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Campus:
CAMPUS FORTALEZA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
CINE-INCLUSÃO: AUDIOVISUAL COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NO IFCE
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Educação Inclusiva
Data de Início:
08/07/2025
Previsão de Fim:
08/01/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
100
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
400
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Edital 04/2025 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NAPNEs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Fortaleza
Formas de Avaliação:
Participação
Questionário
Relatório
Seminário
Formas de Divulgação:
Cartaz
E-mail
Folder
Sistema acadêmico
Site institucional
Redes sociais
Entrega presencial de convites
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Joao Cesar Abreu de Oliveira Filho
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Arliene Stephanie Menezes Pereira Pinto IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Caroline Furtado Nogueira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 08/07/2025 08/01/2026
Hugo Leonardo Pereira Magalhaes IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Isabel Cristina Carlos Ferro IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Jamile Freitas Alves IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 08/07/2025 08/01/2026
Joao Cesar Abreu de Oliveira Filho IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 08/07/2025 08/01/2026
Joao Paulo Bandeira de Souza IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Leticia Queiroz de Oliveira IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 08/07/2025 08/01/2026
Lidiana Souza Correia Lima IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Marcia Lorena Bezerra Peixoto IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 2 08/07/2025 08/01/2026
Marcos Alberto de Oliveira Vieira IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Maria Cleide da Silva Barroso IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Maria Daniele Gomes de Lima Costa IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Maria Vitoria Ferreira da Rocha IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 08/07/2025 08/01/2026
Raquel di Paula Mesquita Lima de Oliveira Prefeitura Municipal de Caucaia Integrante Sem vínculo Não 4 08/07/2025 08/01/2026
Suzana de Oliveira Aguiar IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Vicencia Jordana Santos Matos IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 01/08/2025 08/01/2026
William Ianone do Nascimento IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 08/07/2025 08/01/2026
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Os direitos sociais das pessoas com necessidades específicas, passaram a figurar, no caso do Brasil, a partir da década de 1980, momento em que emergiram direitos direcionados à inclusão social, como o direito social à educação e ao trabalho. Nesse sentido, podem ser elencados alguns marcos históricos, com instrumentos legais/normativos que corroboraram para a inclusão educacional e consequentemente social, pautadas no princípio da equidade, a saber: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; Declaração de Salamanca de 1994; Lei de Diretrizes e Base da Educação- LDB- de 1996; Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência- Decreto 3298/99 e a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015). A constituição da República marca uma fase de reconhecimento e valorização a diversidade e a singularidade de cada ser humano. Assegurando os direitos sociais, determina atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, termo denominado na época, preferencialmente na rede regular de ensino. Assim, a Declaração de Salamanca configurou como marco internacional no processo de educação inclusiva propondo princípios, políticas e práticas na área de necessidades educacionais específicas, uma possibilidade de reforma nas instituições de ensino. Ancorada na supracitada declaração, em 1996, a LDB dentre outras prerrogativas estabeleceu diretrizes que viabilizou apoio pedagógico das instituições de ensino aos PCD(s) ampliando categorias inclusivas como transtornos globais do desenvolvimento (TGD), altas habilidades ou superdotação (AH/SD). Em 1999, foi instituído o Decreto 3298/99 detalhou as políticas de inclusão. No recorte temporal de 2015, foi homologada a Lei Brasileira de Inclusão ou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, fortalecendo questões pertinentes a acessibilidade e o combate ao preconceito e a discriminação, trabalho e educação. Avançando na elaboração de instrumentais que assegurem os direitos sociais das pessoas com deficiência. Embora esse arcabouço legal represente significativo progresso, persiste o desafio de efetivar tais direitos na prática cotidiana. Neste contexto, a educação emerge como instrumento fundamental para materializar a inclusão social em todas as esferas da vida. Nesse sentido, a educação ou o fazer pedagógico dialoga como instrumento da práxis social inclusiva. É nesta esteira descrita em que insere-se o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas- NAPNE- campus Fortaleza. O NAPNE, dentro das suas incumbências é encarregado pelo planejamento e efetivação de ações relacionadas a comunidade acadêmica e a comunidade externa, com suas ações extensionistas. Essas ações abrangem desde aspectos específicos dos estudantes e servidores, visando sua adaptação/inclusão no âmbito escolar, até aspectos relacionados à sensibilização para o tema, abrangendo a comunidade interna e externa objetivando a inclusão social em sua integralidade. No concernente, a proposta dialoga com a metodologia interativa e tecnológica do cinema como uma ferramenta pedagógica com o objetivo de incentivar discussões que ampliem a reflexão sobre temas de inclusão entre todos os membros da comunidade escolar e ambientes externos. A ideia é criar espaços de diálogo que envolvam os educadores, acadêmicos, servidores, funcionários e famílias, visando superar barreiras de atitudes e promover uma inclusão social real. Buscando estabelecer conexões entre a Educação Básica e o Ensino Superior. Essa abordagem, considera múltiplas dimensões e pretende transformar o suporte pedagógico no formato audiovisual em um meio de sensibilização e mudança social, alinhando-se aos princípios da educação inclusiva e aos objetivos estratégicos do NAPNE para construir uma sociedade equitativa. O projeto está relacionado à atuação do Núcleo (NAPNE) e tem fomento do Edital 04/2025 ASS-PROEXT/PROEXT/REITORIA-IFCE, processo SEI de adesão nº 23293.001292/2025-11.
