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Campus:
CAMPUS IGUATU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Dessalinizando águas subterrâneas salobras com a casca do maracujá
Área Temática:
Tecnologia e Produção
Linha de Extensão:
Recursos Hídricos
Data de Início:
07/04/2021
Previsão de Fim:
06/04/2022
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
20
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acopiara
Formas de Avaliação:
Trabalhos Escritos
Reunião
Relatório
Participação
Frequência
Formas de Divulgação:
Redes sociais
Folder
Cartaz
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Maslandia Nogueira Vieira
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Eulanéa Regina Martins de Araujo IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 07/04/2021 06/04/2022
Maslandia Nogueira Vieira IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 07/04/2021 06/04/2022
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O projeto “Dessalinizando águas subterrâneas salobras com a casca do maracujá” é uma iniciativa de extensão do IFCE, campus Iguatu, que busca atender à uma importante demanda da comunidade externa à instituição, água potável, a partir do desenvolvimento de uma tecnologia para tratamento de águas que visa a redução de sais. Inicialmente será beneficiada uma comunidade localizada no Sítio Santa Felícia, na zona rural de Acopiara – Ce, que possui três poços artesianos com águas salobras, segundo a população que usufrui dessas águas. Sendo a casca do maracujá um rejeito da agroindústria, muitas famílias abastecidas por poços com águas salinas ou salobras poderão se beneficiar uma vez que se trata de uma tecnologia de fácil acesso e sustentável.
Justificativa
Nosso planeta possui um volume de aproximadamente 1,4 bilhão de km³ de água sendo que, apenas 2,5% desse é de água doce e a maior parte dela se encontra nas geleiras, em média 69%. Outros 30% da água doce são águas subterrâneas e apenas 1% são águas superficiais, segundo dados da Agencia Nacional de Águas (ANA) (BÁSICO, 2019). Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) quase 35 milhões de brasileiros não são abastecidos com água tratada. No Nordeste, 26,1% da população não são atendidos por este serviço básico (SANEAMENTO, 2019). O fornecimento de água potável é o maior desafio das comunidades rurais da região semiárida do Brasil (OLIVEIRA et al., 2017) que são caracterizadas pela disponibilidade limitada e irregular de recursos hídricos (MARINHO et al., 2012). A perfuração de poços é uma alternativa para suprir a escassez de água, no entanto a água encontrada nos poços geralmente é salobra ou salina devido à formação da rocha cristalina na maior parte do semiárido brasileiro, correspondendo cerca de 80% do território (SILVA e SHARQAWY, 2020). A Resolução CONAMA 357/05 classifica as águas, quanto à salinidade em: águas doces (com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰), águas salobras (com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰) e águas salinas (com salinidade igual ou superior a 30 ‰). Para o aproveitamento de águas salinas e salobras algumas tecnologias de dessalinização têm sido utilizadas tendo em vista a remoção de sais, tornando a água adequada para o consumo. No entanto, esses processos possuem algumas desvantagens, tais como: produção de resíduos que causam impacto ambiental negativo, necessidade de que a água seja pré-tratada com produtos químicos antes da dessalinização e gasto de energia elétrica e/ou térmica. Uma outra desvantagem desses processos é que não são sustentáveis. Esse projeto de extensão será desenvolvido em uma comunidade da região semiárida. Inicialmente, as famílias serão beneficiadas pela caracterização das águas subterrâneas provenientes de três poços artesianos localizados na região, a partir de análises físico-químicas. Segundo a comunidade que usufrui desses poços, as águas são salobras. Dessa forma, o presente trabalho tem ainda por finalidade propor um tratamento para águas subterrâneas salobras buscando a redução da salinidade, com o intuito de obter uma água conforme os padrões de potabilidade para o consumo humano, utilizando para isso, um rejeito da agroindústria, a casca do maracujá. Ela é rica em aminoácidos, proteínas e carboidratos. É composta por 10 a 20 % de pectina, um biopolímero. Polímeros naturais já apresentam bons resultados no tratamento de água (ISADORA, 2019). Muitas comunidades abastecidas por poços com águas salinas ou salobras poderão se beneficiar uma vez que se trata de uma tecnologia de dessalinização de fácil acesso e sustentável. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BÁSICO, Agência Nacional de Águas e saneamento (Org.). Água no mundo: Situação de água no mundo. 2019. Disponível em: <Gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2021. ISADORA, A. L. Ismail: 188 – Uso de polímeros sintético e naturais no tratamento de resíduos de estação de tratamento de água, São Paulo: Fenasan, set. 2019. MARINHO, F. J. L.; TAVARES, A. C.; SANTOS, S. A. D.; MARCOVICZ, F.; CRUZ, M. P.; SOUTO, E. A.; ROCHA, E. N. D. Destilador solar destinado a fornecer água potável para as famílias de agricultores de base familiar. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 7, n. 3, p. 53, 2012. OLIVEIRA, A. M.; DIAS, N. S.; FREITAS, J. J. R.; MARTINS, D. F. F.; RABELO, L. N. Avaliação físico-química das águas do processo de dessalinização de poços salobros e salinos em comunidades rurais do oeste potiguar. Águas subterrâneas, v. 31, n. 2, p. 58, 2017. SANEAMENTO, Sistema Nacional de Informações sobre (Org.). Diagnóstico Básico. 2019. Disponível em: <www.snis.gov.br Resultados da WebSNIS - Página inicial>. Acesso em: 22 mar. 2021. SILVA, G. D. P.; SHARQAWY, M. H. Techno-economic analysis of low impact solar brackish water desalination system in the Brazilian Semiarid region. Journal of Cleaner Production, v. 248, p. 119255, 2020.
Público Alvo
Inicialmente será beneficiada uma comunidade localizada no Sítio Santa Felícia, na zona rural de Acopiara – Ce. Posteriormente, aoutras comunidades serão beneficiadas.
Objetivo Geral
Analisar águas subterrâneas, supostamente salobras, e realizar um tratamento para redução da salinidade utilizando um rejeito vegetal, possibilitando assim, o consumo dessas águas.
Objetivo Específico
• Caracterizar águas subterrâneas, a partir de análises físico-químicas, coletadas de três poços artesianos localizados no Sítio Santa Felícia, na zona rural do município de Acopiara – Ce; • Contrapor os resultados obtidos nas análises com os parâmetros que determinam a qualidade da água, estabelecidos por lei; • Propor um tratamento para dessalinização de águas salobras utilizando um rejeito da agroindústria, a casca do maracujá; • Promover desenvolvimento sustentável no Sítio Santa Felícia; • Beneficiar a comunidade externa.
Metodologia
Primeiramente, serão coletadas águas de três poços artesianos localizados no Sítio Santa Felícia, na zona rural do município de Acopiara - Ce. A caracterização dessas águas será realizada a partir de análises físico-químicas, tais como: alcalinidade total; concentração de íons dissolvidos: sódio (Na+), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), carbonatos (CO32-), bicarbonatos (HCO3-) e cloretos (Cl-); dureza total; condutividade elétrica; turbidez; pH e temperatura. As análises serão realizadas em laboratórios do IFCE, Campus Iguatu. Os resultados obtidos serão confrontados com os parâmetros que determinam a qualidade da água, estabelecidos por lei. Segundo a comunidade que usufrui desses poços, as águas são salobras, conforme o parâmetro organoléptico sabor. Uma vez confirmada pelas análises a condição de águas salobras, será proposto um tratamento para dessalinização utilizando um rejeito da agroindústria, a casca do maracujá.