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Campus:

CAMPUS ACARAU

Tipo da Ação:

Programa

Título:

Ecomangue vai à escola

Área Temática:

Meio Ambiente

Linha de Extensão:

Questões Ambientais

Data de Início:

02/08/2021

Previsão de Fim:

30/08/2024

Nº mínimo de pessoas beneficiadas:

700

Nº máximo de pessoas beneficiadas:

2000

Local de Atuação:

Urbano-Rural

Fomento:

Captação de recursos externos

Programa Institucional

Modelo de Oferta da Atividade:

Presencial

Municípios de abrangência

Acaraú

Itarema

Cruz

Jijoca de Jericoacoara

Bela Cruz

Marco

Formas de Avaliação:

Frequência

Participação

Pesquisa de Satisfação

Reunião

Testes Objetivos

Testes Subjetivos

Formas de Divulgação:

Áudio

Cartaz

E-mail

Folder

Redes sociais

Site institucional

Atividades Realizadas:

Nome do Responsável:

Rafaela Camargo Maia

Equipe:

Nome	Instituição	Categoria	Vínculo	Receberá bolsa?	Horas Semanais Dedicadas	Início da Participação	Fim da Participação
Andre Luiz da Costa Pereira	IFCE	Integrante	Técnico Administrativo IFCE	Não	4	02/08/2021	02/08/2023
Lidia Nogueira de Queiroz	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	6	02/08/2021	02/08/2022
Maria Eduarda Souza e Silva	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	4	02/08/2021	02/08/2023
Rafaela Camargo Maia	IFCE	Coordenador	Docente IFCE	Não	6	02/08/2021	30/08/2024
RITA MARIA VASCONCELOS LOUZADA ALBUQUERQUE	Prefeitura Municipal de Cruz	Integrante	Sem vínculo	Não	2	02/08/2021	02/08/2023

Parcerias:

Instituição Parceira	Parceria Formalizada?	Instrumento Utilizado	Número do Instrumento
Secretaria de Meio Ambiente de Acaraú	Não
Secretaria Municipal de desenvolvimento rural, pesca e meio ambiente de Itarema	Não

Orçamento:

Conta	Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes	0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores	0.0
Diárias - Pessoal Civil	0.0
Encargos Patronais	0.0
Equipamento e Material Permanente	0.0
Material de Consumo	0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física	0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica	0.0
Passagens e Despesas com Locomoção	0.0

Vínculos:

Ação	Tipo
Ecomangue vai à escola	Projeto
Educação ambiental para sustentabilidade	Projeto
II Seminário de Boas Práticas para a Sustentabilidade: desafios e oportunidades em tempos de pandemia na Região Nordeste. Sub-tema: Ações e possibilidades de práticas sustentáveis em instituições públicas.	Evento

Apresentação

O manguezal é um ecossistema costeiro de grande importância ecológica e econômica e, apesar de fornecer diversos bens e serviços ambientais, vem sofrendo impactos antrópicos negativos. Nesse contexto, o Laboratório de Ecologia de Manguezais, o ECOMANGUE, do IFCE Acaraú vem atuando; considerando a importância ecológica, social e econômica dos manguezais, a sua susceptibilidade no Ceará e os valores institucionais pautados na sustentabilidade. Assim, serão desenvolvidas uma série de ações extensionistas e integradas à saber: i) exposições itinerantes em escolas ou em eventos públicos assim como a promoção de visitas ao laboratório e aulas de campo; ii) elaboração de materiais didáticos-pedagógicos que incluem um ebook e um software educativo para dispositivos móveis sobre os manguezais para alunos do ensino fundamental e iii) inserir no currículo escolar, de forma transversal, a temática manguezal colaborando com a formação inicial e continuada de professores da rede pública de Acaraú e regiões circunvizinhas. Esperemos assim, fornecer possíveis soluções para amenizar os problemas ambientais locais e contribuir para formação de professores e valorização do magistério uma vez que alunos dos cursos de Licenciatura do IFCE Acaraú serão agentes do processo de educação ambiental assim como disseminar uma nova cultura de pensamento sobre o ecossistema manguezal na região.

