de Extensão, neste contexto apresentando a Instituição e executando a atividade que ajudou a planejar aos visitantes participantes.  Atividade “Educação Inclusiva - Inclusão: Apresentações e Debates Assertivos”: com foco em representatividade e inclusão educacional, com participação da estudante bolsista, dentre outros discentes e servidores também aberto à comunidade externa. Neste contexto, serão efetivadas divulgações junto a instituições de ensino e associações do município de Caucaia. A previsão é de receber na segunda atividade 25 (vinte e cinco) pessoas com provável representação de educadores de outras instituições, de pessoas com deficiência e de familiares constituintes do público comunidade externa. As duas atividades e também a divulgação em mídias sociais contarão com instrumentos avaliativos integrados disponibilizados ao participante, que incluirão formulário impresso e /ou QR-code com direcionamento que permita avaliação da atividade pelo participante visitante. Cronograma: Mês 1: Aproximação, vinculação e construções coletivas de planos e traçados em atenção às demandas da discente bolsista, seus hiperfocos e ilhas preferenciais de conhecimento, bem como percepção de demandas desenvolvimentais a intervir positivamente, de modo individualizado, acessível, inclusivo. Estabelecimento de rotinas. Estudos autônomos e reuniões para discussões e orientações. Mês 2: Estudos autônomos e reuniões para discussões e orientações. Detalhamento do plano das atividades: “Salas Sensoriais como Oficinas de Habilidades” e Educação Inclusiva - “Inclusão: Apresentações e Debates Assertivos”, ambas com finalidade extensionista. Mês 3: Realização das atividades “Salas Sensoriais como Oficinas de Habilidades” e Educação Inclusiva - “Inclusão: Apresentações e Debates Assertivos”. Ambas previstas em projeto, a serem realizadas no espaço físico do IFCE campus Caucaia, em evento aberto ao público externo, com promoção de visitações de outras Instituições de Ensino, seus estudantes, profissionais, comunidades, e do público em geral, e finalidade extensionista. As atividades promovem acessibilidade, inclusão e atenção à representatividade, estimulam a percepção de habilidades e sua valorização em si mesmo e nos outros, tendo potencial de disseminar anticapacitismo nas comunidades interna e externa. Estudos e reuniões de orientação. Mês 4: Produção de materiais informativos e divulgação afixando em espaços físicos e publicando em mídias digitais do IFCE campus Caucaia. A participação em momentos de planejamento e execução de ações de extensão abertas ao público respeitará especificidades e adaptações demandadas pela bolsista, que é adolescente com condição neuroatípica, bem como o caráter informativo das vivências e das opções refletido nas escolhas da estudante em suas produções para expressar e informar sobre a legislação vigente. Os recursos serão produzidos em formatos ilustrados, e constituirão materiais para divulgação em murais do IFCE campus Caucaia, no site e em mídias sociais. A divulgação em sites e mídias do campus é recurso válido que proporciona que o conhecimento acessado pela estudante em suas pesquisas, sob sua perspectiva, seja divulgado para ambiente externo, impregnado pelo suor das vivências e pelo filtro dos saberes por esta selecionados como prioritários, em campanha que respeita o “Nada sobre Nós sem Nós” e tem potencial de mostrar à sociedade, de apresentar no “extramuros institucional”, o que a comunidade de pessoas com deficiência do IFCE tem produzido no “intramuros” da Instituição, inclusive no contexto da Extensão. Sendo o capacitismo estrutural, a luta contra o capacitismo deve também perpassar ambos, espaço interno e espaço externo, mobilizando comunidade interna e externa. A representatividade em sua expressão prática, real, tem muito significado e valor: resguardar lugar de fala à estudante, que é pessoa com deficiência, expressar o que esta quer que outras pessoas do IFCE (público interno) e de fora deste (público externo) saibam sobre a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (Lei 13.146/15), tem potencial de demonstrar que “tentamos adotar” a educação inclusiva na Instituição, em todas as suas esferas, inclusive no extensionismo: ação que deve ser contínua e que requer o constante adaptar, requer valorizar tempos e ações que sejam inclusivas para além dos projetos, nas ações cotidianas, na observância real às demandas das pessoas em todos os espaços.