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Campus:
CAMPUS CAMOCIM
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
MEMÓRIAS DA RESISTÊNCIA
Área Temática:
Cultura
Linha de Extensão:
Artes Integradas
Data de Início:
09/06/2025
Previsão de Fim:
13/12/2025
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
100
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
250
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
-
Programa Institucional
NEABIs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Barroquinha
Camocim
Chaval
Granja
Formas de Avaliação:
Participação
Formas de Divulgação:
Cartaz
Folder
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Jornada
Palestra
Oficina
Nome do Responsável:
Orlando Cantuario de Assuncao Filho
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Antonia Selma de Sousa Dias IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Antonio Sherdan Nascimento de Sousa IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Erika Gabriele Oliveira da Costa IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Francinaldo do Nascimento Teles IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Francisca Arlene Soares Cantuario IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 09/06/2025 13/12/2025
Francisca Carla Costa Frota IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Jaison Nascimento dos Reis IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Maria das Graças da Rocha do Nascimento IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Maria Helena Ferreira Pires IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Maria Lavinia Gomes de Andrade IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Orlando Cantuario de Assuncao Filho IFCE Coordenador Docente IFCE Não 1 09/06/2025 13/06/2025
Paulo Victor Sousa Xavier IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Walessa Marques da Costa IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 09/06/2025 13/12/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Associação de Moradores do Bairro Boa Esperança Não
Instituto Arcanjo Gabriel Não
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Andrade (2025) relata que a memória histórica deve ser compreendida através da experiência coletivada, no âmbito da existência e construção dos grupos sociais, e que se articula com o objetivo de preservar a existência ao longo do tempo. Isso, diz o autor, funciona como uma ponte entre o passado e o futuro, configurando-se como um lugar de cultura que alimenta as raízes de um povo. Nesse sentido, faz-se necessário resistir como lugar de memória, a fim de preservar a história coletiva. “ Essa memória está presente nos povos que resistiram ao esquecimento, nas práticas e saberes; pode não figurar nos livros de história, mas sustenta a luta por igualdade e reconhecimento” (Andrade, 2025, p. 4). Na contramão do lugar de resistência e de preservação da memória, afirma o autor que, a des-memória é a desconstrução das vivências ancestrais das sociedades, as quais se fundamentam nos lugares de memória, que é o lugar essencial para a identidade das culturas, “ e quando esses elementos são retirados, qualquer narrativa pode ser imposta como verdadeira, pois se perde a referência central dessa história” (ANDRADE, 2025, p.3). Entendemos que tais investidas de apagamento são elaboradas e acionadas através das instituições ou grupos de pessoas que, no interesse de desmemorizar um fato histórico, buscam construir outras narrativas históricas em desfavor do real acontecido, isso é, intenta-se manter o controle da narrativa histórica. Podemos citar, por exemplo, o esquecimento, tantas vezes, dos saberes e práticas dos povos indígenas como intentos de apagamento de memórias coletivas. Nesse sentido, é que o presente Projeto de Extensão intitulado “Memórias da resistência” se propõe elaborar/construir espaços para a convivência, vivências, através de eventos episódicos durante dota a sua execução. Os lugares pretendidos de sua construção em favor da preservação da memória histórica são aqueles que, segundo Halbwachs (2013), referem-se à memória coletiva, que é plural, existindo tantas quantas forem as comunidades que a constroem, bem como nos lugares da memória histórica, enquanto memória no contexto de sua narrativa única. Desse modo, as atividades de extensão se consolidam como instrumento de ligação entre a instituição de ensino e as comunidades vizinhas e circunvizinhas. Configuram-se, segundo Freire (2021), como lugar de transformação social, em ligação com os aspectos culturais e políticos. O pesquisador considera que a instrumentalização da educação pode ser construída por diversas práticas educativas e contextos. Isso refere um sentido de indissociabilidade da extensão na consolidação do tripé Ensino-Pesquisa-Extensão. Nesse sentido, compreendemos que as atividades de extensão, no âmbito das instituições, configuram-se como solidárias, cumprindo ainda uma integração dialética, visto que se posicionam como espaço de convivências e relações entre