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Campus:
CAMPUS ACOPIARA
Tipo da Ação:
Evento
Título:
Debate sobre a obra "Uma História de Amor e fúria": reflexões sobre resistência e identidade de povos originários.
Área Temática:
Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão:
Educação Inclusiva
Data de Início:
10/04/2025
Previsão de Fim:
24/04/2025
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
29
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
100
Carga Horária de Execução do Evento:
12
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acopiara
Formas de Avaliação:
Frequência
Formas de Divulgação:
Cartaz
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Ciclo de Debates
Nome do Responsável:
Luiz Roberto Costa
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Caue Juca Ferreira Marques IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Edivania Ferreira Agostinho IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Edna Maria Juca Couto Amorin IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Emanuelle de Souza Barbosa IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Francisca Tainan Pereira Jesuita IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Luiz Roberto Costa IFCE Coordenador Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Maria Aline da Silva IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Rafael Gomes Cruz IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Vanessa Lopes Vasconcelos IFCE Integrante Docente IFCE Não 1 26/03/2025 10/04/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Este projeto propõe a realização de um ciclo de debates com base na exibição do filme "Uma História de Amor e Fúria". A proposta objetiva promover reflexões críticas sobre a resistência e a identidade dos povos originários, estabelecendo diálogos interseccionais sobre questões históricas, sociais e ambientais. Através da perspectiva cinematográfica, busca-se compreender os processos de marginalização e exclusão, assim como as estratégias de resistência empregadas por povos indígenas e outros grupos oprimidos ao longo da história do Brasil. A atividade será promovida em parceria com os núcleos NEABI, NUGEDS e NAPNE, com enfoque na promoção de um espaço de aprendizado e reflexão coletiva. O projeto reforça o compromisso do IFCE com a educação em direitos humanos e a valorização das diversidades étnico-raciais e culturais.
Justificativa
O contexto histórico brasileiro é marcado por processos contínuos de colonização, exploração e apagamento das culturas indígenas, que resultaram em impactos estruturais persistentes. A luta pela manutenção dos territórios e a resistência cultural continuam sendo questões centrais para os povos originários. Como aponta Dussel (1995), a lógica colonial impôs uma visão eurocêntrica da história, silenciando as vozes indígenas e marginalizando seus saberes. Nesse cenário, o filme Uma História de Amor e Fúria oferece uma abordagem crítica ao retratar quatro períodos históricos, destacando a resistência dos povos subjugados. A narrativa cinematográfica, por sua vez, propicia uma reflexão aprofundada sobre as experiências de opressão e luta, como observam Guimarães e Santos (2021), que ressaltam o potencial do cinema como uma ferramenta para visibilizar as memórias sociais negligenciadas. Em consonância, Fausto (1992) argumenta que a resistência indígena não se limita à defesa dos territórios, mas envolve também a preservação de saberes tradicionais e a reafirmação da identidade cultural. Assim, ao abordar esses processos históricos, o filme provoca reflexões essenciais para a compreensão das dinâmicas de resistência e persistência das culturas originárias. O uso do cinema como ferramenta pedagógica permite um olhar crítico sobre a construção da história oficial, frequentemente contada sob a ótica dos vencedores. Segundo Dussel (1995), a hegemonia de narrativas eurocêntricas exclui as vozes e os saberes originários, tornando essencial a criação de espaços de debate para reverter essa lógica. A reflexão sobre as múltiplas formas de resistência dos povos indígenas ao longo da história também contribui para discussões contemporâneas sobre justiça social.
Público Alvo
Alunos das escolas públicas, professores da Educação Básica, coletivos de mulheres e comunidade de Acopiara e municípios vizinhos.
Objetivo Geral
Promover reflexões críticas sobre resistência, identidade e direitos humanos por meio da exibição e debate do filme "Uma História de Amor e Fúria"
Objetivo Específico
- Analisar as estratégias de resistência dos povos indígenas a partir dos processos de colonização, escravidão e repressão estatal. - Discutir as relações de poder sob a perspectiva interseccional, compreendendo as implicações de gênero, raça e classe social. - Refletir sobre a crise hídrica e seus impactos sociais e ambientais, relacionando o tema ao conceito de justiça ambiental. - Fortalecer o pensamento crítico e estimular a participação ativa em debates sobre direitos humanos e inclusão social.
Metodologia
A metodologia do projeto está estruturada em torno da exibição prévia do filme "Uma História de Amor e Fúria" em data anterior ao início dos debates, proporcionando aos participantes a oportunidade de assistirem ao longa-metragem com tempo para reflexão crítica individual. Essa abordagem favorece uma análise mais aprofundada durante os encontros subsequentes. Após a exibição prévia, serão realizados debates temáticos, sendo cada sessão conduzida por um componente específico dos núcleos institucionais, aproveitando a expertise e o conhecimento acumulado por cada núcleo em sua área de atuação. Essa abordagem assegura uma análise mais aprofundada e interseccional dos temas propostos. Para ampliar a compreensão e o diálogo, cada sessão terá a ampliação participação dos ouvintes para dúvidas e comentários pertinentes ao tema. Além disso, os participantes serão incentivados a registrar suas impressões e questões para enriquecer as discussões. Cada sessão terá um foco específico: - Resistência Indígena e a Luta pelo Território (NEABI): Análise das formas de resistência indígena ao longo da história brasileira, considerando as perspectivas apresentadas por autores como Boxer (2002) e Fausto (1992). - Gênero e Relações de Poder na Sociedade Brasileira (NUGEDS): Reflexão sobre as dinâmicas de opressão e resistência relacionadas ao gênero, com base em discussões de Albuquerque (2009) e Carril (2006). - Crise Hídrica e Direitos Ambientais (NAPNE): Debate sobre a relação entre degradação ambiental e desigualdade social, com fundamentação em Shiva (2007) e Leis (1999).