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Campus:
CAMPUS MARACANAU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO XAROPE DE Justicia pectoralis Jacq PARA SER PRODUZIDO PELO PROGRAMA FARMÁCIA VIVA DE MARACANAÚ
Área Temática:
Saúde
Linha de Extensão:
Fármacos e Medicamentos
Data de Início:
01/04/2021
Previsão de Fim:
01/04/2023
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
20
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
40
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Captação de recursos externos
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Maracanaú
Formas de Avaliação:
Reunião
Formas de Divulgação:
E-mail
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Ana Karine Pessoa Bastos
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ana Karine Pessoa Bastos IFCE Coordenador Docente IFCE Não 6 01/04/2021 01/04/2022
Inez Liberato Evangelista IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/04/2021 01/04/2022
JODEILSON MOREIRA DE SOUSA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DO MUNICÍCIO DE MARACANAÚ Integrante Sem vínculo Não 4 01/04/2021 01/04/2022
JÚLIO CESAR OLIVEIRA PEIXE SECRETARIA DE SAÚDE DO MUNICÍCIO DE MARACANAÚ Integrante Sem vínculo Não 4 01/04/2021 01/04/2022
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
PREFEITURA DO MUNICÍCIO DE MARACANAÚ Não
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O presente projeto apresenta a proposta de pesquisa para avaliar a viabilidade econômica para a utilização do xarope de Justicia pectoralis como fitoterápico nas Unidades Básicas de Saúde do município de Maracanaú. A Justicia pectoralis Jacq var. stenophylla Leonard é uma pequena erva perene, subereta, com até 40 cm de altura, folhas simples, membranáceas, estreitas e longas, medindo 3 a 10 cm de comprimento, flores de de coloração mariscada, muito pequenas da família Acanthaceae. Frutos do tipo cápsula deiscente (MATOS, 2007) de fácil cultivo na região Nordeste. É citada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUSRENISUS (BRASIL, 2009) e pelos programas governamentais de fitoterapia do Nordeste, como o Projeto Farmácia Viva (CEARÁ, 2015). Popularmente conhecida como “Chambá”, suas folhas são usadas para o consumo na forma de chá ou lambedor para tratamento de afecções do trato respiratório (MATOS, 2007). 1.1- Farmácias Vivas O projeto Farmácias Vivas foi idealizado pelo professor Dr. Francisco José de Abreu Matos da Universidade Federal do Ceará desde 1983, observando carência no acesso aos serviços de saúde. Com intuito de devolver para a comunidade o uso correto das plantas medicinais, voltado para assistência básica à saúde, o programa é referência em todo o país (SANTOS; FONSECA, 2012). Ganhou importância na década de 90, sendo publicada uma Lei Estadual nº 12.951 de 07 de outubro de 1999 sobre a Política de Implantação da Fitoterapia em Saúde Pública no Estado do Ceará. Posterior, surgiu a Portaria nº 971 de 03 de maio de 2006 que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC no sistema único de saúde e o Decreto nº 5.813 de 22 de junho de 2006 referindo ao Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). Vigorou então o Decreto 30.016 de 30 de dezembro de 2009 que regulamenta a Lei estadual 12.951/99 onde foram estabelecidos três modelos de farmácias vivas e por último a Portaria nº 886 de 20 de abril de 2010 que institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (BANDEIRA, 2015; PEIXE, 2010). As Políticas Nacionais fundamentais que abrangem asplantas medicinais e fitoterapia são: 1. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS e 2. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2012). A regulamentação em vigor para o registro de medicamentos fitoterápicos é a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 48/2004, que determina os aspectos essenciais ao registro, como identificação botânica das espécies vegetais utilizadas, padrão de qualidade e identidade e provas de eficácia e segurança que validem as indicações terapêuticas propostas e o registro e a notificação de medicamentos fitoterápicos de uso tradicional (RDC) 26/2014 (BRASIL, 2004). O programa Farmácias Vivas pode ser classificado de acordo com a destinação dos serviços prestados à população. Possui uma metodologia a ser seguida quanto à implantação de uma unidade, sendo: Modelo I - Instalação do horto de plantas medicinais e desenvolvimento de trabalhos