Justificativa

O manguezal é o ecossistema florestal característico de regiões costeiras tropicais de todo mundo (GIRI et al., 2011; TOMLINSON, 2016). Segundo Lee et al., (2014), apresentam diversas funções naturais, sendo áreas de alimentação, abrigo e reprodução para muitas espécies endêmicas, estreitamente ligadas ao sistema, visitantes e migratórias. Dessa forma, os manguezais atuam como importantes mantenedores da diversidade biológica, inclusive de espécies de interesse econômico (MAIA, 2016). Várias famílias tradicionais sobrevivem dos recursos extraídos desse ecossistema, podendo-se destacar os catadores de caranguejos ou caranguejeiros e, ainda, as marisqueiras. Entretanto, apesar da sua grande importância ecológica, os manguezais vêm sofrendo um intenso processo de destruição ao longo do litoral brasileiro com irreparáveis prejuízos ambientais (REZENDE et al., 2015). Alguns impactos, de origem antrópica, que provocam alterações neste ambiente são a retirada da madeira, agricultura e a carcinicultura. Contudo, também podemos citar a expansão urbana e um mau planejamento do uso do solo, o estabelecimento de complexos portuários, a construção de polos industriais, a instalação hoteleira inadequada assim como de salinas, a exploração da madeira para lenha e carvão, a disposição inadequada de resíduos e a pesca predatória (PINHEIRO; TALAMONI, 2018). Diante desta problemática, Martins e Halasz (2011) destacam que os manguezais dependem de ações de Educação Ambiental como garantia de mudanças das práticas destrutivas adotadas, objetivando a sua restauração e manutenção por meio da formação de cidadãos mais críticos. Sendo assim necessária uma educação mais abrangente, atingindo todos os cidadãos, por meio da participação permanente no que diz respeito à consciência crítica levando-os à prática de ações que amenizem os problemas ambientais (SILVA, 2009). Desse modo, a extensão poderá contribuir para uma formação cidadã e profissional mais sólida já que ela propicia uma articulação entre os diversos saberes aproximando-os da realidade social (MARTINS, 2008). Posto isso, Toscano (2015) reitera que atividades de extensão criam uma relação de proximidade entre a instituição de ensino e a comunidade local de forma mútua e transformadora mediada pelo ensino e pesquisa nas diversas áreas do conhecimento. Nesse intuito, o Laboratório de Ecologia de Manguezais – ECOMANGUE do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Acaraú, através de suas práticas de pesquisa vem atuando com coletas, identificação e organização de amostras representativas da fauna e flora do manguezal do estuário do rio Acaraú. Na perspectiva do comprometimento socioambiental e socialização do conhecimento, o acervo biológico do laboratório apresentado à comunidade escolar do município pode fornecer materiais didático-pedagógicos promissores no campo da educação ambiental para professores de Ciências, deixando as aulas mais atrativas e assimiláveis pelos discentes. Além disso, as ações contribuem para a formação de professores e valorização do magistério uma vez que alunos dos cursos de Licenciatura do IFCE Acaraú serão os agentes do processo de educação ambiental. Essas ações articuladas poderão ainda divulgar o IFCE enquanto instituição de ensino, pesquisa e extensão.

Público Alvo

Docentes e discentes da rede municipal de ensino de Acaraú e regiões circunvizinhas, refletindo no seu ambiente familiar e comunitário.

Objetivo Geral

Engajar o público-alvo, de forma interativa e atraente, em temas relativos à ciência e à conservação do ecossistema manguezal por meio do Laboratório ECOMANGUE, os acervos biológicos nele preservados e materiais didático-pedagógicos produzidos.

Objetivo Específico

I) exposições itinerantes em escolas ou em eventos públicos assim como a promoção de visitas ao laboratório e aulas de campo; ii) elaboração de materiais didáticos-pedagógicos que incluem um ebook e um software educativo para dispositivos móveis sobre os manguezais para alunos do ensino fundamental; iii) inserir no currículo escolar, de forma transversal, a temática manguezal colaborando com a formação inicial e continuada de professores da rede pública de Acaraú e regiões circunvizinhas; iv) aperfeiçoar a formação dos discentes de cursos de licenciatura do IFCE Acaraú, bolsistas do ECOMANGUE, os conduzindo a exercitar de forma ativa a relação entre teoria e prática profissional docente; v) estimular o gosto pela ciência e pesquisa científica; vi) divulgar o IFCE enquanto instituição de ensino, pesquisa e extensão e; vii) Fornecer possíveis soluções para amenizar os problemas ambientais locais promovendo a conservação do ecossistema manguezal.

