Exibir Ação

Campus:
CAMPUS IGUATU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Atlas Digital sobre o Covid-19 no Ceará
Área Temática:
Comunicação
Linha de Extensão:
Mídia e Comunicação
Data de Início:
17/04/2020
Previsão de Fim:
17/10/2020
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
650
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
1400
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acopiara
Boa Viagem
Camocim
Cariús
Catarina
Caucaia
Cedro
Crateús
Crato
Deputado Irapuan Pinheiro
Fortaleza
Guaramiranga
Icó
Iguatu
Itapipoca
Jaguaribe
Juazeiro do Norte
Jucás
Limoeiro do Norte
Maracanaú
Mombaça
Morada Nova
Piquet Carneiro
Quixadá
Quixelô
Quixeramobim
Sobral
Ubajara
Várzea Alegre
Formas de Avaliação:
Frequência
Participação
Formas de Divulgação:
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Leandro de Castro Lima
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Cleanto Carlos Lima da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 17/04/2020 17/10/2020
Gustavo de Albuquerque Ramalho Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte Integrante Sem vínculo Não 4 17/04/2020 17/10/2020
Jonathan Weslley Lima de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte Integrante Sem vínculo Não 4 17/04/2020 17/10/2020
Leandro de Castro Lima IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 17/04/2020 17/10/2020
Paulo Ricardson Silva Costa IFCE Integrante Discente IFCE Não 6 17/04/2020 17/10/2020
Tiago Nogueira Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 6 17/04/2020 17/10/2020
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Encargos Patronais 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Material de Consumo 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O projeto “Atlas Digital sobre o Covid-19 no Ceará” é uma iniciativa de professores/pesquisadores do Curso de Licenciatura em Geografia, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Iguatu, com a finalidade de mapear informações sociais, econômicas, materiais e epidemiológicas da disseminação do novo coronavírus (COVID-19), em especial no estado do Ceará. Todo o mapeamento realizado, se constituirá em um complexo banco de dados e informações, coletados de diversas instituições públicas e privadas, não só como base para estudos, mas como fonte de divulgação constante nas redes sociais, a fim de orientarmos conscientemente a sociedade sobre a difusão da pandemia no contexto local, regional e estadual. Dessa maneira, informações sociodemográficas, dados de saúde e hospitalares, indicadores de vulnerabilidade, de mobilidade e dados do Covid-19, em vários níveis de escalas geográficas, serão coletados, organizados, processados estatisticamente e representados, com o uso de técnicas cartográficas, a cada período delimitado em que nos permita uma visualização temporal da distribuição espacial do Covid19. Assim, esperamos constituir uma fonte segura e confiável de informação a nível acadêmico, produzindo e publicando as análises dos mapas nos meios eletrônicos, em especial na rede social Instagram, e também constituindo um “Atlas do Covid-19 no Ceará” que ao final será publicado em formato digital. Nossa motivação é fazer do mapa um comunicador visual da situação epidemiológica do Ceará, em alguns momentos tratando também do Brasil e da região Nordeste, no qual nos permite análises entre diferentes unidades espaciais que não estão desassociadas, no intuito de compreendermos o contexto de aceleração dos processos de transmissão e disseminação da doença, bem como as infraestruturas básicas para controle e as relações espaciais, com intuito de melhor compreendermos a realidade vivenciada. Nesse sentido, todo esforço de mapeamento trará dinamicidade as formas de representação e das variações espaciais do Covid19 temporalmente, auxiliando no entendimento das análises epidemiológicas locais e regionais, a cada fase da epidemia, e amparando metodologicamente variados estudos e possíveis políticas públicas nas áreas de saúde coletiva e sanitárias, possibilitando novas problematizações e contribuindo para uma articulação com outros conjuntos de saberes que perpassam o olhar geográfico, facilitando o estudo das correlações espaciais entre a disseminação do Covid19 com as contradições sociais, ambientais e de infraestruturas de saúde em todo o estado. Acreditamos assim, que a comunicação cartográfica facilitará potencialmente a correlação de dados, evidenciando espacialmente fragilidades e estruturas espaciais adequadas ao combate do Covid-19, além do comportamento do vírus em cada área geográfica. A partir desta iniciativa, propomos desenvolver uma rede de informação na Internet e dentro do IFCE que sirva de reflexão, estudos e tomadas de decisão a diversas áreas, qualificando um dos pilares para o desenvolvimento da instituição: a produção do conhecimento científico com rigor e qualidade, por meio da produção de informações e extensão.
