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Campus:
CAMPUS BOA VIAGEM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
LER PARA APRENDER: Palavreando sobre o racismo.
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Diversidade Étnico-racial
Data de Início:
03/09/2024
Previsão de Fim:
15/12/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
50
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Edital 01/2024 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Boa Viagem
Madalena
Formas de Avaliação:
Participação
Relatório
Frequência
Reunião
Debate
Trabalhos Escritos
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Dario Pereira da Silva
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Dario Pereira da Silva IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 03/09/2024 15/12/2024
Erika Felipe de Albuquerque IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/09/2024 15/12/2024
Geilson Torres da Silva IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 03/09/2024 15/12/2024
Nathalia Almeida Alves IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 03/09/2024 15/12/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Encargos Patronais 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Material de Consumo 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A proposição da proposta de extensão objetiva incentivar a leitura de obras literárias infantis de forma crítica, abordando temas relevantes como: racismo, violência e intolerância religiosa. A mediação de conhecimentos envolve a formação de bolsista para planejar e executar um plano didático com discentes de uma escola municipal da cidade de Boa Viagem. O projeto vincula-se ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI – Boa Viagem, Ceará), que tem como uma de suas diretrizes promover uma educação antirracista. Tais orientações atendem às Diretrizes Curriculares Nacionais (Brasil, 2004) e à Lei 10.639/2003, que ressalta o papel da cultura negra na sociedade e na escola. Essas abordagens não só ajudam a combater o preconceito, mas também promovem uma educação mais inclusiva e respeitosa. Por isso, a partir das discussões de tais temáticas, de forma direta e educativa, espera-se ajudar estudantes a reconhecer e combater preconceitos presentes em nossa sociedade. O incentivo à leitura é um recurso essencial para a aprendizagem, visto que ela, nos espaços escolares, precisa envolver a criticidade e a criatividade. Diante da leitura, acessamos o mundo que permite uma percepção consciente da realidade, mediando convivências mais respeitosas. Considerando a compreensão da leitura como prática social que nos envolve ativamente com o cotidiano, conhecimentos prévios são acionados para a elaboração dos significados e a compreensão e a interpretação dos textos (Koch, 2009). Desse modo, a proposta não é apenas enfrentar o racismo e a violência, mas também articular processos de entendimento da realidade por meio do gosto pela leitura de forma crítica e incentivar atitudes relevantes para uma sociedade antirracista, fortalecendo os processos democráticos e o reconhecimento da pessoa humana em suas singularidades.
Justificativa
As políticas de enfrentamento ao racismo como a Lei 10.639/2003, a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (2003), o Estatuto da Igualdade Racial (2003, as cotas raciais para o ensino superior (2012), entre outras, são marcos fundamentais no combate à violência e à discriminação relativas à raça/etnia no Brasil. Apesar dessas conquistas, ainda se observa que a escola é um espaço em que a violência racial se manifesta de diferentes formas. A reprodução de comportamentos, historicamente sedimentados, reforçam habitus, enquanto sociabilidade compartilhada (Bourdieu, 2002), que podem estar a favor da violência ou contra ela. De um modo geral, a diferenciação entre corpos, que demarcam fronteiras, subalterniza sujeitos e tecem fios muito resistentes do racismo que nos envolve e que, no sistema capitalista, vão movendo modos sutis de reprodução, contribuindo para as dissimetrias sociais (Almeida, 2008). Sobre essa perspectiva, o parecer CNE/CP003/2004 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação da Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ressalta que: Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, empreender reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu nascedouro na escola, porém o racismo, as desigualdades e discriminações correntes na sociedade perpassam por ali. Para que as instituições de ensino desempenhem a contento o papel de educar, é necessário que se constituam em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade justa. A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democráticos e igualitários. São objetivos das diretrizes curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais (Brasil, 2004, p. 6). Diante dos desafios da escola sobre a construção de espaços igualitários e democráticos e, portanto, de direito à diferença estamos reconhecendo a urgência de uma educação antirracista a fim de promover a conivência social de forma não violenta. Assim, a escola é um ambiente de disputas, de contradições, de conflitos e, por isso mesmo, demanda encontros necessários com diferentes tipos de conhecimentos e modos de pensar e de viver. (Gomes, 2009; 2012). Logo, educar, por meio da literatura, crianças e adolescentes, além de incentivar a leitura e a interpretação de textos, contribui para desmascarar as contradições que envolvem os processos discriminatórios e as desigualdades sociais. Além disso, essa estratégia incentiva posturas voltadas para as reações de não aceitação de qualquer forma de discriminação e violência e para o fortalecimento da luta por mais direitos étnico-raciais.
Público Alvo
Estudantes e docentes de uma escola municipal do ensino fundamental da cidade de Boa Viagem, no Ceará.
Objetivo Geral
Construir espaços dialógicos por meio da literatura infantil sobre racismo, violência e intolerância religiosa.
Objetivo Específico
• Formar estudante para abordar questões étnico-raciais e direitos humanos. • Incentivar a leitura, a escuta e o debate sobre acontecimentos atuais e vivências pessoais sobre o racismo. • Contribuir para uma educação antirracista e para a formação de cidadãos críticos por meio dos debates a respeito do racismo, da violência e da intolerância religiosa.
Metodologia
Diante do escopo do projeto de extensão que versa sobre a mediação de conhecimentos vinculados ao processo de leitura crítica e interpretação de textos relacionados à temática racismo e violência, a execução da proposta segue as seguintes etapas: 1 Seleção de bolsista, cujos critérios serão indicados pela elaboração de uma carta de intenção que expresse seu interesse na ação e que especifique seu vínculo com as questões étnico-raciais. 2 Oficinas de discussão e debate sobre racismo, violência e Intolerância religiosa, com o objetivo de analisar as especificidades dos temas tratados. 3 Oficinas de leitura de obras literárias que abordem questões raciais para crianças e adolescentes. 4 Visita a uma escola para acordar a realização da atividade. 5 Seleção e análise das obras a serem trabalhadas na escola de ensino fundamental. 6 Preparação do plano didático. 7 Execução do plano didático. 8 Avaliação da execução do plano. 9 Elaboração de relatório sobre a execução do plano. 10 Apresentação dos resultados em eventos do NEABI.