Justificativa
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº9394/96), em seu Artigo 2º, estabelece que a educação deve ser pautada na liberdade e na pluralidade, promovendo o desenvolvimento integral do estudante. Deste modo, a exibição de filmes nas instituições de ensino emerge como uma prática pedagógica interativa e de aprendizagem, pois os filmes, ao retratar diferentes realidades e narrativas, oferecem meios para discutir questões sociais, culturais e éticas, estimulando a reflexão crítica e a formação de cidadãos mais conscientes e engajados. Essa abordagem diversificada enriquece o processo de ensino-aprendizagem, permitindo que os educandos se conectem com o conteúdo abordado, respeitando e valorizando a diversidade. Para tanto, o projeto exposto busca com a exibição de filmes oferecer e promover uma educação inclusiva que valoriza a diversidade em suas múltiplas expressões, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem. Para Fisher (2011), o cinema atua como um revelador de realidades e criador de significados, complementando a ideia de Alain Bergala (2008) que descreve o cinema como uma forma de entretenimento e um meio de criação de conhecimento, destacando a importância do educador como mediador entre os alunos e os filmes selecionados, enfatizando que a interação entre o espectador e a obra é um processo gradual que pode acompanhar o indivíduo ao longo de sua vida, influenciando diferentes fases de sua experiência. Nesse sentido, os debates surgem como uma forma de mediação e uma oportunidade para expandir o conhecimento. Laura Maria Coutinho (2009) reforça ao afirmar que o cinema propõe novas formas de percepção e construção de subjetividades. Cada pessoa desenvolve sua própria visão, que pode ser compartilhada em ambientes que favorecem a troca de ideias. “Ao conhecer a perspectiva do outro, enriquecemos a nossa própria compreensão” (COUTINHO, 2009, p. 5). Teixeira e Lopes (2006, p. 8) complementam essa discussão ao afirmar que “[...] ver filmes, discuti-los e interpretá-los é uma maneira de superar posturas etnocêntricas e avaliações preconceituosas, permitindo a construção de um conhecimento mais amplo e evitando as visões simplistas do senso comum”. Assim, a utilização de filmes pode sensibilizar os espectadores em relação a aspectos específicos, buscando a superação das barreiras impostas pela sociedade. Entre as barreiras a serem enfrentadas, destacam-se as questões relacionadas à inclusão da pessoas com deficiência (PCDs) e aquelas com transtornos ou altas habilidades/superdotação. A cinematografia e os debates se apresentam como recursos de sensibilização, informando e promovendo a superação dessas questões. Ao considerar o cinema como um colaborador na construção do conhecimento, com temas que envolvem a inclusão social de pessoas com necessidades específicas, esta proposta visa proporcionar uma formação integral a todos os participantes, estimulando a criticidade e a análise subjetiva do mundo e suas pluralidades. Assim, ao explorar as diferentes possibilidades de construção e mediação dos debates, cria-se um espaço de formação contínua para os docentes, ampliando sua sensibilidade em relação às temáticas inclusivas e promovendo reflexões metodológicas que possam enriquecer o trabalho pedagógico em todo o ambiente de ensino, pois a relevância do cine-debate se justifica como um caminho para a reflexão e a concretização da inclusão social, com foco nas necessidades e demandas das pessoas com deficiências específicas.
Público Alvo
A comunidade externa beneficiada consiste em servidores, discentes, docentes, familiares e publico em geral dos espaços em que ocorrerão a parte itinerante do projeto ( Escolas de Ensino Básico e Sala de Cinema Benfica)
Objetivo Geral
Promover a educação inclusiva com a utilização de recursos audiovisuais pedagógicos, incentivando a realização de debates críticos que fortaleçam práticas emancipadoras no contexto educacional e comunitário.
