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Campus:
CAMPUS MARANGUAPE
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Acessibilidade em Ação: Construindo Inclusão no município de Maranguape
Área Temática:
Comunicação
Linha de Extensão:
Acessibilidade
Data de Início:
01/08/2025
Previsão de Fim:
01/02/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
150
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
250
Local de Atuação:
Urbano
Fomento:
Edital 04/2025 – Edital para seleção de bolsistas de extensão para os programas/núcleos e projetos institucionais
Programa Institucional
NAPNEs
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Maranguape
Formas de Avaliação:
Questionário
Relatório
Frequência
Reunião
Formas de Divulgação:
E-mail
Folder
Redes sociais
Folheto
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Ana Raquel Araujo da Silva
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Ana Raquel Araujo da Silva IFCE Coordenador Técnico Administrativo IFCE Não 12 01/08/2025 01/01/2026
Fernanda Saraiva Benicio Paulino IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 6 01/08/2025 01/01/2026
Julia Mota Farias IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 6 01/08/2025 01/01/2026
Nicole Whalen Silva Castro IFCE Integrante Discente IFCE Sim 12 01/09/2025 31/12/2025
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 2800.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
A acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência constituem princípios fundamentais para a construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática. No Brasil, segundo dados do Censo de 2022 (IBGE), mais de 18,6 milhões de pessoas vivem com algum tipo de deficiência — o que representa aproximadamente 8,9% da população. Esse contingente enfrenta diariamente barreiras físicas, atitudinais, comunicacionais e informacionais que limitam sua participação plena na vida social, educacional e econômica do país. No contexto do município de Maranguape (CE), que possui cerca de 105 mil habitantes, os desafios são ainda mais evidentes, sobretudo nas periferias e zonas rurais, onde há carência de políticas públicas efetivas voltadas à inclusão. A escassez de materiais acessíveis, a falta de formação adequada para profissionais de educação e saúde, e a invisibilidade social das pessoas com deficiência contribuem para a manutenção de desigualdades históricas. Nesse cenário, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE Campus Maranguape, reafirmando seu compromisso com a função social da extensão, propõe o projeto "Acessibilidade em Ação: Construindo Inclusão no município de Maranguape". A iniciativa visa promover a acessibilidade comunicacional, educacional e atitudinal junto à comunidade externa por meio da produção de materiais inclusivos, ações educativas e mapeamento participativo das barreiras existentes no município. Mais do que uma ação pontual, o projeto busca contribuir para o fortalecimento da cidadania de pessoas com deficiência e estimular o engajamento da sociedade civil na promoção de ambientes mais acessíveis e respeitosos à diversidade humana. Além disso, a proposta aproxima o IFCE da população local, consolidando o papel da instituição como agente transformador no território onde está inserida.
Justificativa
A produção de conteúdos acessíveis é fundamental para o exercício pleno da cidadania e para o enfrentamento das barreiras atitudinais, comunicacionais e informacionais. No IFCE campus Maranguape, muitos alunos, servidores e membros da comunidade ainda não têm acesso a materiais claros e acessíveis sobre os direitos das pessoas com deficiência, nem sobre os recursos e práticas de inclusão. Além disso, muitas vezes a própria população com deficiência não tem acesso a informações em formatos que respeitem suas especificidades comunicacionais. Dessa forma, este projeto justifica-se pela necessidade urgente de promover materiais acessíveis que conscientizem, eduquem e empoderem a comunidade, ao mesmo tempo em que fortalece vínculos entre o campus e a comunidade externa. 1. Contexto nacional e regional Dados da PNAD Contínua (3º trimestre de 2022) apontam que aproximadamente 18,6 milhões de brasileiros com 2 anos ou mais (8,9% da população) têm algum tipo de deficiência jcce.com.br+8portalassobiar.com.br+8noarcomunicacao.com+8itnet.com.br+5manguejornalismo.org+5opovo.com.br+5. Esses índices acompanham severas disparidades: • A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência é de 19,5%, contra 4,1% na população sem deficiência opovo.com.br+2jcce.com.br+2noarcomunicacao.com+2. • Apenas 25,6% concluíram o ensino médio (7% têm nível superior), frente a 57,3% da população geral jcce.com.br+6itnet.com.br+6noarcomunicacao.com+6. • A participação no mercado de trabalho atinge somente 29,2%, contra 66,4% de quem não tem deficiência, e muitos estão em informalidade jcce.com.br+1noarcomunicacao.com+1. No Ceará, a situação é ainda mais preocupante. A prevalência de pessoas com deficiência no estado é de 10,9% da população, a maior do Nordeste itnet.com.br+5jcce.com.br+5noarcomunicacao.com+5. Dentre os cearenses com deficiência com 15 anos ou mais, 32,3% são analfabetos, contra 9,4% da população geral opovo.com.br. Além disso, 68,6% não completaram o ensino fundamental, e somente 4,1% têm ensino superior opovo.com.br+1manguejornalismo.org+1. 2. Situação de Maranguape Maranguape, com cerca de 105 mil habitantes segundo o Censo 2022 , segue a tendência do estado: uma parte significativa da população vive com deficiência, convivendo com forte exclusão educacional, social e de mobilidade. Apesar de ausência de estatísticas municipais detalhadas, sabe-se que em 2016 foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta para garantir transporte acessível no município defensoria.ce.def.br, o que demonstra demandas locais ainda não plenamente atendidas. 3. Relevância para o público externo e a sociedade local O IFCE Campus Maranguape, ao propor “Acessibilidade em Ação: Construindo Inclusão no município de Maranguape”, assume papel catalisador para além dos muros da instituição. A produção de materiais inclusivos (textos em fácil leitura, vídeos com Libras, cartilhas, guias de acessibilidade, etc.) oferece: • Informação e empoderamento: reduz barreiras de acesso à educação e serviços essenciais. • Apoio à mobilidade e autonomia: complementa iniciativas como o TAC de transporte, ampliando a adaptação de sinais, rotas acessíveis e orientações à população. • Fortalecimento comunitário: beneficia diretamente pessoas com deficiência, familiares, cuidadores, escolas, empresas e órgãos públicos. • Conformidade legal e ética: alinha-se à Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), cumprindo direitos defendidos tanto em normas federais quanto estaduais manguejornalismo.org. 4. Impacto social e potencial de transformação Ao formar estudantes e servidores para elaborar conteúdos claros e acessíveis, o projeto reforça capacidades locais para a educação inclusiva, ampliando a participação social de pessoas com deficiência – estudantes, trabalhadores, consumidores, cidadãos. Contribui também para: • Reduzir desigualdades em educação e renda, em consonância com metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). • Fortalecer a mobilidade urbana inclusiva, integrando-se aos esforços das entidades públicas e do transporte adaptado. • Fomentar uma cultura de respeito e valorização da diversidade, impactando positivamente toda a sociedade maranguapense.
