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Campus:
CAMPUS FORTALEZA
Tipo da Ação:
Projeto
Título:
Capacitação de apicultores cearenses com ferramentas tecnológicas desenvolvidas para uso da apicultura de precisão no semiárido
Área Temática:
Tecnologia e Produção
Linha de Extensão:
Desenvolvimento Tecnológico
Data de Início:
18/08/2025
Previsão de Fim:
31/08/2026
Nº mínimo de pessoas beneficiadas:
5
Nº máximo de pessoas beneficiadas:
50
Local de Atuação:
Urbano-Rural
Fomento:
-
Programa Institucional
Programa Proext/PG
Modelo de Oferta da Atividade:
Semi-Presencial
Formas de Avaliação:
Participação
Relatório
Reunião
Formas de Divulgação:
Cartaz
E-mail
Articulações institucionais
Atividades Realizadas:
Nome do Responsável:
Elias Teodoro da Silva Junior
Equipe:
Nome Instituição Categoria Vínculo Receberá bolsa? Horas Semanais Dedicadas Início da Participação Fim da Participação
Antonio Rafael Braga UFC Integrante Sem vínculo Não 4 18/08/2025 31/08/2026
Davi Coelho Maciel IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 18/08/2025 31/08/2026
Elias Teodoro da Silva Junior IFCE Coordenador Docente IFCE Não 4 18/08/2025 31/08/2026
Jorge Fernando Ramos Bezerra IFCE Integrante Discente IFCE Não 4 18/08/2025 31/08/2026
Parcerias:
Instituição Parceira Parceria Formalizada? Instrumento Utilizado Número do Instrumento
Orçamento:
Conta Valor
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes 0.0
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0.0
Diárias - Pessoal Civil 0.0
Encargos Patronais 0.0
Equipamento e Material Permanente 0.0
Material de Consumo 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0.0
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0.0
Passagens e Despesas com Locomoção 0.0
Vínculos:
Ação Tipo
Apresentação
Este projeto visa oferecer treinamento para apicultores do sertão central cearense sobre o manejo padronizado de colônias de abelhas com objetivo de reduzir os riscos de perda de colônias de abelhas Apis mellifera principalmente nas épocas de seca. As inspeções serão realizadas com o apoio de um dispositivo IoT (Internet das Coisas) que faz a verificação in loco das colônias. O estudo de avaliação do dispositivo IoT se dará em laboratório de campo e nas próprias fazendas dotadas de colmeias.
Justificativa
A sobrevivência das abelhas impacta diretamente a biodiversidade e a segurança alimentar global. Responsáveis por cerca de 90% dos serviços de polinização comercial e 35% das culturas alimentares mundiais [Kanelis et al. 2023], elas sustentam ecossistemas e cadeias produtivas essenciais. No Brasil, a polinização animal é crucial para a agricultura, sendo que, das 191 culturas agrícolas com conhecimento disponível sobre polinização, 114 (60%) são visitadas por polinizadores [Wolowski et al. 2019], reforçando a importância de práticas eficazes de manejo. Diversos fatores têm contribuído para o declínio populacional das abelhas, como mudanças climáticas, doenças e uso intensivo de pesticidas [Danieli et al. 2024; Lu et al. 2024]. Além disso, a perda da abelha-rainha — responsável pela reprodução na colmeia — compromete diretamente a continuidade e a organização social de uma colônia [Santos et al. 2025]. Detectar precocemente essa ausência é essencial, mas os métodos tradicionais baseiam-se em inspeções manuais, que são invasivas, normalmente imprecisas e operacionalmente limitadas. A Apicultura de Precisão (AP), integrada à Internet das Coisas (IoT), tem se mostrado promissora para modernizar esse cenário [Braga et al. 2020]. No entanto, em ambientes rurais, limitações como falta de conectividade e difícil acesso às colmeias podem comprometer a adoção prática dessas tecnologias computacionais. Alguns estudos recentes buscaram identificar a ausência da rainha com base em parâmetros como temperatura, umidade e som, aplicando algoritmos de aprendizado de máquina em computadores de alto desempenho [Otesbelgue et al. 2025]. Avanços também foram obtidos com a execução de modelos em dispositivos móveis [Santos et al. 2025] e em classificadores otimizados para resposta rápida [Rodrigues et al. 2022]. Contudo, essas abordagens ainda dependem de equipamentos relativamente caros ou de processamento remoto. Por outro lado, o paradigma da Computação em Borda pode ser uma alternativa eficaz, na medida em que permite o processamento de dados diretamente no local, com menor dependência de energia e conectividade [Lai et al. 2018]. Entretanto, soluções embarcadas específicas para monitorar a presença da rainha ainda são escassas, sobretudo com foco em viabilidade técnica e custo acessível. A computação em borda, embora se apresente como uma solução eficiente [Mao et al. 2017], enfrenta uma nova barreira: as limitações de processamento impostas pelos recursos computacionais restritos dos microcontroladores. Essas limitações podem reduzir a acurácia dos resultados obtidos [Shi et al. 2016]. Por isso, a busca por técnicas complementares para contornar ou resolver esse problema é crucial, visando aproveitar os benefícios da computação em borda e mitigar suas desvantagens intrínsecas.
Público Alvo
Pequenos apicultores do sertão central cearense, especialmente aqueles envolvidos com a apicultura familiar e que enfrentam dificuldades no manejo técnico de colmeias, em especial durante períodos de seca. O grupo inclui produtores com baixo acesso à tecnologia e assistência técnica, que buscam alternativas viáveis para aumentar a produtividade e reduzir perdas de colônias.
Objetivo Geral
Ajudar apicultores do sertão central cearense a evitar perdas de colmeias, ensinando boas práticas de manejo e usando um sistema de monitoramento com tecnologia IoT.
Objetivo Específico
Oferecer capacitação prática aos apicultores sobre técnicas de manejo padronizado e prevenção de perdas de colônias em períodos críticos, como a seca. Testar e validar em campo um dispositivo IoT de baixo custo para monitoramento de colmeias, avaliando sua eficácia e viabilidade de uso por pequenos produtores.
Metodologia
1. Levantamento e planejamento (1º a 2º mês) Identificação dos apicultores participantes e definição das áreas de atuação. Levantamento de necessidades locais e condições das colmeias. Ajustes finais no protótipo do dispositivo IoT. 2. Capacitação inicial dos apicultores (3º mês) Realização de oficinas teóricas e práticas sobre manejo padronizado de colmeias, com foco na prevenção de perdas durante a seca. 3. Testes laboratoriais e ajustes do sistema (4º a 5º mês) Avaliação do funcionamento do dispositivo IoT em ambiente controlado (laboratório de campo). Correção de falhas e ajustes para uso em campo. 4. Implantação nas propriedades rurais (6º a 9º mês) Instalação dos dispositivos nas colmeias dos apicultores participantes. Acompanhamento técnico e coleta de dados de campo. 5. Análise dos dados e avaliação da solução (10º a 11º mês) Avaliação do desempenho do sistema IoT e dos impactos na redução de perdas. Realização de nova rodada de visitas técnicas para coleta de feedback. 6. Encerramento e divulgação de resultados (12º mês) Produção de relatório final, apresentação pública dos resultados e sugestões para continuidade. Compartilhamento dos aprendizados com outros grupos de apicultores e instituições interessadas.