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Campus:
CAMPUS CRATO
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
O Ecomapss como ferramenta de auxílio nas trilhas ecológicas para inclusão de acessibilidade a pessoas com deficiência visual e auditiva"
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Acessibilidade
Data de Início:
01/08/2022
Previsão de Fim:
31/12/2022
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
50
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Rural
Fomento:
Edital 01/2022 - Seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NAPNEs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Crato
Formas de Avaliação:
Relatório
Participação
Frequência
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
E-mail
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Francisco Gauberto Barros dos Santos
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Alice Cruz de Lima IFCE Integrante Discente IFCE Sim 4 01/08/2022 31/12/2022
Aparecida Rodrigues Nery IFCE Integrante Docente IFCE Não 4 01/08/2022 31/12/2022
Brisa do Svadeshi Cabral de Melo IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/08/2022 31/12/2022
Francisco Gauberto Barros dos Santos IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 01/08/2022 28/11/2022
Joao Alberto Brito de Abreu IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 01/08/2022 31/12/2022
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2.000,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
As trilhas constituem um elemento cultural presente nas sociedades humanas desde os tempos remotos como uma necessidade da interação com o meio, tendo como instrumento de auxílio à educação ambiental. Neste sentido é necessário compartilhar informações para os usuários de forma simples, interativa, acessível e acrescentando valor educativo sobre a flora e o meio ambiente. Nesse contexto, o Ecomapss (Projeto de educação ambiental), desenvolvido por professores e discentes do IFCE Campus Crato e que já está presente em unidades de conservação do estado do Ceará há cinco anos, vem produzindo e disponibilizando informações de uma maneira prática, de fácil acesso, interativa e precisa. A acessibilidade é garantida por lei, mas, como sabemos, não é colocada em prática tanto quanto deveria. Quando colocamos as pessoas com deficiência em pauta, vemos as poucas programações que são possíveis para incluí-los. O presente projeto pretende utilizar o Ecomapss como uma ferramenta para auxiliar pessoas com deficiência visual e auditiva no uso de trilhas ecológicas, fazendo uma experiência na Ecotrilha Prof. José do Vale Arraes Feitosa no IFCE Campus Crato.
Justificativa
Pessoas com deficiência na sociedade são consideradas como pessoas incapazes de realizar certas atividades. Para convivermos em sociedade, um dos pilares principais é o respeito às particularidades, à individualidade. É importante desenvolver trabalhos de inclusão, inclusive relacionado ao lazer como direito social de modo a promover a inclusão social. Os serviços, os profissionais e a sociedade em geral não estão aptas a recepcioná-los. Contudo, chama-se a atenção ao fato de que isso já deveria estar superado e implementado conforme o que preconiza a Lei 13.146 de 2015. Entende-se que Inclusão é atender as necessidades especiais do indivíduo, promovendo sua inserção na sociedade, de forma a minimizar as diferenças tão presentes hoje em dia, sabendo as limitações de cada um, trabalhando sistematicamente no intuito de promover a cidadania plena. Pensando nisso, e fazendo uma ponte entre Educação ambiental e Inclusiva, desenvolveu-se a ideia de criar uma trilha ecológica das sensações ou “dos sentidos” na Ecotrilha já existente Prof. José do Vale no IFCE Campus Crato, em que o deficiente visual e/ou auditivo, possa ter um contato direto com a natureza, possibilitando o uso consciente dos sentidos remanescentes como, tato, olfato, paladar, audição, pra se orientar e se locomover com mais segurança, liberdade e independência. Essa trilha pode possibilitar ao usuário experimentar na prática tudo o que aprendeu somente em teoria, fazendo com que este se sinta incluído na sociedade e aos espaços de lazer em ambientes naturais outrora tão distantes de sua realidade.
Público Alvo
Discentes de escolas públicas e privadas, beneficiários dos centros de atendimento especializada a pessoas com deficiência auditiva e visual, comunidade escolar do IFCE Campus Crato.
Objetivo Geral
apresentar um projeto inclusivo e interativo, que integra tecnologia e meio ambiente, utilizando o Ecomapss como ferramenta para auxiliar pessoas com deficiência visual e auditiva no uso de trilhas ecológicas
Objetivo Específico
Proporcionar ao deficiente visual e/ou auditivo a oportunidade de usufruir das Ecotrilhas de maneira lúdica, inclusiva, intuitiva, fácil, atrativa e dinâmica utilizando o projeto de extensão Ecomapss. Confeccionar e instalar materiais e tecnologias de baixo custo e manutenção, facilitadoras da acessibilidade para pessoas com deficiência visual e/ou auditiva na Ecotrilha.
