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Campus:
CAMPUS TABULEIRO
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Desenvolvimento de software, que bicho é esse?
Área Temática:
Comunicação
Linha de Extensão:
Tecnologia da Informação
Data de Início:
16/12/2024
Previsão de Fim:
19/12/2025
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
350
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
1000
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Limoeiro do Norte
Tabuleiro do Norte
Formas de Avaliação:
Participação
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
E-mail
Redes sociais
Convite
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Luana Dantas Chagas
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Allyson Almeida Chaves IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Daniel Silva Chaves IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Ermesson Chaves de Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Igor Andrei Maia Almeida IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
João Pedro de Lima Carlos IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Jorge Luiz Araujo Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Luana Dantas Chagas IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 16/12/2024 19/12/2025
Maria Alice de Oliveira Freitas IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Sabrina Raiane Franca de Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Victor de Oliveira Martins IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 16/12/2024 19/12/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A escolha da profissão que devemos seguir não é tarefa fácil. Se somarmos o fato de que essa escolha, normalmente, ocorre durante a adolescência, a tarefa se torna ainda mais difícil. Nessa fase, ocorrem transformações biológicas, sociais e emocionais: muda-se o corpo, busca-se identidade e pertencimento, surge a necessidade de conquistar tudo de forma imediata. Não há muito maturidade na adolescência, mas, mesmo assim, é preciso deliberar por um curso que levará a uma carreira profissional. Auxiliar os adolescentes a tomarem decisões mais assertivas sobre seus futuros profissionais deveria ser um dos papéis da escola. É preciso ajudá-los a compreender suas competências e habilidades, em que áreas elas se encaixam e apresentar as carreiras que eles podem seguir. Nessa última questão, a área de Tecnologia da Informação traz um desafio: apesar de muito recente, é largamente adotada por organizações, e transforma-se tão rápido que, enquanto as pessoas estão tentando se integrar a uma tecnologia, suas evoluções já estão surgindo e sendo implantadas. Além disso, dada a sua alta adoção, espera-se que as oportunidades de emprego atuais e futuras permeiem, direta ou indiretamente, pela tecnologia. O projeto “Desenvolvimento de software, que bicho é esse?” tem o intuito de apresentar a área de desenvolvimento de software a adolescentes do ensino médio da cidade de Tabuleiro do Norte (CE) e seu entorno, a fim de ajudá-los a conhecer e considerar essa opção de carreira profissional. Além disso, o projeto também reconhece a necessidade de atuar na busca por equidade de gênero na tecnologia. Assim, tem-se como objetivo também inspirar meninas a entrarem nessa área.
Justificativa
A Tecnologia da Informação, ou TI, tem se tornado um termo cada vez mais conhecido e comentado em nossa sociedade. Ele é um conceito guarda-chuva que se refere ao conjunto de conhecimentos, ferramentas e tecnologias que nos possibilitam coletar, armazenar, gerenciar, acessar e transmitir dados ou informações. Desse modo, a conexão entre dois computadores por meio de um cabo, o braço robótico capaz de montar um carro, o software que utilizamos no celular para nos despertar do sono noturno, dentre outros, estão englobados na TI. Dentre as possibilidades de atuação na TI, a área de desenvolvimento de software tem sido uma opção de destaque para aqueles que estão em transição de carreira ou estão escolhendo um curso para ingressar no ensino superior. De acordo com um levantamento do Quero Educação sobre o ranking de cursos mais procurados em janeiro de 2023, o curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas aparece em nono colocado. Essa é uma excelente posição se considerarmos que o ensino da computação no Brasil iniciou apenas em 1969, com a criação dos cursos de Ciência da Computação na Universidade Federal da Bahia e na Universidade de Campinas (Cabral et al, 2008). O destaque para a área de criação de software como um mercado promissor pode ser compreendido pelo fato de que muitas das atividades humanas têm sido permeadas por ferramentas digitais. Até mesmo em atividades físicas diárias, que buscam fortalecer músculos humanos, temos o uso de softwares para monitoramento de frequência cardíaca, da quantidade de calorias gasta ou da percepção de esforço físico. É fato que o mundo tem se tornado cada vez mais digital, o que requer cada vez mais pessoas com habilidades técnicas para atender essa alta demanda. Assim, nesse mundo em que todos, especialmente as empresas e organizações, parecem precisar de um sistema para gerenciar suas atividades no âmbito presencial ou para