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Campus:
CAMPUS TAUA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Regenera: aprendizagem sustentável
Área Temática:
Meio Ambiente
Linha de Extensão:
Agroecologia
Data de Início:
02/10/2025
Previsão de Fim:
09/06/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
90
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
120
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
-
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Tauá
Formas de Avaliação:
Participação
Pesquisa de Satisfação
Formas de Divulgação:
E-mail
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Clice de Araujo Mendonca
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Antonia Flavia Fernandes Torres Instituto Avaliação Integrante Sem vínculo Não 3 03/11/2025 08/06/2026
Antonio Robson Cavalcante Ledo EEEP MONSENHOR ODORICO DE ANDRADE Integrante Sem vínculo Não 2 02/10/2025 31/05/2026
Clice de Araujo Mendonca IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 02/10/2025 08/06/2026
Elpida Andreia de Queiroz Niko Kavouras IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2025 08/06/2026
Jair Roberto Oliveira Alves Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará - Ematerce Integrante Sem vínculo Não 2 02/10/2025 31/05/2026
João Paulo Nobre de Almeida AGRONOBRE - CONSULTORIA E PROJETOS AGROPECUÁRIOS Integrante Sem vínculo Não 3 02/10/2025 31/05/2026
Liciana Alves Goncalves Soriano UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI Integrante Sem vínculo Não 2 02/10/2025 31/05/2026
Maria Emilly Sales Gomes IFCE Integrante Discente IFCE Não 2 02/10/2025 31/05/2026
Willame de Araujo Cavalcante IFCE Integrante Docente IFCE Não 3 02/10/2025 08/06/2026
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
EEEP Monsenhor Odorico de Andrade Não
AGRONOBRE - CONSULTORIA E PROJETOS AGROPECUÁRIOS Não
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Buscando contribuir para a construção de um mundo ambientalmente mais responsável e inclusivo planejamos uma ação socioeducativa que visa a recuperação de áreas agrícolas degradadas pela ação antrópica, a partir da intervenção colaborativa em pequenas propriedades, tendo o Sistema Agroflorestal como método catalizador do processo.
Justificativa
A Região Semiárida é caracterizada por um clima seco e quente, com evapotranspiração em torno de 2.700 mm/ano, além de solos geralmente pobres e com baixa capacidade de retenção de umidade. A rede fluvial da região é intermitente, com volumes de água limitados e a cobertura vegetal é predominantemente constituída pelo bioma Caatinga, (SILVA e GUIMARÃES FILHO, 2006). As chuvas no semiárido são marcadas pela irregularidade, tanto no tempo quanto no espaço. De acordo com Ali e Talukder, 2008, o déficit hídrico dessas áreas aumenta a cada ano, em virtude: do crescimento da população, além de mudanças no ciclo hidrológico induzidas pelo uso e ocupação inadequados do solo; das modificações no estilo de vida da população local e da urbanização; das alterações climáticas, que levam à escassez hídrica. Segundo Duque 2004, o desmatamento e a consequente exposição do solo no Semiárido poderiam potencializar localmente os extremos meteorológicos, aumentando a insolação e o calor, o ressecamento e a erosão eólica, produzindo cheias mais impetuosas e secas mais violentas. Pouco mais de 20 anos depois, vivemos exatamente a realidade que o autor alertava. Para reverter a situação e evitar que o semiárido se torne deserto improdutivo é necessário mudarmos os sistemas de produção da região. Segundo Drumond, 2013 os sistemas agroflorestais podem ser usados para solucionar problemas como, a conservação de solos, baixa produtividade dos cultivos e a degradação de áreas de pastagens. Ainda segundo o autor, o SAF proporciona o aumento da produtividade agrícola em até 260% em relação à média das propriedades que utilizam os métodos convencionais de produção. Os SAF’s são sistemas de uso e manejo dos recursos naturais que integram consorciações de árvores e culturas agrícolas e/ou animais de forma científica, ecológica e socialmente aceitável pelo produtor rural, obtendo os benefícios das interações ecológicas e econômicas resultantes. São consorciações que se alicerçam em princípios de sustentabilidade, pois envolvem aspectos ambientais, econômicos e sociais (FREITAS et al., 2017). Para o SAF ser efetivo, é necessário que seja planejado levando em consideração solo, clima, mercado, arranjos, disponibilidade de água e mão de obra, objetivo com a produção, custos e a legislação. O sistema, se manejado de