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Campus:
CAMPUS CRATEUS
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Histórias do nosso povo, histórias da terra: lendo e escrevendo narrativas indígenas
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Literatura
Data de Início:
02/09/2024
Previsão de Fim:
31/12/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
70
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Edital 01/2024 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Crateús
Monsenhor Tabosa
Formas de Avaliação:
Participação
Relatório
Frequência
Reunião
Trabalho em grupo
Trabalhos Escritos
Formas de Divulgação:
E-mail
Site institucional
Redes sociais
Convite
Articulações institucionais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Camila Pereira de Sousa
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Anny Karoliny de Souza Jacaúna IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 02/09/2024 31/12/2024
Antonia Karla Bezerra Gomes IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Camila Pereira de Sousa IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 02/09/2024 31/12/2024
Claudemir Martins Cosme IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
George Bezerra Pinheiro IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Gilda Maria Rodrigues do Nascimento IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Luana Dias de Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Naiane Vieira dos Reis Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Sergiano Alcantara da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Victor Emanuel de Sousa Gomes IFCE Integrante Discente IFCE Não 3 02/09/2024 31/12/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Material de Consumo 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Encargos Patronais 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Neste projeto, consideramos a efetivação de uma extensão junto a uma escola indígena de educação básica na região dos sertões de Crateús, tendo em vista a diversidade étnica dos povos indígenas desse território. Compreendendo os povos Tabajara, Kalabaça, Potyguara, Tubinambá e Kariri, os indígenas cearenses de Crateús contam com um histórico de lutas e resistências frente ao apagamento étnico pelo qual o estado historicamente passou. O exercício de contar histórias e criar narrativas faz parte da diversidade cultural dos povos indígenas brasileiros. Nesse aspecto, indo ao encontro desses movimentos de (r)existência, são notáveis as articulações e a produção intercultural e intelectual que nessa região se verificam, como é o caso da Escola Indígena Raízes e do “Livro das Raízes Indígenas dos Povos de Crateús” (SEDUC-CE, 2001). Dialogando com esses movimentos constantes de produção cultural, intelectual e educacional dos povos indígenas de Crateús, nosso projeto visa a parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Campus Crateús, a partir do seu Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, e uma escola indígena de educação básica, com vistas à leitura e produção literária de narrativas indígenas nacionais e locais. Compreendemos que o projeto poderá fortalecer a relação IFCE-comunidade local, desenvolver aprendizagens interculturais, bem como suscitar a produção literária que impulsione a emergência de narrativas do povo e da terra, ora tradicionais, ora advindas do gesto criativo e literário de estudantes indígenas da educação básica. Tem fomento do Edital 01/2024 ASS-PROEXT/PROEXT/REITORIA-IFCE, processo SEI de adesão nº 23293.000890/2023-10.
Justificativa
Desde a sua aprovação em 2008, a Lei 11.645, “torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio”, alterando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) e a lei que institui o ensino de cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03). Esse instrumento e marco legal e histórico reflete e implica a necessidade da educação nacional de se engajar com os povos tradicionais do nosso país, tendo em vista o apagamento social, político, histórico, cultural etc. desses sujeitos e comunidades tão basilares da nação. A partir desses aparatos legais, com a criação dos Institutos Federais desde 2008, que incorporaram escolas e colégios federais de diferentes naturezas, com a emergência de novas instituições e campi, os NEABIs, núcleos de estudos que devem constar na estrutura político-pedagógica de todos os IFs, engajados em ações de extensão, ensino e pesquisa, concretizam na rede federal de educação, ciência e tecnologia o movimento de contemplar uma perspectiva antirracista e fortalecedora das identidades locais, com foco nos povos indígenas, quilombolas, bem como em outras diversidades étnico-culturais. Considerando esse cenário, o NEABI do IFCE campus Crateús constitui o processo extensionista, de pesquisa e educação em termos mais gerais, tendo em vista a emergência de reflexões e práticas na comunidade interna e externa a esse espaço educacional, que intenta construir coletiva, reflexiva e dialogicamente na sociedade e com esta uma formação humana, integral e intercultural, em uma relação recíproca e comunitariamente engajada, como nos alerta Paulo Freire ao problematizar o caráter da extensão (Freire, 2013). Para consolidar os processos de diálogo intercultural, de aprendizagem interinstitucional e de contribuição mútua e coletiva na construção de uma educação com vista ao fortalecimento dos saberes e culturas tradicionais locais indígenas, este projeto de extensão é projetado com vistas à mobilização de um produto cultural, a saber, a produção literária local e nacional, no sentido de conhecer, fortalecer e produzir esteticamente literatura indígena com os estudantes da educação básica de uma escola indígena de Crateús. Nesse sentido, este projeto justifica-se por ter um impacto no processo educacional tanto dos estudantes e comunidade escolar de educação básica indígena quanto dos docentes, discentes e TAEs do IFCE campus Crateús implicados no projeto e na comunidade institucional, uma vez que a ação será amplamente divulgada, a partir dos resultados alcançados, na instituição e no seu entorno.