Metodologia

Ação 1: Serão realizadas exposições itinerantes em escolas da rede pública ou para comunidade em geral em eventos públicos. Nessas ocasiões, após apresentação sobre o ecossistema manguezal, seu modo de funcionamento, suas funções ecológicas e econômicas, será realizada a exibição do acervo biológico do laboratório, com espécimes da fauna e flora típica da região, apresentando curiosidades, importância desses animais e da vegetação para o bom desempenho das funções ecológicas do ecossistema. O público em idade escolar para seleção e admissão nos cursos técnicos e de graduação ofertados IFCE campus Acaraú será convidado para realizar uma visita ao Laboratório ECOMANGUE a fim de apresentar a eles informações sobre o acervo, os projetos de pesquisa e educação ambiental, desenvolvidos pela Instituição, além de mostrar os aspectos metodológicos e conceituais em seus elementos educativos e informativos. Quando solicitado pelas instituições de ensino, também foram realizadas aulas de campo no manguezal. Ação 2: Serão elaborados/desenvolvidos materiais didático-pedagógicos para educação ambiental para o manguezal que consistirão num software e um ebook. Para a implementação do software, primeiramente haverá a análise e modelagem para definição da metodologia de desenvolvimento, funcionalidades, arquitetura do sistema e base de dados para armazenamento dos dados. A seguir, acontecerá o desenvolvimento do esquema da base que armazenará os dados. Destaca-se que o software será desenvolvido para dispositivos móveis, compatíveis com sistema operacional Android ou iOS e será disponibilizado nas lojas de aplicativo, tais como Google Play e App Store. Para implementação do software será elaborado um conteúdo educativo sobre os manguezais. Nesse sentido, os conteúdos educativos serão apresentados por meio de cinco ícones à saber: catálogo, dicas e curiosidades, conhecendo o manguezal, visita virtual e mapa dos manguezais. O catálogo será dividido em duas partes, uma para as espécies da fauna e outra para as espécies de flora. Ao clicar no ícone, o usuário terá acesso a uma lista com imagens de espécies vegetais ou de animais típicos do mangue, que virá acompanhado com o nome científico da espécie e características distintivas. O ícone dicas e curiosidades irá conter informações adicionais, como respostas as dúvidas frequentes, ideias equivocadas e/ou outras questões ligadas ao manguezal. As orientações e comandos serão exibidos por um personagem, que terá as falas respectivas para cada direcionamento. No ícone conhecendo os manguezais, será exposto o conteúdo teórico em tópicos acerca dos conceitos, histórico, importância, legislação, valoração econômica, impactos ambientais, recuperação de manguezais e redes de apoio. Através da visita virtual, o usuário irá conhecer o Laboratório de Ecologia de Manguezais (ECOMANGUE) que possui coleções científicas, projetos realizados e materiais educativos já produzidos (transvesalizando com as ações 1 e 3). No mapa dos manguezais serão apresentados os estados que possuem manguezais no Brasil. Em cada estado exibido no mapa, ao clicar, o usuário terá acesso as fotos dos manguezais desse estado, acompanhada de uma rápida descrição da cobertura de área que esse manguezal ocupa no Brasil. Esse espaço proporcionará um contato do usuário com o manguezal do seu estado, ou com os manguezais dos estados próximos, sem que ele necessite sair de casa. Caso o aluno nunca tenha visitado o manguezal, essa será uma oportunidade dele se familiarizar com o ecossistema. As fotos que serão utilizadas no mapa são fotos enviadas pelos parceiros de pesquisa e disponibilizadas pelo ECOMANGUE. Para todos esses materiais estarão disponíveis Podcasts, para facilitar o acesso, em caso de usuários com deficiência visual, ou, ainda não alfabetizado, propiciando o processo de inclusão. Paralelamente, ocorrerá a atualização do Ebook Educamangue: conhecendo o fascinante ecossistema manguezal (Albuquerque e Maia, 2018), material produzido em projetos de extensão anteriores do Ecomangue. A ideia é ampliar a área de atuação coberta pelas informações presentes no ebook, de Acaraú para o litoral oeste do Ceará. Ação 3: Consiste em promover no currículo escolar, de forma transversal, a temática manguezal colaborando com a formação inicial e continuada de professores da rede pública de Acaraú e regiões circunvizinhas. Serão ofertados cursos de formação para dos docentes da região, a fim de operacionalizar os materiais didáticos-pedagógicos produzidos na ação 2. Serão produzidos planos de aula que subsidiarão a elaboração de uma proposta de intervenção para educação ambiental sobre os manguezais no ensino formal, abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares que poderão ser complementadas por meio da ação 1. As três ações articuladas contribuirão para a integração do ensino e da pesquisa às demandas da sociedade promovendo o desenvolvimento regional sustentável.

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