forma adequada, proporciona alta produtividade e benefícios mútuos para todas as espécies envolvidas, para o solo, meio ambiente e para o homem. Quanto aos impactos sociais dos SAF’s, Drumond 2013 destaca o uso mais intenso da mão de obra em diferentes atividades, possibilitando a integração dos gêneros na divisão de tarefas, além de noções de educação ambiental que em si carrega a tecnologia, o que criará condições para a redução do êxodo rural. Os benefícios econômicos para os produtores são muitos. A renda é garantida ao longo do tempo, porque podem comercializar primeiro as espécies agrícolas de crescimento rápido como hortaliças, depois espécies de médio prazo, como as frutíferas e, no longo prazo, as espécies madeireiras de alto valor agregado. Em relação aos impactos ambientais, pode-se destacar a redução da degradação, melhoria da qualidade do solo e da água, entre outros. O IPCC - Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima - identificou o plantio em sistemas agroflorestais como uma das medidas mais interessantes para a adaptação climática, tornando as propriedades rurais mais resilientes e resistentes a pragas, secas e inundações. A adoção das tecnologias agroflorestais constitui um dos melhores encaminhamentos no sentido da recuperação ecológica e da viabilização econômica da unidade de produção agrícola do Semiárido nordestino. Ao fundamentar-se na conservação da cobertura arbórea e na defesa do solo contra a erosão, o SAF privilegia a proteção, a conservação, a melhoria da qualidade e o uso sustentável dos recursos hídricos, fator por demais escasso nessas áreas (FILHO, 2013).
Público Alvo
O projeto tem como público-alvo, diretamente beneficiado, os integrantes da família da agricultora familiar, os estudantes e professores dos cursos da região dos Inhamuns, de nível médio ou superior, ligados às Ciências Agrárias. Como beneficiários indiretos teremos toda a sociedade, pois a agrofloresta proporciona diversos benefícios ambientais e ecológicos. Além de ser um projeto modelo que poderá ser replicado pelos demais produtores familiares da região.
Objetivo Geral
Implantar um espaço produtivo que seja referência em recuperação de áreas degradadas e possa ser replicado no semiárido.
Objetivo Específico
 Recuperar a fertilidade do solo;  Diversificar a produção de alimentos na agricultora familiar, em quantidade e qualidade;  Contribuir para a permanência do homem no campo;  Melhorar as condições ambientais;  Criar um ambiente didático para aulas práticas interdiciplinares;  Promover a educação ambiental e sustentabilidade no semiárido.
Metodologia
O projeto foi iniciado em 2023, mas a família estava sem assistência técnica nos últimos 12 meses. Para retomarmos o acompanhamento e orientação técnica fizemos uma vista para diagnóstico da situação atual. A agricultora familiar pretende tornar o seu sítio mais produtivo e rentável, com base nos princípios do desenvolvimento sustentável. A propriedade tem área de aproximadamente 0,5 ha, água disponível, já foi feito análise do solo, transplantio de 60 goiabeiras que já estão em fase produtiva, irrigadas com sistema de microaspersão, que serão aproveitadas na instalação do Sistema agroflorestal. Em comum acordo com a família da agricultora, tendo como base a realidade local e conhecimento técnico, será decidido as culturas a serem cultivadas e o uso do Sistema Agroflotestal (SAF) como metodologia a ser adotada ao longo da implementação do projeto. A próxima etapa será trabalhar a produção de plantas de cobertura para o solo, principalmente leguminosas, transplantar mudas de frutíferas de espécies diferentes da que já tem – sugerimos mamão e acerola, integrar a produção de hortaliças – cebolinha, coentro e pimentas - para a produção de molhos e geleias, além do transplantio de mais plantas da flora do Bioma Caatinga ao longo da extensão da propriedade. O projeto será divulgado por meio de redes sociais dos parceiros envolvidos, e será incentivado a família a criar uma página específica para divulgar as ações e facilitar a comercialização dos produtos agrícolas da área. Já foi realizado um dia de campo e têm-se a intenção de repetir anualmente para incentivar a multiplicação da ideia. Avaliaremos a produtividade das culturas agrícolas, o desenvolvimento das mudas de plantas nativas da caatinga, o incremento na renda da família, a eficiência do sistema de irrigação e a possibilidade de expansão da área do projeto, além de inclusão de produção animal integrada ao SAF. As sugestões de mudança/adaptação são feitas e as decisões cabem à família produtora.