Exibir Ação

Campus:
CAMPUS FORTALEZA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
AFROTURISMO EM FORTALEZA - UMA PROPOSTA DE TURISMO CULTURAL E MEMORIAL
Área Temática:
Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão:
Diversidade Étnico-racial
Data de Início:
07/01/2021
Previsão de Fim:
28/02/2022
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
20
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Matriz Orçamentária do Campus
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Online
Formas de Avaliação:
Participação
Formas de Divulgação:
Redes sociais
Áudio
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Anna Erika Ferreira Lima
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Akemi Alves Teruya IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 07/01/2021 28/02/2022
Amadeu Correia Batista Neto IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 07/01/2021 28/02/2022
Anna Erika Ferreira Lima IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 07/01/2021 28/02/2022
Antonio Cavalcante de Almeida IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/01/2021 28/02/2022
Maria Esther de Almeida Soares IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 07/01/2021 28/02/2022
Sarah Suellen Lima Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 07/01/2021 28/02/2021
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 3.184,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O turismo étnico é uma vertente do turismo cultural e valoriza o patrimônio material e imaterial de um determinado grupo étnico. No caso do turismo étnico-afro o foco é a população negra e sua identidade, por isso, é também chamado de afroturismo. Apesar do objetivo ser conhecer, viver e reviver mais da cultura e história negra, pode ser praticado por qualquer pessoa. No caso da presente proposta, a perspectiva é que possamos trabalhar o percurso da escravidão negra no Estado do Ceará com a construção de uma proposta de roteiro turístico por ambientes que marcaram a história afro-brasileira partindo da capital cearense e seguindo pela Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O Artigo intitulado "Afroturismo valoriza história e cultura negra", publicado em novembro de 2020 no Jornal O Estado, o debate do Afroturismo desperta atenção ao afirmar que ressignificar a dor em uma narrativa de superação e orgulho é a tônica que norteia esta proposta inovadora. "Esse resgate da história e da cultura do povo negro se converte em uma viagem, possível para todos. O afroturismo vem se consolidando nos últimos dois anos no Brasil e se apresenta como uma forte tendência em tempos nos quais a importância das vidas negras entrou em pauta"(O ESTADO, 2020). Para o Viajar Verde - Turismo Sustentavel (16/12/2020), o afroturismo veio romper com estas narrativas e nos aproximar da cultura negra, valorizando a história das populações e pessoas afrodescendentes no mundo todo e o que elas vêm construindo diariamente. Não é somente sobre o passado, mas também sobre o presente e o futuro. “O afroturismo pretende levar as pessoas a vivenciarem mais a cultura negra por meio da história, gastronomia, religião, museus, vivências, negócios, visitas a comunidades e quilombos, música”, explica Guilherme Soares, jornalista e sócio-fundador da Black Bird Viagem, em seu texto Turismo étnico ou afroturismo: o que é, onde ocorre e como praticá-lo?, para o Guia Negro (2020).
Justificativa
Faz-se importante destacar que o Sebrae fez estudo eue foi publicado em fevereiro de 2020, intitulado "Mapeamento Afroturismo Sebrae - fevereiro 2020" o qual discutiu o crescimento do setor no Brasil em que ressalta que “a cultura afro é uma das bases das tradições brasileiras, presente na maioria dos atrativos e destinos turísticos do país, como igrejas construídas pelas pessoas escravizadas, museus, centros culturais”. É importante destacar ainda que o afroturismo tem em sua proposta viabilizar que as pessoas possam vivenciar a cultura negra através da história, gastronomia, religião, dança, museus, vivências, negócios, visitas a comunidades e quilombos, música. Esse turismo fundamentado na memória, na experiência, na história e em vivenciar uma cultura pouco divulgada pelo turismo comercial se caracteriza hoje como uma tendência mundial e tem adquirido, principalmente, no espaço-tempo no mundo pós-pandemia, que vai buscar fugir de monumentos turísticos abarrotados e fortalecer um turismo pautado na cultura, na vivência e nas pessoas. Entre as iniciativas, pode-se elencar a "Diaspora.Black, market place que vende experiências ligadas à cultura negra e hospedagens na casa de pessoas negras; Brafrika Viagens, agência de turismo afrocentrada, que comercializa viagens para destinos como Ouro Preto, Salvador e Rio de Janeiro; Black Bird Viagem, que desenvolve experiências como a Caminhada São Paulo Negra e a Suburbana Tour, em Salvador; Sou + Carioca, com tours no Rio; Black Travellers, que recebe turistas negros em cidades como Rio e Salvador; Rota da Liberdade, com passeios para quilombos do interior paulista" (GUIA NEGRO, 2020). O Guia Negro (2020), ainda complementa, ao afirmar que em Curitiba, por exemplo, há a Linha Preta, que leva os turistas para conhecer a história negra da cidade. Há ainda iniciativas como a Aua Turismo faz a rota negra em Piracicaba, a Alagoas Cultural, que realiza a Andança Negra por Maceió, além de visitas a Palmares, entre outras. Há ainda agências focadas no intercâmbio (estudo de inglês, francês, entre outras experiências) em países da África e da diáspora, como é o caso da Bernatur e da Go Diáspora.
Público Alvo
Estudantes do IFCE; familiares de estudantes do Departamento de Turismo e dos Neabi's do IFCE; estudantes de escolas públicas e privadas a partir de 2021.2 (a depender do cenário pandêmico).
Objetivo Geral
Desenvolver roteiros afroturísticos a partir da história africana na capital cearense e Região Metropolitana de Fortaleza.
Objetivo Específico
- Levantar os aspectos históricos e geográficos do processo de escravidão na capital cearense e RMF; - Levantar a influência da cultura africana em espaços das cidades que fundamental o projeto; - Elaborar 2 roteiros afroturísticos ligados à cidade de Fortaleza (1) e outro considerando a RMF (1); - Elaborar um material de comunicação e um vídeo educativo sobre afroturismo e os roteiros elaborados; - Considerando o cenário pandêmico, promover a realização dos roteiros desenvolvidos junto à estudantes do IFCE, escolas públicas e privadas.
Metodologia
A metodologia está diretamente relacionada a um levantamento histórico e geográfico sobre a escravidão no Ceará. Identificar na capital cearense e na RMF pontos turísticos potenciais de discussão sobre o protagonismo do povo negro escravizado e sua importância para compreensão do legal africano na capital e nas cidades em seu entorno. Desenvolver dois roteiros a partir da aplicação de técnicas de planejamento norteadas por documentos da Embratur e professores do Departamento de Turismo do IFCE. Produzir um material didático (Mapa dos Roteiros) e um material de divulgação diagramado e um vídeo sobre o Afroturismo e seu potencial no Estado do Ceará. Nesse contexto, tendo sido realizada a primeira etapa, a segunda etapa dependerá diretamente do cenário pandêmico nacional. Este perpassará pela divulgação dos roteiros e agendamento para realização do mesmo.