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Campus:
CAMPUS IGUATU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Preparatório de Física para o IFCE
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Metodologias e Estratégias de Ensino/Aprendizagem
Data de Início:
17/10/2024
Previsão de Fim:
30/06/2025
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
10
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
70
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Iguatu
Formas de Avaliação:
Participação
Questionário
Frequência
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
Cartaz
E-mail
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Ramon Andre Mesquita Teixeira
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ramon Andre Mesquita Teixeira IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 17/10/2024 30/06/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
EMEF Marta Maria Sobreira Não
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Trata-se de uma iniciativa de extensão do IFCE, campus Iguatu na qual o docente do IFCE contribuirá com a preparação de alunos da rede pública do munícipio para ingressarem melor preparados no Ensino Médio no Instituto. Paralelamente se buscará a promoção e o desenvolvimento de competências em Física, tais como leitura e interpretação de problemas físicos e matemáticos, conscientização e reflexão crítica sobre o papel da Física em um mundo globalizado etc. Também constituirão como escopo desta ação, a aprendizagem significativa dos conteúdos de forma integrada à realidade e melhor desempenho escolar.
Justificativa
Os enxames de seleção para ingresso no ensino superior, principalmente o ENEM, caracterizam-se como uma das principais motivações para o estudo de estudantes da 3ª série do Ensino Médio. O preparo de alunos para um bom rendimento na prova e, consequentemente, ingressos no ensino superior é um fator de grande importância, pois irá possibilitar não apenas a continuidade nos estudos, mas também oportunidades reais de melhoria na qualidade de vida. No entanto, para os alunos de baixa renda que frequenta escolas públicas, essa seleção é um fator de exclusão social, devido à combinação do caráter competitivo da seleção com a falta de preparo adequado de boa parte dos alunos. Dada à concorrência do pleito, juntamente com as condições desiguais dos participantes, a democratização do ensino é enfraquecida. A consequência principal é que estudantes das classes populares, principalmente nas cidades do interior do estado, têm menores chances de ingressarem em cursos superiores de sua escolha. Em contraste, os cursos superiores social e historicamente mais atrativos acabam tendo as vagas preenchidas por alunos de classes sociais de maior poder aquisitivo, que podem se dedicar totalmente aos estudos e cujas famílias têm condições de custear cursos de preparação específica. Dessa maneira, o ENEM falha no papel de ser um exame de seleção “para todos” (Lucena e Santos, 2020). Diante dessa realidade, uma das formas de diminuir essa desigualdade é a clareza sobre o que os alunos irão enfrentar já desde o 1° ano do ensino médio. Tendo em vista uma melhor preparação de um ensino médio da rede pública, e, consequentemente, uma melhor preparação para o ENEM, faz-se necessário uma perspectiva incisiva atuante junto ao ensino fundamental regular, por meio de cursos preparatórios ou de nivelamento. Esses cursos surgem da constatação de que é necessário implementar alternativas e possibilidades de acesso ao ensino superior para estudantes das classes mais baixas da sociedade. Essa observação encontra respaldo no estudo realizado por Massi e Villani (2014), cujos resultados indicaram que o bom desempenho em exames vestibulares é mais provável entre os alunos que procuram uma preparação específica que possibilite a familiarização com os conteúdos mais cobrados, a forma como as questões são elaboradas etc. nestes exames. Nunes (2018) chama a atenção para o fato de que a grande maioria dos cursos preparatórios são ofertados por instituições privadas, demandando um custo econômico inacessível à população de baixa renda. Como consequência prática, isso provoca a exclusão dessa população que terão menores chances de obter um bom desempenho nas seleções devido à falta de preparação adequada. É fato que algumas políticas afirmativas têm sido implementadas com objetivos de diminuir a desigualdade de acesso ao ensino superior, tais como cotas, bolsas de estudos em Instituições de Ensino Superior e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No entanto, havendo processo seletivo, é fundamental diminuir as desigualdades nas condições de preparo e participação, algo que para candidatos com baixo poder aquisitivo é alcançado parcialmente por meio da oferta de curso preparatórios gratuitos e de qualidade. Em relação ao ensino de Física, a necessidade de oferta do curso mencionado se fundamenta principalmente no fato de que as aulas regulares de ensino médio não são direcionadas prioritariamente para a realização do ENEM. Enquanto o ensino regular geralmente se adapta à realidade dos alunos e às condições escolares concretas, a matriz de referência de Ciências Natureza e suas tecnologias (CN), na qual Física está inserida, especifica competências e habilidades fundamentais e interdependentes comuns, que farão parte da prova aplicada em todo o país (Santiago et al., 2020). Nesta direção, as atividades de extensão desenvolvidas abrangerão as especificidades do exame por meio de aulas expositivas dialogadas de revisão, atividades práticas, resolução de exercícios similares ou de provas do Enem aplicadas em anos anteriores e principalmente muitos exercícios-problema, a fim de solidificar as