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Campus:
CAMPUS PARACURU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
I Ciclo Formativo sobre Segurança Alimentar, Quintais produtivos e manejo sustentável: experiências de Educação Contextualizada
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Segurança Alimentar e Nutricional
Data de Início:
14/06/2021
Previsão de Fim:
29/04/2022
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
20
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Online
Formas de Avaliação:
Reunião
Relatório
Frequência
Debate
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
E-mail
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Ileane Oliveira Barros
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Amanda de Lima Silva Instituto Antônio Conselheiro Integrante Sem vínculo Não 3 14/06/2021 06/12/2021
Camila Maria Souza dos Santos IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 07/07/2021 07/12/2021
Edileusa Santiago do Nascimento IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Ercília Ferreira Lima Neta Prefeitura de Maracanaú Integrante Sem vínculo Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Erviânia Lima Costa Associação Comunitária Sítio Coqueiro - Paracuru Integrante Sem vínculo Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Francisca de Sousa Santos Escola Família Agrícola Chico Antônio Bie Integrante Sem vínculo Não 3 14/06/2021 06/12/2021
Iara Saraiva Martins IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Ileane Oliveira Barros IFCE Coordenador Docente IFCE Não 3 07/06/2021 29/04/2022
Juliane Vargas IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Lourdes Goes ONG Casa Lilás Integrante Sem vínculo Não 3 14/06/2021 06/12/2021
Maria de Lourdes Camilo do Nascimento Caritas Integrante Sem vínculo Não 3 14/06/2021 06/12/2021
Selma Romana Costa de Albuquerque IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Toivi Masih Neto IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2021 07/12/2021
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
ONG Casa Lilás Não
Escola Família Agrícola Chico Antônio Bie Ensino Técnico e Médio Não
Associação Comunitária Sítio Coqueiro - Paracuru Não
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Segundo os Organismos Internacionais, a Segurança Alimentar diz respeito à garantia do direito de todos(as) em acessar alimentos de qualidade, em quantidades suficiente e de modo permanente, com base em práticas alimentares saudáveis e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais nem o sistema alimentar futuro, devendo se realizar em bases sustentáveis. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2017 e 2018, mostra que 37% dos domicílios do Brasil apresentam algum grau de insegurança alimentar. Tal fato se aprofunda pela caracterização do contexto pandêmico e da crise humanitária manifesta a partir do ano de 2020. Os riscos para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e a fome dos brasileiros já vinham se apresentando desde 2016, sendo agora aprofundados pela emergência da epidemia da COVID-19, passando a exigir compreensão da extensão e magnitude dos problemas. Reconhecer a articulação entre pobreza, fome e educação é fundamental para o entendimento dos problemas que afetam cada uma dessas categorias. As condições sociais interferem na aprendizagem escolar, e as desigualdades sociais se traduzem, de forma geral, em desigualdades educacionais, e vice-versa. Nesse sentido, enquanto instituição de ensino e pesquisa, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará- Campus Paracuru, submete esta proposta com a perspectiva de promover suporte para a Segurança Alimentar de estudantes, famílias e comunidade através de formações para a implementação de Quintais Produtivos. Além disso, prevê a utilização de terrenos públicos e espaços institucionais como modelos de hortas escolares para a produção agroecológica de alimentos.
