Exibir Ação

Campus:
CAMPUS TAUA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Mundo Lendário: contos dos Inhamuns
Área Temática:
Cultura
Linha de Extensão:
Literatura
Data de Início:
06/01/2025
Previsão de Fim:
30/05/2025
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
30
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
300
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Captação de recursos externos
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Semi-Presencial
Municípios de abrangência
Tauá
Formas de Avaliação:
Participação
Trabalho em grupo
Reunião
Formas de Divulgação:
Articulações institucionais
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Gabriela Ismerim Lacerda
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Dalete Vital Morais IFCE Integrante Discente IFCE Sim 6 06/01/2025 06/04/2025
Gabriela Ismerim Lacerda IFCE Coordenador Docente IFCE Não 6 06/01/2025 30/05/2025
Midian Vital de Oliveira Morais IFCE Integrante Discente IFCE Sim 6 06/01/2025 06/04/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 7000.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A literatura oral desempenha um papel fundamental na construção de saberes múltiplos, pois preserva e transmite conhecimentos, tradições e valores de diferentes culturas de forma dinâmica e acessível. Ao ser transmitida por meio da fala, a literatura oral quebra barreiras geográficas, temporais e sociais, permitindo que saberes diversos, frequentemente marginalizados, encontrem voz e espaço. Além disso, ela abre caminho para outras metodologias pedagógicas, como as que valorizam a escuta, a interação e a experiência vivida, favorecendo uma aprendizagem mais inclusiva e colaborativa. Ao integrar essas práticas no ensino, a literatura oral enriquece as formas de conhecimento, estimulando o pensamento crítico e a valorização das diversas culturas e perspectivas.
Justificativa
A região dos Inhamuns é um tesouro cultural ainda pouco frequentado. É grande a presença de narrativas tradicionais, cuja a origem e a autoria não podem ser rastreadas, que sobrevivem organicamente por maio da oralidade. Os jovens, muito provavelmente, já tiveram contato com essas histórias pela fala dos mais velhos, mas sem se atentarem para a riqueza cultural e de tradição que isso representa. O ambiente escolar e o acadêmico com frequência se contrapõe a esses saberes por priorizar a escrita. Sintoma dessa hierarquia entre epistemologias é o fato de muitas crianças pararem de desenhar quando começam a escrever, preterindo o saber não academizado e tradicional ao escrito e escolar. Esse projeto se justifica numa tentativa de retomar as narrativas orais, que são fruto da experiência comunicável e coletiva, em xeque num mundo cada vez mais individualizado e escravo da informação (BENJAMIN, 1987).
Público Alvo
Alunos de ensino fundamental II da rede municipal de educação na cidade de Tauá.
Objetivo Geral
Fomentar na cidade de Tauá um interesse pela literatura oral da região.
Objetivo Específico
Possibilitar a discentes do curso de Letras a reflexão sobre a oralidade na educação básica; Promover integração entre pesquisa das discentes e a prática escolar; Contribuir para a formação de alunos da rede municipal de Tauá; Propor um espaço de discussão sobre a hierarquização de saberes e epistemologias no ambiente escolar.
Metodologia
Duas discentes do curso de Letras organizarão três oficinas, que serão ofertadas em escolas de ensino fundamental II da rede municipal de Tauá. Para a organização das oficinas, será realizado um estudo bibliográfico junto à professora coordenadora da ação. A primeira oficina tem como objetivo despertar nos alunos a percepção de que há saberes que eles já possuem fora do ambiente escolar, transmitidos oralmente por uma tradição. A proposta inicial é conversar sobre o que entendem por literatura oral e qual acreditam ser o espaço dessa literatura na escola. Essa oficina abordará um conceito amplo de literatura oral, não restrito a uma determinada região geográfica. Serão discutidos contos de fadas e narrativas que o senso comum muitas vezes classifica como folclore (termo que será problematizado durante a oficina). O encerramento será realizado com uma roda de leitura. Na segunda oficina, os alunos serão incentivados a registrar por escrito uma narrativa sobre a cidade que alguém mais velho lhes contou. Após esse registro, as folhas serão entregues às oficineiras, e em roda de conversa, os alunos serão convidados a contar as histórias que ouviram. A prática oral será incentivada, estimulando-os a não lerem as histórias, mas a contá-las como fariam em uma conversa informal. Durante essa atividade, será possível observar e pontuar os recursos da oralidade empregados, como o uso do tempo passado, a marcação espacial, expressões como "alguém me contou que", "aconteceu com um amigo meu", entre outras. Na terceira oficina, os alunos receberão uma folha de sulfite e serão convidados a fazer desenhos inspirados nas histórias que ouviram. Eles escolherão uma frase que represente a narrativa e a utilizarão como título para o desenho. Dessa forma, a oficina buscará estimular a expressão lúdica e explorar outras maneiras de narrar. Após a realização das oficinas, as discentes deverão realizar dez vídeos contando algumas das histórias ouvidas. Esses vídeos serão disponibilizados para a comunidade externa por meio do Youtube. Pretende-se também um momento de sociabilização dessa experiência com o corpo discente do curso de Letras.