comunitários com orientações sobre o uso correto de plantas medicinais e preparação de remédios caseiros; Modelo II: Instalação do horto de plantas medicinais, incluindo o beneficiamento primário e desenvolvimento da agricultura familiar; e Modelo III: Instalação do horto de plantas medicinais, preparação de fitoterápicos em Oficina Farmacêutica; prescrição e dispensação de fitoterápicos no SUS. Todavia os programas/ações com plantas medicinais e fitoterapia no Brasil ocorrem de maneira diferenciada com relação aos produtos e serviços oferecidos em virtude dos diferentes biomas (BRASIL, 2012). No município de Maracanaú o programa de fitoterapia foi implantado em 1992, antes da institucionalização da Fitoterapia em Saúde Pública no Estado do Ceará, com a instalação do laboratório de preparações fitoterápicas (oficina farmacêutica) e o horto de plantas medicinais, que teve a parceria do programa Farmácias Vivas com o apoio técnico-científico da Universidade Federal do Ceará (UFC). Durante o período de 24 anos foram desenvolvidas atividades de orientação e o uso correto de preparações caseiras com plantas medicinais, além da preparação de fitoterápicos. Neste período foram dispensados nas farmácias das unidades básicas de saúde, mediante prescrição médica, cerca de 8.000 unidades de medicamentos fitoterápicos por mês, envolvendo as 29 unidades de saúde do município. O programa atendia e oferecia a cerca de 5% de sua população, assistência farmacêutica na área de Fitoterapia baseado em estudos científicos às comunidades mais carentes de Maracanaú, sendo preponderante na avaliação farmacoeconômica feita destes anos em serviços de Fitoterapia em Saúde Pública (PEIXE, 2010).1.2- Utilização do fitoterápico Justicia pectoralis Jacq no tratamento sintomático da tosse A tosse é um ato reflexo produzido por estímulo dos receptores da mucosa da faringe até os bronquíolos terminais. Em atendimento nos consultórios médicos de assistência primária é um sintoma comumente citado (VICTOR CHERNICK et al., 2006; KOOL, et al., 2015). Os fitoterápicos são medicamentos de diferentes formas farmacêuticas (extratos, sucos, óleos, ceras, etc.) cujos componentes ativos são plantas ou derivados vegetais, não podendo ter em sua composição, a inclusão de substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem associações destas com extratos vegetais (BRASIL, 2012; BRASIL, 2013). A Justicia pectoralis Jacq é citada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS-RENISUS (BRASIL, 2009) sendo o xarope de Chambá a única apresentação farmacêutica produzida a partir da mesma pelos programas governamentais de fitoterapia do Nordeste, como o programa Farmácia Viva (CEARÁ, 2015). É uma pequena erva da família Acanthaceae, sempre verde, perene, suberecta, com caule ascendente, cilíndrico, verde com pelos retrorsos esbranquiçados dispostos em linhas verticais. Folhas simples, membranáceas, verdes, opostas transversalmente, medindo, em média, de 4 a 6 cm de comprimento (OLIVEIRA; ANDRADE, 2000; GOVÍN et al., 2003). Multiplica-se facilmente por estacas ou pequenas porções dos ramos já enraizados. Cresce bem em canteiros, formando conjuntos aglomerados globosos com até 40 cm de altura. A planta é popularmente conhecida como “son curia” (Porto Rico), “sana herida” (Jamaica) ou “tilo, carpintero ou t criollo” (Cuba), “chambá” o mais famoso no nordeste brasileiro, mas sendo também bastante denominada de “anador” (SOUSA, 1991; TAVARES ;VIANA, 1995; OLIVEIRA; ANDRADE, 2000; MATOS, 2007). O uso das folhas de Chambá é bastante difundido na forma de chá ou lambedor para tratamento de afecções do trato respiratório, como tosse, bronquite e asma (MATOS, 2007). A cumarina (1,2-benzopirona) e umbeliferona são os principais ativos fitoquímicos presentes nos extratos de Justicia pectoralis e responsáveis pelos efeitos farmacológicos observados, sendo usados como marcador analítico no controle de qualidade (LEAL et al., 2000; KOSTOVA, 2005; FONSECA, 2009). Também o flavonoide2”-O-ramnosil-eswertisina é apontado como um novo marcador ao lado das cumarinas, para o controle da qualidade do extrato seco de Justicia pectoralis Jacq (SILVA, 2018). A classe de metabólitos secundários denominada de cumarinas é derivada do ácido cinâmico. As propriedades farmacológicas estão relacionadas ao padrão de substituição no núcleo fundamental (1,2-benzopirano) que nos seres humanos são extensamente metabolizado