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Campus:
CAMPUS IGUATU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
ESCOLA E FAMÍLIA: PROMOVENDO INCLUSÃO E FORTALECENDO VÍNCULOS
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Acessibilidade
Data de Início:
30/07/2025
Previsão de Fim:
30/01/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
1
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
30
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Edital 04/2025 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NAPNEs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Iguatu
Formas de Avaliação:
Participação
Relatório
Frequência
Reunião
Formas de Divulgação:
Áudio
Convite
Entrega presencial de convites
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Myrla Alves de Oliveira
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Jose Ricardo Mota IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 30/07/2025 30/01/2026
Moiza Siberia Silva de Medeiros IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 30/07/2025 30/01/2026
Myrla Alves de Oliveira IFCE Coordenador Técnico Administrativo IFCE Não 4 30/07/2025 30/01/2026
Raabe Clementino Leandro IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 30/07/2025 30/01/2026
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Este projeto tem como objetivo colaborar com processo educativo e formação integral de estudantes com necessidades específicas por meio da aproximação com as famílias através de encontros formativos e de apoio social. O debate acerca da inclusão tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade e em outras áreas como nas mídias digitais. Diversas leis visam garantir os direitos de acesso à saúde, educação, mobilidade, lazer e outras políticas públicas. Na educação, há muito tempo se debate sobre esse tema e ainda há muito a se evoluir. A educação inclusiva está preconizada desde a Declaração de Salamanca de 1994, firmando-se como direito na Lei Brasileira de Inclusão (LBI - Lei nº 13.146/2015), a qual prevê que o sistema educacional seja inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível. Também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, a LBI é o principal marco, no Brasil, para assegurar e promover os direitos visando a inclusão social. De acordo com a lei, pessoas com deficiência são consideradas como “aquelas que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (Art. 2º – LBI). Apesar da Lei, sabemos que várias barreiras se colocam no ambiente educacional, social e familiar. A descoberta de um diagnóstico seja ele vinculado a pessoas com deficiência ou a pessoas com outras necessidades específicas tem sido um desafio para pais, mães e responsáveis, pois além das características diagnósticas manifestadas nas diferentes fases da vida, ainda há os entraves sociais de acesso à espaços e políticas. A Lei Brasileira de Inclusão, no seu artigo 3º, inciso IV define barreiras como qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança” (Art.3º - LBI). O paradigma social da deficiência, em contrapondo ao modelo biomédico que localiza a deficiência na pessoa a partir de uma lesão, retira a ênfase da compreensão das ciências da saúde, para problematizar o aspecto político, na medida em que compreende a deficiência como uma construção social caracterizando-a a partir da interação dos sujeitos com o entrono social (FRANÇA, 2013). Neste sentido, tona-se fundamental o olhar para a barreiras físicas e atitudinais que impedem a pessoa com deficiência e outras necessidades específicas de exercer os seus direitos na integralidade, vivenciando diferentes formas de discriminação. A inclusão é um direito inalienável e a escola precisa pensar os processos de ensino direcionados apenas para uma parcela da população, para propor um currículo que considere as diferenças, a valorização do aprendizado e o enfrentamento preconceito (MANTOAN, 2003). Este projeto visa fortalecer o papel da escola no respeito às diferenças, mas, sobretudo, contribuir para a efetivação de direitos na medida em que, ao aproximar-se das famílias, pode promover espaços de escuta e formação.
Justificativa
O campus Iguatu através no Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Específicas - NAPNE, vem desenvolvendo ações no sentido de promover o acesso, a permanência e o êxito dos estudantes com deficiência e/ou outras necessidades específicas, tais como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtornos Específicos da aprendizagem. Ao longo do tempo, as ações do NAPNE foram sendo melhor sistematizadas, uma vez que o campus, a cada ano, tem recebido mais estudantes com necessidades específicas identificadas seja no momento da matrícula, em que já há apresentação de laudos, ou ao longo do percurso escolar, em que as necessidades específicas são identificadas pelos docentes, servidores técnico-administrativos ou relatadas pelos próprios estudantes. As ações planejadas e desenvolvidas pelo NAPNE se constituem por meio de formações na área de educação inclusiva, proposição e organização de fluxos institucionais para atendimento e acompanhamento ao estudante, articulação e diálogo com os setores, reuniões docentes para compartilhamento de informações fundamentais ao percurso acadêmico, atendimento ao estudante, contato com as famílias, dentre outras. No que se refere às famílias, sabemos que o suporte é insuficiente, tendo em vista outras demandas institucionais. Por esse motivo, torna-se fundamental o desenvolvimento desse projeto como forma de aproximar as famílias em relação à instituição, mas, sobretudo, contribuir com informações necessárias à superação das barreiras encontradas em outros ambientes sociais. Sabemos que, para as famílias, há impacto sobre a rotina a partir da descoberta de um diagnóstico. As angustias, inseguranças e desafios enfrentados são, por vezes, cotidianos. A escola, enquanto espaço educativo e de promoção da inclusão pode colaborar não apenas para que as pessoas com deficiência e outras necessidades específicas permaneçam na instituição, mas também pode colaborar auxiliando pais, mães, cuidadores e responsáveis nas dificuldades pessoais e na luta pelo acesso dos seus filhos às políticas sociais. O acesso à informação por parte das famílias implica no conhecimento sobre os caminhos para uma inclusão efetiva e garantia de direitos. Esse é um dos pontos relevantes desse projeto, o qual está consonância a um dos principais objetivos da extensão desenvolvida do IFCE, a interação transformadora entre instituição e sociedade (Política de Extensão – IFCE, 2023). O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2024-2028, prevê o aumento de servidores e discentes na extensão como um dos indicadores. Nesse sentido, esse projeto poderá colaborar com o fortalecimento da Política de Extensão na instituição, cujas atividades estão apoiadas em alguns princípios como o de transformação social, contribuição à superação das desigualdades sociais e desenvolvimento integral do discente. Em consonâncias a esses princípios, as ações previstas neste projeto poderão contribuir com a comunidade através da junção entre o saber acadêmico e o saber popular, na construção de espaços de mudanças nas realidades.
