Exibir Ação

Campus:
CAMPUS QUIXADA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
NEABI Quixadá nas escolas: Discussões sobre cota racial e processo de heteroidentificação.
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Diversidade Étnico-racial
Data de Início:
03/06/2024
Previsão de Fim:
27/06/2025
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
180
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
540
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Choró
Ibaretama
Quixadá
Quixeramobim
Boa Viagem
Ibicuitinga
Madalena
Formas de Avaliação:
Participação
Frequência
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Caroline Vitor Loureiro
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ana Luiza de Sousa Soares IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Caroline Vitor Loureiro IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 03/06/2024 27/06/2025
Danielle Rodrigues da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/06/2024 27/06/2025
Eduarda Celestino Portela de Sousa IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Emanuel William Cardoso da Silva IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Fernanda de Castro Paixão IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Francisco Cesar Moura Barbosa IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Francisco Haulivan Ferreira Silva IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Janison Sousa Ferreira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Sabrina Santos Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Wesley da Silva Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 03/06/2024 27/06/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
De acordo com pesquisa realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ocupa a segunda pior colocação em mobilidade social. Ou seja, a possibilidade de ascender socialmente é quase impossível quando o indivíduo possui origem familiar de baixa renda. O estudo ainda aponta que essa falta de mobilidade prejudica o crescimento econômico do país, pois “talentos” são subutilizados. Consideramos que à população negra essa possibilidade de ascender economicamente e socialmente é agravada, pois são ainda mais interseccionados por fatores que impedem essa mobilidade, como o racismo e a discriminação. Nesse contexto, Almeida (2019) afirma que a sociedade contemporânea não pode ser compreendida sem os conceitos de raça e racismo, pois ele integra a organização econômica e política da sociedade. Portanto, o racismo estrutural existente em nosso país é fator incrementador na não ascensão social de brasileiros negros com renda mais baixa. Podemos afirmar que às mulheres negras, com suas trajetórias interseccionadas por elementos que dificultam ainda mais sua mobilidade social, ascender economicamente torna-se um caminho consideravelmente mais árduo. Akotirene (2019) considera a interseccionalidade como um “sistema de opressão interligado”. O processo de interiorização das Universidades e Institutos Federais no Brasil vem possibilitando uma maior acessibilidade e democratização espacial da distribuição desses espaços e, consequentemente, no acesso à educação técnica e superior. Aliada a esse processo, as ações afirmativas são capazes de ampliar esse acesso de forma democrática. Deus (2019) afirma que as ações afirmativas cumprem a função de reparação social à população vitimada pelo racismo. A autora aponta, também, que aos grupos vítimas de discriminações têm-se a necessidade de se conferir uma proteção especial e particularizada. A Lei de cotas raciais resulta de um conjunto de lutas e embates no combate e enfrentamento de uma sociedade racista. Ao estabelecer a cotas para estudantes negros, as instituições vem enfrentando uma árdua jornada de críticas por um lado e de parabenizações por outro. No IFCE, para minimizar e garantir maior fidedignidade ao uso das cotas raciais, estabeleceu-se no primeiro semestre de 2020 as comissões locais de heteroidentificação. Diante do referido contexto, esse projeto busca através de múltiplas ações proporcionar uma ampla divulgação sobre quem são os sujeitos de direito das cotas raciais, familiarizar estudantes e escolas sobre o processo de heteroidentificação, bem como promover cada vez mais o letramento étnico-racial.
Justificativa
A Lei de cotas raciais resulta de um conjunto de lutas e embates no combate e enfrentamento de uma sociedade racista. Ao estabelecer a cotas para estudantes negros, as instituições vem enfrentando uma árdua jornada de críticas por um lado e de parabenizações por outro. No IFCE, para minimizar e garantir maior fidedignidade ao uso das cotas raciais, estabeleceu-se no primeiro semestre de 2020 as comissões locais de heteroidentificação. No entanto, o distanciamento da população negra, sobretudo, a mulher negra, ao ambiente de estudo, inclusive, do ensino superior, faz necessária a existência das cotas raciais, enquanto que as bancas de heteroidentificação são um mecanismo para assegurar que esta política pública chegue ao seu público-alvo. É comumente divulgados na mídia casos de pessoas não lidas socialmente como pessoas pretas ou pardas e que buscam fraudar o sistema de cota racial a fim de obterem essas vagas. Mas, também, em discussões já realizadas com estudantes e comunidade escolar de Quixadá, em eventos promovidos por este NEABI, percebemos que há pouco ou nenhum conhecimento acerca dos sujeitos de direito da cota racial, bem como sua necessidade e forma de aferição realizada pelas comissões de heteroidentificação. Diante disso, pretendemos ampliar os debates sobre o tema promovendo palestras, rodas de conversa e cine-debates nas escolas da rede pública de ensino médio que compõem a CREDE 12.
Público Alvo
Estudantes, professores e núcleos-gestores das escolas públicas de ensino médio dos municípios pertencentes à CREDE 12. No entanto, sem exclusão de possíveis convites que possam surgir de outras regiões do Estado.
Objetivo Geral
Proporcionar uma ampla discussão e divulgação sobre quem são os sujeitos de direito das cotas raciais, familiarizar estudantes e escolas sobre o processo de heteroidentificação, bem como promover cada vez mais o letramento étnico-racial.
Objetivo Específico
- Promover rodas de conversa com entidades estudantis (à exemplo, os grêmios) sobre Autoidentificação e autodeclaração racial. - Realizar palestras com gestores da CREDE 12 sobre Cota racial e processo de heteroidentificação. - Promover eventos para disseminação do letramento étnico-racial.
Metodologia
A primeira etapa do projeto consiste em formação interna com membros do NEABI Quixadá por meio da discussão de artigos e livros sobre a temática do Projeto (Autoidentificação racial, Cota racial e Processo de heteroidentificação). Na sequência, o grupo promoverá uma divulgação nas escolas da CREDE 12 sobre a disponibilidade para promover as seguintes ações: Palestra “POLÍTICA AFIRMATIVA, COTAS E O PROCEDIMENTO DE HETEROIDENTIFICAÇÃO”; Roda de conversa “AUTOIDENTIFICAÇÃO E AUTODECLARAÇÃO RACIAL”, e Cine-debate, a priori, do filme “CABEÇA DE NÊGO” do diretor Déo Cardoso. Em seguida serão realizadas as inscrições das escolas interessadas em receberem as atividades. Ao final do período de execução das ações, a equipe do NEABI envolvida no projeto que obteve frequência nas ações supracitadas, será certificada.