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Campus:
CAMPUS ACOPIARA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Minha Língua é Libras
Área Temática:
Educação
Linha de Extensão:
Acessibilidade
Data de Início:
05/08/2025
Previsão de Fim:
05/02/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
10
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
30
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Nenhum
Modelo de Oferta da Atividade:
Presencial
Municípios de abrangência
Acopiara
Formas de Avaliação:
Participação
Frequência
Reunião
Prova
Formas de Divulgação:
E-mail
Folder
Site institucional
Redes sociais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Raquece Mota Honorio Cruz
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Breno Lucca Sobreira Pinho IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Civoneide Cardoso Rodrigues IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Francisco Eudenis Alves da Silva IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Libia Cardoso Soares Neta IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Luis Gustavo Araújo Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Marfiza Araujo Rocha Segunda IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Maria Livia Cavalcante Lima IFCE Integrante Discente IFCE Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Raquece Mota Honorio Cruz IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 05/08/2025 05/02/2026
Resilandia Leitão Lima de Araújo IFCE Integrante Sem vínculo Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Vanessa Barbosa da Silva IFCE Integrante Sem vínculo Não 8 05/08/2025 05/02/2026
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Historicamente, a Educação de Surdos tem sido marginalizada em suas dimensões cultural, econômica, política, social e educacional. Os surdos eram percebidos no mundo como pessoas incapazes de aprender devido à questão linguística. Por conseguinte, não tinham direitos religiosos, civis, políticos, socioeconômicos, entre outros. Apesar de contemporânea, a discussão sobre a educação da pessoa surda e sua histórica opressão, as práticas educacionais para pessoas surdas teve início no século XVIII, com o advento do Instituto Nacional de Surdos de Paris, onde pela primeira vez, a nível nacional, as pessoas surdas foram percebidas como capazes de aprender, a trabalhar, a se comunicar e a viver. Esta escola para surdos em Paris mostrou para o mundo que a pessoa surda pode ter seu pleno desenpenho social e linguístico se aprender sua língua materna (língua de sinais) como sua língua de instrução, formação e comunicação, sendo a ponte para quaisquer outros aprendizados. Mesmo com todo sucesso na educação de surdos veiculado pela escola de Paris, a filosofia oralista, que impõe ao surdo a obrigatorieadade da fala em detrimento da língua gestual, foi eleita como a melhor maneira de educar um surdo e imperou por cerca de 80 anos (1880 a 1960). Esse desastre educacional e social, arquitetato por pessoas ouvintes, fez com que os surdos da frança e de diversos lugares do mundo voltassem para a mendicância, para a segregação. Houve uma grande perca pessoal, social, educacional, linguísitica e cultural. Foi a partir de 1960 que estudiosos da educação de surdos perceberam o grande fracasso que o oralismo foi e a importância que a língua de sinais tem na construção da identidade e na comunicação da pessoa surda No Brasil, tudo começou a fazer sentido para as pessoas surdas quando o Imperador D. Pedro II trouxe para o país o professor surdo Ernest Huet, a fim de ensinar duas pessoas surdas de sua família. A partir desse feito e por esse motivo, surge o Imperial Instituto de Surdos e Mudos no Brasil em 1857. Hoje é conhecido como INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) e é responsável pela inclusão do surdo e difusão da Libras no Brasil. Apesar da grande repercussão do INES, a Língua de Sinais Brasileira só foi reconhecida no ano de 2002 com a Lei 10.436 e regulamentada com o decreto 5.626 de 2005. A partir de então, a pessoa surda e sua língua ganharam maior visibilidade em todo o terrirório nacional. Em 2015, a Lei Brasileira da Inclusão vem apontar que em todos os espaços sociais deve haver Libras e se faz necessário e urgente a pessoa surda ocupar todos os âmbitos da sociedade. Os avanços legais e a grande difusão da Libras por todo o terrítório nacional faz-nos acreditar que as pessoas surdas já tem acesso à sua língua e estão lutando para que os espaços sociais sejam bilingues. Mas infelizmente não. Ainda podemos encontrar um grande número deste público, sobretudo nos interiores do estado, que já se encontram na fase adulta e não tiveram acesso à sua lingua em tempo oportuno. Isso fez com que os surdos não tivessem acesso à educação, à cultura ao lazer e a uma vida digna. Apesar de não conseguirmos voltar no tempo e recuperarmos tudo o que os surdos perderam, podemos atenuar dando dignidade linguistica. O Objetivo do Projeto de Extensão LIBRAS É MINHA LÍNGUA é buscar surdos na cidade de Acopiara, que ainda estão desolados socialmente e linguisticamente para que tenham uma formação básica em Libras para fins de comunicação e legitimidade cultural e possam construir sua identidade surda.
