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Campus:
CAMPUS FORTALEZA
Tipo da Ação:
Evento
Título:
Fórum Internacional sobre Transição e Dupla Carreira Esportiva
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Desporto e Lazer
Data de Início:
21/11/2024
Previsão de Fim:
23/11/2024
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
60
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
60
Carga Horária de Execução do Evento:
24
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Captação de recursos externos
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Fortaleza
Formas de Avaliação:
Participação
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Convite
Articulações institucionais
Atividades Realizadas:
Forúm
Palestra
Mesa Redonda
Nome do Responsável:
Kleber Augusto Ribeiro
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Emmanuel Alves Carneiro IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 21/11/2024 23/11/2024
Kleber Augusto Ribeiro IFCE Coordenador Docente IFCE Não 1 21/11/2024 23/11/2024
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Ministério do Esporte Sim Termo de execução descentralizada 23256.006333/2024-21
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 10000.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 6000.0
Diárias - Pessoal Civil 35760.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 230070.0
Passagens e Despesas com Locomoção 109250.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Realização do Fórum Internacional de Transição e Dupla Carreira Esportiva do Ministério do Esporte.
Justificativa
Os temas de transição de carreira e de dupla carreira ganharam relevância no Brasil nos últimos anos, muito em decorrência das suas inclusões na Lei Geral do Esporte (BRASIL, 2023), como serviço a ser desenvolvido no nível de excelência esportiva pelas organizações públicas e privadas do esporte nacional. De acordo com o Artigo 6º da referida norma: Art. 6º A excelência esportiva abrange o treinamento sistemático direcionado à formação de atletas na busca do alto rendimento de diferentes modalidades esportivas, e compreende os seguintes serviços: [...] IV - transição de carreira, com a finalidade de assegurar ao atleta a conciliação da educação formal com o treinamento, para que ao final da carreira possa ter acesso a outras áreas de trabalho, inclusive esportivas. Embora ganhem força com a promulgação da Lei Geral do Esporte, os temas dupla carreira e transição de carreira são objetos de estudo e de inciativas há mais de uma década no país. No início da década de ouro do esporte brasileiro, período em o país recebeu os maiores eventos esportivos do mundo, como Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos/Rio 2007, Jogos Mundiais Militares/2011, Copa das Confederações/2013, Copa do Mundo de Futebol/2016 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos/Rio 2016, estudiosos e gestores do esporte já se preocupavam com a conciliação da vida esportiva com o estudo e/ou trabalho do atleta, além de sua transição para o pós-carreira desses esportistas. Em 2009, a professora Katia Rúbio realizou, por meio da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte e em parceria com o Ministério do Esporte, o I Seminário Internacional de Destreinamento e Transição de Carreira Esportiva, em São Paulo. Na ocasião, segundo Rubio (2012), observou-se que uma alta frequência de afastamento de atletas da formação acadêmica, parte disso decorrente da falta de incentivo das instituições esportivas formadoras em fazer seus atletas pensarem no futuro, no pós-carreira. De acordo com a autora, outra causa desse afastamento é atribuída ao reduzido número de instituições de ensino no Brasil que estão preparadas para oferecer as condições de ensino para atletas que possuem uma realidade de viagens, necessidade de descanso e de horários de treinamento e de competição específicos, muitas vezes incompatíveis com o programa de ensino. Fundamentado no modelo de Sport Policy factors Leading to International Sporting Success (SPLISS) de De Bosscher et al. (2006), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) estabeleceu, como primeiro pilar do seu atual Modelo de Desenvolvimento Esportivo, o suporte à carreira esportiva dos atletas e suas transições (COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL, 2022). Desde o I Seminário Internacional de Destreinamento e Transição de Carreira Esportiva até a presente data, inúmeros estudos foram desenvolvidos no país com o objetivo de compreender os fenômenos transição e dupla carreira esportiva e de propor reflexões e modelos para melhorar condições de treinamento, de destreinamento e de pós-carreira para os atletas amadores e profissionais brasileiros, bem como reduzir os efeitos negativos dessas fases (NOGUEIRA, 2022). Segundo Schlossberg (1981), a transição de carreira atlética é definida como um acontecimento que resulta em mudanças nos relacionamentos e comportamentos nas esferas esportiva e pessoal. Segundo Rúbio (2012), transição de carreira refere-se ao momento em que o atleta se prepara para se retirar de treinamentos e competições, em um processo que pode ser planejado ou compulsório. Para a autora, um processo planejado de transição pressupõe uma preparação que começa por diminuir o ritmo de treinos e competições (destreinamento) e pode ser desencadeado pelo decréscimo da motivação intrínseca ou por sinais de fadiga. Já um processo compulsório, se dá por algum impedimento físico, como lesões ou perda de potencial físico, ou institucional, como questões de ordem política que alteram o curso do plano de vida e impõem uma necessidade não desejada e não planejada. De acordo com Martini (2012), durante e depois de sua carreira o atleta enfrenta inúmeras situações com diferentes níveis de exigência de ajustamento na vida ocupacional, financeira, psicológica e social. Para o autor, a aposentadoria do atleta, no aspecto de ajustamento a vida, não se mostra diferente de outras profissões e é uma fase inevitável da carreira esportiva, sendo caracterizada como um processo abrupto e negativo de retirada da vida da performance competitiva. Para Rúbio (2012), a retirada da carreira esportiva exige adaptação do ex-atleta para uma nova condição de vida, em diferentes papéis e realizando ações que não necessariamente estarão relacionadas com a identidade do passado do atleta. Pesquisas como Nakata (2014), Martini (2012) e Agresta, Brandão e Barros Neto (2008) evidenciaram contextos de transição de carreira em que atletas de elite sofreram com a falta de opções de pós e nova carreira, abuso de álcool e drogas, crises de identidade, sentimento de perda e de desvalorização do status social, entre outros. Embora estudos como McPherson (1980) citam que a segunda carreira não parece ser percebida recompensadora e importante para o atleta profissional em atividade, outras investigações (Rúbio, 2012; Nakata, 2014) concluíram que a dupla carreira (estudo e/ou trabalho) contribui com o processo de transição para o pós-carreira atlética. A dupla carreira é um fenômeno social que atravessa a vida dos atletas de todos os níveis e que consiste na tentativa de conciliar, harmoniosamente, rotinas de treinamento e de competição esportiva com projeto(s) pessoais de vida, seja educacional e/ou laboral (HENRIKSEN E STAMBULOVA, 2023; EUROPEAN COMMISSION, 2012). Nesse sentido, para Rocha, Pinto e Soares (2021), considerando a dupla carreira, identifica-se pelo menos três tipos de instituições na formação do atleta: as entidades esportivas; as instituições de ensino e/ou as instituições laborais; e a família dos atletas e suas redes de sociabilidade. Segundo Rocha et al. (2020), conciliar a formação educacional e a alta performan¬ce esportiva é um desafio enfrentado por jovens em di¬ferentes contextos socioeconômicos, nas mais diversas modalidades e envolve questões de gênero, de idade, entre outros. Estudos em nível mundial indicam a existência de políticas públicas e institucionais privadas com a finalidade de promover ou, pelo menos, de permitir uma conciliação mais exitosa das rotinas entre esporte, educação ou trabalho (GUIDOTTI, CORTIS, CAPRANICA, 2015; RUBIO, 2012; PATO; ISIDORI; CALDERÓN, 2017). De acordo com Martins (2012), programas de transição de carreira têm sido implementados na Europa, nos EUA, na Austrália entre outros com o apoio do governo, universidades e ligas profissionais, oferecendo ações e suporte para atletas durante e para a conclusão de suas carreiras. Analisando o contexto brasileiro, pelo fato de o tema ser ainda prematuro no país, poucas políticas e