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Campus:

CAMPUS PARACURU

Tipo da Ação:

Projeto

Título:

Clube de leituras africanas, afro-brasileiras e indígenas

Área Temática:

Educação

Linha de Extensão:

Diversidade Étnico-racial

Data de Início:

01/08/2023

Previsão de Fim:

15/12/2023

Nº mínimo de pessoas beneficiadas:

Nº máximo de pessoas beneficiadas:

200

Local de Atuação:

Urbano-Rural

Fomento:

Edital de extensão - fomento para Napnes e Neabis - Inativado

Programa Institucional

NEABIs

Modelo de Oferta da Atividade:

Presencial

Municípios de abrangência

Paracuru

Formas de Avaliação:

Relatório

Frequência

Formas de Divulgação:

Redes sociais

Cartaz

Atividades Realizadas:

Nome do Responsável:

Ileane Oliveira Barros

Equipe:

Nome	Instituição	Categoria	Vínculo	Receberá bolsa?	Horas Semanais Dedicadas	Início da Participação	Fim da Participação
Aline Maria Macedo Chamone	Universidade Federal do Ceará	Integrante	Sem vínculo	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Amanda de Sousa Araujo Martins	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Ana Danielle de Queiroz Melo	IFCE	Integrante	Docente IFCE	Não	3	01/08/2023	30/11/2023
Camila Maria Souza dos Santos	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Davison Cardoso	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	3	01/08/2023	30/11/2023
Ducia Neila Maciel da Rocha	Escola de Música de Paracuru	Integrante	Sem vínculo	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Evelaine Maria Batista de Souza	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Francisco Kauã de Almeida Oliveira	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Iara Saraiva Martins	IFCE	Integrante	Docente IFCE	Não	3	01/08/2023	30/11/2023
Ileane Oliveira Barros	IFCE	Coordenador	Docente IFCE	Não	4	01/08/2023	15/12/2023
Leane de Souza	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Não	4	01/08/2023	30/11/2023
Maria Clivia Machado de Sousa	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Sim	12	01/08/2023	30/11/2023
Mikeias Teodosio Alves	IFCE	Integrante	Discente IFCE	Sim	12	01/08/2023	30/11/2023
Valdineia Soares Freitas	IFCE	Integrante	Docente IFCE	Não	3	01/08/2023	30/11/2023

Parcerias:

Instituição Parceira	Parceria Formalizada?	Instrumento Utilizado	Número do Instrumento

Orçamento:

Conta	Valor
Passagens e Despesas com Locomoção	0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica	0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física	0.0
Material de Consumo	0.0
Equipamento e Material Permanente	0.0
Encargos Patronais	0.0
Diárias - Pessoal Civil	0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores	0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes	5600.0

Vínculos:

Ação	Tipo

Apresentação

Embora a literatura exerça um papel determinante na difusão da cultura e saberes dos povos, as contribuições das literaturas indígenas e africanas foram historicamente relegadas na educação brasileira, o que contribuiu e ainda contribui para um processo de ensino aprendizagem baseado exclusivamente na visão eurocêntrica. Em face desse cenário, e buscando ampliar a inserção das contribuições dos povos originários e tradicionais para a formação da sociedade brasileira, as leis 10.639/03 e 11.645/08 estabeleceram a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e indígena nos espaços escolares, reafirmando a urgência do fortalecimento de um contraponto decolonial no ensino. Considerando isto, a valorização, inclusão e difusão dessas produções literárias pode contribuir no combate ao racismo, ao preconceito e à intolerância, bem como na desconstrução de estereótipos e na garantia de representatividade desses povos. Diante do exposto, o projeto Clube de Leituras Afro-brasileiras e indígenas se estrutura dentro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do campus Paracuru com a perspectiva de promover ações de divulgação da literatura africana, afro-brasileira e indígena, bem como de suscitar debates e propiciar encontros que visem ampliar sua visibilidade e reconhecimento artístico e social.