Público Alvo
Publico alvo será a população do município de Maranguape. Aproximadamente 150 pessoas serão atingidas diretamente e 250 indiretamente. Mais especificamente, serão os cidadãos de Maranguape, entre 150 a 250 pessoas, entre as faixa etária de 5 a 40 anos, de escolaridade diversas. Os bairros atingidos serão os bairros próximos ao centro de Maranguape em escolas, postos de saúde e associações.
Objetivo Geral
Promover a inclusão social de pessoas com deficiência no município de Maranguape por meio da produção e difusão de materiais acessíveis, ações formativas e intervenções educativas que beneficiem diretamente a comunidade externa ao IFCE, contribuindo para a construção de uma sociedade mais acessível, consciente e inclusiva.
Objetivo Específico
Produzir e distribuir materiais acessíveis (em formatos como Libras, áudio, fonte ampliada, linguagem simples e leitura fácil) voltados à informação, orientação e formação da comunidade maranguapense. Realizar campanhas educativas com foco em acessibilidade, direitos das pessoas com deficiência e práticas inclusivas, voltadas a escolas públicas, famílias, servidores municipais, comerciantes e outros atores sociais locais. Mapear, com apoio da comunidade, os principais obstáculos de acessibilidade em espaços públicos e serviços essenciais do município, propondo soluções práticas e colaborativas. Formar multiplicadores locais (educadores, agentes comunitários, estudantes, etc.) sobre acessibilidade e inclusão, estimulando a continuidade das ações após o término do projeto. Fortalecer o diálogo entre o IFCE e a sociedade maranguapense, por meio de ações extensionistas que envolvam a população nas etapas do projeto, ampliando o papel social da instituição como agente de transformação local.
Metodologia
O projeto será desenvolvido ao longo de 6 meses, com uma abordagem extensionista, interdisciplinar e participativa, envolvendo estudantes, servidores e representantes da comunidade externa. As ações serão organizadas em cinco etapas metodológicas principais, que se articulam entre si para promover impacto real e duradouro na inclusão de pessoas com deficiência em Maranguape. Desses 6 meses, 4 haverá pagamento de bolsista extensionista. ________________________________________ Etapa 1 – Planejamento e Mobilização (Mês 1) Nesta fase inicial, será feita a apresentação pública do projeto à comunidade externa e aos parceiros locais (ONGs, escolas, CRAS, APAE), com o objetivo de mobilizar participantes e colher demandas reais. Também será apresentado um questionário simples no google forms para identificar as demandas. Atividades-chave: • Reuniões de planejamento interno e com parceiros externos. • Levantamento de dados locais sobre acessibilidade. ________________________________________ Etapa 2 – Produção de Materiais Acessíveis (Meses 2 e 3) Com base nas demandas levantadas, a equipe iniciará a produção de materiais inclusivos em formatos diversos: cartilhas em leitura fácil, vídeos com tradução em Libras e fonte ampliada. Os temas abordarão direitos, acessibilidade urbana, serviços públicos e orientações práticas. Atividades-chave: • Criação de conteúdo textual e audiovisual acessível. • Parceria com intérpretes de Libras e revisores de acessibilidade. • Distribuição dos materiais em espaços públicos. ________________________________________ Etapa 3 – Ações Educativas e Intervenções Comunitárias (Meses 3 e 4) Serão realizadas campanhas educativas em escolas, CRAS, APAE e outros espaços comunitários. Também será iniciado o processo de formação de multiplicadores locais, capacitando educadores, agentes comunitários e voluntários em inclusão e acessibilidade. Atividades-chave: • Campanhas nas redes sociais, praças e rádios locais. ________________________________________ Etapa 4 – Diagnóstico Participativo e Mapeamento de Acessibilidade (Meses 4 e 5) Será realizada uma ação de diagnóstico com a comunidade, utilizando questionários, entrevistas e visitas técnicas para mapear obstáculos à acessibilidade em espaços públicos de Maranguape. Os dados serão sistematizados em um Mapa Colaborativo de Acessibilidade, com registros fotográficos, sugestões de melhoria e linguagem acessível. Atividades-chave: • Aplicação de instrumentos de coleta de dados (em formatos acessíveis). • Análise e sistematização dos dados. • Criação e divulgação do mapa digital. ________________________________________ Etapa 5 – Divulgação dos Resultados e Encerramento (Mês 6) A última etapa será dedicada à socialização dos resultados com a comunidade e os gestores públicos. Serão apresentados os materiais produzidos. Atividades-chave: • Entrega de materiais produzidos a instituições locais. • Avaliação participativa do projeto com todos os envolvidos.