fornecer seus serviços no âmbito digital, aliado ao fato de que as ferramentas digitais expandem, e muito, as habilidades humanas de armazenamento, processamento e comunicação, possibilitando a melhoria de processos, o desenvolvimento de software virou uma área estratégica para qualquer país. De acordo com World Bank (2018), a TI é um dos principais catalisadores de crescimento na economia dos países. Para Sepehrdoust (2018), a TI possibilita acesso a informações, redução dos custos de produção, a superação de fronteiras nacionais de negócios, dentre outros. No intuito de desenvolver cada vez mais a TI no país, o governo brasileiro tem adotado estratégias. Um exemplo é o Programa Nacional de Incubadoras e Parques Tecnológicos, que visa apoiar o planejamento, a criação e a consolidação de incubadoras de empresas e parques tecnológicos. Outro exemplo é o E-Digital (Estratégia Brasileira para a Transformação Digital), cujo um dos objetivos é a transformação digital da economia nacional, estimulando a informatização, dinamismo, produtividade e competitividade. Para tentar atender a demanda de profissionais da TI, são ofertadas cada vez mais matrículas em cursos da área. Comparando o ano de 2024 com 2023, a oferta de matrículas em cursos na área de TI cresceram 28,1% (SEMESP, 2024). No momento, no entanto, há um grande déficit de profissionais para atuar na TI. Segundo o relatório “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia ΣTCEM”, produzido no ano de 2021 pela BRASSCOM, a expectativa é que entre 2021 e 2025, o país forme anualmente 53 mil profissionais, contudo, a demanda projetada para esse período é de 800 mil profissionais. Essa realidade é enfrentada em muitos outros países do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, de acordo com o Bureau of Labor Statistics (Departamento de Estatística Trabalhistas), as ocupações no setor de TI devem crescer (entre 2023 e 2033) muito mais rápido do que a média de todas as outras ocupações, sendo a projeção anual de 356 700 vagas (BLS, 2024). Para tentar suprir suas necessidades de profissionais de TI, empresas têm promovido suas próprias formações. Um exemplo é o projeto Globo Tech Academy, lançado no ano de 2022 pela rede Globo, que visou formar 40 pessoas com possibilidade de contratação (SENA, 2022). Já a empresa Ambev iniciou formações com o projeto Star Tech mas, no ano de 2023, ampliou a atuação com o projeto Start In Tech, que visa fomentar ensino para que profissionais da empresa façam transição de carreira para área de TI (Ambev, 2023). Outro exemplo é a startup cearense HubLocal, que lançou em 2022 o programa HubDev, em parceria com a empresa de educação Rocketseat, ofertando bolsas de estudo com possibilidade de contratação ao término da formação (MONTEIRO, 2022). Atender a crescente demanda por profissionais de TI perpassa as necessidades específicas das empresas conseguirem manter seus negócios funcionando, pois implica em crescimento econômico e melhoria na qualidade de vida de um país. Contudo, não basta apenas formar mão de obra, se faz necessário que ela seja qualificada. Segundo o relatório “Workforce 2.0: desbloqueando o potencial em um mundo impulsionado por tecnologias”, 48% dos líderes de RH apontam a escassez de habilidades com um dos maiores desafios para os negócios em que trabalham (MERCER, 2024). Podemos identificar facilmente dois problemas que atrapalham a busca pela formação de mão de obra qualificada na área de TI: evasão e formação insuficiente. Nos cursos de formação profissional, a evasão dos discentes diminui a quantidade de formados. De acordo com SEMESP (2024), a evasão nos cursos de TI chegou a 38,5%, sendo superior a média de todos os outros cursos. Já a formação insuficiente se deve tanto às instituições de ensino não conseguirem acompanhar o mercado de trabalho quanto com a condução do discente da sua trajetória acadêmica. Na primeira situação, o profissional formado pode complementar sua formação e obter sucesso em sua trajetória profissional. A formação continuada, inclusive, é uma realidade para qualquer profissional de TI, dado o dinamismo da área. Já no segundo caso, temos os alunos que ingressam no curso, não querem a carreira mas, ainda sim, optam por concluí-lo. Nesse caso, não há inserção no mercado. Um dos fatores que contribuem para que discentes não gostem de seus cursos é a falta de identificação com ele. Não é incomum que professores se deparem com alunos que esperavam uma realidade totalmente diferente das disciplinas que estão cursando. É nesse contexto que o projeto “Desenvolvimento de Software: que bicho é esse?” pretende atuar. O intuito é apresentar a área de desenvolvimento de software para alunos do ensino médio de modo a esclarecer o que se estuda nessa área e quais as possibilidades de jornadas profissionais com ela. Ao tornar a área de desenvolvimento clara ao público-alvo do projeto, pretende-se auxiliá-los a deliberar se essa é uma área que faz sentido para eles ou não. Ao passo que auxiliamos os discentes com sua decisão, ajudamos às instituições de ensino a evitar evasão por falta de identificação com o curso e a fortalecer seus estudantes, aproximando dos cursos aqueles que possuem perfil para ele.