Público Alvo
Estudantes de escolas públicas indígenas de Crateús; Professores de escolas públicas indígenas de Crateús; Comunidade índígena local; Comunidade geral.
Objetivo Geral
Fortalecer a relação IFCE-comunidade local a partir do contato com narrativas literárias do povo e da terra, com foco no gesto criativo e literário de estudantes indígenas da educação básica.
Objetivo Específico
Desenvolver aprendizagens interculturais; Conhecer a produção literária indígena local e nacional; Produzir narrativas literárias que impulsionem a emergência de narrativas do povo e da terra, ora tradicionais, ora advindas do gesto criativo e literário de estudantes indígenas da educação básica.
Metodologia
O projeto será desenvolvido em 4 etapas. A primeira delas, consiste no processo de formação do estudante bolsista, tendo em vista que entendemos que aplicação de um projeto desta natureza demanda embasamento crítico acerca de aspectos que envolvem a temática. Serão promovidos encontros semanais, nos quais levantaremos discussões de cunho teórico, bem como reflexões acerca de aspectos culturais, locais dos povos indígenas crateuences. Nesse sentido, assim organizada: - Leituras obrigatórias e complementares que abordem a teoria e a prática relacionadas à temática do projeto; -Estruturação de cada encontro com uma combinação de teoria e prática; -Implementação de métodos de avaliação contínua para medir o progresso do estudante, o que inclui questionários, discussões em grupo ou relatórios sobre o que aprenderam. A segunda etapa consiste na articulação com a escola, por meio de encontros com a rede pedagógica, com o objeto de fortalecer vínculos e compreender a dinâmica de organização institucional. Ela é crucial para garantir que o projeto esteja alinhado com as necessidades e expectativas da instituição de ensino. As atividades consistem em: -Visita às Instalações da escola: Conhecer a estrutura escolar (salas de aula, laboratórios, biblioteca, etc.). -Apresentação do Projeto: quais os objetivos, etapas e benefícios esperados do projeto. -Discussão sobre a ação de extensão: discutir como o projeto pode se integrar às atividades escolares, compreendendo o que a escola espera do projeto e o que está disposta a contribuir. -Conversas individuais ou em grupos com professores e gestores para entender melhor as práticas pedagógicas e administrativas, bem como identificar como o projeto pode complementar ou enriquecer os programas existentes. A terceira etapa consiste nas oficinas de leitura e escrita literária, por meio de sessões semanais de contação de história e de criação de narrativas. Espera-se que os estudantes indígenas possam desenvolver suas próprias histórias, tanto inspiradas em tradições quanto nas suas próprias experiências e visões criativas. Quanto às atividades, justificamos que deverão ser melhor detalhadas e estabelecidas conforme o avanço da etapa anterior, que deverá ser uma diagnósticos das reais possibilidades de aplicação e diálogo com a comunidade escolar. A quarta e última etapa será direcionada para a construção dos relatórios e reflexões a partir dos impactos gerados pelo projeto. Nesse sentido, tanto uma reflexão sobre o impacto geral do projeto na preservação das tradições indígenas, como também da construção de saberes e de leitores literários.