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Campus:
CAMPUS FORTALEZA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
DANÇAS AFRICANAS ANCESTRAIS
Área Temática:
Cultura
Linha de Extensão:
Música
Data de Início:
20/12/2019
Previsão de Fim:
25/12/2020
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
50
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Fortaleza
Formas de Avaliação:
Participação
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Folder
Cartaz
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Anna Erika Ferreira Lima
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Anna Erika Ferreira Lima IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 20/12/2019 25/12/2020
Carolinne Melo dos Santos IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 23/12/2019 25/12/2020
Francisco Rubéns Lopes dos Santos (Vice-COORDENADOR) Bailarino Integrante Sem vínculo Sim 4 23/12/2019 25/12/2020
Liliana de Matos Oliveira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 27/12/2019 25/12/2020
Pedro Paulo Andrade de Oliveira uece Integrante Sem vínculo Sim 4 23/12/2019 25/12/2020
Ricardo da Silva Pedrosa IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 23/12/2019 25/12/2020
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 9.336,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
DANÇAS AFRICANAS ANCESTRAIS Programa
Apresentação
As músicas, cantos e danças presentes nas rodas sagradas africanas fazer emergir, conforme Senghor (1971), as páginas das grandes narrativas orais que embalam os sonhos e realizações dos diversos povos do continente negro. Em África, tais expressões culturais, entoadas por batuques de tambores, promoviam o despertar da ancestralidade dos indivíduos ao evocar orixás em trabalhos místicos de reverencia à espiritualidade neste território. Muito se perdeu dessas práticas quando desembarcaram no Brasil, entretanto essas culturas de resistência ainda podem ser identificadas com variações que constituíram as expressões populares que chamamos de afrodescendentes. É na perspectiva do resgate da ancestralidade por meio da música e da dança, especificamente, africana que o presente projeto social tem se materializado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), Campus Fortaleza, desde agosto de 2018. O projeto prevê a realização de aulas de danças africanas ancestrais com o intuito de desenvolver e mesmo despertar através de toques percursivos, poliritmias e harmonias com foco em questões como interculturalidade crítica e a decolonialidade, junto à sujeitos sociais partícipes do projeto (XAVIER, 2010). Nesse sentido que se consubstancia a proposta de continuidade do Projeto de Danças Africanas Ancestrais, o qual em 2019 terá como parceiro o Curso de Licenciatura em Teatro, onde atividades serão realizadas de em sala de dança apropriada.
Justificativa
A dança é então tomada como um instrumento de libertação e posicionamento crítico que questiona continuamente a racialização, subalternização, inferiorização e seus padrões de poder, visibiliza maneiras diferentes de ser, viver e saber e busca o desenvolvimento e criação de compreensões e condições que não só articulam e fazem dialogar as diferenças num marco de legitimidade, dignidade, igualdade, equidade e respeito, mas que – ao mesmo tempo – alentam a criação de modos “outros” – de pensar, ser, estar, aprender, ensinar, sonhar e viver que cruzam fronteiras. Foi no sentido de romper barreiras históricas, uma vez que o cerne dos institutos federais trazem em si a tradição técnica e tecnológica de mais de 100 anos de existência; que se pensou em promover uma ação que pudesse aproximar os grupos sociais de movimentos negros, comunidades tradicionais, à exemplo de povos de terreiro à ocuparem os espaços de dança e partilhas às segundas - feiras uma vez que o dia da semana apresentou a cosmovisão; através de aulas de danças já reconhecidas na cidade pelo papel que o instrutor construiu nos anos que coordena tais processos em instituições à exemplo da UFC e pela experiência com danças no Brasil e no Canadá. Destacamos a relevância do projeto na perspectiva acadêmica e social, pois entendemos que as vivências ofertadas, no campo das danças negras, acrescentam em âmbito cultural, didático e político aos projetos pedagógicos tanto de cursos universitários, bem como criam e fortalecem articulações e compartilhamento de conhecimentos entre artistas e professores da comunidade externa à academia com estudantes e professores/artistas da instituição.
 Ademais, tal Projeto encontra-se vinculado às ações ddo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI-Campus Fortaleza), onde a temática afrobrasileira e indígena se consubstancia como uma necessidade prevista legalmente por meio de quatro mecanismos legais, sejam eles: Lei no 10.639/2003: altera a Lei 9394/96 para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-brasileira e Africana”; Parecer no CNE/CP 003/2004, de 10 de maio de 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Resolução no CNE/CP 001/2004, de 17 de junho de 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para educação das relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana; e a Lei No 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".
Público Alvo
Estudantes, professores de arte de escolas da educação básica, artistas da cidade, lideranças comunitárias e demais pessoas que tenham interesse em ritmos e danças africanas ancestrais e interculturalidade crítica.
Objetivo Geral
- Realizar vivências, voltadas à aprendizagem em Dança e Música (percussão), onde africanidades sejam articuladas em favor do fortalecimento da interculturalidade de modo crítico.
Objetivo Específico
Promover relações horizontais entre diferentes saberes/práticas culturais; - Compartilhar saberes e práticas, possibilitando experiências promissoras relativas a processos de ensino/aprendizagem em e com dança e música; - Contribuir para o enriquecimento da formação de todos os participantes envolvidos; - Realizar aulas práticas de danças africanas, seguidas de rodas de conversa sobre a vivência semanal; - Estabelecer parceria entre IFCE, especificamente, o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi-Campus Fortaleza) e a Escola Porto Iracema das Artes, com vistas a serem pautadas em ambas as instituições atividades referidas às Danças Africanas Ancestrais.
Metodologia
O processo metodológico de tal iniciativa, perpassa por nuanças como Planejar e ministrar a oficina de Danças Africanas Ancestrais às sextas-feiras considerando as cosmovisões africanas, tendo como previsão uma carga horária de 2h/a semanais (19h às 21h), onde o objetivo visa sensibilizar o participante para a dança ancestral por meio de referências folclóricas em dança da costa oeste da África e do toque do tambor, trabalhando vínculos imbricados entre o corpo que dança e o corpo que toca, oportunizando estes dois momentos como potência para a criação em danças negras. Ressalta-se que para além das aulas uma nova seleção ocorrerá para complementar a turma (25 vagas) onde o espaço que irá sediar as aulas a partir de meados de abril será o Barracão Cênico do IFCE - Campus Fortaleza). Ressalta-se que as aulas serão acompanhadas por um percussionista , o qual também irá discorrer sobre a importância da sonoridade do instrumento no transcorrer das aulas práticas e irá conduzir tais momentos com o uso de tambores. O primeiro semestre de atividades (fev-jun) contabilizará 100 h/a. Para o segundo semestre de 2020 (100 h/a), serão redefinidos os dias da semana e local que irá atender às danças africanas conforme diálogos entre os parceiros.