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Campus:
CAMPUS BOA VIAGEM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Plantas Medicinais na Cultura Indígena: Um Conhecimento Contemporâneo
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Diversidade Étnico-racial
Data de Início:
06/09/2023
Previsão de Fim:
15/12/2023
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
70
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
1000
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Edital 01/2023 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais - Inativado
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Boa Viagem
Monsenhor Tabosa
Formas de Avaliação:
Relatório
Formas de Divulgação:
E-mail
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Jackson da Silva Santos
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Delanne Cristina Souza de Sena Fontinele IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 06/09/2023 15/12/2023
Jackson da Silva Santos IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 06/09/2023 15/12/2023
Luciana da Luz Santos IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 06/09/2023 15/12/2023
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Material de Consumo 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Encargos Patronais 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
I Encontro da Diversidade do IFCE Campus Boa Viagem Evento
I Fórum de Acessibilidade e Inclusão do IFCE Boa Viagem Evento
Apresentação
Os povos indígenas estão espalhados por todo território nacional, somando cerca de 818 mil habitantes no país, sendo que destes aproximadamente 758 mil estão aldeados (IBGE, 2022). Apesar disso, o percentual de terras indígenas regularizadas é de pouco mais de 60%, condições vistas como suficientes para estudos etnobotânicos entre os grupos indígenas, em que registrou-se a ampla variedade das plantas, seus conhecimentos e espécies utilizadas (BENNETE; PRANCE, 1986). O conhecimento do ambiente e das técnicas tradicionalmente utilizadas sobre os recursos vegetais, desempenha papel fundamental na compreensão das relações homem ambiente e recursos vegetais, portanto, a etnobotânica é uma importante ferramenta para estudar a dinâmica destas relações (ALEXIADES, 1996). Neste contexto, a etnociência surgiu em meados dos anos 50, do século XX, como linha de pesquisa, ganhando impulso através de investigadores norte-americanos que desenvolveram pesquisas com populações autóctones da América Latina. As representações da natureza pelos povos primitivos representam uma ciência concreta, com conhecimentos importantes sobre botânica, ictiologia, farmacologia, astronomia, dentre outros (LEVI-STRAUSS, 1989).
Justificativa
Como uma das partes de maior abrangência e base para outras linhas de pesquisa, sobre os conhecimentos indígenas, destaca-se a botânica, porém deve-se levar em consideração que o conhecimento indígena não se enquadra em subdivisões precisamente definidas como é organizada na biologia. Neste contexto, Cabalzar (2017) menciona que cada sociedade define e desenvolve sua própria forma de classificação e nomenclatura para as plantas. O sistema de nomeação e classificação científica baseia-se no conceito de espécie e a similaridade entre elas. Desta forma, a classificação indígena usa várias características para identificar plantas, fazendo com que muitas vezes os resultados sejam semelhantes, podendo ocorrer de uma espécie corresponder a um único nome indígena, ou ao contrário, um nome indígena pode corresponder a mais de uma espécie. Apenas exemplificando, o nome científico da Inga macrophylla HUMB. & BONPL. EX WILLD., que em português é chamada de Ingá da coceira, na língua indígena tukano é conhecida como Busa mere, Esta espécie teve, ao longo de tempo, nomes comerciais específicos, com vasta aplicabilidade nas populações dos centros urbanos como, por exemplo, o xarope do fruto é utilizado no tratamento da bronquite. De forma geral, os indígenas utilizam seus conhecimentos para a sobrevivência na natureza, sua alimentação, habitação e cuidados com a saúde. Consequentemente, ao longo da história, utilizou-se tal conhecimento, antes tradicional, para análises científicas em grandes laboratórios, potencializando e facilitando a vida nos grandes centros urbanos, com destaque para a cura de doenças, pintura corporal, bebidas e venenos. Assim, evidencia-se que atualmente é muito importante conhecer as propriedades medicinais das ervas, pois elas são uma alternativa para tratar diversas doenças de forma natural. Para isso, é fundamental que se conheça as plantas medicinais indígenas e suas funções, uma vez que elas apresentam muitos benefícios e podem ser úteis para inúmeros casos, além de uma potencial acessibilidadde, inclusive no ambiente doméstico.
Público Alvo
Habitantes da cidade de Monsenhor Tabosa e Boa viagem.
Objetivo Geral
Ampliar os conhecimentos relativos à identificação e usos das plantas medicinais, eliminando superstições e conceitos errôneos e identificando potenciais utilidades na "medicina popular" com ênfase na observação e costumes indígenas correlacionada com a expansão para as populações de cidades interioranas.
Objetivo Específico
Inventariar as plantas medicinais utilizadas. Divulgar, através de amostras em eventos locais, as plantas identificadas e suas funcionalidades com abrangência aos aspectos culturais. Realizar a divulgação dos achados relacionados as plantas medicinais, através de cartazes e folders perante a comunidade do IFCE, campus Boa Viagem. Produzir e aplicar novos materiais e métodos, visando à qualificação dos futuros professores de Química, buscando uma maior valorização dos aspectos culturais indígenas.
Metodologia
O procedimento iniciará com uma entrevista em aproximadamente 50 residências, escolhidas aleatoriamente, da cidade de Boa Viagem e Monsenhor Tabosa, , e também nas comunidades indígenas que circundam as respectivas cidades, cujas identificação é anônima. Posteriormente, haverá a Identificação e coleta de diversas plantas mencionadas pelos entrevistados da cidade de Monsenhor Tabosa e Boa Viagem, as quais constituem efeitos na medicina tradicional utilizadas pelo supramencionado grupo e, também, pelos moradores das cidades citadas. Por conseguinte, serão comparados os registros pela população com os dispostos na literatura com seus respectivos efeitos medicinais, mediante uma pesquisa bibliográfica na literatura reportada, envolvendo a os fármacos utilizados comercialmente, envolvendo seus respectivos nomes comerciais. Com a apropriação do resultado será elaborada uma planilha identificadora de todas as espécies e destacar possíveis potenciais produtivos ampliadores para as populações da cidade de Boa Viagem, Monsenhor Tabosa, dentre outras. Depois do tratamento de dados, serão apresentados os resultados a comunidade acadêmica do IFCE campus Boa Viagem, propondo-se a abrangência da utilização dos produtos. Por conseguinte, serão registrados em documentos adicionais todos os dados dos participantes da pesquisa em conformidade com os objetivos e divulgados os resultados para a população das cidades envolvidas.