Objetivo Específico
Identificar e compreender as necessidades dos estudantes atendidos pelo NAPNE no campus, embasado em um mapeamento que orienta a escolha de temas e recursos audiovisuais relevantes para suas realidades; Facilitar a autopercepção e a compreensão do contexto social dos estudantes, relacionando as imagens, sons e narrativas do cinema como instrumentos de mediação e reflexão; Oferecer oportunidades de formação contínua para a comunidade acadêmica, incluindo membros do NAPNE, professores e estudantes, com foco em práticas pedagógicas inclusivas, embasadas em discussões que integrem teorias educacionais e cinematográficas; Promover a sensibilização dos envolvidos com a instituição, tanto internos quanto externos, acerca dos desafios e oportunidades da inclusão social, mediante debates abertos e atividades de extensão que fomentem a troca de experiências; Criar materiais reflexivos que documentem as aprendizagens coletivas, como registros escritos, cartões e relatos, resultantes das sessões de cine-debate, para sistematizar e compartilhar as reflexões geradas durante o processo;
Metodologia
O presente projeto é estruturado metodologicamente em seis etapas, que visam alcançar os objetivos propostos. As etapas incluem: a criação de uma matriz de demanda; a realização de pesquisas; a seleção e análise de filmes; a promoção de apresentações e debates; a elaboração e aplicação de questionários e roteiros semi-estruturados de entrevistas, além do registro das experiências de cada estudante em seus respectivos contextos; e, por fim, a realização de um seminário. A primeira etapa consiste na sistematização de dados sobre as pessoas com necessidades específicas que estão presentes no campus e aquelas atendidas pelo NAPNE. Essa fase é fundamental para a escolha adequada dos temas a serem abordados nos filmes e documentários a serem selecionados. Na segunda etapa, serão realizadas pesquisas que se dividirão em duas categorias: bibliográficas e documentais. Essas pesquisas abordarão legislações e normativas que tratam dos direitos das pessoas inclusas, além de conceitos e definições que permitam uma exploração aprofundada das diversas nuances associadas a cada necessidade específica, especialmente aquelas enfrentadas pelos alunos do IFCE, como transtornos globais do desenvolvimento, deficiência auditiva, visual, intelectual, física e múltipla. É importante ressaltar que essas discussões estão sendo promovidas pelo NAPNE em grupos de estudo. A pesquisa cinematográfica se insere nesta etapa, consistindo na seleção de uma lista de filmes que serão organizados conforme as temáticas a serem apresentadas. A terceira etapa, os filmes selecionados serão analisados quanto às suas possibilidades temáticas e subtemáticas, o que auxiliará na estruturação do roteiro de debate e na escolha do profissional que será convidado para conduzir as discussões. Subsequentemente, a quarta etapa representa o ápice do projeto, com a apresentação dos filmes e os debates mediadores realizados por integrantes do NAPNE, com a participação de especialistas em cada tema. Tais especialistas serão buscados em associações e ONGs que trabalham com a inclusão de pessoas com deficiência –PCDs- como: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APABB), Pestalozzi de Fortaleza, Associação Fortaleza Azul ( FAZ), Associação Fortaleza Down, Associação Cearense de Inclusão, Centro de Referência em Atendimento Educacional Especializado do Ceará (Creaece), dentre outras. Nesse espectro, o projeto contemplará não apenas atividades internas ao IF com a participação de diferentes atores externos supracitados como as ONGs, associações, escolas de Educação Básica e familiares, mas também serão disponibilizados momentos em que as apresentações serão itinerantes. Desta maneira, esses momentos de reflexão e diálogos serão levados também para a comunidade escolar externa e para ser apresentado em sessão aberta na sala de cinema do shopping Benfica permitindo assim, a amplitude das trocas de saberes e vivências pertinentes ao tema inclusão. Na quinta etapa, serão elaborados questionários e roteiros semi-estruturados de entrevistas que serão aplicados ao público presente em cada sessão. O objetivo é compreender os avanços e as dificuldades enfrentadas em relação aos temas abordados. Paralelamente, serão organizados grupos de discussão entre os participantes para que possam debater, refletir e expressar suas preocupações, as quais serão sistematizadas e, posteriormente, socializadas em mídias de comunicação do IFCE, como jornais, periódicos e revistas. Será realizado um seminário que proporcionará um espaço para socializar as reflexões geradas pelo projeto. Este evento permitirá que a comunidade escolar, acadêmica e participantes externos debatam e reflitam sobre a temática da inclusão. Para garantir a acessibilidade do projeto, a divulgação do evento será realizada divulgações por cards nos canais oficiais da instituição, e convites serão enviados ao público externo, incluindo escolas e familiares, disponibilizando um canal de inscrição em que os participantes poderão informar se possuem alguma necessidade específica e os recursos necessários para sua adaptação. A presença dos participantes internos nas sessões e em outros momentos do projeto garantirá a emissão de certificados de participação.