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Campus:
CAMPUS ACARAU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Monitoramento Participativo do Caranguejo Uçá (Ucides cordatus) no Parque Nacional (PARNA) de Jericocoara
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Questões Ambientais
Data de Início:
01/08/2022
Previsão de Fim:
04/08/2023
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
50
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
300
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Jijoca de Jericoacoara
Camocim
Acaraú
Formas de Avaliação:
Trabalhos Escritos
Trabalho em grupo
Reunião
Relatório
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
E-mail
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Jose Moacir de Carvalho Araujo Junior
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Amauricia Lopes Rocha Brandao IFCE Integrante Docente IFCE Não 4 01/08/2022 04/08/2023
Andre Luiz da Costa Pereira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 01/08/2022 04/08/2023
Diego Matiussi Previatto IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/08/2022 04/08/2023
Ingrid Hoara Carvalho Vaz da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/08/2022 04/08/2023
Jose Moacir de Carvalho Araujo Junior IFCE Coordenador Docente IFCE Não 3 01/08/2022 04/08/2023
Karina Aparecida Araújo Dutra Prefeitura Municipal de Jijoca de Jericoacoara Integrante Sem vínculo Não 4 01/08/2022 04/08/2023
Maria Tamires de Souza Moreira IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 01/08/2022 04/08/2023
Rafaela Camargo Maia IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/08/2022 04/08/2023
Ricardo Jeferson Sousa Damasceno IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 01/08/2022 04/08/2023
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Parque Nacional de Jericoacoara Não
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) Não
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A conservação da biodiversidade é um objetivo fundamental das ciências biológicas, buscando descrever e entender a riqueza biológica de cada bioma e as condições e interações necessárias para a manutenção da vida em cada ambiente. O Programa de extensão de Monitoramento Participativo do Caranguejo Uçá (Ucides cordatus) no Parque Nacional (PARNA) de Jericocoara é um programa complementar a rede federal do Programa Monitora do ICMBIO e como este tem por objetivo monitorar o estado da biodiversidade e serviços ecossistêmicos associados a população do caranguejo Ucá (Ucides cordatus) dentro do PARNA de Jericoacoara, como subsídio à avaliação da efetividade de conservação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), à adaptação às mudanças climáticas e ao uso e manejo da biodiversidade nas unidades de conservação (UCs) geridas pelo ICMBio, bem como às estratégias de conservação das espécies ameaçadas de extinção e controle das espécies exóticas invasoras, em todo o território nacional.
Justificativa
O monitoramento da biodiversidade a partir de levantamentos em campo (in situ) fornece dados das populações biológicas ali presentes fundamentais para nortear e subsidiar o monitoramento da dinâmica populacional destas e, com isso, tornar mais efetiva a gestão dos ambientes monitorados. As informações obtidas em programas de monitoramento biológico produzem matrizes de dados capazes de refletir o panorama de conservação encontrado nas áreas onde é aplicado, alertam sobre impactos locais, regionais ou globais na biota e auxiliando tanto a gestão de uma pequena unidade de conservação, como orientando um conjunto específico de áreas protegidas ou ainda subsidiando a formulação das políticas e metas nacionais de conservação, provenientes tanto de ameaças humanas diretas, como resultantes de dinâmicas climáticas complexas de longo prazo. Existem diversas iniciativas de monitoramento da biodiversidade difundidas ao redor do mundo. De forma geral, cada uma atua numa escala própria, com um rol específico de indicadores, e está adaptada ao contexto local, regional ou global. Dentre os ecossistemas protegidos os manguezais são de elevada importância biológica, desempenhando uma ampla gama de funções ecológicas, como sequestro de carbono, proteção costeira, berçário para diversas espécies da vida marinha, filtro biológico, formação de solos e concentrador de alta taxa de produtividade biológica. Toda essas características de destaque ecológico fizeram com que os manguezais inclusive sejam considerados como áreas de proteção permanente (APPs) pelo Código Floresta Brasileiro (Lei Federal n. 12.651/2012). Apesar de serem reconhecidos e protegidos como APPs os manguezais sofre pressão e impactos antrópicos de diversas formas, como poluição, desmatamento e ocupação de suas áreas por industrias e imóveis diversos, o que provoca perdas ambientais nesses ecossistemas de forma direta ou indireta. Para mitigar os impactos negativos e degradação ambiental nesses ecossistemas várias estratégias de conservação da biodiversidade podem ser aplicadas, como o desenvolvimento de inventários e monitoramento participativo coma comunidade do entorno de espécies de sua fauna e flora local. Para monitorar a biodiversidade em uma dada localidade inicialmente são selecionados indicadores biológicos adequados aos objetivos do monitoramento, assim como as variáveis destes. Em seguida devem ser executados métodos eficientes de monitoramento, de preferência de alta precisão e baixo custo. Por fim serão levantados e registrados as informações da dinâmica populacional das espécies monitoradas ao longo do tempo para verificas quase ações devem ser empregadas para sua conservação, tanto em ambientes impactados como em unidades de conservação (UCs). As unidades de conservação (UC) são áreas chave para a conservação da natureza em diversas escalas e perspectivas. Entre outros elementos da biodiversidade, essas áreas protegem habitats, espécies, processos ecológicos e serviços ecossistêmicos. Considerando a sua importância estratégica, o monitoramento de sua biodiversidade constitui uma atividade essencial para a gestão desses espaços. Nesse contexto a UC do Parque Nacional (PARNA) de Jericoacoara é uma unidade de conservação de Unidades de Proteção Integral (ou seja aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais) de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), instituído pela Lei № 9.985 de 18 de julho de 2000. O PARNA de Jericoacoara é uma UC de Bioma marinho costeiro com 8.863,03 hectares de área e criado pelo Decreto s/nº de 04 de fevereiro de 2002 / Lei nº 11.486, de 15 de junho de 2007 com o intuito de preservar a Zona Costeira e Marinha local, com seus Manguezais, Restingas e Dunas. A efetividade dessa proteção depende de uma boa gestão da UC na realização de programas integrados dentro de um sistema amplo de monitoramento, que propicie a obtenção de dados precisos e comparáveis, mas também, obtidos com custos acessíveis e sob uma perspectiva que produza informações úteis para a gestão desses espaços.