Justificativa
Os Quintais Produtivos fazem parte da composição da paisagem de uma pequena propriedade baseada na produção familiar no qual são cultivadas alimentícias, frutíferas, ornamentais, leguminosas e medicinais. Esses espaços oferecem vantagens para a família e comunidades, tais como maior comodidade, menor espaço de tempo para executar as atividades de cultivo, manejo e colheita dos produtos de época (PEDROSA, 2007). Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social, a importância dos quintais produtivos toma um valor ainda maior nas comunidades, uma vez que eles podem ser uma via para o fortalecimento da formação cidadã e da garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável. Embora a proposta seja prioritariamente voltada para o consumo próprio familiar, acredita-se que poderá existir troca de itens alimentares com os vizinhos, contribuindo para a socialização e formação de uma rede de segurança alimentar. Nesse sentido, Carneiro et al. (2013) destacam o importante papel dos quintais produtivos para a segurança e a diversidade alimentar, colaborando igualmente para a preservação da cultura alimentar, o consumo de alimentos menos processados, sem calorias vazias e que efetivamente contribuam para a nutrição. Portanto, este projeto pode estimular uma alimentação mais saudável. Adicionalmente, os quintais produtivos podem contribuir para que as famílias, pelo menos em parte, reduzam a dependência alimentar, produzindo uma parcela dos itens que anteriormente eram comprados (SILVA; ANJOS; ANJOS, 2016) o que, por sua vez, contribui também para a economia familiar. Nesse sentido, se faz necessário um processo formativo que possa capacitar a comunidade a organizar, manter e produzir esses espaços. Outros espaços igualmente produtivos são as hortas escolares que podem contribuir para o aprendizado de técnicas de plantio sustentáveis e servir como modelos em cursos de capacitação para a comunidade. Tais hortas integram ensino e prática e tornam-se um ótimo ponto de partida para a implementação de projetos agregados que tenham como objetivo a promoção da segurança alimentar escolar e comunitária. Outro ponto importante a ser destacado é a possibilidade de utilizar cultivares locais, reduzindo o uso de transgênicos e colaborando para a manutenção das sementes crioulas. Essa produção local e em menor escala pode ser associada também com diversas práticas sustentáveis visando a uma produção agroflorestal. Tal cenário contribui para a saúde dos envolvidos, pois os agrotóxicos apresentam diversos riscos ao bem-estar humano (RIGOTTO; VASCONCELOS; ROCHA, 2014), além de causarem contaminação do meio ambiente e redução da biodiversidade. Nos quintais é comum o cultivo simultâneo de plantas locais, plantas alimentícias não convencionais (PANC), medicinais e também com função estética. Isso leva à diversificação e produção constante, pois as plantas terão períodos diferentes de plantio e colheita. Adicionalmente, existe o estabelecimento de uma sensação de bem-estar e de atendimento ao senso estético dos moradores. Nesse sentido, Amorim, Carvalho e Barros (2015) defendem que os quintais são espaços nos quais os moradores impõem suas impressões, sentimentos, necessidades e vontades. Além de todos os aspectos já destacados, a produção nos quintais pode estimular o protagonismo feminino, uma vez que são as mulheres que predominantemente cuidam de tais espaços (SILVA; ANJOS; ANJOS, 2016). O empoderamento feminino tem ganhado destaque atualmente, entretanto, ainda precisamos fortalecer as redes de apoio às mulheres e garantir que elas tenham fontes de renda e poder de decisão. Este projeto pode auxiliar nesse processo, ajudando a melhorar a autoestima e a reconhecer o valor dos saberes tradicionais relacionados ao cultivo e cuidado com a terra. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia de COVID-19 em março de 2020 e desde então, existe uma indicação de que as pessoas mantenham o isolamento e distanciamento social, evitando sair de casa. Nesse sentido, produzir alimentos no próprio quintal pode evitar deslocamentos e reduzir a quantidade de vezes que os membros da família precisam sair para adquirir alimentos, contribuindo para a redução ao risco de exposição ao vírus SARS-CoV-2. Assim, esse projeto de implantação de quintais produtivos pretende contribuir em diversos aspectos: econômicos, culturais, de saúde física e mental, para estimular a autoestima, autonomia, socialização e saúde, trazendo empoderamento para as famílias participantes.
Público Alvo
Moradores do Sítio Coqueiro - Paracuru Familiares dos discentes e servidores do IFCE - Campus Paracuru Mulheres atendidas pela ONG Casa Lilás Público que acompanhe as formações pelas redes sociais
Objetivo Geral
Realizar um ciclo de formação para auxiliar na compreensão crítica da problemática da segurança alimentar e na capacitação inicial para a estruturação e a manutenção de quintais produtivos e hortas escolares.
Objetivo Específico
Conhecer e debater a problemática da Segurança alimentar, considerando o papel das instituições educativas no combate à fome. Desenvolver conhecimento sobre Quintais produtivos e o papel das mulheres na Segurança Alimentar e manejo sustentável. Conhecer experiências concretas de Hortas escolares e Segurança Alimentar nas instituições educacionais parceiras.
Metodologia
Essa proposta de ciclo formativo se realizará através da Pedagogia da Alternância e Educação Contextualizada com atividades de ciclos de debate, oficinas, cursos, seminários e reuniões de avaliação e planejamento. O projeto busca criar espaços dialogais virtuais durante a pandemia e presenciais pós-pandemia que facilitem a formação e reflexão dos participantes do projeto, com realização de minicurso e oficinas sobre quintais produtivos, hortas escolares e segurança alimentar.