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Campus:
CAMPUS CANINDE
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Coisa de Branco
Área Temática:
Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão:
Diversidade Étnico-racial
Data de Início:
02/10/2024
Previsão de Fim:
31/12/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
50
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Matriz Orçamentária do Campus
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Canindé
Formas de Avaliação:
Debate
Frequência
Participação
Relatório
Reunião
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
E-mail
Redes sociais
Site institucional
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Maria Artemis Ribeiro Martins
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ana Virginia de Sousa Rocha IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
EMY VIRGÍNIA OLIVEIRA DA COSTA IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Igor Lima Rodrigues IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Joao Eudes Portela de Sousa IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Kleber da Silva Moreira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Lourdes Rafaella Santos Florencio IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Maria Artemis Ribeiro Martins IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 02/10/2024 31/12/2024
Natalia Ayres da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Samantha Macedo Lima IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Sammia Castro Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2024 31/12/2024
Sarah Suellen Lima Oliveira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 02/10/2024 31/12/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 4200.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O clube de leitura "coisa de branco" consiste em um espaço de educação para as relações étnico-raciais, que versa sobre o lugar da branquitude na constituição do racismo estrutural. É vinculado ao curso de Licenciatura em Pedagogia e ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), campus Canindé.
Justificativa
O processo histórico de construção da racialização, que assenta sobre as pessoas brancas a concepção de uma identidade universal, logo, de sujeitos não racializados, é uma tecnologia global que determina a estrutura política, econômica e cultural e subjetiva das sociedades, portanto, estruturadora de todas as dimensões da produção social da vida. A "coisa de branco", ou seja, a herança escravocrata da população branca, cunhada sobre processos de exploração do trabalho, de invasão e espoliação de territórios, de destruição da natureza e outras violências, tais como sexuais, intelectuais e psicológicas, foi lavada pela construção histórica da supremacia de uma raça sobre outra, a saber, a branquitude. A questão das relações entre negros e brancos, especialmente no Brasil, assegura um conjunto de privilégios para as pessoas brancas enquanto relega aos povos indígenas e negros as condições mais miseráveis de vida e de trabalho, ou como aponta Cida Bento, até mesmo de morte. O genocídio de indígenas e negros em nosso país (impulsionado nos últimos anos com a constituição das milícias e a militarização da polícia, o congelamento dos gastos com políticas sociais, a retirada de direitos e a legitimação política do racismo estrutural), colocam na ordem do dia a necessidade de reconhecer e debater as relações de dominação a fim de estabelecer novos paradigmas civilizatórios. O entrecruzamento da questão racial no Brasil com as dominações de classe e gênero estabelecem vai designar como pactos narcísicos, nem sempre explicitados socialmente. É essa constante ocultação que mistifica e garante a perpetuação dos processos de exploração e de dominação. Deste modo, a educação para as relações étnico-raciais exige o exercício teórico-metodológico de reposicionar os grupos racializados a fim de desvelar os seus verdadeiros papéis na construção da sociedade brasileira.
Público Alvo
Professores da educação básica do município de Canindé e proximidades, estudantes de licenciatura de instituições públicas ou privadas e público em geral interessado pelo tema.
Objetivo Geral
Estabelecer, a partir de leituras e discussão coletivas, um espaço de reflexão crítica sobre o lugar das pessoas brancas em uma sociedade marcada pela racialização e pelo racismo.
Objetivo Específico
a) tecer reflexões críticas sobre a branquitude, situando-a como uma tecnologia global que estrutura o privilégio branco; b) compreender o papel da racialização no projeto colonial de Brasil e sua herança como sustentação do capital-imperialismo; c) fomentar uma praxis educativa que efetive o compromisso das pessoas brancas na luta antirracista.
Metodologia
Os encontros serão presenciais nas dependências do campus e acontecerão quinzenalmente, às quartas-feiras à tarde. Serão trabalhadas 2 obras que tratam sobre a temática das relações étnico-raciais na sociedade ocidental e brasileira, a saber: Cidadã de Segunda Classe (Buchi Emechetta) e Quarto de Despejo (Carolina de Jesus). Também será distribuído roteiro com roteiro de leitura e sugestão de bibliografia complementar. Os participantes serão incluídos em sala virtual no ambiente Moodle para acessarem informações e realizarem a autogestão das sua atividades no clube. A proposta é que todas e todos realizem a leitura previamente indicada e, durante os encontros seja realizada a socialização dessa leitura com trocas de percepções, opiniões, debates e construção de sínteses. Ao final de cada obra lida, será emitida declaração de participação aos que tiverem frequência mínima de 70%. Os bolsistas serão responsáveis pelas seguintes tarefas: 1. acompanhamento das inscrições e da frequência dos participantes; 2. Organização do ambiente virtual de aprendizagem (Moodle) por meio da gestão dos materiais; 3. Sistematização das memórias dos encontros do clube; 4. Avaliação do projeto; 5. Mediação dos encontros do clube de leitura; 6. Organização do evento de culminância do projeto.