Justificativa
A representação, distribuição e visualização espacial dos dados, com suporte nos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), têm sido objeto de reflexão por parte de vários pesquisadores, diante da capacidade de discutir e correlacionar temáticas e estruturar o pensamento acerca das relações espaciais. Conforme Barret (2000), mapas não são meros instrumentos de abstração, mas resultado de procedimentos racionais e reais de apreensão da realidade. Em um breve levantamento realizado sobre os dados produzidos do Covid-19, verificamos um grande predomínio de uso de tabelas e gráficos como forma de organizar e apresentar os resultados obtidos, em detrimento do reduzido número de mapas. Dessa forma, nossas ações se justifica, no âmbito científico, pela relevância na elaboração dos mapas temáticos, não apenas como estratégia de exposição dos resultados, mas como exercício de desenvolver entre os nossos alunos, estudiosos da área e usuários das redes sociais um raciocínio espacial, em especial na correlação das condições sociais, econômicas, materiais e de saúde, sobre os casos de Covid-19. Já no âmbito da saúde, historicamente, mapeamentos da distribuição espacial de doenças são realizados a fim de demonstrar claramente o desenvolvimento epidemiológico, a exemplo dos mapeamentos feitos pelo geógrafo Josué de Castro, ainda na década de 1940, das doenças associadas a quadros nutricionais e da relação entre saúde e ambiente. No atual contexto, a cartografia é uma ferramenta de suma importância, sendo a ciência geográfica a principal responsável por desenvolver uma reflexão metodológica do mapeamento de saúde pública nas pesquisas do país. Ao dedicar total atenção as formas de representação dos fenômenos epidemiológicos, o ramo da geografia da saúde passou a se desenvolver, ao menos nos últimos 10 anos, reforçando a relevância da análise espacial e compreensão não só dos processos da doença, mas de saúde também. Nesse sentido, o trabalho também se justifica no âmbito da produção do conhecimento geográfico, através da produção inovadora de mapas, das condições de risco, vulnerabilidade, disseminação e combate do novo coronavírus, proporcionando a difusão do conhecimento e de informações confiáveis, como forma de esclarecimento para a sociedade em tempos de pandemia. A classificação, diferenciação e comparação entre diferentes áreas e graus de riscos, traz um poder de síntese às análises das pesquisas em saúde que podem ajudar profissionais da área e gestores públicos no planejamento, através da divulgação e discussão dos mapas nas redes sociais, além de instrumentalizar nossos alunos no uso das ferramentas cartográficas, no entendimento da realidade espacial, associando a teoria e a prática, com inovação e eficiência, fortalecendo e consolidando a relação dialógica presenta nas ações de extensão, diante das discussões e resultados obtidos a partir da comunidade externa. Com isso, o projeto justifica-se no âmbito institucional por se constituir enquanto um elemento de extensão e inovação, com base na pesquisa cientifica. A difusão da ciência por meio das redes sociais institucionais, nesse período de quarentena, proporcionará uma interação entre o campus e a sociedade, possibilitando a estas o acesso a informação de qualidade, com base cientifica, do contexto local e regional em relação a situação do Covid-19. Ressaltamos ainda o papel da inovação no uso social da cartografia e na forma de disposição e análise dos dados para a sociedade, nossa comunidade científica e estudantil, além da criação de um espaço institucional virtual de troca de informações e acessibilidade comunicacional, a promoção de um melhor entendimento e melhorias da comunidade local e regional, bem como da possível concretização de parcerias com outro campus, no intuito de contribuirmos com as metas propostas no PDI institucional.
Público Alvo
Enquanto prática extensionista, no contexto da comunidade externa, considerando o período de quarentena e trabalho remoto, pretendemos beneficiar os usuários das redes sociais Instagram, através do perfil criado para o Curso de Geografia IFCE-Campus Iguatu, e do Facebook, através da página também do próprio curso. Nesses perfis sociais, os mapas serão postados juntamente com uma análise, a fim de apresentarmos os materiais produzidos, estabelecermos uma comunicação e diálogo com nossos seguidores, no geral alunos do curso, professores do IFCE, da UECE e da UFC, além de profissionais de áreas afins, por meio de comentários e respostas.
Objetivo Geral
Elaborar mapas temáticos relacionados ao Covid-19, em especial do estado do Ceará, a fim de constituir um Atlas Digital do novo coronavírus, que será divulgado periodicamente nas redes sociais, como forma de orientação e esclarecimento para a sociedade sobre a real situação da pandemia nos diferentes níveis geográficos (local, regional e estadual).