Metodologia
Inicialmente será feito um levantamento in loco das condições físicas da Ecotrilha José do Vale no IFCE Campus Crato para reunir uma série de informações quanto à extensão, declividade, vias de acesso em condições físicas apropriadas para a viabilização da implantação de uma trilha pra deficientes visuais e/ou auditivo. Será escolhido um trecho dentro da trilha citada, que apresenta um relevo mais plano, com áreas de menor declive e impedimentos físicos, possibilitando mais segurança e facilidade de acesso. Para a implantação da trilha, será delimitada uma área próxima ao portão de acesso ao campus, com mais ou menos 100 metros de extensão e 2 m de largura e que, apesar de ser pequena, não oferece risco e é possível ter contato com a vegetação, ouvir o barulho da água, pássaros, entre outros. A vegetação do local pertence a uma área de transição de biomas (Cerrado, Caatinga e Mata atlântica), apresentando exemplares destes domínios. A trilha tem por objetivo fazer com que o deficiente visual utilize de todos os sentidos para perceber a natureza à sua volta, de forma que possam formar uma consciência pautada na sustentabilidade ambiental, Posteriormente, será realizado um trabalho de campo na Ecotrilha José do Vale com pessoas sem nenhuma deficiência, contudo, de olhos vendados, pra estimular a percepção da natureza de uma forma mais completa, utilizando sentidos que normalmente não usaria ou não perceberia, pra posteriormente fazer uma comparação entre as duas categorias no sentido de ampliar sensações, sentimentos e valorizar o que antes o olhar leigo, não enxergava e falta de um toque não sentia. Atrilha será de curta distância, recreativo e educativo e em formato linear segundo Andrade (2003). Serão utilizados na Ecotrilha vários materiais que facilitem o percurso bem como seu (re) conhecimento, como sinalizadores sonoros, cordas, placas em braile contendo informações a respeito do local e o que ele contém, ou seja, tudo que possibilite e facilite a acessibilidade desse público para perceber o espaço, a natureza à sua volta. O trecho inicial da Ecotrilha (100m) será adaptada para para deficientes visuais e/ou auditivos, em que se terá sensações, pelo aroma, texturas, ruídos, sons, entre outros, estimulando a percepção, interpretação, sensibilidade por meio dos vários sentidos, além da orientação espacial, ou a trilha tátil, e será demarcada com cordões e sinalização tátil, e ao tocar as árvores os deficientes visuais recebem informações sobre a vegetação e o percurso em braile. Serão disponibilizados ao longo da trilha, caixotes colocados no percurso da trilha contendo materiais de texturas e odores diferentes (pedras, terra, ervas, sementes , frutos secos, etc...) de modo a aguçar a curiosidade dos usuários e incentivá-los a uma nova experiência. Para adaptação da trilha serão realizadas algumas intervenções como drenagem de águas da chuva, aterro e compactação do solo nas vias de acesso para tornar mais acessível e com menos riscos de acidente. A sinalização da ecotrilha a ser colocada deverá sempre que possível ser sistemática, compreensível e à prova de vandalismo, conforme Proudman (1977). Serão utilizados, portanto, fitas, totem, placas. Como materiais e equipamentos serão utilizados o próprio aplicativo Ecomapss com adaptação a esta nova funcionalidade, máquina de escrever braille, computador pessoal, pedras cariri, estacas de madeira, etc. Para que as pessoas cegas possam se desviar dos obstáculos que possam vir a causar riscos de queda durante o percurso da trilha, a norma brasileira determina que a largura da trilha deve ser de no mínimo 1,20 m. A presente trilha terá 2m de largura. Contará com uma linha guia instalada em toda extensão e em um dos lados do caminho, conforme NBR 9050. A linha guia terá a função também de interligar totens e placas, bem como as funções de suporte e de acionamento para sinalização sonora. A linha guia será afixada com a utilização de estacas de madeira com aproximadamente 45 a 50 cm e enterradas a uma profundidade de 15 cm. A linha guia é fixada na parte superior da estaca, devendo permanecer a uma altura de 30 cm do solo para que seja melhor localizada pela bengala. O material a ser utilizado como linha guia será o arame recozido, comumente utilizado para amarração de vergalhões de aço da construção civil, devido a sua maleabilidade e baixo custo. As placas de pedra cariri com adesivos contendo informações em braille será instaladas a uma altura de 1,0 m (0,9 - 1,10m) de altura conforme orientação da da NBR 9050. Serão colocadas na posição horizontal de modo a facilitar mais a leitura pelo usuário. As plaquetas com informações do sistema Braille serão confeccionadas com plástico dúrável ou com folhas fdinas de alumínio (de latas de cerveja ou refrigerante) de modo a inseri-los na máquina de Perkins, de escrita em Braille, datilografando o texto com orientações aos usauários. A sinalização sonora usada para informar ao usuário a proximidade de um totem ou placa será sinalizada por "guiizos" presos à linha guia. que emitirão um som quando o usuário se aproximar utilizando a bengala na linha guia.