Público Alvo
Alunos do ensino médio, especialmente do terceiro ano, das escolas de Tabuleiro do Norte (CE) e seu entorno.
Objetivo Geral
Apresentar a área de desenvolvimento de software para estudantes do ensino médio, de modo a esclarecer o que se estuda e como se trabalha nessa área, auxiliando os alunos na tomada de decisão sobre qual curso de formação profissional pretendem escolher e aproximando-os da área de tecnologia, cujo mercado de trabalho está em constante crescimento e evolução.
Objetivo Específico
• Apresentar a área de desenvolvimento de software como uma possibilidade de carreira profissional para estudantes do ensino médio. • Auxiliar estudantes a compreenderem a importância de refletir sobre as possibilidades de carreiras profissionais a fim de tomarem decisões mais confiantes sobre cursos superiores. • Inspirar e encorajar meninas do ensino médio a entrarem na área de tecnologia, se esse for o desejo delas. • Divulgar a área de desenvolvimento de software por meio de materiais físicos que possam ser distribuídos em escolas e instiguem a curiosidade sobre a área.
Metodologia
O projeto “Desenvolvimento de software, que bicho é esse?” será desenvolvido considerando três fases: planejamento, execução e divulgação de resultados. Na fase de planejamento, será realizado o levantamento de todas as escolas de Tabuleiro do Norte (CE) e seu entorno, que ofertam ensino médio, em que pretende-se realizar uma palestra presencial e distribuição de material gráfico sobre a área de desenvolvimento de software. Ainda nessa fase, serão elaboradas duas palestras. Uma, que será intitulada com o nome do projeto, pretende esclarecer, de forma breve, o que é a área de desenvolvimento de software e como é possível trabalhar nela. A segunda palestra é destinada somente às meninas, em que pretende-se apresentar questões culturais que as afastam da tecnologia, como elas podem fazer carreira na área e exemplos de mulheres que já trabalham na área e são inspiração. Por fim, serão pensados e elaborados materiais que possam ser expostos em escolas e despertem a curiosidade sobre a área de desenvolvimento de software. Na fase de execução, serão agendados momentos presenciais, com as escolas selecionadas na fase anterior, a fim de realizar a apresentação da palestra “Desenvolvimento de software, que bicho é esse?”. De antemão, pretende-se unir as turmas de ensino médio, especialmente do terceiro ano, para uma única palestra por escola. Contudo, é possível ajustar a palestra para que seja apresentada em sala de aula, caso a escola só ofereça essa opção. Em tais ocasiões, também serão distribuídos os materiais gráficos elaborados anteriormente. Nessa fase também será executada a palestra específica para o público feminino. Nesse caso, pretende-se que, sempre que possível, elas ocorram no auditório do IFCE campus Tabuleiro do Norte, de modo a poder oferecer ao público, também, um ambiente com uma decoração acolhedora e inspiradora. Por fim, na fase de divulgação de resultados, pretende-se elaborar um artigo científico com o relato do projeto, validando a importância de sua execução e, também, inspirando outras instituições de ensino a buscarem realizar ações do mesmo tipo.