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Campus:
CAMPUS CRATO
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Ecoturismo Inclusivo na região caririense
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Acessibilidade
Data de Início:
14/09/2024
Previsão de Fim:
30/12/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
150
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
200
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Edital 01/2024 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NAPNEs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Barbalha
Crato
Formas de Avaliação:
Relatório
Frequência
Formas de Divulgação:
E-mail
Folder
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Aparecida Rodrigues Nery
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Aparecida Rodrigues Nery IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 14/09/2024 30/12/2024
Arthur da Costa Azevedo IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 14/09/2024 30/12/2024
Cleonice Almeida da Silva IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 14/09/2024 30/12/2024
Maria Lucileide Costa Duarte IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 14/09/2024 30/12/2024
Vitoria Fernandes Benkert IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 14/09/2024 30/12/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Material de Consumo 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Encargos Patronais 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A pessoa com deficiência tem seus direitos assegurados pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (BRASIL, 2015). Em seu Art. 42 se observa que “A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso [...]”.
Justificativa
Sabemos que o termo acessibilidade é conceituado pela Lei Brasileira de Inclusão, como uma possibilidade e condição de alcance de forma segura e autônoma nos mais variados e diversos espaços e equipamentos (BRASIL, 2015). Trazendo esse conceito para a questão do turismo, vale dizer que a quebra de barreiras é imprescindível para que a atividade turística seja exercida pelo turista com deficiência ou mobilidade reduzida nas mesmas condições que outros turistas para que sua participação aconteça de forma autônoma. Tanto é, que a Convenção Internacional da ONU sobre os direitos da pessoa com deficiência (CRPD), em seu artigo 3º menciona a necessidade da adaptação razoável, que se trata das modificações e ajustes necessários e adequados com vistas a oportunizar às pessoas com deficiência a gozar ou exercer seus direitos fundamentais em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo possível com o desenho universal (Ferst; Anjos; kuhn,2023). Nesse sentido, é de suma importância desenvolver projetos e práticas que aproximem a sociedade à natureza sensibilizando o homem como um ser integrante dos ecossistemas. Essa relação harmoniosa entre sociedade e natureza possibilita o uso social dos espaços, além de manter a biodiversidade local por meio de ações pertinentes ao turismo (Pereira; Laureano, 2017). É importante desenvolver trabalhos de inclusão, sobretudo relacionados ao lazer como direito social. Os serviços, os profissionais e as pessoas em geral não estão aptos a recepcionarem aqueles com deficiência. Contudo, chama-se a atenção ao fato de que isso já deveria estar superado e implementado conforme o que preconiza a Lei 13.146 de 2015. Pensando nisso, e fazendo uma ponte entre educação ambiental e inclusiva, professores e estudantes do Instituto Federal do Ceará - IFCE Campus Crato desenvolveram um projeto denominado ECOMAPSS que já está atuando há sete anos em todo o Estado do Ceará. O objetivo é trabalhar com educação ambiental atrelada à acessibilidade de pessoas com deficiências às trilhas ecológicas. Denominadas de trilhas “das sensações”, “dos sentidos”, “acessíveis” ou “inclusivas” o usuário destes equipamentos pode ter um contato direto com a natureza, possibilitando o uso consciente dos sentidos remanescentes como, tato, olfato e audição, para se orientarem e se locomoverem com mais segurança, liberdade e autonomia. Essas trilhas podem possibilitar ao usuário experimentar na prática tudo o que aprendeu somente em teoria, fazendo com que este se sinta incluído na sociedade e aos espaços de lazer em ambientes naturais outrora tão distantes de sua realidade. Nos espaços acessíveis do Complexo do Mirante do Caldas, do Belmonte e do Centro Cultural do Cariri foram implantadas um pacote de tecnologias inclusivas (iniciativa protagonista no Ceará), como: a) Placa de identificação com pedra Cariri colocada a uma altura acessível a pessoas cegas, com deficiência motora e até crianças; b) Código QR para acesso às informações do ponto de interesse (árvore, ponto histórico, lenda etc.); c) Audiodescrição; d) Placa de alumínio reciclado com linguagem em braile produzida por um colaborador cego; e) Linguagem em libras com nome do ponto de interesse ou orientação de direção; f) Georreferenciamento; g) Tecnologia Near Field Communication ou NFC que significa Comunicação de Campo Próximo para leitura e descrição das informações por aproximação do smartfone; h) Linguagem não complexa e objetiva; i) Linha guia colocada a 30 cm de altura para orientação das pessoas cegas com bengala; j) Equipamentos sonoros (guizos) para indicar localização da placa; k) Retirada de obstáculos horizontais e verticais para facilitar acesso e evitar acidentes; l) Indicação de início e fim da trilha em braile, libras e audiodescrição; m) Possibilidade de uso do aplicativo gratuito sem necessidade de internet (após baixar no Play Store). Além disso, todas as tecnologias acessíveis antes de serem disponibilizadas para uso são validadas por parceiros do projeto que têm deficiência e as informações disponibilizadas são coletadas em fontes confiáveis. Diante do exposto, justifica-se a importância da realização do Ecoturismo Inclusivo na região caririense, conduzido pelo núcleo de acessibilidade do IFCE campus Crato.