bases matemáticas e de interpretação de textos. O público-alvo serão alunos do nono ano do ensino fundamental da rede básica de ensino, interessados em participar da seleção. A disciplina de Física, conforme destacam Maldaner e Piedade (2005), apesar de ser fundamental no cotidiano dos alunos, é objeto de dificuldades de aprendizagem no ensino médio, com os alunos apresentando baixos desempenhos em avaliações internas realizadas pelos próprios professores, e nas externas realizadas pelo Ministério da Educação (MEC), tal qual o ENEM. Dentre os vários fatores que podem ser apontados como responsáveis para os baixos índices de aprendizagem observados, destacam-se: a insipiência tanto em habilidades matemáticas como em interpretação de texto; o excesso de conceitos teóricos abstratos; a falta de sentido do que se é estudado na vida cotidiana e a dificuldade de aplicação prática; e o ensino asséptico e que suscita nos alunos a crença de que a Física é uma ciência apenas para “crânios”. Por essa razão, é necessário que o professor seja capaz de construir o conhecimento de forma interdisciplinar e contextualizada, tomando como referência a vida cotidiana dos alunos e partindo sempre do que eles já sabem. Aulas práticas em laboratórios são estratégias metodológicas muito eficazes quando bem direcionadas, pois auxiliam no processo de ensino-aprendizagem relacionando a teoria com a prática, de modo a contextualizar o conteúdo visto em sala de aula com o cotidiano. Vale destacar ainda que aulas práticas são fatores de motivação e estímulo, aumentando a participação e tornando as aulas menos cansativas. Isso certamente resultará em um aumento significativo na aprendizagem dos alunos, e consequentemente maior desempenho em avaliações e provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Pereira et al., 2021). Outra forma de aumentar a participação dos alunos é a aula direcionada para a resolução de problemas. Medeiros (2019) observou que a aprendizagem a partir de problemas demanda maior dedicação dos sujeitos do processo ensino-aprendizagem, possibilitando a superação da perspectiva passiva comum à abordagem tradicional de ensino, possibilitando que o aluno exerça o papel central durante a construção do conhecimento científico, incentivando a elaboração de esquemas de pensamento, da criatividade, do trabalho cooperativo e de tomada de decisões. Dessa forma, a estratégia de Resolução de Problema, pautada principalmente em conhecimentos básicos, lógicos e perceptivos, além de questões da prova do ENEM, possibilitará ao aluno a construção de conhecimentos e o desenvolvimento das habilidades e competências requeridas e necessárias para a realização do exame. Também servirá para identificar as principais dificuldades dos estudantes frente a aprendizagem dos conteúdos de Física, servindo como instrumento de tomada de decisão nas atividades de ensino e como registros objetos de análises em atividades de pesquisa. Esta ação também pavimentará o caminho comunicativo entre o ensino médio federal e o ensino fundamental municipal, o que deve reduzir o que deve reduzir o desapontamento com o nível dos alunos que cheam ao IFCE. Esses momentos de intervenção na realidade escolar além dos muros acadêmicos, são repletos de possibilidades de aprendizagem e de reflexão crítica criativa sobre o significado da prática docente, que viabilizará o desenvolvimento de metodologias de ensino, em que saberes teórico-práticos necessários à atuação profissional serão construídos e reconstruídos em um processo dialético de ação-reflexão-ação posicionado em um contexto real com finalidade educativas bem definidas. Além de todo o exposto, a execução deste projeto de extensão também reforçará o papel do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de ofertar à comunidade interna e externa ações que contribuam para a formação e qualificação dos cidadãos, favorecendo a percepção acertada de um IFCE presente, parceiro, integrado e preocupado com a comunidade.
Público Alvo
Alunos de 9º ano do ensino fundamental da Escola EMEF Marta Maria Sobreira, situada na cidade de Iguatu – CE
Objetivo Geral
Este projeto de extensão tem como objetivo geral, a preparação de estudantes do 9ª ano do ensino fundamental da EMEF Marta Maria Sobreira para o possível ingresso no ensino médio no IFCE e uma melhor preparação para o ENEM 2027, com foco na disciplina de Física.
Objetivo Específico
- Revisar temas e conteúdos com base no conteúdo visto do Ensino Fundamental e nas diretrizes e provas anteriores do ENEM - Aprimorar competências em matemática e em ciências, tais como leitura e interpretação de problemas Físicos e matemáticos, necessárias para um bom desempenho no Ensino Médio; - Desenvolver a capacidade de raciocínio e questionamento necessários para a resolução de problemas comumente cobrados; - Facilitar a aprendizagem significativa dos conteúdos de forma integrada à realidade; - Melhoramento a autoconfiança dos alunos e o desempenho escolar em Física.
Metodologia
As aulas serão presenciais, com duração de 1 hora e 40 minutos e ocorrerão com frequência semanal na escola pública municipal EMEF Marta Maria Sobreira, situada na cidade de Iguatu – CE. Com caráter dialógico expositivo, contando ainda com materiais didáticos, tais como resumos, apostilas, listas de exercícios etc. As metodologias de ensino ocorrerão focadas na revisão de conceitos, resolução e discussão problemas pertinentes à proposta e realização de atividades práticas facilitadoras. Durante as atividades, os alunos também serão orientados sobre os conteúdos e competências mais cobrados; os conteúdos mínimos que o enxame pedirá; dicas para a otimização do tempo de realização de prova; estratégias de estudo e revisão em casa...