iniciativas são observadas Sistema Nacional do Desporto (BRASIL, 2023). De acordo com Martins, Rocha e Costa (2020), estudantes-atletas brasileiros ainda encontram diferentes barreiras relacionadas ao estereótipo de inferioridade intelectual atribuída a eles, à sua rotina de treinamento e à preparação para a vida após o esporte. Esse contexto desvela a fragilidade do Brasil em um dos pilares mais importantes do desenvolvimento esportivo nacional, representado pelo suporte ao atleta. Para os autores, o incentivo às metas acadêmicas e o entendimento das instituições de ensino sobre as dificuldades encontradas pelos alunos-atletas são meios de superar as barreiras relacionadas ao estereótipo negativo. Outrossim, a participação em atividades que promovam o desenvolvimento profissional em conjunto com a oferta de cursos on-line durante os períodos de preparação para competições parece ser uma estratégia para uma transição de carreira pós-esporte satisfatória. Considerando o exposto sobre a temática e o contexto nacional de suporte à carreira dos atletas brasileiros, desvela-se a importância e a urgência na discussão e no estabelecimento de políticas públicas e de diretrizes para uma adequada transição e dupla carreiras esportiva. Nesse sentido, o Instituto Federal do Ceará (IFCE) em parceria com a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Desempenho do Ministério do Esporte propõem a realização do primeiro Fórum Internacional sobre Transição e Dupla Carreira Esportiva, que visa promover a discussão sobre o tema e estabelecer uma diretriz nacional para o Brasil.
Público Alvo
60 gestores de organizações estratégicas para o desenvolvimento de uma política nacional de transição e dupla carreira esportiva.
Objetivo Geral
Realizar o primeiro Fórum Internacional sobre Transição e Dupla Carreira Esportiva com vistas a promover um momento de discussão sobre o tema e estabelecer uma diretriz nacional para o Brasil.
Objetivo Específico
1) Promover um fórum de discussão qualificada no campo da transição e da dupla carreira esportiva no país. 2) Viabilizar a construção coletiva de diretrizes nacionais para o suporte à transição e dupla carreira esportiva no Brasil.
Metodologia
Para a consecução dos objetivos e meta do projeto, será realizado o Fórum Internacional sobre Transição e Dupla Carreira Esportiva em Fortaleza, CE, no período de 21 a 23 de novembro de 2024. O evento será estruturado em 3 eixos estratégicos de discussão e de construção:  Eixo 1: Dupla carreira: esporte e educação  Eixo 2: Dupla carreira: esporte e trabalho.  Eixo 3: Planejamento e Transição de Carreira. Cada eixo será coordenado por um profissional indicado pelo Ministério do Esporte e constituído por representantes de organizações públicas e privadas relacionadas ao tema, bem como atletas em formação e profissionais. Nos respectivos eixos, serão desenvolvidas as seguintes ações:  Palestras de aprofundamento teórico;  Debates para a construção das diretrizes nacionais;  Plenárias para a apreciação das construções e constituição do documento denominado “Diretrizes Nacionais para a Transição e Dupla Carreira Esportiva do Brasil”. Para a constituição dos eixos, serão convidadas oficialmente representações das seguintes organizações de interesse: 1. Ministério do Esporte; 2. Ministério da Educação; 3. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); 4. Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; 5. Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia; 6. Universidades Federais; 7. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); 8. Universidade de São Paulo (USP); 9. Comitê Olímpico do Brasil (COB); 10. Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB); 11. Comitê Brasileiro de Clubes (CBC); 12. Confederação Brasileira de Desporto de Surdos; 13. Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE): 14. Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU): 15. Conselho Nacional de Esporte (CNE); 16. Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB); 17. Associação Brasileira sobre Dupla Carreira Esportiva (ABDC); 18. Conselho Federal de Educação Física (CONFEF): 19. Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE); 20. Atletas pelo Brasil; 21. Comissão de Atletas do COB e CPB; 22. Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol; 23. Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif); 24. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes); 25. Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup). 7.1 Data e Local (Estrutura) O evento será realizado no período de 21 a 23 de novembro de 2024, no Centro de Formação Olímpica (CFO), em Fortaleza, CE. O CFO é o único complexo multiesportivo voltado para a excelência esportiva da Região Nordeste do Brasil e integra a Rede Nacional de Treinamento do Ministério do Esporte. Essa infraestrutura é composta por 85 mil metros quadrados de área voltada 26 modalidades esportivas, com espaço para realização de eventos formativos como o fórum em questão. A utilização do CFO para a realização do evento é fundamentada no Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o IFCE, a Secretaria do Esporte do Estado do Ceará e o Instituto Dragão do Mar, publicado no Diário Oficial da União Nº 48, Seção 3, de 11 de março de 2024, que visa a realização de ações de promoção ao desenvolvimento esportivo no referido espaço pelas instituições parcerias. No CFO, o evento será realizado em todas as instalações do 4º andar do Ginásio Principal: lounge de recepção; sala de apoio; copa e área de serviço de oferta de pequenas refeições; 4 salas/camarotes com capacidade para 40 pessoas, com banheiros, cadeiras e mesas, para as reuniões dos eixos; 1 camarote/salão principal com capacidade para 100 pessoas, com banheiros, cadeiras, mesas e copa exclusiva. O local definido para o evento é constantemente utilizado para a realização de eventos afins e conta, ainda, com uma recepção exclusiva no piso térreo com elevadores de acesso. 7.2 Execução Técnica e Administrativa O evento será coordenado tecnicamente por comissão estabelecida pelo Ministério do Esporte e operacionalmente pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE). O IFCE configura-se como uma instituição pública federal de ensino, pesquisa e extensão, que possui uma política esportiva institucional formalizada, conforme estabelecido em seu Projeto Político Pedagógico Institucional e Estatuto e consolidada por meio da realização de diversas ações de âmbito estadual e nacional. Na dimensão esportiva, o IFCE é referência na formação profissional no esporte. Atualmente, a instituição possui 3 cursos de licenciatura em Educação Física e um dos 4 cursos públicos de graduação em Gestão do Esporte do Brasil, sendo o mais bem avaliado pelo MEC. No âmbito dos programas esportivos, o IFCE desenvolve, desde 2020, programas em parceria com o Ministério do Esporte. Ao todo os programas desenvolvidos capacitaram mais de 10 mil profissionais em todo o país. Na dimensão administrativa, o IFCE conta com estrutura organizacional própria, bem como fundação de apoio credenciada pelo Ministério da Educação, para a execução de serviços de interveniente administrativo e financeiro junto aos seus programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, o IFCE possui Acordo de Cooperação Técnica estabelecido com a Secretaria do Esporte do Ceará e com o Instituto Dragão do Mar para a realização conjunta de ações em prol do desenvolvimento do esporte nacional e estadual no Centro de Formação Olímpica. Esse contexto institucional apresentado demonstra a capacidade técnica do IFCE na execução de políticas públicas esportivas em âmbito nacional e seu papel significativo na promoção do desenvolvimento esportivo do Ceará e do Brasil. Para a viabilização do evento, serão contratados serviços e adquiridos itens relacionados no tópico 9 deste projeto técnico. Para os referidos processos, serão observadas as normas vigentes às quais está submetida esta instituição proponente. 7.3 Programação do Evento Dia 21/11/2024  14h às 14h30min: Abertura e Apresentação da Metodologia do Evento  14h30min às 16h30min: Palestras  16h30min às 17h: Intervalo  17h às 19h: Debates e construção das diretrizes nos GTTs  19h às 20h: Plenária de Apreciação das Diretrizes (P1) Dia 22/11/2024  9h às 12h: Palestras  12h às 14h: Intervalo  14h às 17h: Debates e construção das diretrizes nos GTTs  17h às 18h: Plenária de Apreciação das Diretrizes (P2) Dia 23/11/2024  9h às 12h: Palestras  12h às 14h: Intervalo  14h às 17h: Debates e construção das diretrizes nos GTTs  17h às 18h: Plenária de Apreciação das Diretrizes (Final)