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Campus:
CAMPUS ACARAU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Capoeira Angola
Área Temática:
Cultura
Linha de Extensão:
Desporto e Lazer
Data de Início:
28/09/2023
Previsão de Fim:
20/06/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
5
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
40
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acaraú
Bela Cruz
Cruz
Itarema
Formas de Avaliação:
Participação
Frequência
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
Cartaz
E-mail
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Suzana Machado Arruda
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Juliana Martins Pereira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 28/09/2023 20/06/2024
Marina de Lourdes Soares Araújo IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 28/09/2023 20/06/2024
Suzana Machado Arruda IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 28/09/2023 20/06/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Material de Consumo 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Encargos Patronais 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O presente projeto pretende propor um grupo de estudos e práticas em Capoeira Angola no Campus Acaraú - IFCE. A Capoeira Angola é uma manifestação da cultura popular brasileira que compreende musica, dança , luta e ancestralidade, unidos de forma simples e coesa, e tem origem em diversos povos africanos que foram escravizados no Brasil desde o período colonial. A capoeira teve sua história marcada por dois principais estilos: a Capoeira Angola, que dá enfoque à ancestralidade, ao jogo, às rasteiras, às brincadeiras, sendo mais lenta e lúdica e tendo como principal expoente Mestre Pastinha. Na '' Roda de Angola" está presente uma multiplicidade de estilos, mas prevalece sempre a individualidade e a identidade de cada jogador. A Luta Regional Baiana ou Capoeira Regional é desenvolvida em meados da década de 70 pelo Mestre Bimba, com o apelo midiático que propunha resgatar a pratica de capoeira "esquecida" na época. Para isso, foram definidos uma nova forma de se portar e jogar. A origem da capoeira não é definida ao certo, tendo provável influência do N'GOLO ou na “Luta das Zebra”, vinda do centro africano, região Congo Angola, que não por coincidência, foram povos escravizados que vieram à América. A história da capoeira angola está diretamente ligada ao aprendizado da história do Brasil. Quanto à postura e aos trajes necessários para prática podemos citar: calça, camisa ensacada, calçados e a grande maioria opta por cobrir a cabeça, lembrando vestes tão valorizadas e proibidas de serem usadas por pessoas negras antes da abolição da escravatura. Ainda lembrando da diversidade e complexidade cultural que é essa manifestação temos a formação da musicalidade através da bateria, composta por oito instrumentos, sendo eles: três berimbaus, chamados de Gunga, médio e viola, agogo, reco reco, atabaque e dois pandeiros. Os instrumentos são diversos e também os ritmos, como São Bento grande, São Bento Pequeno, Jogo de Dentro, Angola, para citar alguns. A divisão dos cantos é feita em Ladainhas, chulas e corridos. Vale ressaltar um dos princípios filosóficos do ensino e aprendizagem, que é a não hierarquização e nivelamento de fases, não tendo cordas ou faixas, sendo prezado impreterivelmente o respeito àqueles que tem mais tempo de vida e de prática com a Capoeira, fazendo de todos(as) eternos alunos(as). A capoeira Angola faz parte da tradição oral do povo Brasileiro, foi e continua sendo passada de geração em geração.
Justificativa
A intervenção pretende discutir e praticar a capoeira angola no IFCE Acaraú, possibilitando aos participantes, além de um conhecimento que envolve a cultura e o patrimônio brasileiro, a história da formação do Brasil, do rapto, tráfico e da exploração do povo africano que até hoje ressoa através de diversas formas de preconceitos e discriminações no no nosso país e que deve ser discutido e combatido, uma possibilidade de prática que envolve o corpo e a mente dos participantes. Trata-se de uma prática que a individualidade de cada jogador é respeitada e considerada, mas que é pensada e construída no coletivo e que pode estimular o desenvolvimento de competências diversas de expressão corporal, interação e sociabilidade entre os participantes. O aprendizado da capoeira angola já foi mencionada como do interesse de alguns alunos do campus Acaraú através de um levantamento feito este semestre pela CAE e possivelmente o público externo possa se interessar pela possibilidade da prática neste campus. Em um momento no qual se discute a necessidade da prposição de ações que envolvam alunos e a comunidade em geral para se tentar reduzir a violência, o preconceito e inúmeras formas de discriminação, as práticas que envolvem esportes, artes, cultura e ciências humanas são extremamente pertinentes como ações que vão de encontro à estas tentativas de envolver públicos diversos em práticas lúdicas e formativas que contribuam com uma sociedade mais justa, includente, empática, tolerante, que respeita as diversas maneiras possíveis de existir, de ser e de estar no mundo.
Público Alvo
Moradores de Acaraú e dos municípios do entorno que tenham vontade e disponibilidade nos horários disponibilizados. Públicos de várias idades podem ser contemplados. Adultos, crianças, portadores de necessidades específicas e de qualquer estrutura corporal.
Objetivo Geral
Estudo teórico e prático da Capoeira Angola no Campus Acaraú.
Objetivo Específico
Aprender conhecimentos teóricos acerca da capoeira Angola e da formação cultural brasileira, conhecer a prática da capoeira angola, desenvolver competências e habilidades individuais e coletivas que contribuam com o bem estar geral dos participantes e com uma sociedade mais empática e antirracista.
Metodologia
Inicialmente o grupo fará o planejamento em conjunto para definir cada tema será abordado e discutido nos encontros. A divulgação será feita por meio de redes sociais e site da instituição. A seleção dos participantes será feita por meio de edital. Os inscritos levarão a documentação e serão convocados posteriormente por ordem de inscrição. A avaliação será feita mediante observação da evolução dos participantes, da presença e participação nos debates levantados. Faremos um levantamento dialogado para termos um retorno quanto ao modo como os participantes estão se percebendo ao longo dos encontros, aprendizado, a satisfação de cada atividade proposta. Os encontros acontecerão duas vezes por semana com uma duração de 1h30 cada. Parte inicial teórica em seguida, prática. O restante do tempo semanal (1h) será considerado no planejamento das ações. Haverá a sugestão de um horário que poderá se ajustar coma mudança do semestre e com a disponibilidade de horário dos participantes. A aluna Marina, que já possui formação superior e atualmente cursa um subsequente no campus, será a colaboradora principal do projeto por já possuir uma experiência de mais de 10 anos com a prática de capoeira angola e sempre estará acompanhada por um servidor participante do projeto. É indicado que aconteça em ambiente amplo, com piso liso e de fácil limpeza, já que é previsto o uso de sapatos, e por muitas vezes as mãos vão ao chão.