Público Alvo
Pescadores / pescadoras, comunidades ou associações locais, barqueiros, turistas, guias turísticos e visitantes do Parque Nacional (PARNA) de Jericoacoara, funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e do PARNA de Jericoacoara.
Objetivo Geral
Implementar as ações do Programa Monitora (instituído pela Instrução Normativa ICMBio nº 03/2017), buscando fortalecer o diálogo em torno das questões ambientais, compartilhando informações sobre a conservação da fauna e flora e levantando dados do monitoramento das populações biológicas dos manguezais, em específico das populações de caranguejo Uçá (Ucides cordatus) no PARNA de Jericoacoara, utilizando técnicas padronizadas, simples e de baixo custo financeiro e operacional, que permitam a participação de gestores, pesquisadores e, principalmente, da população local no levantamento de dados, compartilhamento de análises e interpretação coletiva de resultados.
Objetivo Específico
I) Realizar ações de conservação do caranguejo-uçá, por meio de levantamento de dados ecológicos sobre suas populações no período e por ações de educação ambiental com o público-alvo. II) Gerar dados do locais da população de caranguejos Uçá (Ucides cordaus) do PARNA de Jericoacoara para a avaliação continuada da efetividade desta Unidade de Conservação Federal e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação no cumprimento de seus objetivos de conservação da biodiversidade; III) Analisar, avaliar e monitorar “in situ” projeções de alteração na distribuição e locais de ocorrência de espécimes de caranguejo Uçá (Ucides cordatus) em resposta às mudanças climáticas e demais vetores de pressão e ameaça, a fim de atualizar as medidas de conservação, incluindo o manejo; IV) Fornecer subsídios para o planejamento do uso sustentável das espécies da fauna e flora em unidades de conservação federais; V) Fornecer subsídios para a avaliação do estado de conservação da fauna e flora brasileira e para implementação das estratégias de conservação das espécies ameaçadas de extinção e com dados insuficientes para a avaliação (categoria DD); e VI) Fornecer subsídios para o planejamento e a avaliação de programas de controle de espécies exóticas invasoras, especialmente em unidades de conservação federais.
Metodologia
Serão realizadas coletas semestrais em parceria com servidores do ICMBIO e do PARNA de Jericoacoara de dados em campo das populações de caranguejo Uça (Ucides cordatus) baseadas na metodologia do protocolo estabelecido pelo Programa Monitora do ICMBIo para monitoramento participativo da estrutura populacional do caranguejo Uçá em manguezais, que consiste no estabelecimento de cinco parcelas aleatórias em duas feições de manguezais (lavado e bosque de mangue). Em cada parcela ou unidade amostral serão delimitados quadrados de 25m² aleatórios (5m x 5m), onde as tocas dos caranguejos serão contadas e medidas em relação ao diâmetro de abertura com paquímetro. Complementarmente serão contadas as árvores de mangue com no mínimo 1,5 m de altura dentro da parcela e delimitados e georreferenciados a altura da linha de maré nas arvores localizadas nos vértices de cada parcela e no centro da mesma. A seguir serão identificadas as espécies das arvores estudadas para o monitoramento. O processo acontecerá uma a duas vezes por ano. Em cada ocasião serão capacitados os agentes locais para execução das ações. O planejamento das ações de coleta de dados em campo esta sendo elaborada juntamente com a equipe do ICMBIo e do PARNA de Jericoacoara, com a primeira coleta marcada para novembro de 2022. A divulgação das ações ocorrerão por meio do site e redes socias do ICMBIO, do PARNA de Jericoacoara e do IFCE Campus Acaraú. A mobilização dos servidores e comunidade externa ocorrerá em veículos próprios ou do IFCE Campus Acaraú até a sede do ICMBIo e desta sede as demais mobilizações ocorrerão em veículos oficiais e adequados aos ambientes do próprio ICMBIO. As inscrições para as capacitações e atividades de trabalho voluntariado da comunidade externa de Jericoacoara serão reaizadas pelo própro ICMBIO e PARNA de Jericoacoara através de editais próprios em datas a serem estabelecidas pelos mesmos e divulgadas em seu site e redes sociais. Os discentes que acompanharão os professores responsáveis nas atividades de campo já foram selecionados previamente e treinados em curso de capacitação que ocorreu em abril de 2022. Além deste, quando necessário, serão realizados outros cursos de capacitação e aperfeiçoamento com discentes, professores, técnicos e comunidade externa para instrução e melhoria das atividades a serem desenvolvidas em campo.