Justificativa

A literatura africana, afro-brasileira e indígena foi historicamente marginalizada e não inserida dentro do circuito oficial de divulgação literária nas escolas, o que evidencia o apagamento institucional e estrutural destes povos no sistema educacional brasileiro como um todo e a lógica excludente que propiciou o genocídio e etnocídio históricos que prosseguem continuamente até hoje em nosso país. Krenak (2019) defende que a literatura indígena é desafiadora por ter tanto seu sistema literário, quanto sua razão de existir (história), diversa daquela comum na literatura brasileira e estudada na academia. A ausência dessa literatura nos recursos didáticos utilizados na Educação Básica reflete a desvalorização dos textos de escritoras e escritores indígenas, subestima o lugar de fala desses povos e contribui para que poucos educadores tenham conhecimento sobre literatos indígenas, o que reforça a invisibilidade dessa produção em nosso país (SOUZA, 2022). Similarmente, autores negros devem ser lidos não somente por serem negros, mas pela representatividade e referência estética que representam acrescentando suas perspectivas de mundo em uma sociedade que historicamente negou-lhes um lugar de expressão (RIBEIRO, 2019). A Lei 11.645/2008 indica que os conteúdos programáticos devem contemplar diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir de seus grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional. Assim, uma educação voltada para as relações étnico-raciais se ancora no conhecimento e reconhecimento do pensamento africano, afro-brasileiro e indígena em todas as suas esferas, incluindo sua produção literária.

Público Alvo

- Estudantes de escolas públicas; -Professores de escolas públicas; -Profissionais que trabalham nas áreas de inclusão, promoção da igualdade e equiparação social; -Comunidade em geral.

Objetivo Geral

Colaborar para a difusão, apreciação e valorização da literatura africana, afro-brasileira e indígena.

Objetivo Específico

- Selecionar e aglutinar escritos historicamente marginalizados e pouco valorizados das populações negras e indígenas; - Promover atividades para discutir textos africanos, afro-brasileiros e indígenas; -Produzir e compartilhar resumos e outros materiais que contribuam para a ampla divulgação das produções textuais apreciadas.

Metodologia

A equipe de execução do Projeto de Clube de Leituras africanas, afro-brasileiras e indígenas realizará reuniões de planejamento, divulgará a ideia inicial e criará uma caixinha com sugestões do público de autores e textos para serem apreciados. A divulgação ocorrerá por meio das redes sociais e também por cartazes afixados com a colaboração dos integrantes do projeto que convidarão sua comunidade, colegas de trabalho e membros das associações de moradores, incluindo também os integrantes da banda e das escolas de dança e de música de Paracuru, bem como os servidores e estudantes de escolas municipais e estaduais nas quais nossos discentes da licenciatura em Ciências Biológicas fazem estágio. Depois disso, a cada mês será sorteada uma sugestão a ser lida e discutida. Assim, aos poucos aglutinaremos um conjunto de obras de escritores(as) africanos, afro-brasileiro ou indígenas. Cada obra contará com a mediação de um convidado externo ou de um membro interno do projeto, que irá elaborar tópicos norteadores para os debates. Os encontros poderão ser presenciais, virtuais ou mistos. Cada discussão deverá ter como produto uma síntese das principais impressões e sentimentos despertados com a difusão e reconhecimento dos/as autores/as. Tais produtos serão divulgados por meio das redes sociais a fim de alcançar um público mais amplo. Os participantes irão definir e criar esses materiais, tais como cards, resumos, podcasts, vídeos curtos, enfim, o que a criatividade coletiva for capaz de elaborar. Essa etapa terá uma contribuição específica dos bolsistas extensionistas do Neabi que irão auxiliar na sua organização e execução. Também será proposta a possibilidade de realizarmos encontros rotativos em espaços como escolas, associações de moradores, na praia ou na praça da cidade, para tanto os integrantes do projeto farão contato com os responsáveis por tais espaços a fim de possibilitar a concretização dessas ações. Além disso, será decidido com os integrantes como será a natureza dos encontros, entre as muitas possibilidades temos: reuniões, debates, rodas de conversa, saraus, dentre outras. Caso haja receptividade e engajamento dos membros, esse projeto inicial poderá ser aprofundado dando origem a grupos de estudo e pesquisa, bem como a produções científicas a serem enviadas para congressos ou publicadas em revista especializadas. Por fim, o sucesso do projeto será avaliado pela frequência, pelas mudanças de perspectivas percebidas nos diálogos e pelos produtos de divulgação social e científica. E esses serão os parâmetros avaliados, bem como a opinião dos integrantes sobre a eficiências das ações e materiais gerados.

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