pelas enzimas hepáticas, transforma-se em 7-hidroxicumarina, também conhecida como umbeliferona (MURRAY, 1989; LAKE, 1999; ROHINI; SRIKUMAN, 2014). Além da Justicia pectoralis Jacq (Chambá), outras duas espécies ricas em cumarinas: Amburana cearensis Allemão (Cumaru) e Mikania glomerata Sprengel (Guaco) possuem ação expectorante e broncodilatadora (SOUSA et al.,1991). No entanto o cultivo de Justicia pectoralis em nossa região se destaca entre o cultivo das demais pela facilidade da produção, além de permitir uma colheita parcial, permanecendo o rebroto para a regeneração e reuso por mais vezes do mesmo cultivo (até três vezes) durante o ciclo do vegetal que é de 12 meses (PEIXE, 2010). A avaliação da toxicidade do extrato de J. pectoralis demonstrou possuir DL50 acima de 2000 mg/Kg em animais, não apresentando alterações anatomofisiológicas, sendo classificado como não tóxico de acordo com o Global Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (UNITED NATIONS, 2007). Além de não apresentar genotoxicidade em células de medula óssea de roedores (MONTERO et al., 2001). Estudos clínicos em asmáticos da associação do xarope com a Plectranthus amboinicus (malvariço) Nobre e colaboradores (2006) observaram diminuição da obstrução das vias aéreas com aumento significativo (14,5; 14; 9%, respectivamente) nos parâmetros de avaliação respiratória como 37 volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), capacidade vital forçada (CVF) e fluxo expiratório máximo (FEM). Além disso, observou-se uma melhora na expectoração e ausência de efeito colateral. Santana et al. (2007), demonstrou, através de ensaio clínico realizado com 21 pacientes asmáticos em idade entre 6 a 12 anos, que o uso do xarope de J. pectoralis durante duas semanas melhorou o quadro obstrutivo e sintomatológico de pacientes com asma intermitente, persistente leve ou persistente moderada, revelando uma ação broncodilatadora do fitoterápico. Linhares (2012) em ensaio clínico duplo-cego piloto, controlado por placebo, demonstrou que o uso terapêutico de xarope padronizado contendo folhas de J. pectoralis, Plectranthus amboinicus e essência de Mentha arvensis suficiente para aromatizar, preparado pela Farmácia Escola da Universidade Federal do Ceará, administrado (20 mL, 3 vezes ao dia por 14 diasconsecutivos) em 35 pacientes com asma leve, como terapia complementar, não apresentou modificações nos parâmetros de provas de função pulmonar (CVF, VEF1, relação VEF1/CVF e fluxo expiratório forçado – FEF – entre 25 e 75% da CVF). Em recente estudo, Nascimento (2018) avaliou a eficácia do xarope de chambá a 5% quando comparado a um placebo no tratamento da tosse e sintomas respiratórios em 114 crianças demonstrando a eficácia no alívio sintomático da tosse, da congestão nasal e da rinorreia. Também estudos com uso do extrato microparticulado partir da J. pectoralis como matéria-prima ativa na formulação de Xarope de chambá padronizado (0,75%) vem sendo desenvolvidos no emprego no tratamento de afecções respiratórias como a asma (SILVA , 2018). 1.3- Gastos com medicamentos no tratamento sintomático da tosse no município de Maracanaú-CE A utilização da fitoterapia nas ações de Saúde pública é muito importante para a atenção primária, permitindo uma redução nos gastos com saúde no Brasil, podendo ser amenizado quando efetuada a complementação do medicamento convencional pelo fitoterápico, mediante uma orientação adequada através das Unidades Básicas de Saúde (TOMAZZONI, 2004). Em 2009 Maracanaú trabalhava com 22 plantas das 71 espécies vegetais listadas da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS – RENISUS, dentre elas a J. pectoralis. Em estudo realizado na mesma época sobre preparações dos medicamentos fitoterápicos do programa Farmácia Viva no município de Maracanaú verificou-se a distribuição de 53.398 unidades de xarope de chambá em farmácias de unidades básicas de saúde ao preço R$ 1,54 a unidade, totalizando um custo aos cofres públicos de R$82.232,92 ao passo que, na cotação feita à indústria farmacêutica com o xarope de guaco que apresenta também mesmas indicações terapêuticas e cumarinas, o valor unitário R$ 12,80, totalizando um custo total R$ 683.494,40, um percentual de aumento de 831,2% para gastos de aquisição com o medicamento fitoterápico xarope de guaco, em comparação com custo de preparação do xarope de chambá, ambos expectorantes e broncodilatadoras (PEIXE, 2010).