Público Alvo
O presente projeto será desenvolvido com mães, pais, cuidadores e responsáveis de estudantes com necessidades específicas regularmente matriculados nos cursos integrados do IFCE – campus Iguatu. Compreende-se por estudantes com necessidades específicas aquelas descritas no Art. 17, Art. 18 e Art.19 do Regulamento dos NAPNES: pessoas com deficiência nos termos na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 e pessoas que apresentam outros tipos de necessidades educacionais específicas como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtornos Específicos da aprendizagem. De forma indireta, o público alvo também será composto pelos estudantes, os quais serão impactados na relação com suas famílias em busca do enfretamento das principais dificuldades institucionais e sociais.
Objetivo Geral
Colaborar com a inclusão de estudantes com necessidades específicas por meio de encontros com mães, pais, cuidadores e responsáveis aproximando-os do contexto escolar e proporcionando um espaço formativo e de apoio social.
Objetivo Específico
• Realizar encontros formativos sobre direitos da pessoa com deficiência e da pessoa cuidadora e sobre o acesso universal à diversas políticas socias. • Compartilhar informações sobre quadros diagnósticos e suas interferências na adolescência. • Proporcionar o compartilhamento de experiências de vida como forma de construir estratégias coletivas de enfrentamento às dificuldades. • Aproximar as famílias ao contexto escolar e da educação, proporcionando um espaço de cuidado, acolhimento e escuta.
Metodologia
Este projeto estrutura-se por meio de encontros formativos, com uma abordagem grupal e dinâmica de algumas temáticas que perpassam o cotidiano das famílias, tais como: educação, principais barreiras de acesso enfrentadas, capacitismo e direitos sociais. Os encontros também se constituirão estimulando o compartilhamento de experiências necessárias ao enfrentamento coletivo das principais dificuldades encontradas no cotidiano. O projeto será composto pelas seguintes atividades: seleção dos estudantes bolsistas e constituição da equipe de execução; estudo bibliográfico sobre a temática; formação dos membros por meio das reuniões do NAPNE e encontros adicionais acerca das categorias centrais do projeto: inclusão, acessibilidade, capacitismo, educação e direitos sociais, pessoas com necessidades específicas; identificação dos estudantes com necessidades específicas e sistematização dos dados necessários; contato com os estudantes; convite às famílias; planejamento inicial dos encontros; organização de material informativo e execução dos encontros. Ao longo do projeto serão realizados quatros encontros com as seguintes temáticas previamente definidas: Encontro 1 – Como eu me eu sinto? A percepção acerca das dificuldades encontradas. Encontro 2 - Conhecendo as principais características dos quadros diagnósticos e suas implicações na adolescência. Encontro 3 - Direitos da pessoa com deficiência. Encontro 4 - Luta contra o capacitismo: o papel da família, da escola e da sociedade na inclusão. O encontro 2 poderá ser dividido de acordo com a diversidade dos quadros diagnósticos com a finalidade de trabalhar as características das necessidades específicas de forma mais direcionada. Os encontros serão realizados uma vez por mês, entre setembro e dezembro, e serão conduzidas pela equipe de execução composta por membros do NAPNE e bolsistas de extensão, havendo a possibilidade de parceria com outras instituições. Apesar da sistematização prévia dos encontros, os participantes poderão escolher ou definir outras temáticas que considerarem importantes, pois pretende-se que esse projeto seja realizado valorizando a opinião e as sugestões fundamentadas em cada realidade vivida. Os pais, mães, responsáveis e cuidadores serão convidados a participar após contato inicial com os estudantes para explicação sobre a proposta e entrega de um convite impresso. Também será realizado contato por telefone, podendo haver visitas domiciliares. A duração dos encontros será de aproximadamente 90 minutos. Eles ocorrerão no IFCE – campus Iguatu e serão planejados de forma a proporcionar um ambiente de troca de experiências e informações necessárias à garantia de direitos e ao enfrentamento às diferentes formas de exclusão vivenciadas. Elas serão baseadas no diálogo, na escuta ao outro, nas vivências pessoais e no saber prévio de cada participante. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO O acompanhamento do projeto será feito, principalmente, pela equipe de execução, mas poderá contar com o apoio de membros do NAPNE não diretamente envolvidos no projeto por meio das reuniões ordinárias do Núcleo. A avaliação será realizada de duas formas: 1. Com a equipe de execução após cada oficina realizada, bem como em reuniões de planejamento e orientação junto aos bolsistas, tendo como principal objetivo refletir as ações desenvolvidas e alinhá-las aos objetivos do projeto. 2. Com o público participante ao final de cada oficina, com o objetivo de identificar quais atividades foram importantes e quais aspectos podem ser melhorados ou acrescentados nos encontros posteriores. Também terá como objetivo identificar a contribuição efetiva do projeto no cotidiano dos participantes. RESULTADOS ESPERADOS E DISSEMINAÇÃO DOS RESULTADOS Com a realização do projeto espera-se que as famílias possam ser beneficiadas com informações e trocas de experiências que contribuam efetivamente para o seu dia-a-dia. Ressalta-se que os encontros, apesar de previamente estruturados, priorizarão a fala e a escuta estimulando o diálogo e o compartilhamento de experiências, aspectos importantes na percepção de si, do outro e da realidade vivenciada. Os resultados do projeto poderão gerar artigos para publicação e/ou apresentação em eventos técnico-científicos.