Público Alvo
Discentes da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) e ONGs do município do Crato.
Objetivo Geral
Estimular os estudantes do IFCE campus Crato e os usuários da Associação de Pais e Amigos e Excepcionais (APAE) e/ou ONGs do mesmo município à atividade do ecoturismo nas trilhas acessíveis do Belmonte, Mirante do Caldas e do Centro Cultural do Cariri, com vistas à promoção da acessibilidade e fortalecimento da relação entre homem e meio ambiente.
Objetivo Específico
• Visitar as trilhas ecoturísticas da região do cariri com seus roteiros sensoriais como instrumentos para sensibilização e educação ambiental das pessoas sem ou com deficiência ou mobilidade reduzida; • Possibilitar a inclusão das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em atividades naturais de lazer; • Ampliar a divulgação das tecnologias assistivas das trilhas que viabilizam a acessibilidade das pessoas sem ou com deficiência ou mobilidade reduzida.
Metodologia
Para o desenvolvimento deste projeto, elencamos as seguintes etapas: • Levantamento bibliográfico e estudo sobre o tema abordado; • Identificação das trilhas acessíveis existentes na região caririense que possam ser contempladas nas atividades; • Identificação de tempo de percurso das trilhas, do grau de dificuldade de acesso, do número máximo de visitantes por turmas e da existência de profissionais especializados para as pessoas com deficiência nesses espaços; • Envios de e-mails para as instituições citadas anteriormente, convidando-as para participação no projeto Ecoturismo Inclusivo na região caririense; • Agendamento de visita “in loco” nas instituições parceiras, a fim de expor o projeto; • Requisição às equipes diretoras das instituições os nomes dos alunos/participantes e suas respectivas necessidades específicas; • Selecionar turmas do IFCE campus Crato para participar das atividades; • Elaboração de cronograma para realização das atividades a serem desenvolvidas; • Busca por profissionais capacitados para disseminar conhecimentos acerca da importância da acessibilidade e/ou dar suporte a quem deles necessitar; • Criação de regras de convivência sobre educação ambiental, respeito e colaboração, para o bom andamento das atividades nas trilhas ecológicas; • Elaboração de material digital de divulgação e educação ambiental para o referido projeto; Etapa I - Antes de adentrar na trilha ecológica  Elucidar para o grupo o que são as trilhas ecológicas e como funcionam;  Realizar uma dinâmica para interação entre os membros;  Executar um alongamento básico para iniciar a atividade dentro da trilha. Etapa II - Durante a trilha ecológica  Familiarização dos membros com as características ecológicas em termos de tempo e espaço;  Compartilhamento da vivência da percepção sensorial dos participantes com deficiência para os demais que não possuem deficiência. Fase III - Após a trilha ecológica  Dinâmica de relaxamento;  Piquenique;  Avaliação do momento;  Preparação para o retorno ao ambiente de origem. • Divisão do roteiro básico para realização da trilha ecológica de acordo com a tabela abaixo: • Realização dos passeios ecológicos inclusivos; • Exposição fotográfica das atividades realizadas; • Elaboração do Relatório Final.