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Campus:
CAMPUS CRATEUS
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Feira da Agricultura Familiar e construção social de mercados nos Sertões dos Crateús e Inhamuns: trabalho cooperativo entre IFCE e Cáritas Diocesana
Área Temática:
Trabalho
Linha de Extensão:
Desenvolvimento Rural e Questão Agrária
Data de Início:
06/06/2024
Previsão de Fim:
31/12/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
100
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
500
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Aiuaba
Ararendá
Arneiroz
Catunda
Crateús
Hidrolândia
Independência
Ipaporanga
Ipueiras
Monsenhor Tabosa
Nova Russas
Novo Oriente
Parambu
Poranga
Quiterianópolis
Santa Quitéria
Tamboril
Tauá
Formas de Avaliação:
Participação
Relatório
Pesquisa de Satisfação
Reunião
Trabalho em grupo
Debate
Trabalhos Escritos
Formas de Divulgação:
Cartaz
E-mail
Folder
Mala direta
Site institucional
Redes sociais
Rádio
Folheto
Articulações institucionais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Yuri Lopes Silva
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Aline Braga da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Alisson Aurélio Sérvolo IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 06/06/2024 31/12/2024
Angela Maria Bento Alves IFCE Integrante Discente IFCE Sim 3 06/06/2024 31/12/2024
Bruno Spindola Garcez IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Edenilson Conrado Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 06/06/2024 31/12/2024
Erica Pereira Sales IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Francisca Andresa da Silva de Sousa IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 06/06/2024 31/12/2024
Graciete de Souza Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 06/06/2024 06/06/2024
Isac Gabriel Abrahao Bomfim IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Jadison Almedas de Matos IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 06/06/2024 31/12/2024
Liandro Torres Beserra IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Luciana Cristina Nogueira de Moraes Bezerra IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Maria Luciana Rodrigues Costa IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 06/06/2024 06/06/2024
Nathalia Hack Moreira Brasil IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Oscar Oliveira Brasil IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 07/06/2024 07/06/2024
Valdenio Mendes Mascena IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 06/06/2024 31/12/2024
Yuri Lopes Silva IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 06/06/2024 31/12/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Cáritas Diocesana de Crateús Sim Acordo de cooperação 23255.002661/2019-00
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00
Material de Consumo 0,00
Equipamento e Material Permanente 0,00
Encargos Patronais 0,00
Diárias - Pessoal Civil 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0,00
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0,00
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A Feira Regional da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária do Território Inhamuns/Crateús – Ceará (FRAFES) é uma ação articulada de geração de renda e divulgação da produção dos Sertões dos Crateús e Inhamuns, com duração de dois dias e acontece em vários municípios dos dois territórios. A programação é composta por três grandes eixos: geração de renda pela comercialização de produtos agropecuários/artesanais em praça pública, educação para produção no semiárido pela difusão de tecnologias de produção e valorização da cultura regional através de apresentações gratuitas. A iniciativa foi historicamente iniciada há 19 anos pela Cáritas Diocesana de Crateús, ao lado de um conjunto articulado de parcerias locais, envolvendo a sociedade, instituições públicas federais, estaduais e municipais.
Justificativa
O território do Sertão dos Crateús e Inhamuns é composto por 18 municípios e compreende uma área de aproximadamente 24.000 Km². Localizado no semiárido brasileiro, caracteriza-se pela vegetação de caatinga, solos rasos e pedregosos, baixos índices pluviométricos e ciclos históricos de seca. A base da economia é a agropecuária com baixo nível tecnológico, além do comércio, com presença forte de atravessadores. Socialmente possui baixo IDH, insegurança alimentar/nutricional, constante êxodo rural e adensamentos populacionais urbanos. Esse quadro aliado à exploração exacerbada dos recursos primários, resulta em forte degradação ambiental e vulnerabilidade da região. Nesse contexto, ações de fortalecimento de uma agricultura familiar adaptada ao semiárido, diversificada, inclusiva e rentável, bem como que possibilitem o acesso dos agricultores a uma comercialização direta e justa contribui para a sustentabilidade e bem viver das famílias beneficiadas. Ao mesmo tempo em que proporciona aos territórios meios de alcançarem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, dentre eles a erradicação da pobreza, ações contra as mudanças climáticas, igualdade de gênero e redução das desigualdades sociais. É neste sentido que a Feira Regional se torna uma grande oportunidade, tanto para a sociedade civil organizada, quanto para os poderes constituídos, mostrarem o peso de sua presença, tomando o seu lugar na linha da frente no processo de mudança social, econômica e ambiental. Como espaço de encontro, de troca de informações, de compra e venda de produtos frescos e saudáveis, a Feira oportunizará aos feirantes apropriarem-se de conhecimentos e novas tecnologias de convivência com o semiárido, pautadas na transição agroecológica, no empreendedorismo e na economia popular solidária. Portanto, trata-se do fortalecimento da agricultura familiar desta região através de estratégias de comercialização, no incentivo à organização dos agricultores (as), pescadores (as) artesanais e artesãos (âs), desde a produção, tendo em vista os diversos eixos que abrangem a temática da sustentabilidade.