a instituição de ensino e as comunidades no entorno da instituição. Pacheco (2020) compreende que a extensão é inarredável e inadiável nos processos que envolvem atividades de ensino-aprendizagem, visto que, no contexto de sua conceitualidade e institucionalidade, ela é protagonizadora dos lugares em que ocorrem as trocas de saberes. No contexto dessa compreensão, Freire (2021) diz que a extensão excetuada da ação hierarquizada de troca de saberes se configura como uma ação dialetizadora, ao se pronunciar como democrática, integrativa e participativa. Oliveira (2000), ao trazer uma discussão sobre o papel e função da extensão no contexto das instituições de ensino -IE, compreende que, o caráter de indissociabilidade da extensão não se faz apenas em seu sentido semântico, mas sobretudo se vincula, inalienavelmente, aos processos que envolvem o ensino, a pesquisa, com a função de promover o desenvolvimento das pessoas, bem como seus lugares de vivências e convivências. Pacheco (2008), ao se referir à importância da institucionalidade da extensão, diz que a extensão se apoia na missão e visão da Rede Federal de Educação, Científica Profissional e Tecnológica, para favorecer a ligação indiscriminada entre as instituições de ensino e as comunidades. Desse modo, o presente evento de extensão, apresenta-se como lugar território de ligação/encontro entre as comunidades dos bairros "Jardim das Oliveiras", "Cidade com Deus", "Rodagem do Lago", "Boa Esperança", dentre outros, para promover a congregação, troca de saberes e relacionamentos entre mulheres oriundas dessas comunidades e o Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia, no âmbito do ensino-aprendizagem. Além das comunidades no entorno do IFCE campus Camocim, a ação de extensão busca ligar-se com as cidades de Barroquinha, Chaval, Granja, municípios que têm discentes nos cursos ofertados pelo IFCE.
Justificativa
Na perspectiva do ensino-aprendizagem, o qual proporcione uma educação libertária, igualitária e equânime, os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IF’s, posicionam-se de forma a favorecer o envolvimento e a construção de espaços para que esse tipo de educação seja efetivada em seus aspectos materiais, institucionais e conceituais. Nesse sentido, é convergente o pensamento de Pacheco (2020), ao trazer a compreensão de que a articulação entre Ensino, Pesquisa e Extensão com a realidade socioeconômica das pessoas, em seus territórios, é o ponto iniciante e de chegada para uma educação libertadora. Afirma o pesquisador, que tal educação, no âmbito do ensino-aprendizagem, é consubstanciada pela pesquisa produtora de conhecimentos tecnológicos ligados à extensão, a qual deve construir-se no afã de transformar a vida das pessoas. O autor observa que, no contexto e no interesse de sua missão, a Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia se posiciona de forma a promover os fundamentos estruturantes de ação dos IF’s, a saber, “Verticalidade, Transversalidade e Territorialidade” (Pacheco, 2020, p.8). A verticalidade extrapola a mera oferta simultânea de cursos em diferentes níveis, já que busca articular os conteúdos curriculares em seus níveis diversos, com vias a proporcionar um campo dialógico para a construção de conhecimentos. Na Transversalidade, comungam-se o diálogo entre educação e tecnologia. Nesse ponto, estão articulados o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, em atendimento à constituição da Educação Profissional e Tecnológica, no contexto de seus eixos tecnológicos. Na Territorialidade, inscreve-se o compromisso com o desenvolvimento soberano sustentável e inclusivo de seu território de atuação. Isso quer dizer que o IFCE campus Camocim é parte de um território e protagonista deste. Alinhado a isso, Assunção Filho (2024) entende que a extensão se apresenta indissociavelmente ligada ao ensino e à pesquisa. Portanto, inseparável das práticas e ações educativas que visam o desenvolvimento da sociedade, em seus aspectos político, econômicos e socioculturais. O autor compreende que uma das características da extensão é se mover no sentido de promover espaços e/ou lugares de relacionamentos e troca de saberes entre as pessoas, de forma a promover o protagonismo dos sujeitos, no contexto de suas realidades. Ao trazer uma discussão acerca das contribuições da extensão como instrumentos do ensino-aprendizagem, no curso Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, o pesquisador apresenta os argumentos de que, no movimento e articulação das atividades de extensão, as pessoas têm a possibilidade de elaborarem proposições que culminem em promover o desenvolvimento e a transformação de suas realidades, além de se posicionarem como sujeitos protagonistas no mundo, “transformando esse mundo e transformando a si mesmos” (Freire, 2021, p. 56). Demo (2000) afirma que a extensão, enquanto constituída de braços que se estendem para além dos muros das instituições educacionais, apresenta-se como essencial para o ensino e para pesquisa, com o objetivo