Justificativa
Tendo em vista a grande necessidade da pessoa surda interagir com o mundo, com a sociedade e poder construir sua identidade, desenvolver sua cultura e seus valores, se faz necessário que esta domine minimamente sua língua natural que é a Libras. Como um grande número de surdos na cidade de Acopiara e as cidades circunvizinhas, ainda não tem acesso a Libras devido a fatores como: insuficiência financeira para estudar com segurança, falta de acesso aos espaços inclusivos e descrédito nas instituições escolares onde estudaram sem nenhuma mediação em Libras. Esses fatores fizeram com que esse grupo específico de surdos não tivessem acesso à sua língua natural e vivem em situação de exclusão total da sociedade. Portanto, esse projeto se justifica pela real necessidade de incluir estes surdos por meio do ensino-aprendizagem da Libras e desenvolverem minimamente sua dignidade linguística, fazendo com seus conhecimentos e sua interação social se espandam cada vez mais. Além disso, o projeto tem como viés secundário o suporte e instrução familiar, concomitante à vigência do projeto, com o obejtivo de visitação familiar, palestras com temáticas sobre a surdez, inclusão social, saúde e convivência familiar o ser biopsicosocial.
Público Alvo
essoas surdas residentes na cidade de Acopiara e região que vivem em situação de vulnerabilidade, que não tenha tido acesso a Libras em nenhum momento de sua vida; Pessoas surdas que não dominem Libras e que queiram aprender a língua como sua língua natural; Surdos que estudaram em escolas comuns sem o conhecimento da Libras;
Objetivo Geral
Proporcionar aos participantes surdos contemplados pelo projeto que vivem em situação de exclusão e vulnerabilidade social, o ensino-aprendizagem de sua Língua natural - Libras por meio de ações como curso de Libras como L1, eventos e a associação com nossos estudantes de Libras.
Objetivo Específico
Integrar e incluir as pessoas surdas de Acopiara e região; Ensinar a Libras como lingua natural para a comunidade surda partcipante do projeto; Desenvolver as habilidades linguísticas para sinalizar e entender outras sinalizações; Compreender a importãncia da Libras para a comunicação e a integração social da pessoa surda; Incentivar comunicação em Libras no contexto familiar; Promover a interação da pessoa surda e ouvintes em diferentes espaços sociais;
Metodologia
As atividades metodológicas seguirão os seguinte passos: 1. Visita aos domicílios dos surdos para apresentação do projeto e pré-matrícula; 2. Cadastro no sistema q-academico do curso de Libras para pessoas surdas; 3. Planejamento e organização das aulas e elaboração de materiais para o desenvolvimento do projeto 4. Execução do projeto: Início das aulas e acompanhamento aos alunos e suas famílias; 5. Organização do evento Setembro Azul - Evento alusivo a dia do surdo. 6. Palestras com os familiares dos estudantes surdos (conhecendo a identidade surda) 7. Ao final do projeto será feita uma pesquisa de satisfação com os familiares e com os próprios surdos sobre a importância do projeto para a vida deles. 8. A equipe executora irá escrever um artigo sobre os resultados do projeto; As aulas acontecerão nas dependências do IFCE campus Acopiara, duas vezes por semana, às terças e quartas-feiras de 13:00 às 17:00. O conteúdos serão ministrados de maneira bilíngue tendo a Libras como língua de instrução e utilizando a pedagogia visual como método de ensino. Os alunos receberão materiais didáticos impressos e em video para estudos em sala e em casa. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO PROJETO Quem sou eu: Meu nome, meu sinal e minha idade: Minhas origens: Meus pais e familiares (meu nome e sobrenome) Conhecendo minha Língua natural; O que é Libras? Datilologia: identificando as letras e as palavras - meu nome ..... Aprendendo os números naturais Aprendendo as saudações e cumprimentos; Pronomes `Pessoais e Pronomes Possessivos Aprendendo o calendário; Noções de tempo Ações do dia a dia Cores Horas Ambientes da cidade Profissões Tipo de alimentos e bebidas Meios de transporte e lazer Estados e Municípios Adjetivos Rede sociais Convesação em Libras