Justificativa
Pelo aspecto técnico científico são descritos estudos clínicos com xarope de Justicia pectoralis com respostas favoráveis no alívio sintomático da tosse, redução da frequência e da intensidade (NASCIMENTO, 2018). Além do emprego do extrato microparticulado no tratamento da asma (SILVA, 2018). Ainda nos tempos atuais observa-se a motivação pela população leiga na utilização dos fitoterápicos por indicação de amigos ou por uma tradição familiar sem nenhuma prescrição técnica ou científica (BACELO e SOUSA, 2020). O Município de Maracanaú possui experiência anterior no desenvolvimento do programa Farmácias Vivas em parceria técnico-científico da Universidade Federal. Oferecia assistência farmacêutica na área de fitoterapia baseado em estudos científicos às comunidades mais carentes do município, como também foi muito preponderante a avaliação farmacoeconômica feita destes anos em serviços de Fitoterapia em Saúde Pública (PEIXE, 2010).Atualmente as atividades de atenção primária nos municípios estão priorizadas para adoção de medidas e aquisição de medicamentos destinados ao enfrentamento da ação emergencial e de calamidades pública em decorrência do CORONAVÍRUS (COVID-19) (BRASIL,2021). O uso do xarope da Justicia pectoralis Jacq no programa Farmácia Viva pode reduzir os gastos públicos na dispensação de medicações alopáticas para tratamentos de doenças respiratórios diversas, permitindo uma redução nos gastos com saúde para a atenção primária no município. Neste sentido, além de ampliar o acesso e a integração da ciência e tecnologia e inovação do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará - IFCE com a gestão na Saúde pública do Município de Maracanaú-CE, atuará como um mecanismo difusor para o fortalecimento do Programa Farmácia viva, possibilitando maior interação e qualificação dos profissionais ( técnicos e acadêmicos) no conhecimento da fitoterapia e o desenvolvimento de novos fármacos.
Público Alvo
Pacientes com problemas respiratórios assistidos pelas Unidades Básicas de Saúde no município de Maracanaú.
Objetivo Geral
Estudar a viabilidade econômica do uso do xarope da Justicia pectoralis Jacq através desenvolvimento e o controle de qualidade do processo de produção da droga-vegetal, da solução extrativa padronizados no Programa Farmácia Viva para utilização nos pacientes assistidos pelas Unidades Básicas de Saúde no município de Maracanaú.
Objetivo Específico
· Cultivar Justicia pectoralis; · Determinar a granulometria da droga Justicia pectoralis seca; · Desenvolver o método de produção da solução extrativa de chambá guiado pelo teor de marcadores químicos; · Preparar o xarope de justicia pectoralis; · Realizar o controle de qualidade a partir dos testes físico-químicos e microbiológico; · Dispensar o xarope de Justicia pectoralis para as Unidades Básicas atendidas pelo programa de Saúde do município de Maracanaú; · Determinar os custos obtidos para o desenvolvimento do Xarope no Programa Farmácia Viva assistida nas Unidades Básicas de Saúde no município de Maracanaú-CE · Determinar os custos no controle de qualidade do processo de produção droga-vegetal, da solução extrativa padronizados.