Objetivo Específico
Analisar os dados coletados, no intuito de construirmos tipologias gráficas e cartográficas de representação e espacialização das informações sobre o Covid-19; Descrever o comportamento espacial dos dados cartográficos produzidos, a fim de sintetizar as informações divulgadas; Compartilhar os mapas em meios eletrônicos, através das redes sociais, e no âmbito regional, constituindo um Atlas Digital a ser publicado; Estabelecer uma comunicação e diálogo com usuários das redes sociais, seguidores do perfil do Curso de Geografia IFCE-Campus Iguatu, comunidade acadêmica e a sociedade como um todo quanto as informações e materiais produzidos.
Metodologia
Metodologicamente, o presente projeto busca evidenciar as potencialidades comunicacional e cognitiva dos mapas, a partir de uma análise cartográfica, que perpassa pelo uso do geoprocessamento e de ferramentas geoestatísticas no tratamento de dados, possibilitando novos campos de investigações. Por meio de linhas, formas e cores, buscamos desenvolver uma linguagem apropriada aos diversos mapas temáticos produzidos, sejam estáticos ou dinâmicos. Para tanto, a partir das técnicas cartográficas, no presente projeto será coletado e analisado dados referentes as informações sociodemográficas, como renda, natalidade, mortalidade, longevidade, mobilidade e condições de gênero, a partir do Censo Demográfico 2010, bem como os dados da projeção para 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); os indicadores de vulnerabilidade, a fim de evidenciarmos questões de pobreza, formas de acesso as condições sanitárias e serviços públicos, tanto do IBGE quanto da Secretária de Desenvolvimento Social. Ainda trataremos os dados hospitalares, englobando número de profissionais, leitos, equipamentos disponíveis, regionalização dos hospitais, UTI’s adulta e respiradores, estes últimos de suma importância no combate do Covid-19, coletados do banco de dados do DATASUS, além dos próprios dados sobre o novo coronavírus a partir dos Boletins Epidemiológicos Estaduais e os indicadores da plataforma Integrasus do estado do Ceará, alimentada diariamente pelas secretarias de saúde municipais e a estadual. Periodicamente de pose dos dados, e realizada a sua tabulação, procederemos para a elaboração dos mapas temáticos, nos quais estarão expressos as análises e sínteses da distribuição dos dados que interferem na dinâmica do Covid-19. Para representar os fenômenos quali-quantitativos, elaboramos mapas de pontos, em que se atribui um valor para o ponto e se distribui para cada unidade espacial de forma proporcional, sendo possível representar por diferentes cores. Os mapas com dados quantitativos ordenados, que apresentam uma ordem ou hierarquia, serão representados a partir de variáveis visuais de valor e variação do tamanho dos símbolos proporcionais, permitindo a visualização da dinâmica do fenômeno. No caso dos mapas de redes e fluxos entre unidades espaciais, serão elaborados a partir do estabelecimento de uma linha entre um ponto de origem e um ponto de destino. Tais dados representados, serão em sua maioria números absolutos, por serem comumente mais usados para o mapeamento de ocorrências, embora cada dado evidenciado acima terá o tratamento estatístico adequado, na perspectiva da estatística espacial, com uso de interpolação de dados. Todos os dados, tratamento estatístico e espacial serão feitos no software ArcGis 10.2, no qual nos permitirá autocorrelações, buscando associações entre os dados, a heterogeneidade espacial e o diferente comportamento do padrão da doença nas unidades espaciais, fornecendo uma visualização geral da situação estadual, regional ou local, representadas e facilitando as análises posteriormente feita pelos pesquisadores e alunos. Tais mapas produzidos serão publicados nas redes sociais, do Facebook e Instagram, no intuito de divulgarmos as informações produzidas e gerar reflexões sobre a realidade apresentada, estabelecendo um canal de comunicação e diálogo com os usuários das redes sociais e a sociedade, esclarecendo sobre a conjuntura da pandemia no âmbito regional. As discussões geradas poderão fomentar correções, a partir de críticas e orientações de melhorias na forma de representação dos dados, para que posteriormente, ao final do projeto, possamos realizar um copilado de todos os mapas produzidos em forma de um Atlas Digital, se constituindo enquanto uma fonte de informação e de estudos cartográficos sobre a dinâmica de epidemias, disponibilizando para a sociedade e autoridades, inclusive como um documento de planejamento e ações de futuras doenças que possam surgir, evidenciando a importância do uso cientifico e extensionista no contexto de pandemia.