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Campus:
CAMPUS ACARAU
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Manguezal para Tod@s: Formação e Educação Ambiental para o Turismo Consciente
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Turismo
Data de Início:
28/07/2025
Previsão de Fim:
27/08/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
50
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
500
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
Captação de recursos externos
Programa Institucional
Programa Proext/PG
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acaraú
Cruz
Jijoca de Jericoacoara
Formas de Avaliação:
Participação
Relatório
Reunião
Trabalhos Escritos
Formas de Divulgação:
Site institucional
Redes sociais
Articulações institucionais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Rafaela Camargo Maia
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Andre Luiz da Costa Pereira IFCE Integrante Técnico Administrativo IFCE Não 4 28/07/2025 27/07/2026
Barbara Hellen Nascimento de Paulo IFCE Integrante Discente IFCE Sim 6 28/07/2025 27/07/2026
Henrique Ziegler Instituto Ser Integrante Sem vínculo Não 6 28/07/2025 27/07/2026
Ingrid Farias Cardozo IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 28/07/2025 27/07/2026
Joao Marques da Silveira Neto IFCE Integrante Discente IFCE Sim 6 28/07/2025 27/07/2026
Morgana Machado Masetti Instituto Ser Integrante Sem vínculo Não 4 28/07/2025 27/07/2026
Rafaela Camargo Maia IFCE Coordenador Docente IFCE Não 6 28/07/2025 27/08/2026
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Instituto Ser Sim Acordo de cooperação 23264.002412/2024-64
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 16800.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 8900.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 12450.0
Vínculos:
Ação Tipo
Semana do Meio Ambiente do IFCE Campus Acaraú 2025 Evento
Apresentação
Trata-se de um convênio de cooperação que celebra entre si, de um lado, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, campus Acaraú, instituição de ensino superior, básica e profissional, por meio do Laboratório de Ecologia de Manguezais (ECOMANGUE) e do outro, o Instituto S.E.R. Brasil, que viabiliza ações de sensibilização e conservação dos manguezais em colaboração com E-group Hotels (Rancho do Peixe e Vila Kalango).
Justificativa
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável e a Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030) com o objetivo de sensibilizar a população global sobre a importância dos ambientes naturais e mobilizar atores públicos, privados e sociedade civil organizada em ações que promovam a sua saúde e sustentabilidade, promovendo assim implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O manguezal é um dos ecossistemas mais importantes quando se trata da conservação oceânica, dada sua notável função como berçário natural para inúmeras espécies marinhas, sua significativa contribuição para a proteção costeira e seu valor econômico para as comunidades locais (Rezende et al., 2015). Portanto, para executar as ações da Década dos Oceanos e da Restauração é essencial a sustentabilidade dos manguezais dada essa dependência intrínseca. Soma-se a isso, a publicação recente do Decreto Nº 12.045/2024 que institui o Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais do Brasil (Promanguezal) que visa à conservação, recuperação e uso sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados aos manguezais brasileiros, por meio da geração,sistematização e disseminação de conhecimento, capacitação e sensibilização. Em alinhamento com essa iniciativa, o estado do Ceará aprovou leis para promover a cultura oceânica nas escolas, incluindo municípios como Acaraú, Camocim, Caucaia, Cruz, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Fortim e Icapuí. Assim como, reconhecendo a importância dos manguezais, o Ceará instituiu a Lei Estadual nº 16.993/19, que estabelece a Semana Estadual de Proteção e Conservação dos Manguezais. Esta legislação pioneira visa promover atividades educativas, culturais e de mobilização social para a conservação desses ecossistemas vitais, considerando também o seu papel na economia do estado, especialmente na pesca e turismo. No entanto, para que as legislações sejam realmente eficazes, é fundamental implementar medidas práticas que assegurem sua execução plena e o alcance dos objetivos estabelecidos. Os manguezais no Ceará enfrentam inúmeros impactos ambientais negativos. Conforme Maia et al. (2019), o desmatamento, a carcinicultura e o descarte inadequado de resíduos sólidos são alguns dos principais fatores estressantes que afetam a distribuição espacial, a abundância e o desenvolvimento das espécies nesses ecossistemas. Adicionalmente, Thiers, Meireles e Santos (2016) destacam problemas como a deterioração da qualidade das águas, a expansão desordenada das atividades produtivas, a ocupação costeira e a modificação do fluxo hídrico nos estuários. A educação ambiental desempenha um papel fundamental na promoção da conservação dos manguezais, na difusão da cultura oceânica e nos ODS. É por meio dela que a população é sensibilizada e incentivada a adotar comportamentos que contribuam para a sustentabilidade. É a partir desse contexto que surge a necessidade de implementação de ações de capacitação. A formação continuada de professores promove a melhoria do ensino, isso porque os docentes aprendem novas metodologias de ensino-aprendizagem, técnicas de didática e formas de lidar com os desafios do trabalho em sala de aula (Buratti et al., 2021; Moura; Bonzanini, 2024). Tudo isso se reflete diretamente nos resultados dos alunos, pois além de aprenderem os conteúdos teóricos de maneira mais eficaz, eles também se desenvolvem como cidadãos e agentes de mudança socioambiental, o que é fundamental para a conservação dos manguezais frente às questões ambientais e a crise estão enfrentando. Além disso, a utilização de trilhas ecológicas para práticas ambientais extrai conhecimentos por meio da vivência com a realidade e contato direto com o ambiente. Sendo essa uma atividade interdisciplinar, fazendo com que os envolvidos se tornem mais sensíveis com a natureza (Silva et al., 2012). As trilhas ecológicas proporcionam experiências práticas aos visitantes, num contato direto com a natureza, contribuindo para formação dos mesmos acerca da conservação dos recursos naturais do ecossistema manguezal (Aiolfi et al., 2011). A parceria entre o IFCE e Instituto S.E.R., é uma oportunidade bilateral de novas experiências e aproveitamento de mão de obra extremamente qualificada, na qual o aluno, altamente capacitado, tem a oportunidade de aplicar o conhecimento prático, técnico e teórico.