de proporcionar a construção de lugares inter-relacionais, aproximando os saberes institucionalizados dos saberes comunitários e vice-versa. Nesse viés, Freire (2021a, 2021b) enfatiza que a extensão, ao se comunicar de forma não hierárquica na troca de saberes, apresenta-se como instrumento fundamental para promover a transformação social, cultural, econômica dos sujeitos. Além de promover uma conscientização política. Com isso, a educação acaba por se constituir como prática de liberdade. Tomando como orientações as contribuições elencadas, a presente ação de extensão justifica seu lugar de ação quando toma como referencial os aspectos inovadores e transformadores da extensão, no âmbito da sua institucionalidade, do seu conceito e do efetivo fazer de sua prática. É Elaborada e planejada na perspectiva de atender tanto o público interno quanto o externo, na promoção de lugares para a realização de práticas sociais, culturais e históricas. Desse modo, o projeto é importante por empreender uma abordagem através dos vários contextos históricos da história do Brasil, desde os anos 1960 à contemporaneidade, utilizando-se como campo referencial recortes históricos de grande relevância para o desenvolvimento e a construção da nação brasileira. É relevante, porque objetiva, através do ensino aprendizagem institucionalizado, construir um diálogo com a sociedade (comunidades no entorno, vizinhas e circunvizinhas), de forma a promover lugares de apropriação de fatos históricos ocorridos no Brasil, que foram e são influenciadores na vida da sociedade. O projeto de extensão “MEMÓRIAS DA RESISTÊNCIA” está entrelaçado com práticas educacionais e educativas, visto que é construído no pensamento da academia, ampliando-se nos diálogos comunitários fora dos muros da escola. Desse modo, é uma ação solidária, visto que não se hierarquiza no processo de construção do diálogo a que se propõe. Apresenta-se como fraterna, porque enseja consolidar-se como mais um lugar de construção, no qual busca alargar e fortalecer os sentidos das resistências, no contexto das dinâmicas socioculturais e políticas. É uma iniciativa em favor das resistências às ações e narrativas que investem para desmentir narrativas originárias dos lugares material e culturalmente circunstanciados no processo de construção da história do Brasil. “Memórias da resistência” circunscreve-se como ação fortalecedora da memória de fatos ocorridos no Brasil, visando a contribuir com o não apagamento de tais fatos. Pelo seu caráter de indissociabilidade do tripé Ensino-Pesquisa e Extensão, é construto da iniciativa de alunos (as) do curso Licenciatura em Letra-Inglês-Português e dos cursos Técnico em Gastronomia, Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, integrante do Centro Acadêmico do IFCE, Campus Camocim, além de técnicos (as) administrativos (as) e docentes. Dessa forma, a ação vai ao encontro das diretrizes máximas desta instituição de educação, pesquisa, ciência e tecnologia, no afã de colaborar com o envolvimento/desenvolvimento local das pessoas, no território de suas urbanidades. Assim, este projeto busca se consubstancializar da missão e visão institucionais, as quais são embrionárias do espírito promotor e defensor da igualdade, da equidade e de uma educação justa e ampla, em seus muitos sentidos, na vocação de favorecer o desenvolvimento/envolvimento humano.
Público Alvo
O projeto de extensão, o qual será realizado em 3 (três) etapas, tem como público-alvo as comunidades externas dos bairros Jardim das Oliveiras, Cruzeiro, Bonito, Boa Esperança, Tapete Verde, Cidade com Deus, dentre outras, e comunidade interna do IFCE, campus Camocim
Objetivo Geral
Realizar atividades de extensão em favor da preservação da memória e da identidade nacional e local.
Objetivo Específico
 Realizar roda de conversas, palestras, apresentações artísticas (teatro, pintura, música, para fortalecer a memória sócio histórica e cultural;  Realizar atividades organizadas pelo público interno do IFCE Camocim, juntamente como as comunidades locais, com o objetivo de integrar e interssocializar fatos e narrativas históricas do Brasil;  Favorecer a afetiva interligação do IFCE campus Camocim com as pessoas e suas urbanidades, de forma a contribuir com o envolvimento histórico-cultural e social.
Metodologia
Utilizaremos a seguinte metodologia na execução do projeto. Primeiro momento: realização de um evento dentro da Semana Acadêmica do IFCE campus Camocim. Apresentação de atividade artística, Roda de conversas, palestras que abordarão a memória histórica, referente a Ditadura Militar no Brasil. O momento contará com a participação do público externo. 2. Realização de um evento, abordando os aspectos históricos dos povos originários. Construção da culinária, da cultura e identidade. 3. Os povos quilombolas e afrodescendentes: cultura, religião e comida. 4. A história contada e vivida de Camocim - CE, com a participação de pesquisadores e escritores. (Todos os momentos contarão com a participação do público externo.