Metodologia
O presente projeto será desenvolvido a partir da colaboração entre o Laboratório III do IFCE campus Maracanaú e os Laboratórios I e II da prefeitura de Maracanaú na implantação do Programa Farmácias Vivas, durante o período de 2021 a 2025. 3.1- Cultivo de Justicia pectoralis Jacq As mudas serão adquiridas do horto do Núcleo de Fitoterapia - NUFITO e do horto Matriz da UFC. Serão cultivadas nos laboratórios I e II, avaliando os seguintes aspectos: tipo de espaçamento; data de plantio, data de colheita; ciclo vegetativo da planta; adubação de fundação e cobertura; horário de colheita e altura de corte; rendimentos de massa natural e massa seca (desidratada) e controle natural (alternativo) de pragas e doenças. 3.2- Desidratação das plantas in natura As plantas serão desidratadas seguindo o método de determinação de umidade por secagem por radiação infravermelha (AUTOR). Este tipo de secagem é mais efetivo e envolve penetração do calor dentro da amostra, diminuindo o tempo de secagem em até 1/3 do total. O método consiste na desidratação, utilizando uma lâmpada de radiação infravermelha com 250 a 500 Watts, cujo filamento desenvolve uma temperatura próxima a 700 ºC. O tempo de secagem varia com a amostra. O peso da amostra deve variar entre 2,5 a 10 g dependendo do conteúdo da água. Equipamentos por secagem infravermelha possuem uma balança que fornece a leitura direta do conteúdo de umidade por diferença de peso. Possui a desvantagem de ser também um método lento por poder secar uma amostra de cada vez.3.3- Preparo do xarope de Justicia pectoralis Xarope são preparações farmacêuticas aquosas, límpidas, que contém um açúcar, como a sacarose, em concentração próxima a saturação, desempenhando a ação edulcorante e conservante . As tinturas são soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas preparadas a partir de matéria-prima vegetal ou de substâncias químicas. Diferenciando quanto ao método de preparação, à concentração de fármacos, ao conteúdo alcoólico e ao uso na medicina ou na farmácia. De acordo com a Farmacopeia Brasileira II, as tinturas devem ser preparadas mantendo-se a proporção de 10% sendo para drogas ativas (drogas heroicas) e a 20% para drogas comuns entre a droga e solvente (PRISTA, ALVES E MORGADO, 1995). A preparação do xarope de Chambá 5% terá a seguinte formulação: Chambá (Justicia pectoralis L.) na forma de tintura 5%; Carboximetilcelulose 0.5% (espessante); Nipagim 0,05% (conservante fase aquosa); Açucar mascavo 30%; Essência 0,1 a 0,5%; Água mineral q.s.p. 100 mL ( PEIXE, 2010). 3.4- Controle de qualidade: Quantificação e qualificação do teor de cumarina e umbeliferona na espécie Justicia pectoralis Jacq var. stenophylla Leonard Para quantificar e qualificar o teor de cumarina e umbeliferona na espécie justicia pectoralis; Será estabelecido o método de produção da droga vegetal a partir da parte aérea de chambá guiado pelo teor de umidade e de marcadores químicos. A concentração de cumarina na fase aquosa após partição será determinada por cromatografia a líquida de alta eficiência (CLAE) cumarina e umbeliferona, na droga vegetal, solução extrativa (CLEINILS et al 2008), e para o Controle microbiológico são verificados os seguintes testes, a contagem total de bactérias aeróbias, fungos e pesquisa de patógenos (E. coli, Salmonella, pesquisa de bactérias gram-negativa bile tolerante) (FARM. BRAS 6a.Ed.2019) 3.5- Dispensação A logística de dispensação seguirá a demanda do município, passando pela Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF, que fará a distribuição para as Unidades Básicas de Saúde da Família - UBASF.3.6- Avaliação da viabilidade econômica para a produção do xarope de Justicia pectoralis Será avaliada através gastos dispensados com matéria-prima, embalagens, rótulos, energia elétrica, mão-de-obra e outros insumos para a preparação dos fitoterápicos distribuídos nas seis Áreas de Vigilância Sanitária (AVISA) compostas de vinte e seis Unidades Básicas de Saúde das Famílias (UBASF) Avaliar a distribuição dos medicamentos fitoterápicos nas UBASF em Maracanaú.