Público Alvo
A Feira visa contemplar mais de 150 empreendimentos de agricultores familiares. Estima-se que 500 feirantes participem, ativamente, dos processos de comercialização. Ademais, estima-se a participação de 120 pessoas nas oficinas e intercâmbios. Ademais, durante todo o projeto, as feiras que ocorrem em todo o território acompanhadas, beneficiando empreendedores de diversas comunidades rurais.
Objetivo Geral
O objetivo geral é fortalecer as feiras populares da agricultura familiar enquanto espaço de diálogo, de formação e resgate cultural, envolvendo agricultores/as familiares e consumidores, a partir da comercialização justa, solidária, sustentável e direta. Ademais, visa garantir a promoção, divulgação e comercialização dos produtos com identidade territorial.
Objetivo Específico
1. Divulgar e fortalecer a proposta da economia solidária e da agricultura familiar agroecológica nos Territórios como princípios essenciais na construção de um mundo mais justo e ecologicamente correto; 2. Realizar eventos temáticos de formação, intercâmbios e trocas de experiências entre os grupos produtivos e de serviços, consumidores e demais participantes, sobre: a economia solidária e os demais eixos relacionados: produção, comercialização, consumo solidário, marco legal, tecnologias alternativas de convivência com o semiárido e educação contextualizada; 3. Oportunizar a expressão da produção cultura local, regional com apresentações culturais e de artistas populares; 4. Fortalecer as parcerias entre a sociedade civil organizada e instituições governamentais nos níveis Municipal, Estadual, Federal e Internacional. 5. Promover o debate sobre Soberania Alimentar e a construção da Paz na sociedade brasileira.
Metodologia
O referido projeto consistirá de um estudo descritivo e explicativo, expondo os aspectos socioeconômicos da feira. Assim, serão elencados os principais produtos, as tecnologias de produção, o perfil dos(as) agricultores (as) e consumidores (as), principais dificuldades de realização da feira dimensionando-a dentro da perspectiva da economia solidária . Vale ressaltar que, as técnicas de coletas serão mediante instrumentos do Diagnóstico Rural Participativo (DRP), aplicação de questionários semiestruturados e entrevista, seguindo o ciclo da pesquisa-ação, que considera os agricultores não apenas como objetos da pesquisa, mas como atores construtores da mesma. Para a formação e educação popular dos feirantes serão, inicialmente, contatados possíveis parceiros, tais como Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, ONG’s e Governo Municipal para a realização de oficinas, que serão definidas em conjunto com os feirantes e parceiros. As oficinas serão compostas com carga horária de até 4h de atividade, deverão acontecer seguindo o preceito da pedagogia da alternância (SILVA, 2015) e da autonomia (FREIRE, 1987; FREIRE, 1996; FREIRE,2007). A cada encontro serão trabalhadas atividades práticas nas áreas de produção. Para melhor explicitar a metodologia, tem-se algumas etapas: (i) Formação e organização nos municípios: voltada para agricultores(as) familiares, extrativistas, artesãos(ãs), pescadores(as), as formações nos municípios seguem metodologias dialógicas com uma aproximação participativa envolvendo parceiros e feirantes, e ali são trabalhados os seguintes temas no período pré feira: (i) Conceitos e princípios da Economia Popular Solidária; (ii) Discussão e organização de Fóruns Microrregional e Territorial. (ii) Reuniões da equipe de coordenação das feiras do Território: Com representantes de feirantes e de parceiros é composta uma equipe de coordenação que se encarrega da preparação e logística. Os principais passos são: mobilização das instituições; definição das pautas; calendarização das reuniões da coordenação. (iii) Reuniões da coordenação ampliada com os parceiros municipais: Trata-se de um canal de diálogo que ocorre antes e depois da Feira Regional, envolvendo a equipe de coordenação e os feirantes em cada um dos municípios envolvidos, com a finalidade de mobilizar as instituições governamentais e não governamentais, bem como captação de recursos. (iv) Identificação e mobilização dos empreendimentos: Trata-se de uma mobilização e articulação das experiências em cada um dos municípios com vistas à realização das assembleias municipais no período pré e pós feira. Aqui, parceiros e feirantes fazem uma distribuição institucional para a mobilização nas microrregiões. (v) Assembleia com os representantes das organizações e feirantes nos municípios: Segue metodologias dialógicas com aproximação participativa envolvendo parceiros e feirantes. As principais pautas são: acolhimento a todos os participantes e memória da feira anterior. (vi) Articulação e mapeamento de participantes de outros territórios e estados : São realizados diálogos e acolhida de demandas de entidades parceiras externas ao território, com vistas à realização de atividades afins no período de realização da FRAFES e integrando/fortalecendo a agenda da própria feira, quer seja nos intercâmbios de experiências, nas oficinas formativas e nos espaços de comercialização, consumo solidário e apresentações artístico-culturais. (vii) Divulgação do projeto nos meios de comunicação: será elaborado um plano de mídia, com a participação de jornalistas e comunicadores(as) populares ligados(as) às organizações parceiras na realização da Feira. O plano envolve a divulgação nas diversas redes sociais dos parceiros e apoiadores, e prevê a disseminação de conteúdos ligados à Economia Solidária e à valorização da Agricultura Familiar. O plano ainda projeta a ocupação de espaços nos meios de comunicação local e a produção de briefings para distribuição nos grandes meio de comunicação do estado.