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Campus:
CAMPUS TIANGUA
Tipo da Ação:
Evento
Título:
Esporte: coisa de Mulher
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Desporto e Lazer
Data de Início:
04/12/2024
Previsão de Fim:
04/12/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
50
Carga Horária de Execução do Evento:
3
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Viçosa do Ceará
Ubajara
Tianguá
Formas de Avaliação:
Participação
Formas de Divulgação:
Redes sociais
Site institucional
Atividades Realizadas:
Encontro
Mesa Redonda
Nome do Responsável:
Ivson Conceicao Silva
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ivson Conceicao Silva IFCE Coordenador Docente IFCE Não 1 15/03/2024 04/12/2024
Mirielem Araújo da Costa IFCE Integrante Discente IFCE Não 1 15/03/2024 04/12/2024
Ravenna Nycolle Cardoso Sousa Rodrigues IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 1 15/03/2024 04/12/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
O futsal é um esporte coletivo de invasão com forte adesão no âmbito escolar. Todavia, essa adesão ocorre, na maioria, pelo público masculino. Esse fator é oriundo do ideário da sociedade patriarcal que construiu a narrativa de fragilidade feminina e proteção à fertilidade. Na verdade, elementos para justificar a posição das mulheres nos afazeres domésticos. Buscando democratizar e universalizar o acesso a esse conhecimento historicamente produzido e sistematizado pela humanidade, acervo da cultura corporal, compreendermos que as mulheres devem, também, assumir o protagonismo, na prática do futsal, e superar antigos dilemas apontados. Entende-se, portanto, que o futsal é uma atividade universal, um patrimônio cultural, que não deve se pautado pela distinção do sexo, mas pelo seu caráter humanizador. Sendo assim, se apresenta enquanto um elemento necessário ao desenvolvimento humano, pois congrega um conjunto de pressupostos ontológicos, gnosiológicos, teleológicos, axiológicos e epistemológicos que precisam ser difundidos e apropriados pelo público feminino. Nessa direção, compreende-se que o trato pedagógico com o futsal possibilita um salto qualitativo na compreensão e prática pelas mulheres.
Justificativa
Para aprender uma determinada modalidade esportiva é preciso que o ser humano tenha contato com ela. Todavia, ao longo do processo histórico algumas práticas ficaram divididas de forma sexista, ou seja, aquelas realizadas por homens e outras por mulheres. Segundo Goellner (2003), a exclusão das mulheres das atividades de Educação Física que exigiam contato físico, força e velocidade se deu pela suposição da fragilidade feminina em relação ao masculino. É assim também com a prática do futsal. Essa situação, socialmente determinada, por uma sociedade patriarcal, privou as mulheres de ampliar suas possibilidades de atuação nas atividades esportivas. Considerando a participação das mulheres nas aulas de educação física, e a empolgante participação nos Jogos do Instituto Federal do Ceará (JIFCE) e no encontro dos servidores e servidoras do IFCE, realizado em Tianguá e Ubajara, o projeto surge de uma necessidade social concreta: possibilitar, ampliar e incentivar a participação feminina no futsal para superar estigmas, preconceitos e a exclusão. Isso significa intervir, intencionalmente, na formação humana de cada e atuar para superar as negações advindas do passado. O próprio título, coisa de mulher: futsal feminino, é uma provocação e afirmação para instigar uma reflexão epistêmica às pessoas que ainda acreditam na divisão na sexual das atividades humanas. Isso não significa negar que há entre homens e mulheres determinações biológicas distintas, tratar-se-á de diferenciar o que biológico, aquilo que é próprio da natureza, do que é culturalmente estabelecido. Nessa direção, partimos do pressuposto que aprender a jogar futsal significa dominar os fundamentos necessários à realização do jogo (técnico-tático). Portanto, não é a biologia, mas a relação social estabelecida entre a mulher e o esporte, em especial o futsal. É preciso destacar, ainda, que o ensino do futsal para as mulheres não se reduz ao jogar bem, mas perpassa por compreender e explicar sua lógica interna de funcionamento, seus conceitos, sua dimensão política-ideológica, histórico-cultural, agonística, estética, lúdica, afetiva, socioemocional dentre outras. Corroboramos com a da tese defendida por Coletivo de Autores (2009) a qual esporte, enquanto uma produção histórico-cultural, subordina-se aos códigos e significados sociais de um determinado modo de reger a vida. Nessa perspectiva, tende a reproduzir sua lógica de máximo rendimento, baseado na comparação de rendimento, da regulamentação estática, da racionalização e da sobrepujança, implicando em acentuação das desigualdades. A extensão profissional, científica e tecnológica é definida pelo Fórum de Extensão da Rede Federal de EPCT como: "Processo educativo, cultural, social, científico e tecnológico que promove a interação entre as instituições, os segmentos sociais e o mundo do trabalho com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos visando o desenvolvimento socioeconômico sustentável local e regional." (CONIF, 2013, p. 16). Assim, vários segmentos da sociedade e servidores (técnicos-administrativos e docentes) devem protagonizar o planejamento, a execução e a avaliação de projeto de extensão visando o fortalecimento do vínculo entre o Instituto o Federal do Ceará, (Campus Tianguá) e a comunidade. Trata-se, assim, de desmistificar a prática masculina socialmente estabelecida no futsal para promover um salto ontológico qualitativo de seu caráter universal para que as mulheres possam praticar e compreender que a diversidade das formas de jogar é estabelecida a partir de vivências individuais e coletivas. Centraliza-se a participação das mulheres no futsal compreendendo os limites e as possibilidades de cada uma, pois a finalidade do projeto não é a formação de atletas a partir dos padrões estabelecidos pelo esporte de alto rendimento assentado nas competições oficiais, mas da produção do de sentidos e significados próprios que implicam no reconhecimento e superação dos limites individuais, grupais e coletivos.
Público Alvo
Mulheres acima de 18 anos das comunidades Terra Prometida e Santo Antônio que ficam próximas ao IFCE (campus Tianguá)
Objetivo Geral
Debater a questão de gênero no esporte e as contribuições do futsal para o empoderamento das mulheres.
Objetivo Específico
• Promover a discussão sobre empoderamento e equidade de gênero através da prática do futsal; • Promover a discussão sobre esporte e relações de gênero; • Apresentar o futsal enquanto uma prática de educação, lazer, promoção da saúde, qualidade de
Metodologia
O encontro, que será realizado na quadra de esportes, terá como metodologia uma roda de conversa sobre a participação das mulheres, na prática do futsal e como esse pode ser um importante instrumento de empoderamento feminino. Para isso, teremos expositoras convidadas que terão entre 15-20 minutos de apresentação, em seguida a participação do público com perguntas e depoimentos sobre as diferentes vivências a partir do futsal. Além disso, uma oficina lúdica de futsal que será desenvolvida na quadra. Para as inscrições das participantes, será utilizado o Google forms, pois sua dinâmica permite um acesso rápido e fácil para o público alvo. No quesito divulgação, será realizada através das redes sociais (Instagram e WhatsApp), sites institucionais do IFCE (Campus e Reitoria), bem como cartazes e entrevista em rádio.