Público Alvo
Populações de comunidades tradicionais, visitantes, turistas, professores e alunos das escolas dos municípios de Acaraú, Cruz e Jijoca de Jericoacoara, situados na área de influência da Praia do Preá.
Objetivo Geral
Integrar formação profissional e educação ambiental para fortalecer a conservação dos manguezais, promovendo a formação de guias locais, a sensibilização turística e o engajamento das escolas e comunidades tradicionais da região da Praia do Preá.
Objetivo Específico
a) Estabelecer parcerias com entidades e órgãos públicos para ampliar os trabalhos e projetos, garantindo sua continuidade para conservação dos manguezais; b) Estabelecer uma ecotrilha em área de manguezal na área de influência da Praia do Preá; c) Capacitar ecoguias locais para poderem atuar junto aos manguezais, incluindo estratégias de sensibilização com visitantes e turistas assim como para realização de ações de limpeza na área; d) Produzir material didático sobre conservação dos manguezais a ser disponibilizado para os hóspedes do E-group Hotels (Rancho do Peixe e Vila Kalango); e) Produzir material didático para distribuição nas escolas dos municípios de Cruz e Jijoca de Jericoacoara, situados na área de influência da Praia do Preá; f) Capacitar os professores das escolas supracitadas para utilização do material didático produzido; g) Realizar exposições didáticas sobre a flora e fauna dos manguezais para sensibilização ambiental do público alvo do presente projeto.
Metodologia
A primeira etapa do projeto será o reconhecimento das áreas de manguezal situadas na região de atuação do Instituto S.E.R., abrangendo as imediações da Praia do Preá e os municípios de Acaraú, Cruz e Jijoca de Jericoacoara. Essa fase inicial também envolverá a identificação das comunidades tradicionais associadas a esses manguezais, bem como das escolas presentes nessa área, com o intuito de mapear os recursos naturais e sociais que serão integrados às atividades de capacitação, educação ambiental e sensibilização previstas no presente plano de trabalho. 8.1. Produção de material didático Será realizada uma análise das necessidades pedagógicas das escolas na área de atuação do projeto, considerando o contexto socioambiental da região e o ecossistema de manguezais. Com base nessa análise, serão elaborados materiais educativos interativos e contextualizados (cartilhas), que abordem a importância da conservação dos manguezais, adaptados para diferentes faixas etárias e níveis de ensino, com exemplos locais de fauna, flora e uso ecossistêmico. Paralelamente, será produzido material didático específico para os hóspedes das pousadas (materiais digitais hospedado nas redes sociais das pousadas e acessado por QR code), com foco na sensibilização ambiental e no turismo sustentável, destacando boas práticas para a conservação dos manguezais locais. A produção desses materiais será colaborativa, garantindo que o conteúdo seja didático, acessível e visualmente atrativo. 8.2. Implantação da Trilha e formação de Ecoguias Primeiramente, será realizada a escolha da área na qual a trilha interpretativa será implantada no manguezal da área de influência da Praia do Preá. Serão considerados os critérios de acessibilidade e representatividade de espécies. Preferencialmente serão utilizadas áreas já abertas pela população/pescadores locais a fim de não contribuir para o pisoteio em novas áreas. O local escolhido será mapeado e georreferenciado. E se necessário, serão realizados mutirões de limpeza. A seguir, será demarcada a trilha, com a definição de pontos estratégicos de paradas e a implantação de placas sobre flora, fauna e outros aspectos ecológicos relevantes com informações em português, inglês, espanhol, libras e braile. Será adotado o modelo mais sustentável para confecção das placas. A fim de contribuir para o desenvolvimento regional será realizado um curso de formação de eco guias. Para isso, serão selecionados jovens residentes na região que assistirão aulas teóricas e práticas sobre o manguezal. 8.3. Formação docente A metodologia para a formação docente será baseada em oficinas pedagógicas e capacitações presenciais, visando a preparação dos docentes para a utilização eficaz do material didático produzido sobre os manguezais. Inicialmente, será realizado um diagnóstico das necessidades formativas dos professores da região, garantindo que as capacitações estejam alinhadas com as demandas locais. Em seguida, serão promovidas sessões práticas e teóricas que abordarão o uso do material impresso e estratégias didáticas para sua integração ao currículo escolar. Além disso, serão fornecidas orientações sobre como adaptar o conteúdo às diferentes realidades de ensino. O material impresso será doado às bibliotecas das escolas, garantindo que os professores e alunos tenham acesso contínuo aos recursos. Serão realizadas exposição científica sobre a flora e fauna do manguezal com a coleção do ECOMANGUE nas escolas participantes. Serão realizadas parcerias com as Secretarias de Educação locais.